Direitos autorais podem frear o uso de IA em 2024

Empresas como a Microsoft, Meta (dona do Facebook e Instagram) e Midjourney estão sendo processadas por artistas, escritores e outros donos de direitos autorais, alegando usarem suas produções como base, porém sem a devida remuneração para o desenvolvimento da IA. Esse ponto em questão tem potencial para culminar em processo que custe bilhões de dólares para as empresas. Os juízes ainda permanecem céticos sobre as acusações e as empresas alertam que esses processos podem criar obstáculos gigantescos para a crescente indústria. A polêmica vem em meio à greve dos roteiristas em Hollywood e contribui mais ainda para a discussão sobre os direitos autorais e propriedade intelectual.


Estátua que representa a Justiça (Foto: Reprodução/William Cho/Pixabay)


Quem move os processos contra as empresas de IA

Inúmeros artistas processaram as empresas no ano de 2023, dentre os mais famosos estão o escritor e ex-deputado John Grisham, autor de “A troca”, e George R.R. Martin, autor de “As crônicas de gelo e fogo”. A variedade de pessoas afetadas é bem alta e não só a literatura foi utilizada como base; comediantes também tiveram seus textos utilizados, como Sarah Silverman; o pastor e ex-governador Mike Huckabee, cujos textos versam sobre política e religião, também teve sua produção utilizada e move um processo contra as empresas. Além das produções textuais, há também os processos de artistas visuais e musicais, como o provedor de imagens Getty Images e The New York Times, um dos maiores jornais impressos dos EUA. Com isso, os produtores demandam pagamento pela infração no uso de propriedade intelectual e pagamento para continuar usando as produções; como as produções utilizadas são das mais variadas, de fotos e ilustrações, textos sobre religião à comédia, as empresas temem os possíveis danos financeiros, chegando a casa dos bilhões de dólares.

 

O que argumentam as empresas

Após contratarem os maiores escritórios de advocacia americanos, a defesa das empresas se faz com uma analogia aos processos de aprendizado infantil: para aprender a escrever textos e desenhar, as crianças lêem e observam inúmeras obras para depois copiar e criar a partir dessas referências, afirmando portanto que o uso dessas produções pela IA configura o “fair use” dessas obras; além disso, como demonstrado na seção anterior, a quantidade de áreas que moveram processos demonstra que os custos para o desenvolvimento de IA se tornariam bilionários, com potencial para ou acabar com a indústria totalmente, ou diminuí-la drasticamente.

 

Foto Destaque: linguagem de programação para desenvolvimento de IA (Reprodução/Geralt/Pixabay)

Confira as maiores polêmicas e avanços que marcaram o mundo da tecnologia em 2023

O ano de 2023 marcou a história com um turbilhão de avanços e controvérsias tecnológicas. A indústria de tecnologia foi uma montanha-russa de emoções, desde a ascensão da inteligência artificial até debates éticos e discussões acaloradas, além de polêmicas e fatos curiosos envolvendo bilionários de empresas de tecnologia. De IAs com sentimentos a bilionários construindo suas próprias cidades, 2023 foi um ano que nos desafiou a pensar criticamente sobre o futuro que estamos construindo.

Entrevista com o Bing da Microsoft gera debate sobre emoções das IAs


Conversa do repórter do Times com o chatbot da Microsoft Bing (Foto: reprodução/Kevin Roose/The New York Times)


O chatbot Bing da Microsoft roubou a cena em fevereiro de 2023 com suas respostas surpreendentemente emotivas em uma entrevista com um repórter do New York Times. O Bing demonstrou sentimentos amorosos e saudosos na conversa, provocando intensas discussões sobre o potencial e as limitações da sensibilidade da IA.

Parceria da Amazon com a Bowery em agricultura vertical


Fazenda vertical da Bowery, que fechou parceria com subsidiária da Amazon para distribuir alimentos (Foto: reprodução/Melissa Repko/CNBC)


Em julho, a Whole Foods, subsidiária da Amazon, aumentou o espaço nas prateleiras para os produtos da Bowery, uma empresa inovadora em agricultura vertical. Este aumento na distribuição faz parte de uma expansão mais ampla da Bowery, que inclui parcerias com a Amazon Fresh e outros varejistas importantes. Essa abordagem não só promete alimentos mais frescos, mas reduz o impacto ambiental, utilizando 90% menos água do que a agricultura tradicional.

