ONU alerta sobre catástrofe global devido rápida elevação do oceano pacífico

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um alerta referente ao oceano Pacífico, com base em um estudo que analisou o nível médio global do mar nos últimos 3.000 anos, tendo como causa principal o aquecimento global e derretimento de gelo polar.

O relatório, divulgado na segunda-feira (26), destaca que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico. Dando enfase a duas cidades do estado do Rio de Janeiro e Atafona, distrito do município de São João da Barra, no Norte Fluminense, que correm risco de inundações, com a previsão de que o nível do mar possa subir até 21 centímetros até 2050.

Cidades afetadas

Segundo o relatório detalhado apresentado pela ONU, o nível dos mares elevou 15 centímetros em alguns pontos do pacífico nos últimos 30 anos. Duas cidades brasileiras, Rio de Janeiro e Atafona, serão diretamente afetadas. Dados mostram que entre 1990 e 2020, o nível do mar na cidade do Rio de Janeiro e em Atafona subiu 13 centímetros, e a previsão é que, de 2020 a 2050, esse aumento chegue a mais 16 centímetros, com margens de erro entre 12 e 21 centímetros, com base em um cenário de aquecimento global previsto para 3 °C até o fim do século.


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Uma placa de um pub chamado “Erosion” é vista na praia de Atafona, bairro de Atafona, em São João da Barra, Rio de Janeiro, Brasil, em 7 de fevereiro de 2022 (Foto: reprodução/MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images Embed)


O relatório intitulado “Surging Seas in a Warming World: The Latest Science on Present-Day Impacts and Future Projections of Sea-Level Rise” (Mares em elevação em um mundo em aquecimento: a ciência mais recente sobre os impactos atuais e projeções futuras da elevação do nível do mar, tradução em português), identificou que, além do Rio de Janeiro, essas mudanças também colocam em risco diversas megacidades costeiras ao redor do mundo, abrangendo — mas não se restringindo a — Bangkok, Buenos Aires, Guangzhou, Dhaka, Jacarta, Lagos, Los Angeles, Londres, Mumbai, Miami, Nova Orleans, Nova York, Tóquio e Xangai.

Consequências

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), alerta que o aumento dos níveis do mar, é consequência direta do aquecimento global e do derretimento das calotas polares, resultando para uma catástrofe mundial até 2050, já que trará um impacto devastador nas economias das áreas litorâneas e afetará cidades costeiras ao redor do mundo, colocando em risco bilhões de vidas.


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 Vista aérea, ondas do Oceano Pacífico quebram na Windansea Beach de La Jolla enquanto milhares de pessoas se aglomeram na costa em um dia quente de verão (Foto: reprodução/ Kevin Carter/Getty Images Embed)


Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Laboratório de Impacto Climático (CIL), cerca de 14 milhões de pessoas ao redor do mundo habitam em comunidades costeiras com probabilidade de inundação nos próximos 20 anos.

Além da elevação do nível do mar, o relatório enfatiza outros riscos climáticos que afetam as regiões costeiras, como marés de tempestade e ondas mais fortes.


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 Ondas gigantescas na costa invadem calçada (Foto: reprodução/ Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


Um destaque são as ilhas do Pacífico sendo particularmente suscetíveis, devido ao rápido aumento das temperaturas do mar. A ONU adverte que 90% da população dessas ilhas reside nas proximidades da costa, o que as torna extremamente vulneráveis. Ademais, ações humanas, como a construção de barragens e a extração de água subterrânea, estão contribuindo para o afundamento do solo, proporcionando um alto risco de inundações nessas regiões.

Ações imediatas

Guterres sublinhou a urgência de ações imediatas para a redução das emissões de gases de efeito estufa, pois são principalmente resultados da queima de combustíveis fósseis e estão contribuindo para o aquecimento do planeta, com os oceanos absorvendo essa temperatura adicional. E complementa com a necessidade de aumentar os investimentos em adaptações climáticas.

