Marinha do Brasil contrata serviço oferecido por Elon Musk

A Marinha do Brasil anunciou a contratação dos serviços da Starlink, empresa vinculada à SpaceX, de Elon Musk, para proporcionar acesso à internet via satélite a três navios de sua frota. Essa tecnologia, já implementada por Musk na Amazônia desde 2022, promete conexão de alta velocidade mesmo em alto mar. O acordo, realizado sem licitação, levantou questionamentos sobre a segurança dos dados militares transmitidos por meio de uma tecnologia controlada por Musk.

Justificativa 

Em resposta às preocupações, a Marinha assegurou que informações confidenciais não serão transmitidas pelos satélites americanos da Starlink. Segundo a instituição, a tecnologia servirá como complemento aos sistemas de comunicação dos navios, não substituindo as tecnologias existentes aplicadas à defesa. A Marinha afirmou que a Starlink está sendo testada para uso ostensivo da internet, completamente segregada das redes de dados militares, garantindo que informações tipicamente militares não serão transmitidas ou recebidas.

Além disso, a Marinha explicou a decisão de dispensar a licitação, citando a Lei nº 14133/2021, que permite a dispensa em contratações envolvendo valores inferiores a R$ 57.208,33 para serviços. A Marinha argumentou que a dispensa eletrônica segue um processo de disputa pública de livre concorrência, e os preços competitivos da Starlink em relação aos concorrentes no mercado justificam a escolha em conformidade com os princípios da economicidade e defesa do erário público.

Os navios beneficiados serão o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel e o Navio-Patrulha Maracanã. A Marinha reforçou seu compromisso com a integridade das redes de dados e comunicações militares, destacando a adoção de medidas de segurança digitais durante a utilização dos satélites da Starlink, para evitar o vazamento de dados.


O dono da empresa contratada é Elon Musk, considerado o homem mais rico da atualidade (Foto: reprodução/Nathan Laine/Bloomberg)


Pacotes de serviço

A Starlink oferece internet via satélite nas categorias residencial, para viajantes e para embarcações. No segmento de embarcações, o custo do equipamento é de R$ 12.830, e há uma mensalidade adicional pelo serviço. Os planos incluem opções como R$ 1.283 por mês para 50GB, adequado para atividades com baixa largura de banda; R$ 5.132 por mês para 1TB, destinado a streaming, chamadas de vídeo e jogos em alto-mar; e R$ 25.659 por mês, recomendado para embarcações tripuladas, como os navios da Marinha.

Foto destaque: Marinha contrata serviço da Starlink (reprodução/STR/NurPhoto/Getty Images)

NASA produz criobots para busca de vida alienígena

A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, está intensificando seus esforços na busca por vida alienígena fora da Terra, concentrando-se nas luas Europa, de Júpiter; e Encélado, de Saturno. A recente hipótese, que tem ganhado força entre pesquisadores norte-americanos, nasceu de um workshop convocado pelo Escritório de Tecnologia Científica de Exploração Planetária (Pesto) da NASA, realizado no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

A proposta envolve a utilização de “criobots,” sondas cilíndricas projetadas para perfurar as densas camadas de gelo que envolvem essas luas, e explorar os oceanos subterrâneos que se acredita existirem abaixo. O termo “crio” deriva do grego e significa glacial, frio ou gelado, enquanto “bot” é uma abreviação de robô em inglês, dando nome a esses robôs de gelo.

Plano para encontrar vizinhos

Europa e Encélado, cobertas por uma espessa camada de gelo, são alvos promissores, pois a NASA acredita que embaixo desse gelo pode existir mais água líquida do que em todos os oceanos da Terra combinados. O desafio, no entanto, reside na complexidade de perfurar camadas frias e densas de gelo.

A ideia dos cientistas norte-americanos é utilizar o criobot como uma ferramenta que gera calor para derreter o gelo. A água derretida flui ao redor do equipamento antes de congelar novamente, possibilitando a exploração dos oceanos subterrâneos. No entanto, perfurar camadas tão frias e espessas de gelo é um desafio, levantando dúvidas sobre a efetividade dessa técnica.

Para superar esses desafios, os criobots precisarão de alguns equipamentos para a realização dos cortes das camadas de sal e poeira. Com isso, serão utilizados jatos de água a fim de criar cortes mecânicos capazes de perfurar a região. Além disso, um sensor de mapeamento e um mecanismo de direção serão cruciais para contornar obstáculos intransponíveis.

