Tesla chama mais de 120 mil veículos para recall devido falha de segurança

A Tesla emitiu um recall para mais de 120 mil veículos produzidos entre 2021 e 2023 com o intuito de regular uma funcionalidade de software que falhava em manter o travamento das portas do veículo após um acidente.

Análise do defeito

Segundo a Administração Nacional de Segurança do Tráfego nas Rodovias dos EUA (NHTSA), os engenheiros da companhia tiveram conhecimento do defeito no dia 6 de dezembro ao realizar determinados testes de impacto na lateral dos carros e que esse defeito afeta alguns veículos do Model S e do Model X.

De acordo com a Tesla, um mecanismo de travamento da porta da cabine que não esteja em conformidade com os padrões federais de segurança para veículos motorizados (FMVSS) pode aumentar o risco de ferimentos durante uma colisão.

A empresa não possui qualquer conhecimento sobre ferimentos relacionados com a condição. Sem nenhum custo para os clientes, os veículos afetados receberam uma solução de software que começou a ser implantada a partir de 12 de dezembro de 2023.


Pessoa dirigindo carro da Tesla (Foto: reprodução/SCREEN POST/Pexels)


Complicações com outras funções do carro

A companhia já vem sofrendo com alguns problemas e teve que fazer outras ações de recall recentemente, na semana passada, a Tesla fez recall de quase todos os seus 2 milhões de veículos nos EUA para tentar limitar o uso do recurso de piloto automático que vem sofrendo controvérsias após uma investigação de dois anos realizada pelos reguladores de segurança dos Estados Unidos sobre cerca de 1.000 acidentes nos quais o recurso possui envolvimento.

A Tesla lançou uma atualização que dá aos motoristas mais avisos quando eles não estão prestando atenção à estrada enquanto a função “Autosteer” do piloto automático está ativada. De acordo com um comunicado da NHTSA, esses avisos virão em formato de notificações e que possuem o intuito de lembrar os motoristas de manter as mãos no volante e prestar atenção na estrada.

O recall ocorreu dois dias após a publicação de uma investigação detalhada feita pelo Washington Post que encontrou pelo menos oito acidentes graves, incluindo mortes, nos quais o recurso Piloto Automático não deveria ter sido ativado.

Foto destaque: logo da Tesla em cartão (Reprodução/SCREEN POST/Pexels)

Usina de dessalinização em Fortaleza gera conflito entre governo e Anatel

Uma usina de dessalinização construída na Praia do Futuro, em Fortaleza, tem gerado polêmica entre o Governo do Ceará, que defende o projeto como uma solução para o abastecimento de água na região, e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que alerta para os possíveis riscos à infraestrutura de cabos submarinos que garantem a conexão de internet no país.


Cabos submarinos são responsáveis por conectar os países (Foto: reprodução/Infrapedia/O Globo)


Entenda o funcionamento dos cabos submarinos

Os cabos submarinos são responsáveis por transmitir a maior parte dos dados que circulam na internet, como vídeos, notícias, filmes, séries e arquivos na nuvem. Eles são mais rápidos, mais baratos e mais eficientes do que as redes de satélite, e interligam os continentes através dos oceanos.

No Brasil, existem três centrais de cabos submarinos, localizadas em Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Mas o principal polo é o da Praia do Futuro, em Fortaleza, que recebe 17 dos cerca de 400 cabos que existem no mundo. Isso se deve à sua posição geográfica, que facilita a conexão com a Europa, a África e o restante da América.

Segundo o Google, que investe em 19 cabos submarinos no planeta, atividades e ações humanas são os principais problemas que afetam os cabos, como a pesca, o arrasto de redes e de âncoras, e até mesmo o ataque de tubarões. Por isso, a Anatel teme que a construção da usina de dessalinização, com o propósito de aproveitar a água do mar para que a mesma seja consumida por humanos, possa danificar os cabos com a vibração da água ou com a proximidade dos dutos da usina.

Anatel x Governo do Estado

De acordo com a Anatel e a Época Negócios, o local onde a construção foi feita concentra mais de 90% do tráfego de internet do país, e que qualquer rompimento dos cabos pode comprometer a qualidade e a estabilidade da conexão, além de afetar os serviços e os aplicativos que dependem de servidores fora do Brasil.

“Com a construção dessa usina, há o risco de haver rompimento dos cabos com a vibração da água, caso os dutos da usina não estejam a uma distância segura desses cabos. Além disso, o aumento da demanda por internet no país deve resultar no aumento considerável de cabos submarinos instalados nos próximos anos”, complementa a Anatel.

