Plataforma X entra em colapso sob o domínio de Elon Musk

A aquisição da plataforma X (antigo Twitter) pelo empresário Elon Musk em 2022 gerou muita discussão na internet ao ser anunciada, em partes por conta do valor exorbitante que o dono da Tesla pagou pela rede social: cerca de US$ 44 bilhões, ou R$ 216,85 bilhões em conversão direta. Portanto, é de se surpreender que uma plataforma tão consolidada no mercado esteja enfrentando um sério risco de falência, como afirmou Musk durante entrevista na quarta-feira passada (29/11).

Aquisição bilionária, mas conturbada

Musk é conhecido por sua política de diversificação quanto aos ativos em que busca investir, de carros elétricos a foguetes e satélites. O bilionário parece ter um grande interesse em trabalhar com tecnologia de ponta e financiar o desenvolvimento de novas oportunidades nesse setor — não é à toa que ele foi um dos fundadores da OpenAI, criadora do ChatGPT e responsável pela popularização da IA generativa —, mas a aquisição da plataforma X sempre pareceu estranha aos olhos do público.

Na época, Musk argumentou que a aquisição foi feita em busca de valorizar a democracia e a liberdade de expressão, já que o bilionário buscava criar um ambiente onde os internautas pudessem expressar suas opiniões e discutir livremente a respeito de assuntos considerados polêmicos, tal como política. 

A aquisição pareceu ser inteiramente positiva a princípio, com uma maior liberdade de expressão concedida aos usuários que não indicava ser prejudicial ao lucro da plataforma, visto que grandes empresas como a Disney, Apple e a IBM ainda se demonstravam dispostas a fazer anúncios  no rebatizado X. 

Mas sob acusações de propaganda nazista sendo disseminada sem consequências e outros crimes de ódio cometidos pelos usuários da rede, que evidentemente não souberam usar da liberdade de expressão concedida pela plataforma da maneira correta, acabaram criando um precípicio de conflitos de interesse entre Musk e essas grandes empresas, que cortaram suas parcerias com a rede social. 

Possível falência 

A partir daí surgiram discussões intermináveis a respeito da possível falência da plataforma, que parece estar com dificuldade para justificar os custos de operação com um número cada vez menor de patrocinadores e anunciantes. Elon Musk, que atuava como CEO da rede social até pouco tempo atrás, também está dificultando a própria situação, dando declarações acaloradas durante entrevistas e até mesmo usando palavrões e xingamentos para expressar sua frustração com as empresas. 

Durante evento promovido pelo New York Times na última quarta-feira, por exemplo, o bilionário disse: “Se quiserem me chantagear com anúncios, com dinheiro… vão se f****. Não anunciem”, em relação às empresas que cortaram seus contratos com a plataforma X nos últimos meses, gerando um “boicote”. 


Musk durante evento promovido pelo New York Times, falando sobre a plataforma X (Foto: reprodução/Getty Images/BBC/G1)


Pode não parecer algo grave, mas o X sempre foi um serviço primariamente gratuito aos usuários e que depende do dinheiro de anunciantes para sustentar o custo dos servidores e do desenvolvimento da plataforma, que não é barato. Ano passado, por exemplo, cerca de 90% da receita da rede social veio diretamente das empresas pagando para promover anúncios aos usuários da plataforma. 

Portanto, não é surpreendente que Musk esteja tentando encontrar outras formas de monetizar o X, como a recém-anunciada assinatura premium que conta com recursos inéditos, tal como a utilização da nova inteligência artificial que será integrada à plataforma, mas de uso exclusivo aos usuários pagantes.

Durante a entrevista ao New York Times, o bilionário também mencionou que a empresa pode acabar falindo por conta do boicote dos anunciantes, deixando bem claro a gravidade da situação. 

Reviravolta no futuro 

Os especialistas de mercado também não estão exatamente positivos quanto às chances do X em recuperar parte desses anunciantes perdidos, principalmente depois da reação intensa de Musk. O ataque direcionado do bilionário prejudicou ainda mais  as relações entre ele e seus antigos parceiros de negócios, ao ponto de que um possível retorno seja inegociável, mesmo que Musk tente repensar algumas  de suas políticas e volte a policiar o conteúdo publicado no X com maior rigor. 