O relatório afirma que “as ações climáticas e as decisões dos líderes políticos e formuladores de políticas nos próximos meses e anos definirão a gravidade desses impactos e a rapidez com que eles se agravarão.” 


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O Oceano Ártico derrete no Oceano Atlântico devido ao aquecimento global (Foto: reprodução/Sebnem Coskun/Anadolu /Getty Images Embed)


Entretanto, o relatório também adverte que não há uma solução definitiva para os danos já causados aos mares. “Mesmo após a emissão líquida zero ser alcançada, o aumento do nível do mar continuará devido ao aquecimento oceânico e ao derretimento de gelo terrestre comprometido, que ocorrerão em função do aquecimento causado por emissões passadas. Consequentemente, o nível do mar está comprometido a subir por séculos há milênios e permanecerá elevado por milhares de anos”, afirma o documento da ONU.

Por outro lado, investimentos em adaptações estruturais são determinantes para diminuir os riscos futuros de inundações costeiras, conforme indica o relatório. Tais ações trariam benefícios que superariam os custos de implementação e manutenção, em escala global e na maioria das regiões.

Foto Destaque: ondas poderosas quebram contra um paredão que protege casas ao longo do litoral em Ventura, Califórnia, 2023 (Reprodução/ Mario Tama/Getty Images Embed)

Governo deve propor taxação das “big techs” no segundo semestre

Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira(28) que o governo deve propor, ainda no segundo semestre, a taxação das “big techs” (grandes empresas de tecnologias), mas segundo Durigan, o tema não vai constar no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025. A proposta deve ser enviada ao congresso Nacional na sexta-feira (30).

“Não consta na lei orçamentária a taxação de grandes empresas de tecnologia, mas há maturidade desse processo no mundo que a gente precisa trazer para o Brasil. Não será no PLOA, mas dentro do segundo semestre vamos tratar desse tema da taxação das big techs”, informou o secretário.

Questionado se a alta da taxação das grandes empresas de tecnologias será mediante aumento na CIDE, Dario optou por não esclarecer a dúvida.

O secretário também questionado quando deve ser proposto pelos ministérios uma agenda de revisão de despesas de mais estrutura. “Não somos nós que vamos dizer tempo exato, mas estamos trabalhando para dar todas as condições ao governo para que assim seja possível, debate de vinculação de renda, reforma da renda, para que isso esteja pronto, avaliado e estudado do ponto de vista técnico”, concluiu Durigan.

O que são as Big Techs?

As Big Technology Companies ou big Techs são empresas de tecnologias e inovação de grande porte. Essas empresas dominam o mercado e econômico. Google, Apple, Meta, Amazon e Microsoft são algum dos nomes que se destacam como Big Techs. Com base tecnológica, as grandes empresas funcionam por meio de coleta e processamento de dados e desenvolvimento de bens e serviços de inovação que atendem demandas da sociedade.


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Amazon, Google, Meta e Microsoft são exemplos de “Big Techs” ( Foto/Reprodução: Justin Tallis/Getty Imagens Embed)


As características presentes em grandes empresas de tecnologias são a inovação tecnológica, a ampla gama de ofertas, o  ecossistema integrado, a monetização e receita, dados e análise, redes sociais e comunicação, presença global e responsabilidade social e regulamentação.

As grandes empresas de tecnologias no Brasil

Segundo uma fonte ouvida pela Folha de S. Paulo, a Receita Federal prefere a tributação por meio da CIDE (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) e não necessariamente pelo Imposto de Renda.

Em alguns países na Europa e Ásia, a taxação às “big techs” já é uma realidade. Essas empresas costumam concentrar suas sedes em países com baixa tributação como forma de pagar menos impostos. “Big techs” como Meta, Google e Amazon alegam que já são tributadas no Brasil, dando como exemplo os contratos de publicidades realizadas com empresas instaladas no país.