O Governo do Ceará, por sua vez, diz que o projeto da usina de dessalinização já foi aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente e pela Superintendência do Patrimônio da União, e que não apresenta nenhum risco aos cabos. A Companhia de Água e Esgoto do estado, a Cagece, informou, segundo a Época Negócios, que o projeto já teve modificações e que a distância entre os cabos e a infraestrutura da usina foi ampliada de 40 para 500 metros. A previsão é que a construção da usina comece até março do próximo ano.

Enquanto isso, a Anatel recomenda que o Brasil passe a adotar e pensar em políticas de Segurança Nacional visando a infraestrutura de cabos submarinos, e lista uma série de medidas para proteger e fortalecer essa rede crítica de comunicação, como a vigilância marítima, a cooperação internacional, a criptografia de dados, a diversificação de rotas, a resposta rápida a incidentes, entre outras.

Foto Destaque: ações humanas são atividades que mais afetam os cabos submarinos (Reprodução/SPE Águas de Fortaleza/Época Negócios)

Mais de 276 mil usuários aderem à plataforma Celular Seguro em apenas 24 horas

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, mais de 276 mil usuários se cadastraram na plataforma Celular Seguro em um período de apenas 24 horas. Lançada pelo governo federal na última terça-feira (19), a plataforma oferece uma solução abrangente para casos de perda, roubo ou furto de aparelhos, permitindo o bloqueio do dispositivo, da linha telefônica e dos aplicativos bancários.

Até as 15h30 de quarta-feira (20), 182.645 celulares foram registrados no site ou aplicativo, com 169.843 pessoas incluídas como contatos de confiança. O balanço revela ainda que 1.213 bloqueios foram realizados em decorrência de perda, roubo e furto de celulares, após alertas de usuários.

O aplicativo

A plataforma, acessada atráves do gov.br, proporciona um gerenciamento da segurança dos dispositivos móveis e está disponível tanto na Play Store, para dispositivos Android, quanto na App Store, para o sistema iOS. O aplicativo exige o login por meio da conta gov.br após o download.

Ao cadastrar o aparelho, o usuário deve fornecer informações como número, marca e modelo. É possível registrar mais de um dispositivo, contanto que a linha esteja vinculada ao CPF do usuário. Além disso, o sistema permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, autorizadas a criar ocorrências em nome do usuário.

Em casos de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança pode registrar a ocorrência por meio do site ou aplicativo, detalhando quando, onde e como ocorreu o incidente. O sistema, então, emite alertas para as instituições participantes, permitindo que tomem ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros, do aparelho e da linha telefônica.

Uma funcionalidade adicional, aguardada com expectativa pelos usuários, é o bloqueio da linha telefônica por meio do chip, que estará disponível no aplicativo a partir de 9 de fevereiro. Até essa data, a orientação é continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.


Mesmo com a queda nos números, índices de furtos de celulares ainda são altos no Brasil (Foto: reprodução/LightFieldStudios/Getty Images/iStockphoto/ES Brasil)


Furtos de celular no país

Os furtos de celular no Brasil chamam muita atenção. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a capital registrou um total de 159.557 roubos em 2016. Já em 2022, esse número desceu para 139.853, o que representa uma diminuição de 12,3% nos índices de roubo na capital paulista se comparados esses dois anos. Apesar da diminuição quantitativa, os números expressivos demandaram a criação do aplicativo Celular Seguro.

Foto destaque: Após 24 horas do lançamento, uma ampla gama de brasileiros já baixaram o aplicativo (Reprodução/Celular Seguro/Olhar Digital)

Fotos e vídeos danificados? Saiba como recuperar arquivos MP4

Quem não quer passar pela frustrante sensação de não conseguir acessar vídeos incríveis e memoráveis precisa saber recuperar arquivos MP4.

De fato, todas as pessoas possuem uma infinidade de arquivos digitais. Mas, quem é viajante sabe que cada viagem gera vários registros das novas experiências.

Agora imagine a tristeza, ao tentar abrir uma foto ou um vídeo daquela viagem que foi seu sonho durante muito tempo, constatar que os arquivos estão danificados.

Muita gente tem o hábito de salvar arquivos em dispositivos externos, como HDs. Porém, se houver alguma falha ou erro nas pastas, esses itens se tornam inacessíveis.