Um ponto crítico é o sistema de comunicação do criobot, que deve ser robusto o suficiente para transmitir dados mesmo nas adversas condições encontradas nas luas geladas. A viabilidade do uso de cabos de fibra óptica, comumente usados em criobots terrestres, ainda é incerta devido às condições extremas desses ambientes alienígenas.

No geral, a conclusão consensual dos participantes do workshop foi que este conceito de missão continua a ser viável, cientificamente convincente e a forma mais plausível a curto prazo de procurar diretamente vida num mundo oceânico,” afirmou a Nasa. “O potencial para a detecção direta de vida noutro mundo parece mais possível do que nunca.


O avistamento de OVNIs ganhou muita notoriedade (Vídeo: reprodução/CNN Brasil/Youtube)


Vida inteligente fora da Terra

A NASA revelou durante um pronunciamento, que encomendou um relatório para explorar maneiras de contribuir cientificamente na análise de OVNIs (objeto voador não identificado), agora referidos como fenômenos aéreos não identificados.

O diretor da NASA, Bill Nelson, destacou que o estudo apontou a possibilidade de utilizar dados, inteligência artificial e machine learning para investigar OVNIs, visando combater o sensacionalismo em torno do assunto. Nelson anunciou a criação de uma diretoria de pesquisa de OVNIs, encarregada de desenvolver e coordenar a abordagem da NASA nas pesquisas relacionadas a esses fenômenos, com ênfase na divulgação transparente de informações.

 

Foto destaque: A missão dos criobots é a busca pela vida fora da Terra (Reprodução/Nasa/Mix Me)

Governos vigiam usuários através de notificações em dispositivos Apple e Google

Nesta quarta-feira (6), o senador norte-americano Ron Wyden levantou sérias preocupações sobre a segurança dos usuários de smartphones, alegando que governos não identificados estão utilizando notificações push de aplicativos para realizar vigilância. Segundo o senador, autoridades estrangeiras estão exigindo dados das empresas de tecnologia, incluindo Google, Alphabet e Apple.

Embora os detalhes específicos sobre a natureza da vigilância sejam limitados, essa revelação levanta questões legais significativas sobre a extradição de dados e a cooperação internacional e pode resultar em um debate sobre os limites da jurisdição digital e a necessidade de acordos legais mais robustos para proteger os dados dos usuários em um contexto global.


 Celular na pagina do google (Reprodução: Solen Feyissa/Unsplash)


Segurança cibernética e proteção de dados

Após o alerta do senador Ron Wyden, as gigantes da tecnologia, incluindo Google, Alphabet e Apple, estão sob escrutínio. A infraestrutura de notificações push, uma pedra angular dos aplicativos modernos, está sob extrema análise devido às revelações do senador Ron Wyden. 

Posicionamento das empresas de tecnologia

A chamada para que o Departamento de Justiça reveja políticas de restrição destaca a necessidade de maior regulamentação e transparência na indústria tecnológica. Em resposta a alegação, a empresa Apple, sugere a possibilidade de divulgar mais detalhes sobre como os governos monitoram as notificações push, indicando uma possível mudança no cenário regulatório para as grandes empresas de tecnologia.

Em consonância, a empresa Google expressou seu compromisso em manter os usuários informados sobre possíveis violações, alinhando-se ao posicionamento do senador Wyden. Sugerindo que a organização se posiciona de forma colaborativa entre o setor privado e os defensores da privacidade para garantir que os usuários sejam adequadamente informados sobre questões críticas de segurança.

Perspectivas futuras

Supõe-se que essas solicitações têm o objetivo de vincular usuários anônimos de aplicativos de mensagens a contas específicas nessas plataformas. Embora a fonte não tenha revelado os governos estrangeiros envolvidos, afirmou que são democracias aliadas aos Estados Unidos, adicionando um elemento geopolítico ao cenário. 

Foto destaque: Dados em tela (reprodução/Brett Jordan/Unsplash)

Inovação para assinantes: Elon Musk lança Grok, o chatbot de alta tecnologia para usuários do X

O bilionário Elon Musk anunciou, nesta quinta-feira (7), em sua plataforma, o lançamento de seu chatbot Grok, que ainda está em teste, desenvolvido por sua startup de inteligência artificial, a xAI, como concorrente do ChatGPT para assinantes Premium+ da plataforma de mídia social X.