Foto destaque: Usuário utilizado instrumentos tecnológicos (Reprodução: Jean Meyntjens/Getty Imagens Embed)

Viagem privada ao espaço é adiada novamente pela SpaceX

A missão Polaris Dawn, que levará quatro civis ao ponto mais distante da Terra já alcançado por humanos, foi adiada pela segunda vez por problemas meteorológicos que poderiam afetar o desempenho do lançamento. O comunicado foi feito nesta quarta-feira (28) pela SpaceX.

Missão Polaris Dawn

A decolagem estava prevista para acontecer na base da NASA na Flórida no dia 27 de agosto, data que também foi adiada por motivos de segurança depois que a equipe da SpaceX, empresa de Elon Musk que está realizando a missão, encontrou vazamentos de hélio na plataforma de lançamento.

Segundo a empresa, a equipe tentará agora encontrar uma nova data de lançamento  em que  todos os equipamentos estejam em ordem e que as condições meteorológicas estejam favoráveis.

A missão Polaris Dawn levará quatro civis ao ponto mais distante da Terra em que um humano já esteve, mais precisamente a 1.400km de altitude. Dentre esses passageiros, dois poderão sair da nave para um rápido passeio pelo espaço. A SpaceX criou trajes especiais para esta viagem com equipamentos de última geração que prometem uma melhor coleta de dados e uma maior mobilidade para os viajantes.

 A viagem é programada para durar cinco dias. Ela também servirá para coletar dados que servirão para o desenvolvimento de mais de 30 experimentos e pesquisas diferentes.

A Universidade do Colorado em Boulder está enviando junto com a tripulação lentes inteligentes que irão ajudá-los a estudar a Síndrome Neuro-Ocular Associada a Viagem Espacial (SANS) que pode causar graves danos a visão dos astronautas que passam longos períodos no espaço.



Viajantes da missão Polaris Dawn ( Foto: reprodução/X/SpaceX/Techaominuto)


Os passageiros da Polaris Dawn são: Jered Isaacman, organizador do programa Polaris, presidente-executivo do Shift 4 e único passageiro com experiência em voos espaciais; Scott Pottet, tenente-coronel aposentado da força aérea que atuará como piloto; Sarah Gills, atualmente na equipe de treinamento dos astronautas da SpaceX, terá o papel de especialista da missão; Anna Menon, trabalha no gerenciamento das missões e é engenheira de operações especiais da SpaceX, ela atuará como médica e também como especialista da missão.

Programa Polaris

O principal objetivo do programa é promover pesquisas sobre o turismo espacial e a exploração privada do espaço. Durante as explorações espaciais, o programa também pretende coletar dados e realizar experimentos que promovam avanços científicos.

Foto destaque: tripulantes da missão Polaris Dawn (Reprodução/X/Spacex/Eleconomista)

Instagram encerra ferramenta de filtros dos stories, anuncia Meta

A empresa de tecnologia Meta anunciou, nesta terça-feira (27), que o Instagram contará com nova atualização a partir de 14 de janeiro de 2025. No comunicado publicado em seu blog oficial, a companhia declarou o encerramento da Meta Spark, ferramenta de filtros criada por outros usuários para compartilhar realidade aumentada nos stories da rede social.  A Meta Spark foi lançada há sete anos, quando a realidade aumentada ainda era uma novidade dentre os usuários.

De acordo com anúncio, somente os filtros criados pela própria companhia ficarão disponíveis. “Após uma avaliação completa, tomamos a decisão de encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdo de terceiros do Meta Spark. Isso significa que os efeitos de realidade aumentada (RA) criados por terceiros — incluindo marcas e a nossa comunidade de criadores de RA — não estarão mais disponíveis a partir desta data. Os efeitos de realidade aumentada de propriedade da Meta continuarão disponíveis para os nossos usuários em nossos aplicativos”, declarou a Meta em nota.

