Óculos de realidade virtual da Apple começa a ser comercializado nos EUA

Nesta sexta-feira (2) ocorre o lançamento oficial do Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple, anunciado ainda no ano passado. Em pré-venda desde 19 de janeiro, os exemplares começaram a ser entregues hoje, assim como a disponibilização física nas lojas dos EUA, Canadá e Europa; o produto ainda não tem lançamento anunciado no Brasil. Com custo a partir de US$ 3.499 (mais de R$ 17 mil, na conversão direta).


Exibição do Vision Pro em painel da Apple (Foto: reprodução/divulgação/Apple)


Concorrência com a Meta

O Quest Pro, óculos de realidade virtual da Meta, não conseguiu ainda atingir os lucros desejados e planejados pela companhia, assim como o “metaverso” vêm perdendo força na internet, com as buscas sobre o assunto diminuindo e um preço médio alto demais para ser popularizado. A Apple, por sua vez, apostou na marketização de seu produto como um “computador espacial revolucionário”, através do qual haverá uma transformação na forma como as pessoas “trabalham, colaboram, se conectam, revivem memórias e desfrutam de entretenimento”.

Funções e utilidade do Vision Pro

Conforme o último comunicado feito pelo CEO da empresa, Tim Cook, antes do começo da pré-venda, a atuação do dispositivo não foca apenas em jogos e diversão, como seu concorrente Quest Pro, da Meta, mas sim em uma funcionalidade mais holística: trabalho, diversão e interação.

Baseada no desenvolvimento da tecnologia iOS, o dispositivo usa uma tecnologia própria da empresa, o VisionOS, cujo foco de operação é na conjunção entre olhos, mãos e voz do usuário, permitindo que este interaja com a interface do dispositivo usando os olhos e as mãos, abaixando e subindo a tela com os pulsos. Além disso, permite que a visão do usuário permaneça transparente e ele consiga ver o ambiente, apenas mostrando alguns ícones, função que pode ser completamente configurada pelo usuário.

Diferentemente do anunciado pela última vez, haverão 3 opções de armazenamento: 256 GB, 512 GB e 1 TB. Entretanto, a empresa mudou a quantidade que será produzida, saindo de um milhão em 2023, para menos de 400 mil, o que pode aumentar mais ainda o valor do produto e os possíveis acessórios vendidos separadamente. 

Foto Destaque: modelo utilizando o Vision Pro em apresentação do produto (reprodução/divulgação/Apple)

Hackers podem causar o que Satya Nadella, CEO da Microsoft, chama de “colapso da ordem mundial”

Em dezembro de 2023 e janeiro de 2024, duas grandes empresas de tecnologia, Microsoft e HPE, foram alvos de ataques, tendo não só suas informacoes vazadas, mas também as informações pessoais de seus executivos. Devido aos acontecimentos, Satya Nadella, CEO da Microsoft, alertou para o risco desses contínuos ataques de hackers “ameaçarem a ordem mundial”. Ele sugere que seja feita uma Convenção de Genebra cibernética, tendo China, Estados Unidos e Rússia como países centrais, unindo-se contra os cibercrimes.


Satya Nadella (no centro) ao lado de Bill Gates (à esquerda) e Steve Ballmer (à direita), acompanhados dos antigos CEOs da Microsoft (Foto: reprodução/BriansMale/Wikipedia)


 

A Convenção de Genebra e o paralelo com a atualidade

Estabelecida em 1949, logo após a Segunda Guerra Mundial, a Convenção de Genebra é um documento composto por 4 leis que delimita as leis internacionais com relação ao tratamento dado aos prisioneiros de guerra, os civis, feridos e hospitalizados. O documento serve para criar um limite contra a tortura, por exemplo, assim como o estabelecimento de estruturas médicas e zonas livres de conflito, como os corredores utilizados recentemente no conflito na Palestina. A Convenção de Genebra cibernética serviria, portanto, para delimitar práticas internacionalmente reconhecidas como ilegais, unindo as forças de vários países, para identificar e responsabilizar quaisquer atos que infrinjam tais práticas ilegais, no caso, vazamento de dados pessoais. Satya, por sua vez, situa esse caso no plano das disputas entre Estados-nação: “Se trata de Estados-nação atacando uns aos outros, e especialmente alvos civis, então estamos em uma ordem mundial muito nova. E é uma quebra da ordem mundial que não vimos antes”.