Para Mark Gay, diretor de clientes na empresa de consultoria Ebiquity, não parece que alguma das empresas que deixaram a parceira com o X tenham intenção de voltar, pelo menos no futuro próximo. 

E o que isso diz a respeito do futuro do X? A situação realmente não está positiva. Em 2022, a empresa faturou cerca de US$ 4 bilhões em publicidade e esse número deve cair para  US$ 1,9 bilhão ao fechamento deste ano fiscal, segundo a Insider Intelligence. É possível que o número caia ainda mais em 2024. 

Mesmo já tendo cortado custos com a demissão de milhares de funcionários desde a aquisição por Musk, é possível que a empresa enfrente falência caso o empresário não consiga encontrar uma nova fonte de renda para sustentar os gastos. 

Foto destaque: Homem segurando celular com a conta pessoal de Elon Musk no X, sob fundo com a foto do mesmo. (Reprodução/AFP/Olivier Douliery/R7)

Geleiras de sal em Mercúrio abrem novas possibilidades na busca por vida

Estudos recentes apontam a presença de geleiras nas regiões polares de Mercúrio, desafiando a visão tradicional de um planeta inóspito devido à sua proximidade com o Sol. Cientistas da NASA revelam que essas geleiras, compostas principalmente de sal, podem indicar ambientes propícios à vida, abrindo novas possibilidades na astrobiologia.

Nichos habitáveis em Mercúrio

A pesquisa, parcialmente financiada pelo Programa de Trabalhos do Sistema Solar (SSW) da NASA, foi liderada por Alexis Rodriguez e publicada no Planetary Science Journal. As condições encontradas pelos pesquisadores são muito semelhantes à ambientes extremos da Terra, como o deserto do Atacama, no Chile. A dimensão dessa possibilidade amplia nossa compreensão dos parâmetros ambientais que poderiam sustentar a vida, relatou o principal autor

Rodriguez enfatiza a importância da descoberta, ampliando a compreensão dos parâmetros ambientais que poderiam sustentar a vida. A possibilidade de que as geleiras tenham se formado a partir do fluxo de sal, originado de profundidades abaixo da superfície, sugere uma nova perspectiva sobre a habitabilidade de planetas similares a Mercúrio. Essa descoberta propõe a existência de “nichos habitáveis” vários quilômetros abaixo da superfície do planeta mais próximo do Sol.


Planeta mais próximo do Sol pode conter vida (Foto: reprodução/Instagram/@nasa)


Desafios às teorias anteriores

A teoria de que essas geleiras se formaram a partir do fluxo de sal, originado de profundidades abaixo da superfície, desafia interpretações anteriores sobre a história geológica do planeta, que sugeriam que as geleiras poderiam ser resultado da água liberada por vulcões.

Embora menos comuns do que as geleiras de gelo, as geleiras de sal podem ser encontradas na Terra, em locais como a Cordilheira de Zagros, no Irã. Ambas são originadas a partir de voláteis, que são substâncias que têm a capacidade de evaporar facilmente.

Até então considerado inóspito devido à sua proximidade com o Sol, Mercúrio agora surge como um candidato intrigante para ambientes potencialmente habitáveis, expandindo as fronteiras da astrobiologia e desafiando as expectativas científicas.

 

Foto destaque: possibilidade de vida em Mercúrio. (Reprodução/Site/NASA)

Futuro dos hologramas: avanços indicam uma revolução tecnológica no horizonte

No leste da Austrália, em Brisbane, foi inaugurado no início do ano o Hologram Zoo, um zoológico inovador que oferece aos visitantes experiências surpreendentes com animais projetados em hologramas. Com 50 exposições simuladas, o parque utiliza uma tecnologia de “profundidade” que faz os animais parecerem grandes, graças a um projetor de laser com cristais, permitindo que óculos simples separem os campos de luz para criar imagens tridimensionais.

