Brasil e China protagonizam imposições a usuários das VPNs causando dúvidas e insegurança

O uso de redes privadas virtuais (VPNs) tem sido um tema de destaque tanto na China quanto no Brasil, especialmente após a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor uma multa de R$ 50 mil para quem tentar acessar a rede social X por meio dessa tecnologia. Essa medida no Brasil, considerada de difícil fiscalização por especialistas, trouxe à tona o debate sobre a eficácia e os desafios do uso de VPNs.

Na China, o cenário é igualmente complexo. Embora não haja uma proibição explícita do uso de VPNs, o governo chinês impôs restrições significativas. Antes da pandemia, as autoridades derrubaram VPNs locais não autorizadas e removeram opções internacionais das lojas de aplicativos. Apesar disso, as empresas estatais de telecomunicações ainda permitem o uso de VPNs, criando um ambiente de uso ambíguo e não regulamentado.



Mulher chinesa na internet (Foto: Reprodução/Freepik)


Garantia duvidosa dos serviços de VPNs

Estima-se que cerca de 30 milhões de usuários na China utilizem VPNs, principalmente para acessar serviços de streaming de vídeo e jogos online. Algumas prometem acesso a plataformas como a Netflix, embora a entrega desse serviço nem sempre seja garantida. Entre as mais conhecidas estão Astrill, ExpressVPN e NordVPN, que são frequentemente citadas em listas de melhores opções por sua eficácia.

Além de entretenimento, as VPNs são usadas para acessar aplicativos populares de empresas americanas, como os serviços do Meta, incluindo Instagram, e do Alphabet, como o Google. A Microsoft, por outro lado, opera na China sem a necessidade de VPNs, oferecendo serviços como a busca do Bing, que estão disponíveis em versões mais controladas. O crescimento das plataformas tecnológicas chinesas, que superaram muitas concorrentes americanas, contribuiu para a estabilidade do uso de VPNs no país. No entanto, o acesso ao jornalismo internacional continua sendo uma área de atrito.



Homem notebook segurança vpn (Foto: Reprodução/Freepik)


Penalidades e insegurança cercam usuários das VPNs

Recentemente, um incidente na província de Fujian destacou os riscos associados ao uso de VPNs. Um usuário, identificado apenas como Gong, foi punido por acessar redes sociais estrangeiras, gerando um debate sobre a aplicação de penalidades. Embora a notícia tenha sido removida de muitos sites chineses, continua circulando nas redes sociais, reacendendo o temor sobre o uso de VPNs no país.

Além disso, a organização GreatFire, que monitora a internet chinesa, relatou que nos últimos meses o tráfego de VPNs como Astrill e ExpressVPN tem se tornado mais lento, refletindo as dificuldades enfrentadas pelos usuários. Esse cenário destaca os desafios contínuos para aqueles que dependem de VPNs para acessar conteúdos restritos.

Foto Destaque: chip segurança (Reprodução/Getty Images Embed/MF3d)

Estudo aponta que ouro pode ser formado por eletricidade gerada em terremotos

O artigo realizado por pesquisadores da Universidade Monash, da Austrália, foi publicado nesta terça-feira, dia 3, na revista Nature Geoscience. A pesquisa sugere que grandes pepitas de ouro podem durante a movimentação do solo causada pelos terremotos.

Como surge todo esse ouro

A explicação em que o estudo se baseia, é que a formação de pepitas de ouro, encontradas frequentemente dentro de veios de quartzo no solo, acontece quando o metal se deposita em rachaduras na crosta terrestre conforme a fluidos quentes e ricos em água passam por elas.

Chris Voisey, autor principal do artigo, explica que à medida que os fluidos esfriam ou sofrem diversas alterações químicas, o ouro se separa dos outros elementos e se prende em veios de quartzo. Apesar da explicação ser a mais aceita atualmente no meio científico, ela não explica em sua totalidade a formação das pepitas de ouro, já que os cientistas não entendem como esse ouro é formado mesmo com uma baixa concentração do metal nesses fluidos quentes.


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Pepita de ouro em volta de quartzo (Foto: reprodução/Holger Leue/Getty Images Embed)


Resultados impressionantes

Para tentar explicar essa concentração, o grupo de cientistas resolveu testar uma característica específica do quartzo, sua capacidade de transformar energia mecânica em eletricidade. Com isso, eles submeteram cristais de quartzo imersos em um fluido rico em ouro, simulando um tremor de terra, conhecido por nós como terremoto.