Acesso restrito para assinantes Premium+

Em evento exclusivo e com grande deleite e contentamento, o bilionário revelou a sua mais nova e grande notícia. Sua startup de inteligência artificial, a xAI, vem trabalhando em um novo sistema operacional. Porém, contando com a estratégia de não compartilhar informações mais específicas sobre o lançamento da plataforma Grok, Musk adiantou que, após a conclusão bem-sucedida do teste beta, o acesso ao serviço seria disponibilizado de forma exclusiva.

Em declarações recentes, Musk antecipou que, após a conclusão bem-sucedida do teste beta, o acesso ao serviço seria liberado de forma restrita apenas para os assinantes Premium+ da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.


Tweet de Elon Musk sobre Grook  (Foto: reprodução/X/@elonmusk)


Prelúdio para a revolução

Dessa maneira, diante da crescente retirada de anunciantes da plataforma de microblogs, Musk tem ressaltado a urgência da empresa em reduzir sua dependência de receitas publicitárias, direcionando seu foco para o modelo de assinaturas, em consonância com a estratégia adotada em sua própria plataforma. Em sua visão, as plataformas devem ser completas e não demandarem de diferentes formas de monetizado. 

Seu objetivo maior é transformar a plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, em um “super aplicativo” que oferecerá uma gama completa e com recorrentes atualizações de serviços e tecnologias aos assinantes, desde mensagens e redes sociais até soluções de pagamento. Em concordância à sua idealização, o lançamento da xAI em julho é um prelúdio emocionante para a revolução das inteligências artificiais e plataformas utilitárias, trazendo consigo uma mudança revolucionária para a área de tecnologia e inovação.

Foto Destaque: Representação plataforma X (Reprodução/Boliviainteligente/Unsplash)

WhatsApp disponibiliza mensagens de voz de reprodução única

O WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas, anunciou uma atualização que promete fornecer ainda mais privacidade aos usuários. Agora, será possível enviar mensagens de voz que serão reproduzidas apenas uma vez. Essa nova funcionalidade semelhante à opção de visualização única para fotos e vídeos introduzida em 2021, está sendo lançada gradualmente e estará disponível para todos os usuários nos próximos dias.

Novidade no aplicativo

O recurso que já estava disponível para fotos e vídeos, foi estendido para mensagens de voz, oferecendo uma camada adicional de privacidade. A partir de agora, os usuários podem enviar mensagens de voz que desaparecerão automaticamente após uma única reprodução.


Um aviso de visualização única é visto ao receber a mensagem (Foto: reprodução/Folha PE)


Uma preocupação constante com aplicativos de mensagens é a segurança e privacidade dos dados, contudo, o WhatsApp assegura que todas as mensagens de visualização única, incluindo fotos, vídeos e agora mensagens de voz, são protegidas por criptografia de ponta a ponta. Isso significa que o conteúdo é seguro durante a transmissão e só pode ser acessada pelo destinatário.

Como usar a função

Assim como para outras mídias, enviar uma mensagem de voz de reprodução única é simples. Ao gravar uma mensagem de voz, os usuários agora têm a opção de selecionar o ícone de visualização única “(1)” que aparece ao lado do ícone do microfone. Essa seleção indicará que a mensagem só pode ser ouvida uma vez pelo destinatário. Será necessário clicar no ícone de visualização única toda vez que desejar enviar o áudio para ser ouvido somente uma vez.

Outras funcionalidades que talvez você não sabia

Com diversas atualizações no WhatsApp, uma delas permite que os usuários ocultem conversas específicas por meio de uma senha de desbloqueio. Tais mensagens ficam disponibilizadas em uma aba especial, acessível apenas para quem tiver a senha, que pode ser biometria digital ou reconhecimento facial.

Outra diz respeito às enquetes, agora permitindo pesquisas de resposta única, além de notificar ao autor, sempre que votarem em sua pesquisa. Além disso, ao encaminhar mensagens, os usuários têm a opção de manter ou modificar a legenda. 

Além disso, há a possíbilidade da edição de mensagens enviadas, uma das funcionalidades mais esperada pelos usuários. As mensagens editadas são identificadas com uma etiqueta “Editada”, embora o conteúdo original não seja mais acessível.

 

Foto destaque: Celular com aplicativo Whatsapp (Reprodução/Olhar Digital)

Parceria entre Xangai e Microsoft impulsiona uso de IA na cidade chinesa

Em visita do presidente da Microsoft Brad Smith a Xangai na terça-feira (5), autoridades locais expressaram interesse em parceria com a gigante da tecnologia para a implementação de inteligência artificial na cidade.