O fundador do zoológico, Bruce Dell, destaca que essa tecnologia é única e nunca foi usada em nenhum outro lugar, tornando o Hologram Zoo o parque temático animal mais futurista do mundo. Além de oferecer uma experiência visual imersiva, os shows de hologramas no zoológico também incorporam tecnologia sensorial, permitindo aos visitantes sentir os aromas das flores e árvores. 


Holograma de girafa no Hologram Zoo (Foto: reprodução/Metro World News)


Tecnologia holográfica

Dell revela que a tecnologia por trás do parque temático está ganhando reconhecimento internacional, com contratos firmados com empresas como a gigante aeroespacial Airbus e a empresa norte-americana Honeywell. A empresa também está envolvida na construção de um aquário com hologramas para um hotel de luxo nas Maldivas, propriedade de Bill Gates.

Dell acredita que sua empresa, Axiom Holographics, está revolucionando o setor ao reduzir custos e aumentar a qualidade. Ele destaca que seus componentes são produzidos em uma fábrica específica no estado australiano de Queensland, utilizando algoritmos eficientes que reduzem a demanda computacional normalmente associada a hologramas. O CEO da Axiom expressa otimismo em relação à revolução dos hologramas, algo há muito esperado, e destaca o potencial transformador dessa tecnologia em diversas áreas.

Aplicações em outras áreas

Setor de Pesquisa em Canberra:

  • Pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália (ANU) exploram novas abordagens na área de holografia;
  • Utilização da metaóptica ou nanofotônica para superar limitações das técnicas tradicionais;
  • Manipulação de feixes de luz sobre metassuperfícies minúsculas para criar hologramas em escala reduzida;
  • Potenciais aplicações em óculos de leitura, diagnósticos médicos, segurança alimentar e cirurgias guiadas por hologramas em tempo real.

Setor de Moda em São Paulo:

  • A moda tech, um projeto envolvendo tecnologias como hologramas e realidade aumentada, é apresentada em São Paulo;
  • Realização do primeiro desfile tecnológico no Brasil;
  • Discussão sobre o futuro da tecnologia na moda;
  • Incorporação de experiências imersivas e desfiles tecnológicos com artistas e designers inovadores.

Foto Destaque: aperto de mão entre humano e holograma (Reprodução/Bussiness Insider España)

Pesquisa indica que brasileiros abraçam tecnologias mais rápido que média global

O estudo “Future Consumer Index (FCI)” conduzido pela consultoria EY, aponta para uma crescente imersão dos brasileiros na era digital, onde as tecnologias são empregadas para aprimorar a conveniência, personalização e experiências. Em relação ao panorama global, os brasileiros se destacam como consumidores particularmente engajados em serviços digitais. 

A pesquisa, abrangendo mais de 21 mil participantes em 27 nações, como Brasil, Estados Unidos, China e Reino Unido, ressalta que uma parcela significativa da população brasileira adere a serviços de streaming de vídeo (82%), ouve streams de áudio (75%), realiza gestões financeiras online (84%) e participa de interações sociais em plataformas de vídeo (58%). Cifras superiores à média global.

Brasileiros com a tecnologia

  • 53% dos brasileiros entrevistados afirmam ter alguma compreensão do que é IA (Inteligência Artificial);
  • 62% acreditam que a automação permitirá focar em aspectos mais interessantes e desafiadores do trabalho;
  • 65% não preveem que seus empregos serão totalmente substituídos pela tecnologia;
  • 62% sentem que o governo deve fazer mais para regular o uso da tecnologia.

Embora haja uma abertura para a adoção de soluções digitais, as inquietações em relação à segurança cibernética são notáveis: 

  • 71% dos entrevistados no Brasil expressam grande preocupação com roubo ou fraude de identidade;
  • 69% estão muito preocupados com segurança de dados e violações cibernéticas;
  • 66% têm uma grande preocupação com empresas que vendem informações pessoais;
  • Apesar das preocupações, 67% estão dispostos a compartilhar dados para obter ofertas personalizadas.