 

O contexto geopolítico atual e os ataques cibernéticos

Nomeado por alguns especialistas como a “Guerra Fria 2.0”, os conflitos comerciais pelos quais passam EUA e China nos últimos anos, configuram um momento propício para os ataques cibernéticos entre os Estados-nação, visando a obtenção de informações privilegiadas. Christopher Wray afirmou que “hackers chineses se preparam para atacar e causar destruição”. Ao comentar tal notícia, o jornal China Daily afirma ser uma “armadilha retórica americana”, já que ao evidenciar as ameaças de ataque, os Estados Unidos esconde os casos de espionagem, vazados por Edward Snowden em 2013. Na ocasião, foi demonstrado como o estado americano espionava constantemente a própria população, assim como grandes figuras políticas internacionais de países-chave, como Xi Jinping, Dilma Rousseff e Angela Merkel.

Foto destaque: Satya Nadella em palestra sobre estratégia usando cloud (reprodução/Richard Morgenstein/Wikipedia)

Como baixar um vídeo do YouTube em MP3?

O YouTube, como a maior plataforma de compartilhamento de vídeos do mundo, abriga uma enorme variedade de conteúdos, desde tutoriais educativos até vídeos musicais emocionantes. No entanto, nem sempre temos acesso à internet ou o tempo necessário para assistir a esses vídeos online.

Nesses casos, a capacidade de baixar vídeos do YouTube e convertê-los para o formato MP3 torna-se uma ferramenta valiosa.

Neste artigo, exploraremos diversas maneiras de realizar esse processo, destacando opções de Youtube para mp3, baixar vídeo do Youtube e muito mais.

Conversão de Vídeos do YouTube para MP3

Com a ascensão do consumo de conteúdo digital, a demanda por ferramentas que permitam aos usuários acessar materiais offline tem crescido.

Muitas vezes, desejamos criar playlists personalizadas ou simplesmente ouvir a música favorita sem depender da conexão com a internet. É nesse contexto que a busca por métodos eficientes de converter vídeos do YouTube para MP3 se torna crucial.

Por que vale a pena baixar vídeos do YouTube para MP3?

Baixar vídeos do YouTube em formato MP3 oferece uma série de vantagens significativas. Primeiramente, transformar vídeos em áudio permite criar playlists personalizadas, ideais para situações em que o acesso à internet é limitado.

Além disso, ao converter para MP3, você economiza espaço de armazenamento em dispositivos móveis, uma vez que arquivos de áudio tendem a ser mais compactos que vídeos.

A flexibilidade de poder ouvir seus conteúdos favoritos em formato de áudio proporciona uma experiência adaptada às suas necessidades específicas.

Vale a pena Baixar Vídeo do YouTube em MP3?

É possível baixar vídeos do YouTube para MP3, embora seja crucial fazê-lo dentro dos limites legais e éticos.

Ferramentas específicas foram desenvolvidas para realizar essa conversão de maneira rápida e eficaz, tornando esse processo acessível a qualquer usuário interessado.

No entanto, é importante respeitar os direitos autorais e utilizar as ferramentas de maneira ética, evitando violar os termos de serviço da plataforma.

Como escolher a ferramenta ideal de Baixador de Vídeo do YouTube?

Com a crescente demanda por ferramentas de conversão, a escolha da ferramenta ideal torna-se crucial.

Ao procurar por um Baixador de vídeo do YouTube, é essencial considerar alguns pontos. Primeiramente, a ferramenta deve ser confiável e segura, evitando riscos de malware ou vírus.

Além disso, a eficiência do processo de conversão e a qualidade do áudio gerado são fatores determinantes. Nesse contexto, a ferramenta MP3Converter se destaca como uma opção popular e confiável.

MP3Converter: A ferramenta ideal para conversão

Entre as diversas opções disponíveis, o MP3Converter se destaca como uma ferramenta robusta e de fácil utilização.