A boa notícia é que é possível recuperar arquivos MP4, fotos e vídeos com poucos minutos e cliques. Saiba como!

Por que os arquivos se danificam? 

Arquivos de fotos, por exemplo, são formados por uma série de bits. Quando alguma dessas pequenas partes se corrompe, todo o arquivo se torna inacessível. 

Como há uma espécie de “parte faltante” o software não consegue ler e compreender esse arquivo, impossibilitando o acesso à essa mídia. Isso não significa que a imagem não aparecerá na sua tela, mas ela pode estar com uma faixa cinza, borrada ou inteiramente preta.

Há uma série de motivos que fazem um arquivo estar corrompido.  Se você é do tipo que ao perceber que: “não consigo abrir arquivos JPG”, começa a se desesperar, tenha calma. Ter arquivos corrompidos é mais comum do que se imagina. 


(Foto: reprodução/Thridman/Pexels)


Algumas questões que corrompem os arquivos acontecem por intermédio dos usuários. Como deletar arquivos por equívoco.

Sabe quando você chega da viagem com vários gigas de arquivos e precisa fazer uma seleção para organizar seus arquivos e reduzir a memória utilizada? Nessa seleção, pode acontecer que você, no calor do momento, apague alguma foto que ainda precisa.

E, no caso de não haver uma cópia de segurança, ou quando esvazia a lixeira ou formata o disco rígido acidentalmente, precisará recuperar os arquivos excluídos. 

Porém, há questões que são incontroláveis ao usuário. Falta ou queda de energia, falha no disco rígido, sistema operacional reinstalado ou fragmentação inválida também corrompem arquivos.

Da mesma forma que, falhas ao transferir arquivos de um armazenamento para outro, como da câmera para o computador. Arquivos de extensões diferentes, ou que não são suportadas pelos programas atuais também possuem a leitura e acesso dificultados.

Equívocos no armazenamento ou na manipulação de dados podem corromper arquivos a qualquer momento. Por isso, um viajante precavido e que quer preservar seus arquivos precisa saber como recuperar arquivos MP4, fotos e vídeos. 

Como recuperar arquivos MP4, fotos e vídeos?

Apesar de parecer um processo bastante complexo, a tecnologia possibilitou restaurar e reavivar as suas fotos em poucos minutos.

Independentemente de como as mídias foram perdidas ou se tornaram inacessíveis, recupere arquivos MP4, fotos e vídeos em qualquer situação.

Inclusive, a Inteligência Artificial aplicada em softwares de recuperação, aumenta a qualidade dos registros das suas memórias.  

Até mesmo aquelas imagens de viagens antigas e que foram digitalizadas podem ter seu estado ideal restaurado sem esforços.

Relembre os mínimos detalhes que te fizeram fazer o registro de determinado item ou construção, por exemplo. Além disso, ninguém quer manter um arquivo de baixa resolução, não é mesmo?

Por isso, se você quer garantir que seus arquivos possam ser vistos, no momento em que você precisar, confira o passo a passo para recuperar arquivos MP4, fotos e vídeos.

  1. Tenha como parceiro o melhor programa para reparo de fotos e vídeos

O primeiro passo é acessar o site e instalar o Wondershare Repairit. Esse recuperador de fotos e vídeos é muito simples de ser usado e está disponível para computador e Mac.

A ferramenta é capaz de recuperar arquivos do disco rígido, cartão de memória, pen drive, câmera digital e demais armazenamentos externos. 

Após a sua instalação, execute o programa para iniciar a recuperação dos arquivos. É importante frisar que a ferramenta é totalmente segura, recupera arquivos que outros softwares não conseguem, e gera resultados surpreendentes.

  1. Recuperando arquivos

(Foto: reprodução/Repairit)


Na página inicial do Recoverit escolha a pasta ou armazenamento de onde os arquivos foram perdidos. Clique em “selecionar localização” para escolher entre o disco rígido, uma unidade USB ou pasta específica. 

A seguir, clique em “iniciar” para que o processo de varredura e verificação do local comece. Enquanto a varredura acontece, os resultados aparecem em tempo real na tela. Use filtros para facilitar a seleção e localização dos arquivos que serão recuperados.

Ao constatar que a mídia desejada apareceu na lista de arquivos encontrados, você poderá finalizar ou pausar a busca. O tempo dessa varredura varia de acordo com o tamanho e a quantidade de arquivos presentes no mesmo local de armazenamento.