Antissemitismo de Elon Musk e boicote de empresas ao X


Elon Musk falou sobre as acusações de antissemitismo em evento do New York Times (Foto: reprodução/YouTube/New York Times Events)


Os tweets controversos de Elon Musk em novembro de 2023, incluindo um comentário promovendo uma teoria da conspiração antissemita, inflamaram o público e reacenderam debates sobre liberdade de expressão e responsabilidade nas redes sociais. Os tweets, publicados no X, antigo Twitter, comprado por Musk em 2022, levaram a boicotes e denúncias por uma moderação de conteúdo mais rigorosa na plataforma.

Mulheres palestrantes fake e cancelamento da DevTernity 


Palestrantes fake de empresas como Meta e Coinbase listadas pela conferência DevTernity como participantes do evento (Foto: reprodução/Pragmatic Engineer)


Em novembro, a conferência DevTernity, um evento para desenvolvedores, foi cancelada após a revelação de que o organizador do evento, Eduards Sizovs, havia criado perfis falsos de palestrantes mulheres. A fraude veio à tona após suspeitas serem levantadas no X. O escândalo gerou um grande alvoroço na comunidade de desenvolvedores e levou a um questionamento mais amplo sobre a diversidade e inclusão em eventos de tecnologia. Líderes renomados da indústria, como Scott Hanselman da Microsoft e representantes da Atlassian, retiraram sua participação no evento em resposta ao escândalo. 

Demissão de Sam Altman na OpenAI


O CEO da OpenAI Sam Altman e o cientista chefe Ilya Sutskever protagonizaram um racha na OpenAI em 2023 que levou à demissão do CEO (Foto: reprodução/Chen Galili/The Times of Israel)


A OpenAI, a empresa de IA que causou burburinho no setor em 2023 com o lançamento do ChatGPT, aplicativo de maior sucesso de todos os tempos, enfrentou turbulência com a demissão do CEO Sam Altman em novembro. Seguido pela reintegração de Altman poucos dias depois, o fato levantou preocupações sobre a estabilidade e governança da OpenAI.

Jeff Bezos em sessão de fotos para a Vogue


Jeff Bezos e Lauren Sánchez em sessão de fotos de Annie Leibovitz para a Vogue (Foto: reprodução/Instagram/@vogue)


Em novembro, Jeff Bezos, o visionário fundador da Amazon, e sua noiva, Lauren Sánchez, protagonizaram uma sessão de fotos para a Vogue. Capturada pela lendária fotógrafa Annie Leibovitz, a sessão com temática western apresentou Bezos de chapéu de cowboy, contrastando com a elegância típica da Vogue. A sessão gerou uma onda de memes na internet, suscitando debates sobre a glorificação de bilionários e sendo chamada de “cringe” por alguns.

Bilionários investem em metrópole do futuro no Vale do Silício


Terras compradas pela Flannery Associates para a construção de uma metrópole utópica em Solano, próximo a São Francisco (Foto: reprodução/ABC)


Sob a liderança de Jan Sramek e sua empresa Flannery Associates, bilionários do Vale do Silício compraram milhares de acres de terra em Solano, na região nordeste de São Francisco, com investimentos superiores a US$ 800 milhões. O projeto, que visa construir uma metrópole do futuro, desagradou os fazendeiros locais, e desencadeou discussões sobre as implicações desses empreendimentos em termos de desenvolvimento urbano, impacto ambiental e gentrificação.

Foto Destaque: O CEO da OpenAI Sam Altman (Reprodução/Justin Sullivan/Getty Images/Wired)

Explosão solar classe X5 poderá ser vista da Terra

Segundo a NASA, a tempestade originou-se por uma explosão solar de classe X5 ocorrida no dia 31 de dezembro, às 21h, detectada por satélites. A tempestade solar chegará à Terra nesta terça-feira (2), e poderá ser vista no hemisfério norte. A maior erupção desde 2017 deve intensificar a Aurora Boreal, e pode afetar equipamentos de comunicação, satélites e redes de energia. 