Implementação da IA

O pedido foi feito durante visita de Brad Smith à cidade para discutir negócios com o governo chinês. A ideia partiu de Chen Jining, o Secretário do Partido Comunista de Xangai, como parte dos esforços da cidade em ampliar suas capacidades tecnológicas e ampliar a funcionalidade dos negócios locais através da inteligência artificial, que recentemente têm se tornado um dos grandes pilares da tecnologia. 

Conforme o comunicado do governo à imprensa chinesa, Chen também se mostrou disposto a cooperar com a Microsoft para estudar as estruturas e o padrão governamental diretamente ligado com o uso da tecnologia. 

Essa discussão ocorreu poucos meses após a conclusão da Conferência Mundial de Inteligência Artificial em julho, que promulgou diversos contratos bilionários de compra e investimento voltados ao desenvolvimento da nova inteligência artificial generativa.


Instituição de pesquisa Microsoft Reactor Shanghai estabelecida pela Microsoft em Xangai, China. (Foto: reprodução/Microsoft)


Com o ressurgimento da IA como tecnologia viável para uso em larga escala, mais de 400 empresas participaram do evento, contando com cerca de 30 novos produtos dos mais variados tipos. 

A conferência também foi promovida pelo governo municipal de Xangai, que parece não estar medindo esforços em aproveitar da nova tecnologia para auxiliar no desenvolvimento econômico da cidade. 

Uma das maiores cidades do mundo

Apesar de não fazer parte oficialmente do Vale do Silício Chinês, composto pela cidade de Shenzhen e pelo distrito de Zhongguancun em Pequim, Xangai é conhecida há anos por ser uma cidade extremamente tecnológica e moderna. Em 2022, a estimativa oficial era de uma população total de mais de 28 milhões de habitantes, sendo também a terceira cidade mais populosa em todo o mundo. 

Além de ter a malha ferroviária mais extensa da atualidade, Xangai está entre as cinco cidades ideais em termos de desenvolvimento integrado à educação, tecnologia e talento, junto de Cingapura, Boston, Nova York e Shenzhen, também chinesa. A lista é do Fórum de Inovação Pujiang de 2023.

Em abril deste ano, o governo municipal da cidade firmou 26 novos projetos de investimento em um valor total de US$ 9,8 bilhões, englobando áreas como a economia digital, tecnologia de ponta e biomedicina.

Agora, com a popularização da inteligência artificial, é evidente que Xangai quer estar entre  uma das primeiras cidades do mundo a adotá-la de maneira extensiva, usando a tecnologia como base para se modernizar ainda mais.

Foto destaque: Visão panorâmica de Xangai, uma das maiores cidades do mundo. (Reprodução/Arch Daily/Anthony Ling)

Inspirado na Ucrânia, Pentágono investe na produção de drones de alto custo

A vice-secretária de Defesa dos Estados Unidos, Kathleen Hicks, está acelerando o projeto Replicator, iniciativa cujo objetivo é produzir drones de pequeno porte e altamente capazes de forma rápida e a baixo custo. Esse feito pode ser fácil de realizar no setor comercial, mas não no âmbito militar. A principal dificuldade está no alto orçamento necessário para construir um dispositivo conforme o objetivo dos militares, capaz de passar por todas as etapas de certificação, teste e aprovação.

Projeto inspirado na Ucrânia

O recente confronto entre a Rússia e a Ucrânia serve como um exemplo da iniciativa. No conflito, ambos os lados utilizaram milhares de pequenos drones comerciais, como os Quadricópteros de consumo, de valor abaixo de US$ 2.000, desempenhando funções cruciais em táticas de reconhecimento, ajuste de fogo de artilharia e até no transporte de explosivos. Além disso, drones de corrida FPV, com custo de US$ 400, são frequentemente utilizados para bombardear tanques e outros alvos.

Recentemente, a Fundraisers United24, uma entidade ucraniana, exibiu fotos dos primeiros 800 produtos de um conjunto de 3.000 drones FPV produzidos internamente que serão despachados para a área de combate.

Os desafios de Hicks

A busca de Hicks para o projeto Replicator enfrentará um desafio considerável ao tentar igualar a sofisticação de alguns modelos produzidos na Ucrânia, os quais possuem o tipo de autonomia almejada pelo Pentágono.