Caso trabalhe com vídeos ou queira recuperar arquivos MP4 ou outros tipos de vídeo, use a opção “Recuperação Avançada de Vídeo”. Dessa forma, a varredura se aprofundará em arquivos de grande porte.

  1. Conferindo o resultado e salvando a nova versão

Uma das vantagens do Recoverit é que você pode visualizar os arquivos recuperáveis antes de prosseguir para a etapa da recuperação.

Ao clicar no arquivo uma miniatura é apresentada e, clicando em “visualizar” , o arquivo é apresentado em uma janela de visualização. 

Após revisar as mídias que deseja possuir, clique sobre “Recuperar”, escolha uma pasta para salvar esses arquivos, e pronto!

Quando o processo for finalizado, você terá novamente acesso aos seus vídeos e fotos.


(Foto: reprodução/Repairit)


Uma dica extra!

Como dica extra, evite salvar os arquivos recuperados pelo Recoverit nos mesmos dispositivos ou pastas usados para recuperá-los. Esses locais podem estar com problemas e causar falhas nas leituras das fotos e vídeos.

E agora você, como um viajante voraz, pode registrar cada passo de sua aventura com a tranquilidade de ter acesso aos seus arquivos, mesmo que estejam corrompidos.

Instale o Wondershare Recoverit e use sempre que precisar! Assim, nenhuma foto ou vídeo danificado vai “tirar o seu sono”.

Foto destaque: registro de foto de paisagem (Reprodução/Yanalya/Freepik)

Liderança da Amazon busca avanços com tecnologia espacial

Jeff Bezos, CEO da Amazon, escolheu um veterano de longa data da empresa, Dave Limp, para liderar a Blue Origin, sua empresa de lançamento de foguetes, em uma missão de concorrer com a SpaceX, de Elon Musk. Limp expressou entusiasmo em uma publicação no LinkedIn, destacando suas prioridades, que incluem a aceleração do desenvolvimento do New Glenn e a produção do motor BE-4, projetado para ser potente e competitivo. 

Ao infinito e além

Além de liderar o desenvolvimento do New Glenn, Limp supervisionará a construção de um módulo de pouso lunar para a NASA, uma estação espacial orbital e um negócio centrado em satélites manobráveis de manutenção e reabastecimento. Ele também será responsável por reiniciar o negócio de pesquisa e turismo espacial suborbital da Blue Origin, com o New Shepard, foguete pequeno e reutilizável, voltando a voar após uma paralisação de 15 meses.

O antecessor de Limp, Bob Smith, desempenhou um papel crucial no lançamento bem-sucedido da New Shepard e liderou a Blue Origin em uma batalha legal para garantir um contrato multibilionário de pouso na Lua com a NASA.


Em 2021, o bilionário Jeff Bezos foi para o espaço pela primeira vez (Foto: reprodução/Andrew Harrer/Bloomberg)


Guerra nas estrelas

A SpaceX, principal concorrente da Blue Origin, tem dominado o mercado global de lançamentos com seu Falcon 9, lançando vários astronautas e quase 100 missões em órbita este ano. Elon Musk promete continuar essa trajetória com a nave Starship, totalmente reutilizável, oferecendo viagens mais baratas ao espaço.

Observadores do setor espacial, como George Sowers, consultor que trabalhou com a Blue Origin, alertam sobre a necessidade de rapidez e entrega. A Blue Origin, que tem sido financiada por Bezos sem a pressão de lucros imediatos, pode estar enfrentando desafios de sustentabilidade.

Há também especulações sobre a possível aquisição da United Launch Alliance (ULA) pela Blue Origin. A empresa já manifestou interesse no passado, juntamente com a empresa de capital privado Cerberus e a Textron, segundo fontes familiarizadas. Isso poderia fortalecer ainda mais a posição da Blue Origin no mercado de lançamentos de satélites.

 

Foto destaque: A Blue Origin busca criar concorrência com a SpaceX (reprodução/Patrick T. Fallon/AFP via Getty Images/Bloomberg)

Empresas de tecnologia têm ondas de demissão durante todo o ano de 2023

Durante todo o ano de 2023, com alguns indícios de que isso ocorreria desde novembro de 2022, as empresas de tecnologia viram os investimentos diminuindo, assim como a inflação aumentando e precisaram tomar providências, uma delas foi essa onda de demissões durante o período que afetou não só as pequenas empresas, mas também as gigantes do ramo, como Alphabet (Google), Amazon, Microsoft e Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp). Ao todo, apenas em 2023, 1.167 empresas tiveram demissões e cerca de 259 mil funcionários foram demitidos, segundo o rastreador Layoffs.fyi hoje (20).