Com uma interface intuitiva, permite aos usuários converter vídeos do YouTube para MP3 em poucos passos simples. A qualidade de áudio gerada é notável, garantindo uma experiência de audição agradável.

Além disso, o MP3Converter oferece a conveniência de realizar o processo online, eliminando a necessidade de downloads adicionais.

Como baixar Vídeo do YouTube em MP3 com o MP3Converter?

O processo de baixar vídeos do YouTube para MP3 usando o MP3Converter é descomplicado e eficiente. Siga estes passos simples:

  • Copie o Link do Vídeo do YouTube: Abra o vídeo desejado no YouTube, copie o URL do vídeo da barra de endereços do navegador.
  • Cole o Link no Bloco de Link do Site: Acesse o MP3Converter, cole o link do vídeo na barra apropriada.
  • Selecione o Botão “Download MP3”: Após colar o link, clique no botão correspondente para iniciar o processo de conversão.
  • Aguarde o Download: O MP3Converter processará o vídeo e fornecerá um link para baixar o arquivo de áudio convertido. Basta clicar no link para realizar o download.

Com esses simples passos, você terá seu vídeo do YouTube convertido para MP3 e pronto para ser apreciado em qualquer lugar, a qualquer momento.

Conclusão

Baixar vídeos do YouTube em formato MP3 é uma prática valiosa, proporcionando flexibilidade e conveniência aos usuários. Ferramentas como o MP3Converter tornam esse processo fácil e acessível, garantindo uma conversão rápida e de alta qualidade.

No entanto, é fundamental agir dentro dos limites legais e éticos, respeitando os direitos autorais e os termos de serviço da plataforma.

Com a escolha da ferramenta certa e a compreensão dos passos simples envolvidos, você pode aproveitar seus vídeos favoritos em formato de áudio, enriquecendo sua experiência de entretenimento digital.

Foto destaque: MP3 Converter (Foto/reprodução)

Altas temperaturas causam riscos à saúde; como a tecnologia pode auxiliar

A cada ano que passa, as temperaturas climáticas têm se elevado de maneira extremamente desproporcional. O ano de 2023, por exemplo, registrou as temperaturas mais quentes de toda a história. No Brasil, as temperaturas ultrapassaram os 35 graus, e a sensação térmica no estado do Rio de Janeiro chegou a 50 graus. Estudos climáticos e o alto investimento em pesquisa buscam aprimorar algumas tecnologias, e resgatar tecnologias ancestrais, a fim de minimizar a sensação térmica e, consequentemente, o impacto do calor na saúde da população.

Motivos para a elevação da temperatura

Já é sabido que o aumento da poluição, bem como a elevação na produção dos gases resultantes da queima de combustíveis fosseis, alavancam as temperaturas climáticas. Também deve-se levar em consideração o aumento do desmatamento e, em contrapartida, o não reflorestamento dessas vegetações – o que auxiliaria minimamente a regular as temperaturas.            

Como se não bastassem os fatores pregressos, os fenômenos naturais precarizam o cenário atual, como o evento El Niño, por exemplo, que causa o aquecimento exacerbado no oceano Pacífico.


A poluição como um dos fatores mais agravantes na elevação das temperaturas (foto: reprodução/Iguiecologia)


Riscos à saúde trazidos pelas altas temperaturas

As elevadas temperaturas causam diversos prejuízos à saúde da população. Apesar do ser humano possuir uma capacidade que nos diferencia no reino animal, sendo esta a capacidade de suar – que auxilia na regulação da temperatura -, o número de mortes em decorrência do calor tem se elevado. Tanto a Europa como o extremo da Rússia registram calor extremo e, em decorrência dele, expressivo número de óbitos ligados a doenças cardiovasculares, mais comuns nesse contexto.

Além das doenças cardiovasculares, outro ponto a se considerar é que as elevadas ondas de calor diminuem ainda mais a umidade do ar, o que coloca o organismo humano muito próximo de seu limite, causando facilmente a desidratação, crises de tosses e demais problemas respiratórios.