No entanto, a vice-secretária se deparará com a resistência das práticas arraigadas nos EUA ao tentar replicar tal feito. Há alegações de que as equipes contratadas, por vezes, acrescentam elementos excessivamente caros aos produtos, seguindo a prática conhecida como “chapeamento de ouro”, visando aumentar o próprio lucro. Isso poderia ser considerado um eufemismo, considerando que alguns drones poderiam ser mais acessíveis se fossem feitos de ouro sólido.


De fabricação turca, o drone Bayraktar TB2 é usado pelos ucranianos. (Foto: reprodução/O Globo).


Manter os custos controlados é um desafio conhecido pela vice-secretária Hicks nos programas de drones. Para garantir contratos para o Replicator, os fornecedores devem demonstrar estratégias claras de contenção de custos durante o ciclo de desenvolvimento e fabricação.

Em novembro, o Exército publicou uma solicitação ligada ao Replicator, na qual pedia aos contratantes mais detalhes sobre a produção de um drone compacto com visão diurna e noturna, além de autonomia de 30 minutos, por um custo unitário inferior a US$ 3.000. O pedido divulgado se alinha aos valores dos drones disponíveis no mercado, porém, representa um valor excepcionalmente baixo para equipamentos militares.

 

Foto destaque: Inspirado na Ucrânia, Pentágono investe na produção de drones (Reprodução/Forbes)

Cybertruck da Tesla é lançada com design futurista, atrasos e “modelo monstro”

A Cybertruck da Tesla, revelada em 2019 e marcada por atrasos e ajustes, promete revolucionar o mercado de pickups elétricas com design futurista, “modelo monstro” e tecnologia de ponta no interior. Críticos também apontam o aumento dos preços iniciais e questionam praticidade da pickup para uso urbano.

Atraso de 4 anos no lançamento da pickup elétrica

A Cybertruck da Tesla foi revelada em 21 de novembro de 2019 no Tesla Design Studio, em Los Angeles, mesmo ano e local do filme “Blade Runner”, no qual foi inspirada. 

Durante a revelação, um incidente repercutiu na mídia global: as janelas “Armor Glass”, anunciadas como inquebráveis, foram danificadas após o projetista Frank von Hozhausen lançar uma bola de ferro contra os vidros da pickup elétrica. 

As reservas para a Cybertruck começaram logo após o evento de lançamento, com um depósito inicial de $100. Em 23 de novembro de 2019, o CEO da Tesla Elon Musk anunciou que, em um dia e meio, 146 mil reservas já haviam sido feitas.


Cybertruck da Tesla chegou finalmente ao mercado em novembro de 2023 (Foto: reprodução/Motortrend)


Preços dos modelos aumentaram desde o anúncio da Cybertruck

A produção da Cybertruck na Gigafactory Texas só começou em julho de 2023, com as primeiras unidades entregues em 30 de novembro a clientes.

O preço também sofreu ajustes: o modelo de motor único RWD, inicialmente prometido por cerca de US$ 40.000, foi lançado a US$ 60.990 (cerca de R$ 300 mil), com as versões mais avançadas, os modelos AWD padrão e a variante tri-motor Cyberbeast, custando US$ 79.990 e US$ 99.990 (cerca de R$ 390 mil e R$ 490 mil, respectivamente).

Design futurista, aceleração Cyberbeast e tecnologia de ponta no interior

A Cybertruck da Tesla se destaca por seu design futurista e robustez. Com uma autonomia de 547 km por carga, esta picape elétrica pode rebocar até 5 toneladas, e oferece durabilidade e resistência, sendo equipada com uma carroceria de aço inoxidável e vidros blindados. 

A aceleração de 0 a 96,5 km/h em 2,6 segundos do modelo Cyberbeast impressiona, assim como sua tecnologia interna, incluindo uma tela de 18,5 polegadas e filtro HEPA de nível hospitalar para o interior do veículo.


Painel da Cybertruck não tem controles convencionais (Foto: reprodução/Motortrend)


No entanto, críticos como Justin Banner, do Motortrend, e Jack Rix, do TopGear da BBC, apontaram problemas de acabamento, desafios na condução urbana e preocupações com a falta de botões convencionais no interior, destacando também o aumento nos preços desde o anúncio da pickup.