Representação artística do monitoramento do Sol (Foto: Reprodução/NASA/SDO)


Monitoramento de explosões solares pela NASA e NOAA

As explosões solares são classificadas conforme a intensidade, variando de B (a mais fraca) a C, M e X (a mais forte), seguidas de um número que detalha a intensidade. Cada letra representa um aumento de dez vezes em intensidade em relação à anterior, semelhante à escala Richter usada para terremotos. O Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), uma subsidiária da NASA, mantém um telescópio voltado para o Sol para observar e prever continuamente possíveis explosões de maior intensidade, seguindo os ciclos solares.

Impacto das erupções solares e seus ciclos na Terra

As erupções são formadas por campos magnéticos distorcidos, geralmente acima das manchas solares. Essas manchas, por sua vez, são as regiões mais frias e escuras da superfície do Sol, que se formam quando aglomerados de seu campo magnético emergem das profundezas do Sol. As erupções são consideradas como o fenômeno mais explosivo e de maior importância em nosso sistema solar, podendo durar alguns minutos ou se arrastar por horas, podendo ser detectados justamente pela duração que possuem, assim como sua intensidade. A recente explosão gerou uma grande bolha de plasma em uma região chamada Corona, que já vinha tendo uma atividade relevante, resultando em uma explosão prévia em 14 de dezembro, marcando X2.8 na escala da NASA.

Foto Destaque: Imagem da explosão solar que causou a tempestade (Foto: Reprodução/NASA/SDO)

Veja o que esperar do novo iPhone 16 que deve chegar ao mercado em 2024

A Apple deve lançar o novo iPhone em setembro de 2024 com telas maiores nos modelos Pro, câmeras mais avançadas e chip A18 em todas as versões. Fontes dos veículos MacRumors, Bloomberg e AppleInsider indicam um salto de desempenho, recursos e experiência dos usuários nos novos modelos em comparação com os atuais modelos do iPhone 15.

Telas maiores e botões capacitivos

Os modelos Pro do iPhone 16 devem vir com telas de 6,3 e 6,9 polegadas, representando um aumento significativo em relação aos modelos do iPhone 15, que têm 6,1 e 6,7 polegadas. A mudança deve proporcionar uma experiência mais imersiva, além de melhorar a visualização de conteúdos.


Tela do iPhone 15 Pro Max e do iPhone 16 Pro Max (Foto: reprodução/Sonny Dickson/Forbes)


Além disso, vazamentos apontam que os modelos Pro devem adotar botões capacitivos para o botão de ação e o botão de captura, substituindo os botões mecânicos tradicionais.

Câmeras de alta resolução e zoom óptico aprimorado

Os modelos Pro do iPhone 16 devem ser equipados com uma lente ultrawide de 48 megapixels, melhorando a captura de imagens em condições de baixa luminosidade. Além disso, o iPhone 16 Pro Max deve receber uma câmera telefoto periscópica, proporcionando um zoom óptico de até 10 vezes, um avanço em relação ao zoom óptico de 3 vezes oferecido pelos modelos atuais.

Chip A18 e suporte a Wi-Fi 7

Os modelos do iPhone 16 devem ser equipados com o chip A18, utilizando possivelmente o processo de 3 nanômetros da TSMC. Os chips devem oferecer avanços na eficiência energética e no desempenho, proporcionando uma experiência de uso mais fluida e responsiva. Os rumores até agora também apontam para o suporte a Wi-Fi 7, o mais recente padrão de Wi-Fi, com velocidades de transferência ultrarrápidas.

Possíveis melhorias do iPhone 16 

Os vazamentos indicam as seguintes melhorias do iPhone 16 em relação ao iPhone 15:

  • Telas maiores, com 6,3 e 6,9 polegadas nos modelos Pro, superando as telas de 6,1 e 6,7 polegadas dos modelos Pro do iPhone 15;
  • Botões capacitivos substituindo os botões mecânicos tradicionais;
  • Câmera ultrawide de 48 megapixels nos modelos Pro, contra 12 megapixels nos modelos Pro do iPhone 15;
  • Câmera telefoto periscópica com zoom óptico de até 10 vezes no iPhone 16 Pro Max, contra 3 vezes nos modelos Pro do iPhone 15;
  • Chip A18, com maior desempenho do que o chip A15 Bionic dos modelos Pro do iPhone 15;
  • Suporte a Wi-Fi 7.