Segundo Andy Tomkins, coautor do artigo, o quartzo estressado depositou ouro eletro quimicamente em sua superfície, e também acumulou nanopartículas de ouro. O pesquisador conclui que o ouro tem uma tendência a se depositar em grãos ao invés de permanecer afastado e criar novas pepitas.

Portanto, o estudo concluiu que os terremotos podem ser os responsáveis pelas grandes jazidas de ouro espalhadas pela Terra, já que a eletricidade gerada faz com que o metal seja depositado no mesmo local.

Foto destaque: Pepita de ouro encontrada no Brasil (Reprodução/GeoScan)

Bluesky cresce com queda do X e deve receber novas funcionalidades

Embed from Getty Images” style=”text-align: left;” alt=””>A plataforma Bluesky ganhou força no Brasil após a suspensão do X. A rede social possui ferramentas similares ao antigo Twitter e já recebeu dois milhões de novos usuários nessa semana. Existe a possibilidade de implementar vídeos e trending topics em novas atualizações. 

Com liderança dos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido, o Bluesky somava 5,2 milhões de usuários no mundo inteiro em março deste ano. A plataforma foi a maior beneficiada pela queda do X. Dentre os famosos brasileiros, o nome de maior alcance a adotar a rede social foi Felipe Neto. Grande parte dos artistas preferiu o Threads, pertencente do grupo Meta (proprietário do Facebook, Instagram e WhatsApp). O Threads também conta com uma rede consideravelmente maior, com 175 milhões de contas ativas em julho.  

Próximos passos

O grande número de novos usuários no Brasil chega em momento movimentado. Com as eleições municipais em outubro, deve existir um olhar cuidadoso da plataforma visando coibir discursos inflamados e fake news. Em entrevista a Época Negócios, Jay Graber, engenheira de software americana e CEO da Bluesky, ressaltou o compromisso da rede social:

“Além da base sólida de moderação da Bluesky, os usuários podem assinar conteúdos das instituições em que confiam… Equilibramos facilidade de uso, diversão e uma experiência agradável. Confiança e segurança são fundamentais para a Bluesky.” 

Graber também afirmou que a ferramenta de vídeos chega na próxima atualização, sendo este um grande pedido dos brasileiros. Vale destacar que o Bluesky possui código aberto, permitindo a interação de diferentes redes sociais e contribuições de desenvolvedores.


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Concorrente do Bluesky. Threads possui rede de usuários muito maior (Foto: reprodução/Meta Platforms/Google Play)


Suspensão do X

O ministro Alexandre de Moraes derrubou a plataforma no Brasil na última sexta-feira (30). A medida foi resultado de uma antiga queda de braço com Elon Musk, bilionário mais rico do mundo e proprietário da rede desde 2022. Em votação na segunda (2), a primeira turma do STF, por unanimidade, optou pela continuação da suspensão. Ainda não há prazo de um possível retorno do X ao país.  

Foto Destaque: Bluesky busca crescer após suspensão do X (Reprodução/@bsky.app/Bluesky) 

Samsung lança uma nova versão do Galaxy A55 na Coreia do Sul

Samsung lançou uma nova versão do Galaxy A55 (smartphone lançado em março) em parceria com a operadora SK Telecom.  O Galaxy Quantun 5 entrou em pré-venda em 23 de agosto com o valor final de 618.200 wons sul-coreanos, que convertido ao real chega a R$ 2.600. A nova versão está disponível para compra somente na Coreia do Sul.

Yoo Chul-joon, chefe do Smart Device CT da SK Telecom, disse para a Sammobile que: “O Galaxy Quantum 5 é o mais recente da série Quantum, agora com desempenho premium e recursos de IA, aprimorando ainda mais sua completude. Nosso objetivo é oferecer recursos de segurança e IA a um preço razoável por meio do Galaxy Quantum 5 e continuaremos nossos esforços para garantir que nossos clientes tenham uma experiência de telecomunicações conveniente.”

Criptografia quântica para a segurança do smartphone sul-coreano

O Galaxy Quantun 5 promete segurança adicional sobre seus dados graças ao chip ID Quantique (IDQ) com criptografia quântica. Segundo a “Sammobile” o Smartphone é uma variante do Galaxy A 55, mas com a adição desse novo chip, torna o novo aparelho muito mais seguro para utilizar, por exemplo, aplicativos e sites bancários.