Novidade viraliza nas redes sociais

A novidade gerou grande repercussão chegando a viralizar nas redes sociais, gerando diversos memes. O assunto esteve no trending topics do X (antigo Twitter) nessa terça-feira (27). As opiniões dentre os internautas se dividiram. Muitos usuários declararam descontentamento com a alteração. Outros disseram que não sentiriam falta da ferramenta na rede social


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Novidade deixou muitos usuários descontentes (Reprodução: NurPhoto/GettyImages Embed)


Meta não detalhou motivação para  decisão

A empresa de tecnologia, que também é gestora do Facebook, não revelou as motivações para a decisão. Contudo, a que tudo indica, envolve questões financeiras. A companhia ressaltou que a escolha faz parte da adoção de políticas de priorizações de clientes empresariais. A Meta ainda destacou o comprometimento da companhia na transição realizada da melhor forma possível para os usuários. A empresa não declarou oficialmente se será o fim da plataforma Meta Spark. 

Com a mudança, a partir do dia 14 de janeiro de 2015, os filtros que suavizam marcas faciais, por exemplo, não poderão mais ser utilizados e serão excluídos da plataforma. A alteração deve afetar principalmente os criadores de conteúdo que produziam filtros e monetizavam no Instagram. Para os usuários da rede social, os filtros produzidos pela própria Meta continuarão disponíveis.

Veja mais ainda em webstories.

Foto destaque: Usuário acessando a rede social Instagram através do celular (Reprodução/ Sopa Images/ GettyImages Embed)

Astronautas presos no espaço colaboram em pesquisas

Os cientistas Suni Williams e Butch Wilmore, que tiveram sua missão espacial cancelada há dois meses, aproveitam o tempo ao lado dos colegas na estação espacial internacional para ajudá-los em suas pesquisas, que prometem trazer mais eficiência para a vida no espaço. É esperado que os astronautas retornem à Terra apenas em fevereiro de 2025 em uma espaçonave da SpaceX. Enquanto isso, eles continuam coletando dados para a sua missão e colaborando em outras pesquisas.



Astronautas Suni Williams e Butch Wilmore (Foto: reprodução/X.com/BoelngSpace/NDTV World)


Ambos os cientistas serviram na marinha e são astronautas veteranos, e vem mostrando grande resiliência com a nova situação da sua missão. Em agosto a NASA  mandou uma nave com suprimentos e roupas extras para a tripulação.

Sistema de iluminação e rega de plantas

Os astronautas estão colaborando com as pesquisas Plant Water Management, que procura encontrar soluções para problemas encontrados no ato de regar as plantas no espaço. As hortas espaciais são muito importantes para manter os tripulantes do espaço saudáveis, colaborando com o bem estar da tripulação.

O astronauta estadunidense de 61 anos ,Butch Wilmore, também instalou um dispositivo capaz de ajudar a controlar a luminosidade que as plantas recebem nessas hortas.

Outro objetivo do estudo é procurar descobrir se e como a falta de gravidade pode afetar a nutrição e o crescimento das plantas.

Inspiração para as gerações futuras

Os astronautas também tiraram um tempinho para conversar com os estudantes de Banda Aceh, na Indonésia. Suni Williams e Butch Wilmore compartilharam sua rotina e contaram sobre as pesquisas realizadas na estação espacial. Os dois cientistas sempre procuram inspirar os mais jovens a continuar sonhando com a carreira científica.

Testes de manobras

A astronauta estadunidense de 59 anos, Suni Williams utilizou os robôs do projeto Astrobee, para treinar manobras de atração e testar a velocidade e precisão dos comandos dos robôs. Foram testados também novos equipamentos de produção de fibra óptica.

Neste meio tempo os astronautas costumam tirar fotos da Terra, que ajudam alguns cientistas que trabalham daqui a entender melhor como o planeta muda ao longo do tempo.

Foto destaque: astronautas Suni Williams e Butch Wilmore (reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed/People)

Pavel Durov, CEO do Telegram, é preso em aeroporto na França

Pavel Durov, CEO do Telegram, foi preso no aeroporto de Bourget, após aterrizar com o seu jato particular em Paris, na França. Por conta disso, ele terá que comparecer ao tribunal nesta segunda-feira, dia 26 de agosto, para esclarecer delitos que têm relação com seu aplicativo de mensagens, de acordo com fontes judiciais à AFP. Informações oriundas de uma fonte que tem ligação com o caso, afirmam que o empresário multimilionário franco-russo, tinha acabado de chegar do Azerbaijão. 