Especificações da Tesla Cybertruck

  • Modelos: RWD, AWD e Cyberbeast;
  • Segmento: Picape elétrica de grande porte;
  • Fabricação: Início em 2023, em Austin, Texas, EUA;
  • Designers: Franz von Holzhausen e equipe;
  • Versões de tração: Traseira (RWD) e Integral (AWD, Dual ou Tri-Motor);
  • Transmissão: Automática de 1 velocidade;
  • Bateria:
    • Principal: 123 kWh, 800V;
    • Opcional (extensor de alcance): 50 kWh;
  • Autonomia estimada (EPA):
    • Padrão: 400 a 545 km;
    • Com extensor: 710 a 755 km;
  • Recarga:
    • Supercharger V3 até 250 kW (400V);
    • Supercharger V4 até 350 kW (800V);
  • Dimensões:
    • Comprimento: aproximadamente 5,68 m;
    • Largura: 2,00 a 2,40 m;
    • Altura: cerca de 1,79 m;
  • Peso:
    • AWD: Cerca de 2.995 kg;
    • Cyberbeast: Aprox. 3.104 kg;
  • Capacidade de reboque:
    • AWD e Cyberbeast: Até 5 toneladas;
    • RWD: Até 3,4 toneladas;
  • Capacidade de carga: Até cerca de 1.134 kg;
  • Suspensão: Ajustável a ar, com até 44 cm de altura livre do solo;
  • Interior:
    • Tela central de 18,5 polegadas;
    • Tela traseira de 9,4 polegadas;
    • Sistema de som premium com 15 alto-falantes;
    • Filtro de ar HEPA hospitalar.

Foto Destaque: pickup elétrica Cybertruck da Tesla (Reprodução/Topgear)

Veja quais são as novas atualizações para o iOS 17

No final do mês de novembro, dia 30, Apple lançou versão mais recente do sistema operacional para alguns de seus dispositivos, o iOS 17.1.2. Apesar de ter lançado uma versão anterior recentemente, a atualização se tornou necessária para reforçar e aprimorar a segurança dos inúmeros usuários da empresa.

Dispositivos Compatíveis com o iOS 17.1.2

Se o seu iPhone foi fabricado a partir de 2018, ele está apto para receber esta atualização, confira a lista a seguir:

  • iPhone XS

  • iPhone XS Max

  • iPhone XR

  • iPhone 11

  • iPhone 11 Pro

  • iPhone 11 Pro Max

  • iPhone 12

  • iPhone 13

  • iPhone 14

  • iPhone 15

  • iPhone SE (segunda e terceira geração)


iPhone Rosa Ouro sobre notebook (Foto: reprodução/Tomazs Kuleza/Pexels)


Instruções para Atualização

Para realizar a instalação da versão mais recente do sistema operacional, o iOS 17.1.2, em seu dispositivo, siga estes passo a passo:

  1. Realize um backup no iCloud.

  2. Esteja conectado a uma rede Wi-Fi.

  3. Acesse “Ajustes”.

  4. Selecione “Geral”.

  5. Escolha “Atualização de Software”.

  6. Por fim, clique em “Baixar e Instalar”.

O que há de novo?

Segundo as informações disponíveis no próprio site oficial da Apple, “A atualização do software para a versão mais recente do iOS ou iPadOS traz recursos, atualizações de segurança e correções de bugs mais recentes”, a abordagem de erros identificados estão no WebKit e em seu mecanismo de busca, os quais poderiam comprometer dados sensíveis dos usuários. 

Até o presente momento, essas são as principais melhorias. Entretanto, é importante destacar que novas atualizações estão previstas para o iOS 17.2. Essa próxima versão promete trazer consigo a tão aguardada introdução do “Journal” (bloco de notas personalizável). Além disso, o aplicativo AppleTV passará por ajustes sutis, e as notificações do dispositivo poderão apresentar novas opções para personalização. O novo upgrade do sistema operacional está programado para ser lançado no meio de dezembro, próximo a data natalina.

 

Foto destaque: Painel de configurações gerais e atualizações (Reprodução/Apple)

Sam Altman volta ao cargo de CEO da OpenAI: entenda as possíveis repercussões

Em um comunicado que pegou o mundo da tecnologia de surpresa, a OpenAI havia anunciado no dia 17 de novembro a demissão de Sam Altman, CEO da empresa e um dos grandes responsáveis pelo crescimento da mesma após o desligamento do cofundador Elon Musk, sem dar maiores detalhes sobre o ocorrido.