Pôster promocional do Galaxy Quantum 5 (Foto: reprodução/ Sammobile)


O chip utiliza um gerador de números aleatórios com base na física quântica, tornando o aparelho menos suscetível a golpes de quebra de criptografia. Gerando números verdadeiramente aleatórios para o Samsung Knox autenticar tentativas de login em aplicativos com acesso a dados sensíveis, impedindo que esses dados sejam interceptadas por terceiros.

Especificações técnicas

O Smartphone sul-coreano conta com três versões de cores: azul-gelo, lilás e azul-marinho. Com a parceria da SK Telecom no desenvolvimento do Galaxy Quantun 5, a operadora disponibilizou brindes aos usuários que realizaram a compra até o dia 3 de setembro: 11 pontos no valor de 50.000 wons sul-coreanos (cerca de R$ 210) na carteira virtual da operadora; os usuários terão 6 meses de assinatura no T Universe Plus; Gift Card virtual de 20.000 won sul coreanos, em torno de R$ 85.


Modelo e cores disponíveis do Galaxy Quantum 5 (Foto: reprodução/@sktelecom/Instagram)


As especificações técnicas do aparelho consiste em uma tela super AMOLED DE 6,6 polegadas com Full HD+ (com taxa de atualização de 120hz); O sistema operacional é o Samsung Exynos 1480; de armazenamento, o smartphone tem 8 GB de RAM e 128 GB ou 256 GB de armazenamento interno; no conjunto de câmeras o Galaxy Quantum 5 tem 32 MP na câmera frontal, já as câmeras traseiras possuem lente principal de 50MP, a ultrawide de 12MP e a lente macro com sensor de 5MP. O Galaxy possui certificação IP67 e acompanha uma bateria de 5.000 mAh. A nova versão vem com o Android 14 com One Ui 6.1.

Foto destaque: modelo de chip quantico criptografado da Samsung (Reprodução/Sammobile)

Estudo mostra que fusão de galáxias pode gerar fenômeno de grande luminosidade

Um estudo publicado recentemente na The Astrophysical Journal, liderado pelo Professor Associado Takuma Izumi, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, observou duas galáxias em processo de fusão que podem dar origem a novas estrelas e quasares, um dos fenômenos espaciais mais luminosos conhecidos pela ciência. O estudo teve a colaboração das pesquisas realizadas pelo Professor Associado Yoshiki Matsuoka, da Universidade de Ehime.

Fusão de galáxias nos ajuda a entender a origem de corpos celestes

As duas galáxias observadas pelos astrônomos no estudo estão em processo de fusão a mais de 12,8 bilhões de anos-luz de distância. Durante esse processo, as matérias presentes nas galáxias, principalmente poeira e gás, podem ser sugadas para os buracos negros presentes em seus centros, gerando um ou mais quasares, fenômeno que pode emitir uma luminosidade maior que a das galáxias, possível até mesmo de ser visto da Terra. Os quasares, por possuírem movimentos em alta velocidade, também emitem grandes quantidades de radiação eletromagnética.

A suspeita da existência de quasares na fusão das duas galáxias foi confirmada pelo telescópio Alma. Cientistas suspeitam inclusive que os quasares observados nesta fusão pode ter dado origem aos outros quasares observados. Esses foram os quasares mais distantes e antigos já observados.

Importância do Estudo

A partir dos dados coletados pelo Telescópio Alma e pelo Hyper Suprime-Cam do Subaru Telescope (um dos telescópios com maior campo de visão já desenvolvido), foi possível comparar o fenômeno com outras fusões já observadas. Os cientistas concluíram que existe gás suficiente na fusão para acelerar o processo de formação de novas estrelas e buracos negros.


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Estrelas e galáxia ( Foto: reprodução/ Tony Rowell/Gattyimagesembed)


Observar este processo ajudará os cientistas a entender melhor a formação das estrelas e vários outros corpos celestes, aumentando nossa compreensão sobre a origem e o destino do universo. Infelizmente as pesquisas sobre o assunto são difíceis de serem desenvolvidas pela dificuldade de detecção dos quasares.