A OFMIN que é uma agência francesa de prevenção de violência contra menores já tinha expedido um mandado de prisão contra o CEO, por conta de uma investigação preliminar em diversos crimes envolvendo cyberbullying, crime organizado, promoção ao terrorismo e tráfico de drogas, de acordo com uma fonte do caso. Durov é acusado de não tomar atitudes para que atos criminosos venham ser impedidos de serem feitos no Telegram.

Telegram diz que CEO não tem para esconder

O perfil oficial do Telegram, fez uma publicação no X se declarando uma posição oficial sobre a detenção de seu CEO. “O Telegram obedece às leis europeias, incluindo a Lei de Serviços Digitais: sua moderação está em conformidade com padrões da indústria e é aprimorada constantemente” 

O Telegram complementa dizendo que Pavel Durov, não tem nada a esconder, pois o CEO viaja assiduamente para a Europa e enfatiza dizendo que é absurdo dizer que o aplicativo de mensagens é responsável pelo mau uso dos usuários. A empresa finaliza dizendo que o serviço que ela presta atinge mais de 1 bilhão de usuários utilizando o Telegram como meio de comunicação e “fonte vital de informação”.


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Pavel Durov no Mobile World Congress em Barcelona (Foto: reprodução/Chris Ratcliffe/Bloomberg/Getty Images Embed)


Macron diz que prisão de Durov não tem envolvimento com política

Também através do X, o presidente francês Emmanuel Macron, publicou na rede social dizendo que a prisão Pavel Durov não envolve questões políticas. Para Macron a prisão do CEO do Telegram aconteceu no marco de uma investigação que está em andamento e que a decisão caberá aos juízes tomarem decisão.

Foto destaque: logo do Telegram (Reprodução/Ivan Radic/Flickr)

Indústria chinesa desenvolve chips mais eficientes em consumo de energia

Uma equipe de cientistas chineses fez um avanço na tecnologia de chips ao desenvolver “wafers dielétricos”, feitos de safira artificial. Considerada uma pesquisa inovadora, foi publicada na revista Nature no dia 7 de agosto e estabelece uma base crucial para o desenvolvimento de chips mais eficientes em consumo de energia.

Mudança de positiva

À medida que os equipamentos digitais diminuem, também é esperado que o desempenho seja superior. Porém, a miniaturização dos transistores tem apresentado desafios na manutenção de energia de forma eficiente.

Os materiais dielétricos normalmente funcionam como isolantes de chips, que tentam evitar seu aquecimento enquanto o aparelho é utilizado, mas sua eficácia é diminuída conforme a utilização. O aquecimento provoca um encurtamento da vida útil da bateria, justamente o que os cientistas chineses descobriram como evitar.

Os pesquisadores do Instituto de Microsistemas e Tecnologia da Informação de Xangai, da Academia Chinesa de Ciências, criaram wafers dielétricos de safira artificial, usando um processo de oxidação por intercalação. Segundo os cientistas, a safira artificial é idêntica à natural em termos de propriedade, como a cristalinidade e o isolamento.

Assim, a pesquisa desenvolveu alumínio monocristalino através da oxidação por intercalação, que diferiu dos materiais dielétricos amorfos comuns. A safira cristalina desenvolvida só será vazada em um nível muito baixo e não permitirá que os gadgets esquentem.


Na imagem vemos um chip completo, dentro dele estão os materiais dielétricos que isolam o calor gerado pela bateria, do processador (Foto/Reprodução/H_Ko/ Adobe Stock)


Indústria de chips chinesa

Apesar do alto investimento em semicondutores nos últimos anos, a China está a pelo menos 5 anos atrasada tecnologicamente em relação ao líderes globais da área. Segundo especialistas, o país tenta se tornar autossuficiente na produção de chips, e o “gap” para a indústria global está diminuindo.