Foto Destaque: protótipo amarelo do iPhone 16 com câmera estilo iPhone X e rosa com duas lentes distintas como o iPhone 12 (Reprodução/Macrumors)

New York Times processa OpenAI e Microsoft em ação de direitos autorais

Em um movimento histórico que coloca em cheque os limites entre tecnologia e direitos autorais, o jornal The New York Times iniciou uma ação judicial contra a OpenAI e a Microsoft. Aberto na última quarta-feira (27), o processo alega o uso indevido de conteúdo jornalístico para treinar modelos avançados de IA como o GPT-4, levantando questões críticas sobre ética e propriedade intelectual no setor tecnológico.

A queixa está em análise no Tribunal Federal dos EUA em Manhattan, e representa um marco na interação entre grandes meios de comunicação e a inovação em inteligência artificial.

Conflito sobre uso do conteúdo jornalístico e inteligência artificial generativa

O jornal acusa as empresas de usar seu conteúdo extensivamente sem autorização para treinar IAs, principalmente o ChatGPT, violando seus direitos autorais.

Os documentos judiciais indicam que o domínio www.nytimes.com é uma das principais fontes do Common Crawl, vital para desenvolver tecnologias como o GPT-4 da OpenAI, alegadamente com 1,8 trilhão de parâmetros, treinado com um volume massivo de dados.

O domínio www.nytimes.com é a fonte proprietária mais representada (e a terceira no geral, atrás apenas da Wikipedia e de uma base de dados de documentos de patentes dos EUA) em um subconjunto filtrado de língua inglesa de um registro de 2019 do Common Crawl, contabilizando 100 milhões de tokens […] O conjunto de dados do Common Crawl inclui pelo menos 16 milhões de registros únicos de conteúdo do The Times em Notícias, Culinária, Wirecutter e The Athletic, e mais de 66 milhões de registros totais de conteúdo do The Times”.


Os CEOs da Microsoft e da OpenAI Satya Nadella e Sam Altman (Foto: reprodução/LinkedIn/Satya Nadella)


A questão jurídica reflete também o impacto econômico da IA para empresas como OpenAI e Microsoft, que lucraram bilhões com produtos como Bing e Copilot da Microsoft, e ChatGPT Enterprise da OpenAI em 2023: “Cada Réu se beneficiou substancialmente de sua conduta ilícita de várias maneiras. […] A OpenAI estava a caminho de gerar mais de US$ 1 bilhão em receita nos próximos doze meses, ou US$ 80 milhões por mês. […] A integração do GPT-4 no Bing aumentou o uso do motor de busca e as receitas publicitárias associadas”. Em contrapartida, o NYT não foi compensado pelo uso de seu conteúdo.

Implicações financeiras e crise interna na OpenAI

A disputa legal ocorre em um momento crítico para a OpenAI, marcado por uma crise de governança e a demissão e reintegração do CEO Sam Altman. A empresa, com receitas projetadas na casa dos bilhões devido a tecnologias como ChatGPT, enfrenta desafios que ultrapassam o financeiro, adentrando em questões éticas e legais.

Por parte do NYT, o processo busca compensações financeiras não especificadas, possivelmente bilionárias, e a destruição de quaisquer modelos de IA que utilizem seu conteúdo: “A conduta ilícita dos Réus também causou, e continuará a causar, danos substanciais ao Times. O Times investe significativamente na criação de conteúdo para informar seus leitores, que compram assinaturas ou interagem com os sites e aplicações móveis do Times, gerando receita”.

O caso ressalta preocupações sobre desinformação e atribuição errônea de conteúdo ao NYT pelas IA, destacando desafios éticos na criação de tecnologias que respeitem direitos autorais e integridade jornalística.