“ Poderíamos aprender sobre as propriedades estelares desses objetos. Como esses são os tão procurados ancestrais dos quasares de alta luminosidade, que devem servir como um precioso laboratório cósmico, espero aprofundar nossa compreensão de sua natureza e evolução através de várias observações no futuro.”, afirmou o Professor Takuma Izumi sobre as pesquisas futuras.

O projeto ainda deixou claro a importância da colaboração científicas entre equipes de diferentes instituições e países para o desenvolvimento do conhecimento humano.

Foto destaque: fusão das galáxias NGC 4568 e NGC 4567 registrado em 2022 (Reprodução/International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/Divulgação/UOL)

Meta começa a notificar brasileiros sobre uso de dados para IA

A Meta, empresa gestora das plataformas Facebook, Messenger, Whatsapp e Instagram, começou a notificar usuários brasileiros sobre o uso de informações de dados para a expansão de experiências de Inteligência Artificial (IA) nesta terça-feira (3). O comunicado vem ocorrendo após a suspensão da proibição da utilização de dados pessoais para treinar IA, realizado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

As notificações pertencem ao Plano de Conformidade aprovado, que inclui atualização do Aviso de Privacidade do Brasil para a adequação às mudanças. Os usuários serão notificados sobre a utilização de informações públicas de contas para o aprimoramento dos formatos de IA, por meio de e-mails e links para um formulário a ser preenchido em casos de oposição.

Meta não usará dados de menores de idade

A empresa de tecnologia ainda ressaltou que, conforme consta no Plano de Conformidade, não serão utilizados dados pessoais de contas de menores e 18 anos.

A Meta está trabalhando arduamente para construir a próxima geração de recursos de IA em seus serviços, garantindo que isso seja feito de maneira segura, responsável e consciente, e que atenda às expectativas de privacidade das pessoas“, afirmou a empresa em comunicado.


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Dados serão utilizados para treinar inteligência artificial generativa (Foto: reprodução/Laurence Dutton/GettyImages embed)


Entenda a suspensão

A ANPD suspendeu no início de julho desse ano a utilização de dados pessoais dos usuários brasileiros pela Meta para treinamento de Inteligência Artificial generativa. De acordo com o órgão, o uso poderia causar danos graves e irreparáveis para os titulares das contas. 

A suspensão da decisão da ANPD se deu na última sexta-feira (30) após recurso da Meta, baseada nas documentações apresentadas e compromissos assumidos.

As utilizações dos dados dos usuários ocorrerão somente após 30 dias do início das notificações. E mesmo após o começo do uso das informações, os usuários poderão manifestar oposição.

Foto destaque: usuário utilizando aplicativos da Meta (Reprodução: Sopa Images/LightRocket/GettyImages embed)

STF pretende derrubar sinal da Starlink, empresa de Elon Musk

Para garantir o pagamento das multas geradas na luta judicial entre a rede social X e o Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, ordenou o bloqueio de contas bancarias da Starlink no Brasil, impedindo a empresa que fornece internet via satélite de receber os pagamentos. Tanto o X quanto a Starlink pertencem a Elon Musk. A decisão foi tomada no dia 28 de agosto.

A Starlink também chegou a declarar que não irá cumprir a suspensão da rede social X com os seus usuários. A empresa também afirma que irá recorrer na justiça e considera a decisão “inconstitucional”. 


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Elon Musk, dono da Starlink (Foto: reprodução/Jared Siskin/Getty Images Embed)


Elon Musk declarou que os serviços prestados pela Starlink no Brasil serão fornecidos de forma gratuita até tudo se normalizar.

Starlink no Brasil

A empresa Starlink é conhecida por fornecer internet em lugares remotos utilizando a tecnologia dos satélites geoestacionários. Segundo a empresa, os usuários podem ter acesso a uma conexão com um menor tempo de resposta e velocidades de download entre 100 Mb/s e 200 Mb/s.

A empresa é líder no Brasil neste tipo de conexão e possui mais de 224 mil usuários no país, principalmente na região Norte. As cidades que possuem mais contratos com a Starlink são Boa Vista, Manaus e Rio de Janeiro.

Segundo O Globo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), declarou que não poderá garantir o cumprimento da decisão do STF, principalmente por conta da dificuldade em bloquear sinais via satélite. Para o bloqueio total do sinal, seria necessário derrubar as instalações nas estações terrenas (também conhecida como gateway, permite a comunicação entre redes diferentes).