Vale dizer que não se trata de uma questão isolada apenas desses continentes, e sim de um fenômeno mundial. Segundo a Folha UOL, mortes relacionadas ao calor extremo, em adultos com mais de 65 anos, elevaram em cerca de 88% de 2028 a 2022, em relação aos anos de 2000 a 2004. A estimativa, ainda segundo a mesma fonte, é que cerca de 23200 idosos americanos tenham falecido em 2022, devido à exposição às altas temperaturas.


Riscos que o calor extremo causam à saúde dos seres humanos (vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


Como as inovações tecnológicas planejam ajudar

Devido ao contexto que se agrava, alguns aparatos e institutos tecnológicos têm se empenhado em buscar estratégias que minimizem os impactos da elevação das temperaturas no Globo.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tem se empenhado nessa causa, e atualmente desenvolve um projeto estimado em cerca de R$ 200 milhões para reformular sua estrutura de supercomputação e aumentar essa capacidade de prever as temperaturas e incidências solares mais agravadas.

Além disso, climatologistas tem buscado incentivar a retomada de tecnologias ancestrais, a fim de diminuir a sensação térmica, e os impactos no organismo humano. O climatologista e especialista em eventos climáticos, Tom Matthews, em uma Conferência de Inovação, em Londres, mencionou inclusive a possibilidade de resgate de métodos tradicionais de construção, como as antigas abóbadas núbias egípcias, e as construções de terra batida. Segundo o estudioso, essas práticas podem diminuir consideravelmente os efeitos do calor, e de forma muito eficiente.

Outra sugestão do climatologista foi a construção de abrigos específicos para o calor, similares aos abrigos que alguns países já utilizam para se salvaguardar dos furacões.

Matthews também citou a possibilidade de utilização de fontes renováveis de energia para a alimentação de aparelhos de ar-condicionado, de modo a não agravar ainda mais a questão climática. Sabemos que essa implementação encontraria muitos entraves para implantação, ainda mais em países não considerados desenvolvidos.

No entanto, a elevação das temperaturas representa um fator extremamente preocupante, e fica cada vez mais claro que se faz necessária a colaboração mundial para possíveis reduções dos impactos causadas à saúde, uma vez que nenhuma estratégia isolada culminará em uma solução permanente e abrangente para a problemática.

 

Foto Destaque: altas temperaturas têm trazido impactos gigantescos à saúde (reprodução/Forbes)

Primeiro modelo do PC Mac celebra 40 anos e é utilizado até hoje

O primeiro modelo do computador Mac fez seu aniversário de 40 anos na última quarta-feira (24) e mesmo após ter encerrado sua produção em outubro de 1985 com seu suporte terminando em 1998, diversos fãs da marca ainda utilizam o modelo original até hoje. O Mac 128K recebeu esse nome devido a suas especificações de 128kb de memória de acesso aleatório ou RAM.

Relevância do Mac no decorrer dos anos

Independente de sua configuração ultrapassada e de não possuir capacidade para conexão com a internet, um grupo seleto de fãs continua a utilizar e colecionar o dispositivo por diferentes motivos, alguns para jogarem jogos específicos como Frogger e Lode Runner e outros apenas para sentirem que possuem um pedaço da história da computação.

O escritor e editor, Jason Snell, contou em uma matéria ao portal The Verge que há 20 anos atrás no 20° aniversário do Mac, ele perguntou a Steve Jobs se o Mac ainda seria relevante para a Apple na era do iPod, Steve respondeu zombando dele e afirmou que certamente seria. Mesmo com o passar dos anos e o domínio de mercado que o iPhone e o iPad tiveram, o Mac continua gerando resultados positivos para a marca.


Diversos computadores Mac 128K (Foto: reprodução/Álvaro Ibáñez/flickr)


Jornada da linha Mac

Um dos principais motivos para o destaque do primeiro Mac foi que ele se tornou o primeiro computador pessoal popular a ter uma interface de usuário orientada por menu e acionada por mouse, em vez de uma simples linha de comando, porém, anos depois quando a Microsoft adotou o mesmo estilo de interface com o Windows, ela dominou o mercado e reduziu drasticamente a participação da Apple com o Mac no mercado.