Empresas que mais demitiram e quantos foram demitidos

Segundo o rastreador mencionado anteriormente, as maiores ondas de demissões ocorreram em janeiro deste ano, com mais de 89 mil pessoas demitidas por 276 empresas, seguido por fevereiro, no qual houveram 39 mil demitidos por 181 empresas; esses números foram diminuindo conforme o ano foi passando, mas ainda há o receio de outras ondas de demissão.

Com relação às “Big Techs”, seguem os números: Amazon têm em seu histórico 18 mil funcionários demitidos, Alphabet com 12 mil, Meta e Microsoft com 10 mil demitidos cada uma; já empresas grandes, mas de menor expressão no mercado, como a Ericsson, registraram 8.500 funcionários demitidos, a Flink com 8 mil demitidos e a Dell com cerca de 6.600 funcionários.


Desenvolvedor de software (Foto: reprodução/Innovalabs/Pixabay)


Freio nos investimentos e inflação gera a onda de demissões

De acordo com o especialista em tecnologia e professor convidado da FGV ao portal G1 de notícias, o período da pandemia gerou um boom no setor devido ao maior número de pessoas que, em época de isolamento, voltaram-se ao consumo das plataformas e produtos expostos nessas plataformas, gerando uma demanda maior de funcionários que desse conta desse crescimento. Entretanto, com a flexibilização da quarentena e a volta gradual ao convívio comum, essa demanda diminuiu e, somando-se às taxas de inflação que desaqueceram o consumo, forçou as empresas a diminuírem os gastos com publicidade, enfraquecendo uma fonte de renda importante para as Big Techs e, por consequência, os investimentos em todas as áreas foram diminuindo, desembocando neste período de demissões.

Foto destaque: escritório do Google em Bay Area-CA (Reprodução/denvit/Pixabay)

Próximo ao Natal, Apple Watch 9 é proibido de ser comercializado nos EUA pela ITC

A Apple anunciou na segunda-feira (18) que precisaria suspender as vendas de alguns modelos do Apple Watch nos Estados Unidos, depois que uma proibição sobre a importação de certos produtos foi imposta pela Comissão de Comércio Exterior (ITC). O motivo foi a conclusão das investigações do órgão regulador, que afirma que a empresa violou as patentes de uma concorrente quanto a um sensor de oxigênio no sangue presente em alguns modelos do aparelho. 

Relógios que entram no corte

Os dispositivos afetados foram o Apple Watch Series 9 e o Ultra 2, que não poderão mais ser comercializados no país após o dia 21 de dezembro deste ano, para os pedidos online. As vendas em lojas físicas da empresa serão interrompidas após o dia 24 de dezembro. 

Essa é uma decisão dura para a empresa, já que a remoção dos aparelhos das prateleiras acontece pouco antes do feriado de Natal, impossibilitando que a Apple capitalize na data comemorativa para lucrar ou, pelo menos, aliviar o prejuízo advindo dessa proibição. 

Os dois principais modelos afetados pelo decreto também são as versões mais novas do aparelho, com o Apple Watch Series 9 tendo sido lançado oficialmente ainda em Setembro deste ano, após a conferência de novidades da empresa. 

Aos que já haviam realizado a compra do relógio, não haverá maiores preocupações, pois o escopo da proibição não engloba os produtos já vendidos pela Apple. 

Consequências da proibição 

A situação, embora seja potencialmente desastrosa para o lucro futuro da empresa até o fechamento do ano fiscal, não está totalmente sem esperanças. A big tech ainda está lutando nos tribunais para que a decisão seja revertida ou que, ao menos, as sanções não sejam tão extremas. Caso contrário, é possível que a Apple precise levar o relógio de volta para a “bancada”, de modo a criar uma nova versão que não utilize o sensor de oxigênio atual. 


O Masimo W1, relógio da concorrente da Apple que conta com a tecnologia de medição do oxigênio no sangue (Foto: reprodução/Masimo)


Por enquanto, não há sinais de um possível acordo entre a Apple e sua concorrente, a Masimo, que havia entrado na justiça em Outubro deste ano para protestar contra o uso indevido de uma de suas patentes. 