Altman, que já havia se despedido publicamente após a demissão, aceitou trabalhar junto da Microsoft no desenvolvimento de IA, mas pouco mais de uma semana depois, acabou sendo reintegrado ao seu cargo anterior na empresa dona do ChatGPT. 

Importância de Altman para o mercado 

Anos atrás, quando as discussões a respeito da inteligência artificial ainda estavam em sua infância e ainda não se imaginava a GenAI no estado em que a conhecemos atualmente, Elon Musk e Sam Altman, além de outros grandes nomes no cenário de tecnologia, se uniram para criar uma organização, a princípio sem visar o lucro, para desenvolver a IA e transformá-la em um instrumento com o qual a humanidade pudesse vir a se beneficiar no futuro, conforme descrito no comunicado da empresa publicado em 2015. 

Algum tempo depois, Musk acabou deixando a empresa e cortando uma importante fonte de investimento para a organização que, até o momento, não tinha pensado em monetizar sua pesquisa. Em prol do futuro e do desenvolvimento continuado da tecnologia que conhecemos hoje como IA generativa, Sam Altman acabou abrindo a OpenAI para o mercado de investidores, além de criar uma subsidiária da empresa inteiramente voltada ao lucro, para que pudessem arcar com o custo das pesquisas.  

Desde então, com a chegada do ChatGPT ao mercado e a revolução da inteligência artificial que está afetando diversos setores ao redor do mundo, Sam Altman se provou ser uma peça-chave para o crescimento da então startup OpenAI, permitindo que ela floresça em um mercado já habitado por gigantes, como a Google e a Microsoft.

Mas isso não significa que a jornada de Altman na empresa está sendo livre de problemas, já que o empresário entrou em conflito de interesses com o quadro de diretores da OpenAI diversas vezes ao longo dos anos, também por motivos que não foram revelados ao público. Isso culminou na demissão do CEO algumas semanas atrás, antes de voltar ao posto muito por conta do apoio da Microsoft, que é uma das grandes empresas de tecnologia que investiu bilhões de dólares na pesquisa da OpenAI. 

Consequências para o mercado 

A volta de Altman para o cargo de CEO da empresa pode ser significativa para o mercado, ainda mais considerando a parceria entre o empresário e a Microsoft, que aparenta confiar nas habilidades de liderança e na visão de Altman para o futuro. O motivo para a demissão ainda não foi divulgado, mas está claro que o conflito entre o empreendedor e o conselho de diretores está enraizado, em partes, no uso e desenvolvimento da inteligência artificial, cuja falta de regulamentação torna aparente problemas morais em sua utilização. 


O anúncio oficial da volta de Sam Altman para o cargo de CEO da OpenAI (Foto: reprodução/X/@OpenAI)


Durante a tomada de posse de seu cargo como CEO, o empresário novamente afirmou que pretende continuar investindo não apenas no desenvolvimento da tecnologia, mas também na segurança da mesma. O objetivo é melhorar o produto para os consumidores da empresa, tornando a vida de seus clientes mais fácil e prática com recursos que apenas a IA pode oferecer. 

A esperança de Altman, também, é conseguir montar um conselho administrativo com uma perspectiva mais ampla e aberta, para evitar problemas no futuro. 

Essa situação, contudo, novamente reforçou a necessidade de uma legislação formal a respeito do uso da inteligência artificial. Essas regulamentações ainda não existem oficialmente em todo o globo, com novos projetos de lei sendo propostos e revisados em países como os EUA e aos integrantes da União Europeia. 

Por ser uma nova tecnologia cujos limites ainda não foram totalmente descobertos, é possível que muitas brechas sejam descobertas no futuro conjunto de leis proposto para governar o uso da inteligência artificial, mas países de primeiro mundo — e que possuem uma grande tradição tecnológica — dificilmente irão abolir completamente o uso, já que os benefícios certamente são maiores do que os possíveis riscos. 

Um exemplo é o caso da legislação promulgada por Joe Biden, que visa garantir a confiabilidade da IA e diminuir a possível utilização potencialmente perigosa dela. É uma briga perigosa, já que muitas das grandes empresas de tecnologia já investiram bilhões de dólares na IA e inúmeras startups surgem no mercado a todo  momento, buscando utilizar a GenAI para novos fins. 

Foto destaque: Sam Altman, CEO da OpenAI, de frente para painel com logo da empresa (Reprodução/Bloomberg/SeongJoon Cho)