Atualmente, ao completar 40 anos, o Mac nunca teve tanto sucesso, mesmo passando por situações complicadas e por grandes mudanças nos últimos anos, o modelo está em sua melhor fase e vem se concretizando no mercado a cada ano.

 

Foto destaque: primeiro modelo do computador Mac (Reprodução/Rama/Wikimediacommons)

Crescimento na receita da Microsoft é projetado devido a Inteligência Artificial

Analistas acreditam que a Microsoft irá registrar um salto de 15,8% em sua receita trimestral devido ao forte investimento e implantação da Inteligência Artificial em diversos setores e projetos. Essa projeção indicaria o maior crescimento da empresa nesse período nos últimos dois anos.

Investimento da Microsoft em IA

A Microsoft se interessou pela tecnologia assim que ela começou a ganhar notoriedade, a companhia já investiu bilhões na ferramenta e a integrou em diversas ferramentas como o Outlook, Bing, Onedrive e entre outros. Ela também lançou nos últimos três meses sua mais nova ferramenta de IA chamada “Copilot” que atualmente custa US$ 30 por mês e está integrada ao seu serviço Microsoft 365 que tem a capacidade de fazer apresentações, redigir e-mails e agrupar destaques de reuniões.

O analista do Morgan Stanley, Keith Weiss, afirmou em nota que a geração IA emergiu como a principal prioridade para diretores de informação e que a Microsoft está extremamente bem posicionada, com a maioria dos CIOs (Chief Information Officer) na expectativa de utilizar um produto de IA da Microsoft nos próximos 12 meses.


Tecla com símbolo da Microsoft (Foto: reprodução/Nothing Ahead/Pexels)


Impacto da IA nas empresas e no mercado

O analista da Jefferies, Brent Thill, afirmou em nota que espera que a contribuição da IA para o crescimento do Azure (plataforma de computação em nuvem da Microsoft) aumente, ele também reforçou que suas verificações estão apontando para uma forte demanda por serviços de IA do Azure. A Microsoft também comentou em outubro do ano passado que espera que sua margem bruta do trimestre de dezembro para o setor de nuvem fique basicamente estável em relação ao ano anterior.

Os resultados trimestrais estão com a divulgação prevista para terça-feira (30) e representam um marco importante para definir a expectativa em relação à IA para o ano de 2024. Os investidores que investiram na tecnologia em 2023 estão com as expectativas altas para observarem qual será a escala do retorno, os analistas  também sugerem que embora o aumento de receitas possa ser moderado nos próximos meses, o mercado irá analisar e observar de perto o retorno dos investimentos relacionados à IA.

 

Foto destaque: prédio com logo da Microsoft (Reprodução/qso4you/flickr)

Desafios legislativos limitam expansão do 5G no Brasil

A tecnologia 5G está presente em mais de 3 mil municípios no Brasil, beneficiando 140 milhões de pessoas. No entanto, sua expansão enfrenta desafios devido à falta de legislações atualizadas, o que está impedindo a instalação da infraestrutura necessária para melhorar o sinal em várias localidades. As informações são da Época.

A Conexis Brasil Digital, entidade que reúne empresas de telecomunicações e conectividade, revelou em um estudo que apenas 7,16% do total de municípios brasileiros atualizaram as leis de antenas para acomodar a tecnologia 5G. Cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Natal e outras grandes metrópoles não adaptaram suas legislações, embora já contem com a presença do sinal.

Pouca adesão

Mais de 399 municípios do país enfrentam esse problema na disponibilidade do sinal. Entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, Aparecida de Goiânia, Campinas, Contagem, Guarulhos e outras grandes cidades do interior do Brasil não adequaram sua legislação ao 5G.

A entidade informou que apenas 12 cidades com mais de 500 mil habitantes têm leis adequadas ao 5G, e seis atualizaram a legislação à LGA, mas ainda precisam adaptar as leis para a instalação de infraestruturas. Nas cidades medianas de 200 a 500 mil habitantes, onde foram registrados 53 municípios que não se adequaram à nova tecnologia, 15 atualizaram-se, porém com ressalvas, e 33 estão dentro das conformidades para a emissão do sinal.