As ações da gigante caíram cerca de 1% desde que o anúncio da proibição foi feito pela empresa, mas têm o potencial de caírem ainda mais caso a administração Biden não vete a decisão feita pela ITC até o fim do ano.

Foto destaque: Apple Watch rosa em exibição (reprodução/Getty Images/James D. Morgan/Aol)

Após acidente em 2022, foguete da Blue Origin, “New Shepard”, decola com sucesso

A terça-feira (19) fechou em um momento de triunfo para a Blue Origin, fabricante de foguetes e veículos espaciais do bilionário Jeff Bezos, com o lançamento bem-sucedido do foguete New Shepard. A empresa enfrenta dificuldades na produção de  seu novo veículo espacial há meses, culminando com uma tentativa de lançamento desastrosa em setembro de 2022, quando a nave infelizmente apresentou uma falha no motor e caiu. 

Voo bem-sucedido 

Apesar de algumas complicações iniciais no processo de decolagem, que tinha previsão de ser realizado na segunda-feira (18) mas foi brevemente adiado por conta de um problema no sistema terrestre da nave, o novo teste foi um sucesso retumbante para a Blue Origin, que conseguiu realizar o lançamento do foguete não-tripulado sem maiores problemas. 


New Shepard decolando durante o novo teste realizado pela Blue Origin, em pista de lançamento no Texas (Foto: reprodução/Blue Origin)


A nave foi ao espaço carregando 33 cargas úteis voltadas para a ciência e pesquisa, com o objetivo de coletar dados e realizar experimentos no espaço, além de 38.000 mil cartões-postais do “Clube para o Futuro”, uma ONG fundada pela Blue Origin em 2019 com o objetivo de inspirar jovens promissores a buscarem carreira no campo de astronavegação. 

O New Shepard demorou cerca de quatro minutos para alcançar sua altitude máxima pós-lançamento, aterrissando cerca de sete minutos depois de ter decolado. 

Odisseia do New Shepard

Há anos Jeff Bezos demonstra um interesse singular pelo espaço, seja pelo gosto do bilionário pela imensidão do universo ou as perspectivas econômicas e financeiras que o acesso consistente ao exterior de nosso planeta-natal possa trazer. Em meados dos anos 2000, apenas isso bastou para que Bezos criasse a empresa Blue Origin, focada em astronáutica e outros serviços de voo suborbital. 

O objetivo principal da empresa, segundo as palavras do próprio Bezos, é auxiliar no desenvolvimento da tecnologia de voo espacial, reduzindo os custos das viagens realizadas ao exterior do planeta, de modo que nós humanos, possamos continuar explorando o espaço com maior facilidade.  

Esse foi um dos fatores que motivou o desenvolvimento do New Shepard, que está em um processo constante de fabricação e aprimoramento desde antes de 2013. O primeiro voo de teste do foguete ocorreu em 29 de abril de 2015, onde o veículo conseguiu atingir uma altitude de 93,5 km e uma velocidade máxima de Mach 3, ou cerca de 3.675 km/h. O segundo teste ocorreu em 23 de novembro de 2015, sendo capaz de pousar verticalmente a cerca de 1,5 metros do centro da plataforma de pouso, tendo sido equipado com um paraquedas que permitiu a aterrissagem do veículo sem danos significativos. 

Em 2021, o New Shepard realizou a primeira viagem de “turismo” registrada na história da astronavegação, levando consigo Jeff Bezos e outros três passageiros. 

Acidente de 2022

Embora não tenha sido uma fatalidade, já que o voo de 2022 também foi um teste não-tripulado, o último lançamento do Blue Shepard apresentou uma falha crítica no motor, mais especificamente no mecanismo de impulsão, momentos depois do foguete ser lançado, numa velocidade de 1.126 km/h e ao alcançar uma altitude 8.500 metros. 

A cápsula espacial sendo propelida pelo foguete pôde ser ejetada de maneira bem-sucedida, mas o acontecimento acabou atraindo a atenção da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que intimou a Blue Origin com a correção de 21 problemas no foguete antes que a próxima missão pudesse ser realizada. 

Segundo a agência, o problema foi causado por conta de uma falha no bocal do motor da nave, por conta de temperaturas mais altas do que o esperado. Portanto, os engenheiros da Blue Origin precisaram redesenhar os componentes do motor e do bocal para evitar que isso voltasse a acontecer, além de consertar outras irregularidades que o veículo apresentava. 