É esperado que os novos polos de semicondutores chineses custem em torno de US$5 bilhões, para que o país consiga produzir chips de 5 nanômetros, tamanho mais produzido pela indústria norte-americana, por exemplo.

A descoberta de pesquisadores chineses pode ajudar muito na produção dos chips, criando um diferencial para as outras marcas, com uma vida útil de bateria maior em comparação com concorrentes. O avanço da tecnologia dos materiais dielétricos também ajuda nas aplicações em inteligência artificial e da Internet das Coisas(IoT).

Foto Destaque: Indústria chinesa é uma das mais avançadas do mundo (Reprodução/Olhar Digital)

Descubra quem é o bilionário inglês que naufragou em iate na Itália

O corpo de Mike Lynch foi encontrado na quarta-feira, dia 21, dentro do seu iate de luxo, que naufragou na Itália na última segunda-feira, dia 19. O acidente aconteceu próximo a Palermo, em uma cidade italiana da Sicília. Até o momento, o naufrágio conta com 6 vítimas fatais, uma sobrevivente e uma ainda desaparecida.

O que aconteceu?

Apelidado de “Bill Gates do Reino Unido”, Mike Lynch é o primeiro magnata da tecnologia que se tornou conhecido no país. O bilionário estava a bordo do iate com sua família e amigos, para celebrar a recente absolvição em um processo de fraude fiscal contra sua empresa Autonomy.

O iate de luxo, batizado de Bayesian, era uma homenagem ao matemático Thomas Bayes, que criou uma fórmula em que os algoritmos de software foram baseados. Ao todo, foram 15 sobreviventes do naufrágio, uma delas é a esposa de Lynch, Angela Bacares, que foi encontrada no mesmo dia do acidente. A filha do magnata, Hannah Lynch, de 18 anos, é a única que continua desaparecida.

O acidente matou 4 convidados de Mike e seu chefe de cozinha, que foram retirados dos destroços do iate no dia do naufrágio. Segundo as autoridades italianas, a embarcação foi atingida por uma tromba d’água, que destruiu o mastro de 75 metros que mantinha o iate estável.


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Imagens do corpo de Mike Fynch sendo resgatado sem vida pelas autoridades italianas (Foto: reprodução/Alberto Pizzoli/Getty Images Embed)


Quem foi Mike Lynch

Mike nasceu em 1965, na cidade de Ilford, no leste de Londres. Ele estudou ciências naturais em Cambridge e posteriormente fez doutorado em processamento de sinais e comunicações. Na década de 90, Finch começou sua jornada pela indústria da tecnologia, sendo bastante influente no mercado britânico.

Criada em 1996, a Autonomy foi uma empresa de software importante vendida para a HP em 2011, por US$11 bilhões. O negócio foi marcado por acusações de fraude fiscal que perduraram até semanas atrás. O resultado da investigação saiu em uma corte de Los Angeles, mostrando-se favorável à Lynch.

Mesmo com as polêmicas, em 2012, Mike Finch cofundou a Invoke Capital, companhia de capital de risco que visava apoiar startups europeias.

Foto destaque: o fundador da Autinomy, Mike Lynch (Reprodução/Isto É)

Estrela pode “escapar” da gravidade e sair da Via Láctea

Um objeto detectado na Via Láctea pode ultrapassar o espaço intergaláctico. De acordo com os cientistas, se trata provavelmente de uma estrela tênue, conseguindo atingir cerca de 1,3 milhão de milhas por hora (600 quilômetros por segundo). A velocidade possibilitaria o objeto de escapar da gravidade da galáxia.

Uma equipe de astrônomos e um grupo de cientistas cidadãos (não necessariamente especialistas em ciência) devem publicar um estudo acerca do fenômeno na revista “The Astrophysical Journal Letters”. Esse seria o primeiro objeto classificado como “estrela de massa muito baixa” a ser hiperveloz. Para o coautor do estudo Roman Gerasimov, o evento é “particularmente emocionante” devido a raridade das estrelas de hipervelocidade, que foram descobertas em 2005.