Processo é um marco nos direitos autorais e no uso de IA

Esta ação judicial segue outras iniciativas, como uma ação coletiva em novembro, liderada pelo autor Julian Sancton, contra OpenAI e Microsoft, por supostamente utilizar obras de autores para treinar suas IA.

A postura do NYT difere de outros grupos de mídia, como Axel Springer e Associated Press, que firmaram acordos de conteúdo com a OpenAI. A ação pode estabelecer precedentes significativos para o futuro das interações entre IA e direitos autorais, impactando não só empresas de tecnologia, mas também meios de comunicação e usos sociais da tecnologia.

Foto Destaque: Fachada da sede do jornal New York Times em Manhatan (Reprodução/X/@nowthisnews)

Carros elétricos chineses se tornam 35% dos importados no Brasil e dominam o mercado

A presença de carros elétricos chineses no Brasil vem crescendo significativamente nos últimos anos, atualmente, eles já formam 35% do total de veículos elétricos importados para o país e se estima que em 2024, a influência dessas marcas chinesas no mercado brasileiro será ainda mais intensa. Essas empresas oferecem veículos com alta tecnologia, maior autonomia e preços competitivos, começando em torno de R$ 150 mil onde conseguem apelar para um público maior.

Crescimento no mercado brasileiro

De acordo com uma projeção feita pela Bright Consulting, até 2030, espera-se que os veículos elétricos, tanto híbridos quanto plug-in, representem 10% da frota brasileira. Esse aumento vem acontecendo mesmo com o aumento gradativo das taxas de importação sobre veículos elétricos que será 12% em janeiro e que irá chegar a 35% em julho de 2026. Atualmente, esses veículos compõem aproximadamente 0,5% da frota nacional com uma projeção de aumento devido à crescente de empresas chinesas e seus investimentos no Brasil.

A participação de carros elétricos chineses importados no Brasil aumentou de 0,4% em 2021 para 8% no ano seguinte. Em 2023, estima-se que atinja 35%, representando aproximadamente um terço dos carros elétricos do país. O sócio da Bright Consulting, Murilo Briganti, destaca o impacto significativo deste crescimento, especialmente com a produção nacional de marcas como BYD e GWM, consolidando o impacto chinês no mercado.


Gráfico do número de carros chineses importados para o Brasil (Foto: reprodução/Bright Consulting/Roland Berger)


Relevância da China no setor

Os modelos chineses têm ganhado relevância nessa nova era do aumento dos carros elétricos por diversas razões, os veículos produzidos na China tiveram uma evolução constante no decorrer dos anos, desenvolvendo um produto de qualidade e com um preço competitivo. Além disso, a China possui uma estruturação e produção de alto nível, sendo um dos maiores produtores de baterias para veículos elétricos do mundo.

Foto destaque: Carro elétrico da BYD sendo carregado (Reprodução/Divulgação/BYD)

Twitter falha em cumprir contrato que prometia pagamento de milhões para funcionários

Veio a público na última sexta-feira (22) que o Twitter, agora conhecido como X, está sofrendo com problemas legais depois que um processo foi julgado por um juiz que decidiu que a companhia violou contratos que prometiam o pagamento de alguns bônus para seus funcionários.

Batalha judicial

O antigo diretor sênior de remuneração do Twitter, Mark Schobinger, abriu um processo contra a empresa em junho onde alegou uma quebra de contrato por parte da companhia.

O processo argumenta que antes e após a compra do Twitter, Elon Musk, atual dono da empresa, prometeu aos funcionários bônus de metas para 2022 de 50%, porém que nunca realizou esses pagamentos.

A empresa argumentou que o acordo de bônus era apenas uma promessa verbal e que não deveria ser pago de acordo com a lei do Texas, porém, o juiz submeteu a companhia às leis da Califórnia que estabelecem que o acordo era juridicamente vinculativo.

De acordo com o juiz distrital responsável pelo caso, Vince Chhabria, após Mark cumprir as condições do Twitter, a promessa da empresa de pagar um bônus se tornou um contrato vinculado sob a lei da Califórnia e que ao se recusar a pagar esse bônus prometido, a companhia violou o contrato.