Situação enquanto país

No entanto, o Brasil registrou uma queda de cinco posições no Ranking Mundial de Competitividade Digital, ocupando a 57ª posição entre os 64 países analisados. O estudo, conduzido pelo IMD World Competitiveness Center em colaboração com a Fundação Dom Cabral (FDC), ressalta a urgência de uma participação mais intensa tanto do setor público quanto do privado para impulsionar a construção de uma nação digital mais competitiva.


Campus Aloysio Faria, da FDC (Foto: reprodução/Fundação Dom Cabral)


A classificação global analisa três categorias – conhecimento, tecnologia e preparação para o futuro – por meio de 54 indicadores, abrangendo aspectos como gestão urbana, treinamento e educação, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, serviços bancários e financeiros, agilidade empresarial e segurança cibernética. Além disso, a pesquisa integra as visões de executivos brasileiros de setores diversos, abrangendo diferentes regiões e tamanhos de empresas, oferecendo, assim, uma perspectiva abrangente sobre a transformação digital no país.

Foto Destaque: bandeira no brasil em um teclado (Reprodução/Gobernarte)

Elon Musk acusa anunciantes de chantagem e diz que boicote quebrará o X

Em entrevista com jornalista do The New York Times na última quarta-feira (29), no DealBook Summit, em Nova Iorque, Musk acusou anunciantes de chantagem, em meio a boicote que levou mais de 200 empresas a deixarem o X – entre elas, Disney, Warner, IBM e Apple. O bilionário também afirmou que, caso continue, o boicote publicitário quebrará a plataforma. 

Musk confronta anunciantes que deixaram o X em entrevista ao NYT

Em uma entrevista com Andrew Ross Sorkin do The New York Times, Musk discutiu os desafios que enfrenta como proprietário da plataforma X. O bilionário também proprietário da Tesla e da SpaceX comentou sobre o êxodo de anunciantes, que começou após ele endossar uma postagem antissemita na plataforma.

Não quero que eles anunciem […] Se alguém tenta me chantagear com publicidade, me chantagear com dinheiro, vá se f****. Mas vá se f****. Está claro? Espero que esteja. Ei, Bob [Robert Iger, CEO da Disney]! Se estiver na plateia, é assim que me sinto”.

Empresas como Walt Disney e Warner Bros. suspenderam suas publicidades no X após Musk endossar comentário na plataforma que foi considerado antissemita. 

Segundo dados da Guideline e da Data.ai, a receita de anúncios da plataforma nos EUA caiu 64% de janeiro a outubro de 2023, em comparação com o mesmo período em 2022, e os usuários ativos mensais nos EUA diminuíram cerca de 19% desde a aquisição da empresa por Musk.


Suposto endosso de Musk a comentário antissemita em novembro levou a êxodo de anunciantes na plataforma (Foto: reprodução/X/@elonmusk)


Bilionário afirma que o boicote vai quebrar a plataforma

Sobre os riscos econômicos para a plataforma, Musk comentou que o boicote deve matar a plataforma, comprada por US$ 44 bi em outubro de 2022. 

Na verdade, o que este boicote de publicidade vai fazer é matar a empresa. E o mundo inteiro saberá que os anunciantes mataram a empresa e documentaremos isso em grande detalhe […] Estaremos indo embora por um boicote de anunciantes“, disse o bilionário, confrontando os anunciantes.

Ele também afirmou que o motivo da criação da Primeira Emenda nos EUA foram imigrantes que chegaram ao país fugindo da censura, e que o mundo vive um momento estranho, onde os democratas e a esquerda parecem mais pró-censura do que os republicanos e a direita.

Foto Destaque: Elon Musk em entrevista ao NYT na última quarta-feira (Reprodução/YouTube/New York Times Events)

Parceria entre Vórtex e Mercado Bitcoin busca revolucionar o mercado de criptoativos

Com mais de meio trilhão de reais em ativos sob sua gestão, a Vórtx, empresa de infraestrutura tecnológica do mercado financeiro, anuncia uma parceria estratégica com o Mercado Bitcoin (MB) para facilitar o acesso de criptomoedas aos gestores de fundos em sua plataforma. A integração, realizada por meio do MB Prime Services, plataforma focada na negociação e custódia de criptomoedas no mercado institucional, promete não apenas redução de custos, mas também mais segurança e eficiência operacional, conforme comunicado oficial da Vórtx.