Mesmo com os imprevistos, as leis locais à LGA, nos 573 municípios, tiveram um avanço, um aumento de 65% em relação a 2022.


Tecnologia 5G no Brasil enfrenta problemas para funcionamento pleno (Foto: reprodução/ Mikhail PochuyevTASS via Getty Images)


Investimentos e menos poluição visual

No entanto, 174 localidades ainda precisam adequar a legislação para o 5G. A Conexis Brasil destaca a importância de leis municipais que facilitem a instalação de antenas, resultando em mais investimentos e segurança jurídica para as operadoras. Ao contrário do 3G e 4G, o 5G permite antenas no topo de prédios, minimizando impactos na paisagem urbana.

Com as leis municipais fortalecidas e que faciletem a instalação das antenas dentro dos requisitos que são previstos, resultaria em uma maior atração de investimentos para as lacalidades, e também forneceria uma maior segurança juridica para as operadoras.

Foto destaque: tecnologia 5G já está funcionando no Brasil (Divulgação/James Yarema/Unsplash)

Observatório em desenvolvimento planeja revelar 5 milhões de novos objetos no Sistema Solar

O observatório Vera C. Rubin, localizado no Chile, está em construção há alguns anos e tem previsão para ver sua primeira luz em janeiro de 2025, com a meta de identificar aproximadamente 5 milhões de objetos novos no sistema solar. O observatório é projetado em torno de uma enorme câmera digital que captura rapidamente diversas vezes vistas amplas e profundas de todo o céu, assim, detectando quaisquer alterações ou transientes astronômicos.

Funções do Vera C. Rubin

Quando o observatório detecta qualquer tipo de transitório no céu noturno, ele automaticamente envia alertas para outros observatórios que irão analisar o objeto em maior detalhe. O Vera C. Rubin busca identificar principalmente os sinais e repassá-los para outros observatórios produzirem uma avaliação e um estudo sobre o objeto.


Observatório Vera C. Rubin durante o dia (Foto: reprodução/Divulgação/Vera C. Rubin Observatory)


Programa LSST

Além de sua função de identificação, o observatório possui um programa chamado Legacy Survey of Space and Time (LSST). O LSST tem o objetivo de catalogar o céu noturno por completo, por meio de fotos com sua câmera de 3,2 gigapixels durante todas as noites no decorrer de dez anos. A câmera irá apontar para uma parte diferente do céu, capturando uma exposição de 15 segundos a cada cinco segundos ao longo de cada noite.

Os especialistas calcularam que o LSST irá gerar uma abundância de dados com aproximadamente 20.000 imagens por ano, totalizando 1,28 petabytes de dados. Desse modo, o projeto possui um coletor de dados que transmite parte dos dados coletados de sua localização no Chile para os EUA. O uso do aprendizado de máquina também terá uma função essencial para processar esses dados.

O observatório possui uma lista extensa de objetos e eventos planejados para cobertura, incluindo supernovas, asteroides, explosões de raios gama, quasares variáveis, objetos interestelares e até o suposto Planeta 9.

Foto destaque: Observatório Vera C. Rubin em construção durante a noite (Reprodução/Divulgação/Vera C. Rubin Observatory)

Grandes empresas de tecnologia se unem ao governo dos EUA para desenvolvimento de IA

Foi lançada nesta última quarta-feira (24) nos EUA, um programa chamado NAIRR (National Artificial Intelligence Research Resource ou Pesquisa Nacional de Recursos para Inteligência Artificial, em tradução livre). A medida busca desenvolver uma parceria entre as grandes empresas do setor tecnológico já ligadas ou não à IA (Inteligência Artificial), junto de órgãos do governo com a finalidade de aumentar as possibilidades no próprio uso da IA, assim como modificações em sua programação.