A empresa ainda pode recorrer da decisão do tribunal para tentar reverter a situação, porém o juiz já declarou que todos os argumentos apresentados pelo Twitter falharam.


Logo do X e do Twitter (Foto: reprodução/Dado Ruvic/REUTERS)


Obstáculos da empresa

A rede social enfrenta atualmente vários contratempos com a justiça, incluindo uma investigação da União Europeia sobre uma lei destinada a combater a desinformação e o ódio, além de diversas críticas por parte do público à resposta da plataforma aos recentes tumultos em Dublin e a saída de grandes anunciantes devido a declarações controversas de Musk.

De acordo com documentos internos enviados aos funcionários e divulgados pelo portal de tecnologia The Verge, a empresa atualmente vale menos da metade dos US$ 44 bilhões que o empresário Elon Musk pagou em outubro de 2022.

 

Foto destaque: Logo do Twitter em celular (Reprodução/greenwish_/Pexels)

Cerca de um terço dos jovens se sentem mais solitários com a tecnologia

A Business Insider, em parceria com YouGov, realizaram uma pesquisa no último ano e chegaram à conclusão de que 29% da geração Z (entre 18 a 26 anos) sente-se mais solitária por causa da tecnologia e redes sociais. Outras gerações também sofrem com essa solidão, porém os números não são tão altos: entre os boomers (de 59 a 77 anos) esse número chega a 13% e, entre os millennials (de 27 a 42 anos), a 20%.


Jovem sentado sozinho (Foto: reprodução/Bananayota/Pixabay)


Epidemia da solidão e maiores gastos

A pesquisa reuniu mais de 1.800 americanos entre cinco gerações diferentes, abrangendo desde os 18 até os 95 anos, categorizados em 5 tipos diferentes de público e organizados de acordo com suas idades. Como dito anteriormente, a geração Z é a mais afetada pelo uso das redes sociais, enquadrando-os no que os pesquisadores classificaram como a “epidemia da solidão”, na qual o indivíduo sente-se solitário com frequência ou o tempo todo.

De acordo com a pesquisa, a solidão dos jovens desemboca em um maior consumo, sendo que boa parte dos gatos se dirigem às atividades antes impedidas devido ao distanciamento do período pandêmico, como academias, bares e clubes. Por sua vez, um terço dos indivíduos identificados na geração Silenciosa (de 78 a 95 anos), sentiram-se menos solitários devido ao uso das tecnologias e redes sociais. Entretanto, há também, entre as gerações mais velhas, como a Silenciosa e os Boomers, frações de pessoas que não foram afetadas pelas tecnologias, ou seja, não se sentem mais ou menos solitárias devido ao seu uso.

Histórico de pesquisas sobre a solidão e a epidemia

A solidão se tornou um tema recorrente em pesquisas desde antes da pandemia, principalmente entre os jovens. Em 2018, a empresa americana Cigna entrevistou cerca de 20.000 pessoas e, a partir dessa amostragem ampla, criou-se o índice de solidão, a partir do qual já se verificava a recorrência da solidão nas gerações mais jovens (geração Z e millennials, respectivamente) em um alto contraste com as gerações mais velhas (boomers).

Foto Destaque: jovem lendo livro sozinha em um banco (Reprodução/Stock Snap/Pixabay)

Política de “nudez artística” da Twitch é revogada após problemas com IA

O CEO da Twitch, Dan Clancy, anunciou em 13 de dezembro a permissão de nudez artística para enriquecer a comunidade e permitir novas experiências com as formas humanas. Porém, a direção da plataforma não previu os usos de IA com essa nova política, resultando em imagens hiper-realistas que infringiam outras diretrizes.


Dan Clancy, CEO da Twitch (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images)


As novas diretrizes da Twitch para nudez artística e conteúdo explícito

Em 13 de dezembro, a Twitch decidiu revisar suas diretrizes sobre ilustrações de nudez para resolver conflitos gerados por regras subjetivas, que levavam a banimentos controversos e protestos da comunidade. A mudança visava dar mais liberdade à comunidade artística e tornar as políticas mais claras e menos interpretativas, além de atualizar algumas diretrizes que acabavam por impactar desproporcionalmente as streamers femininas.