Criptomoeda Bitcoin (Foto:reproduçao//unsplash.com)


O que são criptomoedas

Criptomoedas são formas de quantias digitais que utilizam criptografia para garantir transações seguras e operam em uma rede descentralizada chamada blockchain. Diferentemente das moedas tradicionais, as criptomoedas não são controladas por governos ou instituições financeiras, e as transações são validadas pela comunidade de usuários. Seu sistema é caracterizado por processo de mineração, a volatilidade de preços, a existência de carteiras digitais, ICOs, contratos inteligentes e a evolução constante do cenário.

Limitações e desafios

A Vórtx, fundada em 2015 com o propósito de simplificar o mercado de capitais, reconhece as limitações ainda presentes em seu ecossistema atual. Mesmo tendo consciência dos esforços para descomplicar o atual ecossistema a empresa ainda enfrenta diversas limitações, conforme apontado por Marcelo Cherri, Head de Soluções da Vórtx. Cherri destaca que, com a entrada em vigor da resolução CVM 175, os fundos multimercado destinados ao público em geral têm agora a prerrogativa de investir até 10% de seu patrimônio em criptomoedas. Essa mudança regulatória abre caminho para um notável potencial de aumento na alocação.

 

Foto destaque: Criptomoedas de diferentes tipos. (Reproduçao/Art Rachen/unsplash.com)

Competitividade digital brasileira em declínio: Brasil ocupa a 57ª posição no Ranking Mundial

No contexto de desenvolvimento de novas tecnologias que podem impactar a produtividade econômica, o desempenho do Brasil em relação ao ano de 2022 atestou uma deterioração. Conforme a edição de 2023 do Ranking Mundial de Competitividade Digital, que analisou a transformação digital em 64 países, o Brasil apresentou uma queda de 5 posições, e, agora ocupa o 57º lugar. Essa classificação é a mesma registrada em 2018 e 2019. O Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC) lidera a avaliação no Brasil.


Gráficos em uma tela. (Foto: reproduçao/Dylan Calluy/Unsplash.com)


Comparaçao dos resultados

Segundo a avaliação, os resultados menos favoráveis para o Brasil foram identificados na experiência internacional da força de trabalho (63º), habilidades tecnológicas (62º) e estratégias de gestão das cidades para apoiar o desenvolvimento de negócios (61º), de acordo com o Ranking Mundial de Competitividade Digital de 2023. Apesar disso, o estudo ressalta elementos positivos, como o total de gastos públicos em educação (12º), representatividade feminina em pesquisas científicas (17º), produtividade em pesquisas de P&D (7º), robótica em educação e P&D (17º) e o uso de serviços públicos online pela população (11º).

Lideres do ranking e posições menos expressivas

No pódio, segundo os estudos aqui relatados, os Estados Unidos lideram a tabela, seguidos pela Holanda, Singapura, Dinamarca e Suíça, com as primeiras colocações no Ranking Mundial de Competitividade Digital de 2023. Em contrapartida, o Brasil se encontra em uma posição menos expressiva, ocupando o 57º lugar. Se aproximando cada vez mais das  últimas posições, que configuram nações como África do Sul (58º), Filipinas (59º), Botsuana (60º), Argentina (61º), Colômbia (62º), Mongólia (63º) e Venezuela (64º).

 

Foto destaque: Gráficos em tela. (Reprodução/Dykan Calluy/Unsplash.com)

Google fecha acordo milionário no Canadá para compensar imprensa digital

Na última quarta-feira (29), a Ministra do Patrimônio Canadense Pascale St-Onge anunciou que Ottawa e Google chegaram a acordo milionário para compensação de veículos canadenses por receita publicitária. O pagamento resulta da “Lei das Notícias Online”, que começa a valer em dezembro. Outra medida de taxação de plataformas no Canadá foi criticada por embaixador dos EUA.