Foto destaque: New Shepard em processo de lançamento (Reprodução/Blue Origin)

Novas imagens de Urano apresentam anéis verticais e características inéditas do planeta

A NASA divulgou recentemente novas imagens de Urano captadas pelo telescópio James Webb onde fica visível novos detalhes do planeta, como a extensa camada de anéis verticais, suas 27 luas e inúmeras características atmosféricas como uma tampa polar sazonal. Essas imagens foram tiradas para complementar e apresentar uma maior clareza desses e de outros detalhes do planeta que já havia sido fotografado em abril deste ano.

Novas imagens

Em comprimentos de onda visíveis, vistos pela Voyager 2 na década de 1980, Urano apareceu como uma bola azul sólida e plácida. É através dos comprimentos de onda infravermelhos, que o telescópio James Webb está revelando um globo de gelo diverso, dinâmico e com diversas características atmosféricas surpreendentes.

Uma das características mais interessantes a serem analisadas nas fotos é a cobertura sazonal de nuvens no pólo norte do planeta. Em comparação com as imagens captadas no início deste ano, as novas fotos apresentam detalhes do boné que podem ser vistos com mais clareza, incluindo a calota interna branca e brilhante com uma faixa escura na parte inferior da calota polar, seguindo em direção às latitudes mais baixas.


Foto de Urano com características nomeadas (Foto: reprodução/NASA)


Características de Urano

A NASA explica que como Urano gira de lado com uma inclinação de cerca de 98°, ele tem as estações mais extremas do sistema solar e que durante quase um quarto de cada ano uraniano, o Sol brilha sobre um pólo, mergulhando a outra metade do planeta num inverno extremamente escuro com uma duração de 21 anos.

Com a resolução e sensibilidade infravermelha impressionantes captadas pelo Webb, os astrônomos agora possuem a capacidade de observar Urano e suas características com uma clareza muito maior. Esses detalhes, especialmente do anel chamado “Zeta” próximo, serão de alta importância ​​para o planejamento de qualquer planejamento para uma missão futura a Urano.

 

Foto destaque: Foto de Urano (Reprodução/NASA)

Indústria brasileira de games se destaca novamente no cenário mundial em 2023

A indústria de games brasileira continua crescendo em 2023, superando mercados como Estados Unidos e Japão. Com um aumento de demanda de 3% em 2022, mais de 1000 estúdios ativos e uma força de trabalho diversificada com crescente participação feminina, o Brasil reafirma sua posição de liderança na produção de jogos.

Brasil lidera o mercado de games na América Latina com destaque para mobile

Daniel Konstantinovic, analista na Insider Intelligence, especializado em mídia digital, falou para a Forbes Brasil sobre o impacto da pandemia no setor de games, especialmente em dispositivos móveis. Aproximadamente 38% dos jogos desenvolvidos no Brasil são para dispositivos móveis, uma tendência reforçada pelo isolamento social.


Em 2020, a Wildlife, fundada pelos irmãos Victor e Arthur Lazarte, foi avaliada em US$ 3 bilhões (Foto: reprodução/Wildlife)


Conforme dados da Insider Intelligence, a indústria de games na América Latina cresceu 4,35% em 2023, com o Brasil emergindo como líder regional. Com cerca de 104 milhões de jogadores, o país tem uma participação significativa no mercado latino-americano, que conta com 284,7 milhões de jogadores.

Avanços e diversidade impulsionam os games brasileiros

De acordo com a Abragames e ApexBrasil, a indústria brasileira de games teve um crescimento de 3% em 2022, destacando-se mesmo com a queda global do setor. Metade das desenvolvedoras nacionais com atuação internacional obteve mais de 70% do seu faturamento no exterior.


Em abril, a Epic adquiriu o estúdio brasileiro AQUIRIS, criando a Epic Brasil (Foto: reprodução/Epic Games)


A Epic Games adquiriu o estúdio brasileiro Aquiris em abril, tornando-o a Epic Brasil, seu primeiro estúdio na América Latina.

O setor empregou cerca de 13.225 pessoas em 2022, com 24,3% de participação feminina entre os colaboradores e 14,3% entre sócias. Cerca de 80% dos estúdios brasileiros usaram a engine Unity em 2022, indicando a modernização tecnológica na indústria de jogos do país.

Foto Destaque: BIG Festival 2023, em junho, maior evento de games no Brasil (Reprodução/Meu Playstation)