Além dessa mudança, outras foram implementadas: permissão para mostrar nádegas, seios e região pélvica, desde que cobertos e corretamente rotulados; a escrita no corpo nas regiões pélvica, nos seios ou nas nádegas também foi permitida; danças eróticas, desde que a pessoa permaneça devidamente vestida, sem strip; maior permissividade com danças populares, desde que não sejam feitas em estabelecimentos de entretenimento adulto e, para todas as novas permissões descritas acima, é necessária a devida rotulação da stream.

Sobre os rótulos nas streams, há uma nova distinção entre jogos para adultos e temas sexuais. Os jogos exclusivamente sexuais são proibidos na plataforma. Aqueles que possuem eventualmente cenas de sexo se encaixam na categoria de “jogos para adultos”; já os que possuem nudez como foco devem ser encaixados em “temas sexuais”. Todas as transmissões que não estiverem devidamente rotuladas poderão ser banidas.

A plataforma volta atrás de políticas de nudez após problemas com inteligência artificial 

Entretanto, em 14 de dezembro, um dia após as mudanças serem aplicadas, a Twitch recuou da decisão devido ao uso de IA por alguns artistas para criar imagens e vídeos hiper-realistas, confundindo o público sobre se eram ilustrações ou corpos humanos reais.

Isso ultrapassou as linhas estabelecidas pela plataforma, resultando em problemas, banimentos e reclamações. Assim, a Twitch decidiu revogar a mudança com relação à nudez, mantendo sua proibição, seja representada ou real.

Foto Destaque: Logo da Twitch (Reprodução/Raphael Silva/Pixabay)

“Celular Seguro” atinge mais de 500 mil cadastros

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou na última terça-feira (19) o lançamento do aplicativo “Celular Seguro”, uma iniciativa voltada para a proteção de vítimas de roubos e furtos de smartphones no Brasil. O programa, que já está em vigor, oferece uma solução gratuita e acessível, disponível para download ou na versão web.

Aumento de 16,6 % de roubos e furtos de celulares 

No contexto em que o Brasil registrou quase 1 milhão de ocorrências de furtos e roubos em 2023, o que equivale a um aumento de 16, 6% em relação ao ano anterior, conforme apontado pelo sétimo Anuário Brasileiro de Segurança Pública em agosto deste ano, destaca-se a relevância dos dados pessoais presentes nos dispositivos móveis. Em resposta a essa problemática, o objetivo central do projeto é permitir que usuários vítimas desses eventos possam bloquear seus smartphones, evitando assim o acesso indevido a contas bancárias e linhas telefônicas.

Apenas três dias após o lançamento oficial, o aplicativo já contabiliza mais de 500 mil cadastros, resultando em cerca de 600 celulares bloqueados diariamente. Dados oficiais da pasta indicam que, desde domingo (24), 3.261 aparelhos tiveram seu uso interrompido.

Funcionamento do aplicativo

Cada usuário cadastrado no aplicativo pode indicar pessoas de confiança autorizadas a realizar bloqueios em casos de roubos ou furtos. Após o registro da ocorrência, os bancos, a operadora de telefonia e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) são automaticamente notificados.


MJSP lança app em favor de vítimas de roubo de celulares (Foto: reprodução/Apple Store/Celular Seguro)


Adicionalmente, a vítima tem a opção de bloquear o aparelho acessando o site por meio de um computador. O secretário-executivo do MJSP, Ricardo Capelli, explicou durante o lançamento que estão desenvolvendo um “botão de emergência” para que o usuário possa bloquear as operações rapidamente, evitando a agonia de lidar com diversas ligações para proteger-se contra crimes financeiros e golpes.

Controle governamental e Proteção de Dados

O MJSP assegura que o governo federal não tem acesso a quaisquer dados contidos nos telefones dos usuários, reafirmando o compromisso do aplicativo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A ferramenta atua como intermediária entre a vítima de um crime e a Anatel, garantindo a segurança e privacidade das informações envolvidas.

 

Foto Destaque: Celular Seguro, aplicativo do governo (Reprodução/Site Oficial/CelularSeguro)