Contribuição anual da Google deve fortalecer jornalismo canadense

A “Lei das Notícias Online”, aprovada em 22 de junho, responde à dominância de algumas plataformas digitais sobre as receitas de publicidade online, que alcançaram CA$ 14 bi em 2022 no Canadá. 

A lei deve entrar em vigor em 19 de dezembro, e visa garantir que os veículos de notícias sejam compensados pelo uso de seu conteúdo pelas plataformas digitais.

O recente acordo entre o governo canadense e o Google, anunciado pela Ministra do Patrimônio Canadense Pascale St-Onge na última quarta-feira, envolve uma contribuição anual de CA$ 100 mi do Google para apoiar veículos de notícias no Canadá, incluindo veículos independentes e de comunidades indígenas e minorias.


Ministra canadense Pascale St-Onge comunicou na última quarta-feira (29) fechamento de acordo milionário com a Google (Foto: Adrian Wyld/The Canadian Press/National Post)


Meta bloqueou notícias para usuários canadenses em agosto

Enquanto a Google optou pela negociação, a Meta, dona do Facebook e Instagram, escolheu bloquear em agosto o conteúdo de notícias para usuários canadenses, seguindo medida anunciada em junho pela empresa.

EUA prometem retaliações econômicas ao Canadá por taxação de plataformas


Embaixador dos EUA no Canadá David Cohen avisou sobre retaliações econômicas por taxação canadense a plataformas digitais (Foto: reprodução/Adrian Wyld/The Canadian Press/The Globe and Mail)


Outra iniciativa digital do governo canadense, o plano de Taxa de Serviços Digitais (DST) do Canadá, que impõe uma taxa de 3% sobre as receitas de grandes empresas de serviços digitais, como Amazon e Netflix, prevista para 1º de janeiro de 2024, provocou descontentamento dos EUA, com aviso na última quarta-feira pelo embaixador David Cohen de que haverá retaliação econômica por parte do governo norte-americano.

Foto Destaque: logomarca da Google Canada no escritório de Toronto, em 2021 (Reprodução/Craig Wadman/CP24)

Headset inovador promete imagens em realidade mista indistinguíveis da realidade

A startup Varjo, lançou na última segunda-feira (27) sua nova linha de headsets de realidade aumentada, a série XR-4, ela promete oferecer experiências de realidade mista que são indistinguíveis da visão natural. O headset tem um preço inicial de US$ 3.990 e está atualmente disponível apenas para pedidos empresariais que irão ser enviados a partir de dezembro.

Novidades da nova geração

Segundo as informções disponibilizadas pela Varjo, os headsets de 4ª geração são projetados para oferecer experiências VR/XR altamente imersivas para clientes industriais que exigem fidelidade visual e alto desempenho. Eles também afirmam que atualmente, mais de 25% das empresas “Fortune 100” (lista feita pela revista Fortune que contém as 100 maiores corporações dos Estados Unidos) estão usando a tecnologia da Varjo para treinar pilotos e astronautas, reduzir radicalmente os prazos de produção automotiva, impulsionar avanços médicos e renderizar visualizações 3D para arquitetos e designers.

Outra novidade da série XR-4 é que ela é equipada com GPUs da NVIDIA, permitindo que desenvolvedores e usuários industriais renderizem cenas fotorrealistas e utilizem a tecnologia do ray tracing em realidade mista.


Trailer de lançamento dos headsets XR-4 (Vídeo: reprodução/Divulgação/Varjo)


Papel da Varjo no mercado

O diretor de produtos da Varjo, Patrick Wyatt, comentou que “À medida que entramos em um período de rápida expansão na adoção da realidade mista, estamos orgulhosos de impulsionar a indústria ao preencher a lacuna entre a visão humana e a visão computacional com nossa nova série XR-4.”

A Varjo também afirma ser a primeira empresa de VR/XR a trazer ao mercado o recurso de passagem de realidade mista com foco automático direcionado ao olhar. Suas câmeras com foco automático imitam o comportamento do olho humano e correspondem à percepção humana necessária para trabalhos de alta precisão.