Tela de um programador trabalhando com IA (Foto: reprodução/Markus Spike/Pixabay)


 

O programa NAIRR, seus participantes e o financiamento

Dentre as empresas, figuram grandes nomes do Vale do Silício como a Microsoft, Meta e Nvidia, já por parte do governo participam a NASA, o Departamento de Defesa e os Institutos Nacionais de Saúde. No total, são 19 empresas privadas e 11 agências governamentais, contando com os nomes mencionados anteriormente. A participação das empresas privadas vêm também com financiamento por sua parte, com a Microsoft e Nvidia doando U$20 e U$30 milhões, respectivamente, seguida das outras empresas com doações menores. As agências do governo, por sua vez, oferecerão treinamentos básicos em programação voltada para a IA, além de um banco de dados, gerenciamento e alocação de recursos. Tal modo de operar se justifica com a divisão de trabalho, tendo as agências públicas o papel de oferecer a infraestrutura básica para os pesquisadores, assim como linhas gerais a partir das quais o desenvolvimento será feito: pesquisadores voltados para a saúde trabalharão com os Institutos Nacionais de Saúde, por exemplo.

 

Alinhamento do governo com a IA

De acordo com a Forbes, a decisão de criar o NAIRR vem do governo Biden com a finalidade de expandir o setor de IA, como já dito anteriormente, mas também enquanto política de governo ao aproveitar essa expansão e começar a aproveitar a disseminação da tecnologia, tornando-a mais barata e acessível, para que possam ser incluídos nos programas de community college dos EUA ou para acesso de qualquer pessoa em comunidade rural menor que queira utilizar o software voltado para atendimento médico, por exemplo, eliminando a necessidade de um profissional com tal formação no local.

 

Foto Destaque: imagens da programação de IA utilizando Python, linguagem principal da OpenAI (reprodução/Geralt/Pixabay)

Microsoft demite quase 10% de seus desenvolvedores

Na última quinta-feira (26), a Microsoft anunciou a demissão de 1.900 funcionários ligados às suas subsidiárias, Xbox e Activision Blizzard, empresas focadas no desenvolvimento de jogos e manutenção de servidores. A justificativa é a mesma de várias empresas ligadas à tecnologia nos últimos 2 anos: o boom ocorrido em 2020 com a quarentena chegou ao seu limite, somando-se com a inflação que vem aumentando nos EUA. A necessidade de “enxugar” as despesas se torna o mote das empresas desde o final de 2022.


Escritório da Blizzard em Irvine, Califórnia (Foto: reprodução/divulgação/Blizzard)


Como as demissões afetam a Blizzard e Xbox

Os 1.900 funcionários representam cerca de 8% da divisão de gaming da Microsoft, sendo que a maior parte das demissões será dentro da Blizzard, empresa responsável por um dos mais famosos jogos de todos os tempos, World of Warcraft, ativo há quase 20 anos; o presidente da empresa e o CDO também estão na lista dos demitidos, além de uma reestruturação da empresa que deixará de desenvolver um jogo survival, anunciado há poucos meses atrás. As demissões acontecem alguns meses após a compra da Activision Blizzard pela Microsoft por cerca de U$ 69 bilhões, se tornando proprietária de algumas das franquias mais rentáveis e famosas na história dos games, como Diablo, Call of Duty e Starcraft, além do já mencionado World of Warcraft.

Contexto das demissões e as empresas de tecnologia

Durante a pandemia, com a maior parte da população dentro de casa, o uso de serviços online das mais variadas áreas teve um crescimento em demanda muito alto, gerando várias novas contratações por empresas grandes e pequenas. Entretanto, tal boom minguou a partir do momento em que a quarentena deixou de ser necessária, assim como o aumento da inflação nos EUA impactou toda a economia, gerando, portanto, várias ondas de demissões por todas as mesmas empresas que se beneficiaram com o boom no setor. Grandes empresas como a Meta, Google e Amazon, por exemplo, sofreram cortes de mais de 10% de seu quadro de funcionários nos últimos anos, sendo assim, as mudanças pelas quais sofrem a Activision Blizzard podem ser relacionadas à mudança de proprietários, assim como podem ter relação com o contexto geral das empresas ligadas à tecnologia.

Foto Destaque: Escritório da Activision em Santa Monica, Califórnia (reprodução/coolcaeser/Wikipedia)