Especialistas opinam

Gerasimov avaliou a dificuldade de classificar o objeto de maneira apropriada. Tratando-se de um corpo de baixa massa, existe dúvida em relação a sua designação: estrela de baixa massa ou uma anã marrom. 

“Objeto está bem no limite inferior das massas estelares permitidas, e é de fato possível que a massa do objeto esteja ligeiramente abaixo desse limite, o que implicaria que o objeto não é uma estrela, mas uma anã marrom.”, comentou Gerasimov (via CNN Brasil).

Para explicar sua velocidade, cientistas do estudo argumentaram que o objeto era companheiro de uma estrela anã branca: núcleo restante de uma estrela morta, que expele gases como seu combustível nuclear. Até o momento, essa é a hipótese mais aceita. Professor de astronomia e astrofísica na Universidade da Califórnia, Burgasser explicou o fenômeno (via CNN Brasil): 

“Nesse tipo de supernova, a anã branca é completamente destruída, então sua companheira é liberada e voa para longe em qualquer velocidade orbital em que estava se movendo originalmente… No entanto, a anã branca não está mais lá e os restos da explosão  provavelmente aconteceu há vários milhões de anos, então não temos provas definitivas de que essa é sua origem.”


Estrela Anã branca, caracterizada por ser altamente densa (Foto: reprodução/WikiImages/Pixabay)


Próximos passos

Ainda que não exista certeza sob todos os processos do fenômeno, a descoberta torna possível que cientistas encontrem aglomerados inéditos. Inclusive, as primeiras anãs marrons foram identificadas recentemente por astrônomos, através do Telescópio Espacial James Webb. Mais pistas sobre o objeto podem explicar a trajetória do mesmo, inclusive seu sistema original.

Foto Destaque: céu noturno estrelado (reprodução/Pexels/Pixabay) 

Sonda Juice deve chegar a Vênus em 2025 por meio de manobra de impulso

Lançada em 2023, a Jupiter Icy Moons Explorer (sonda Juice), está realizando, nesta semana, o primeiro sobrevoo da lua e da Terra e a primeira manobra dupla de assistência gravitacional. Segundo a informação divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA), essa manobra faz com que a sonda Juice ganhe impulso para se lançar em direção a Jupiter e suas luas.

A sonda espacial foi lançada em abril e passou próximo à lua no dia 19 de agosto, aproximadamente às 18h de Brasília. Na terça-feira (20), quase 25 horas após passar pela lua, Juice se aproximou da Terra.

A tática faz com que a sonda acelere ao passar perto da lua e desacelerar perto da Terra, e assim mudar a direção à Vênus, com a previsão de chegada em 2025.

É como passar por um corredor muito estreito, muito, muito rápido: acelerando ao máximo quando a margem ao lado da estrada é de apenas milímetros”, disse Ignacio Tanco, Gerente de Operações da Sonda Juice, em um comunicado.

Roteiro da Sonda Juice

Após chegar à Vênus, Juice deve retornar para a Terra para realizar mais dois sobrevoos em 2026 e 2029, com o destino final em Júpiter em julho de 2031.

A manobra só pode ser executada depois que especialistas realizaram correções de trajetória em julho.

Em um comunicado, a engenheira de operações da Sonda Juice disse que “Um sobrevoo lunar Terra nunca foi tentado antes”. A engenheira finaliza dizendo que existem riscos, mas todos os sistemas incorporados a sonda foram rigorosamente testados e com a equipe preparada.


Missão Juice (Vídeo/Reprodução: @omundocuriosooficial/Youtube)


Sonda espacial

A sonda espacial é uma nave espacial não tripulada e é utilizada para explorar, remotamente, outros planetas, satélites, asteroides ou cometas. Elas carregam vários equipamentos de laboratório e câmeras fotográficas para fazer medições e enviar imagens para a Terra.

Foto destaque: Imagem da Terra durante o sobrevoo da sonda Juice (Reprodução: Juice/ESA/JMC)