Foto destaque: Pessoa utilizando um Headset da linha XR-4 (Reprodução/Divulgação/Varjo)

Em parceira com a GSMA, grandes operadoras do Brasil se unem para combater fraudes digitais

Em prol de combater esquemas de fraude bancária, as operadoras Claro, TIM e Vivo se juntaram à iniciativa GSMA Open Gateway, que busca unificar de maneira estruturada serviços de provedores para a criação de aplicativos com melhor intercomunicação entre dispositivos e clientes. Como parte disso, as três maiores operadoras do Brasil lançaram na terça-feira (28) novos serviços conjuntos com a intenção de ampliar a segurança digital de seus clientes. 

Iniciativa global 

Embora as operadoras sejam grandes competidoras no cenário brasileiro, elas se uniram através da iniciativa Open Gateway para tornar seus serviços mais seguros aos usuários com a criação de novas APIs — que são interfaces de programação implementadas de modo que outros serviços possam ser desenvolvidas a base delas de maneira simplificada. 

A ideia parte da GSMA, uma organização global que está em parceria com mais de 40 operadoras ao redor do mundo, o que corresponde a cerca de 64% do acesso à internet por celular global. 

Dentre os novos recursos disponibilizados pelas operadoras brasileiras estão a verificação de número, troca de SIM card e a localização de dispositivos por satélite. 

A parceria foi anunciada no evento da GSMA que ocorreu em São Paulo e, se tudo der certo, as novas APIs já devem ser disponibilizadas comercialmente até o final de 2023. Segundo os líderes do projeto, a Open Gateway garante a privacidade de seus usuários e segue à risca os conjuntos de regras da LGPD, que tange a proteção de dados pessoais do cidadão brasileiro. 

APIs disponibilizadas pela Open Gateway

Segue abaixo uma explicação mais detalhada dos novos recursos que serão oferecidos pelas três grandes operadoras brasileiras. 

Verificação de número

Trata-se de um serviço de verificação ininterrupto do número de celular do usuário, promovendo um alto índice de segurança por meio de autenticação constante, feito para ser utilizado por empresas que usam o envio de números de celular e senhas de uso único por SMS. Ao invés de utilizar o serviço de mensagens ultrapassado, essa autenticação contínua permite que a identidade do usuário possa ser conformada automaticamente, sanando problemas de segurança e a dificuldade de acesso de alguns. 

Troca de SIM Card

Essa API verifica o tempo de troca do SIM Card associado ao dispositivo, algo que pode auxiliar a proteger o usuário contra esquemas fraudulentos, como apropriação de identidade e furto. Um dos usos mais convenientes desse recurso é a possibilidade de bancos verificarem há quanto tempo o SIM foi trocado antes de aprovarem uma possível transação.

Localização do dispositivo 

O GPS é um recurso já popular entre os brasileiros, mas essa API irá permitir que desenvolvedores de aplicativos possam verificar a localização do usuário para se certificar de que não esteja ocorrendo nenhuma fraude por parte de pessoas que utilizam manipulação de GPS. Isso é particularmente útil para serviços de entrega, como o iFood, que é assolado por golpistas fazendo o pedido em nome de outras pessoas sem o conhecimento destas. 


Conforme registrado em pesquisa pela PSafe, o número de fraudes digitais aumentou exponencialmente nos últimos anos, algo que o Open Gateway pode ajudar a solucionar (Foto: reprodução/PSafe)


A iniciativa encontra-se em fase inicial aqui no Brasil, mas obteve muito sucesso no âmbito internacional, sob forte liderança e uma visão clara do caminho a ser trilhado. Com a cooperação da Claro, TIM e Vivo, é esperado que esses novos recursos de segurança e praticidade aos usuários e desenvolvedores de aplicativo tornem os smartphones muito mais convenientes para o povo brasileiro.

Foto destaque: Mulher segurando um smartphone com chamada em andamento na tela. (Reprodução/Pexels/Canva/Money Times)