Starlink e usuários do governo

Por conseguir chegar em lugares onde a fibra ótica não consegue, o serviço da Starlink é muito utilizado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para levar o acesso a internet para territórios indígenas afastados.

O equipamento também é utilizado pelas Forças Armadas, que afirmam que a conexão via satélite oferece maior flexibilidade, facilidade, rapidez na instalação e velocidade da internet, confiabilidade, entre outros benefícios. Márcio de Souza Nunes Ribeiro, chefe do gabinete do Comandante do Exército, ainda afirma que o cancelamento do contrato com a empresa poderia trazer prejuízos para as estratégias das tropas. O chefe do gabinete do Comandante do exército também destaca como a tecnologia poderia ser bem utilizada pelos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), que costumam atuar em áreas de difícil conexão.

Foto destaque: Starlink (reprodução/Starlink/Valoreconomico)

Internautas brasileiros passam a usar BlueSky e Threads após o X sair do ar

Desde a última sexta-feira, dia 30 de agosto, após a suspensão do X no território brasileiro, a plataforma Bluesky está ganhando notoriedade perante os internautas. A rede social que é semelhante ao antigo Twitter no que diz respeito à sua operação e aparência, atingiu a marca de um milhão de usuários brasileiros entre os dias 29 e 31 de agosto. O desenvolvedor da plataforma Jack Dorsey fez uma publicação dizendo “Agora, este é um aplicativo brasileiro” . Dorsey também foi desenvolvedor do atual X.

BlueSky foi criado pelo mesmo desenvolvedor criou o X

Concebido inicialmente como um projeto interno do X, o Bluesky se tornou independente a partir de 2021. Um dos idealizadores da plataforma é Jack Dorsey, que também ajudou a criar o X. O Bluesky se tornou popular depois que o empresário Elon Musk comprou o Twitter e, posteriormente, mudou o nome para X. Em 2022, outra decisão polêmica de Musk foi a de limitar a quantidade de cartas diárias de usuários não selecionados; Dessa forma, diversos internautas passaram a usar o Bluesky. Antes de entrar no Bluesky, era necessário receber um convite de um amigo. Porém, desde fevereiro de 2024, essa exigência foi retirada, facilitando o acesso de novos usuários.


Incorporar ao Getty Imagens

Smartphone com BlueSky e Threads, Jack Dorsey, Mark Zuckeberg e Elon Musk (Foto: reprodução/NurPhoto/David Paul Morris/Bloomberg/Chesnot/Getty Images Embed)


Threads também estão sendo usados ​​para substituir o X

O Threads é outra plataforma que também está ganhando relevância após o X ter saído do ar. Criado em julho de 2023 pela Meta, empresa pertencente a Mark Zuckerberg, que também controla o Facebook, WhatsApp e Instagram, o Threads surgiu como uma aposta da empresa de tecnologia para concorrer com o Twitter. Para criar uma conta no Threads, o usuário precisa ter uma conta no Instagram, fazendo com que a migração de usuários faça uma conexão entre ambas as plataformas. O Threads também permite que postagens feitas nas plataformas sejam aplicadas no Instagram. Existe a possibilidade de criar uma publicação no Instagram e criar uma publicação para o Threads. O usuário que publica um tópico pode compartilhar via Stories no Instagram. O Threads também permite que você envie áudios nas publicações.

Foto destaque: pessoa usando o celular (Reprodução/Delmaine Donson/Getty Images Embed)

Velocista galês pode ser primeira pessoa com deficiência em missão espacial

Atleta paralímpico do Reino Unido, o velocista de 43 anos John McFall pode se tornar o ser a primeira pessoa com deficiência a ir para o espaço. Ele também é astronauta e cirurgião. Durante sua adolescência, praticou atletismo e hockey. Nascido no País de Gales, McFall teve que amputar sua perna direita aos 19 em um acidente de moto na Tailândia. Aprendeu novamente a correr durante sua primeira graduação (bacharel em ciências). Em 2014, também se formou em medicina.

No ano de 2024, McFall se tornou o primeiro “parastronauta” do mundo ao participar do estudo de viabilidade “Fly!”, um treinamento desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA). Ele atribui às Paralimpíadas a visibilidade proporcionada aos deficientes, mostrando a todos que, apesar dos desafios, é possível alcançar um objetivo. 

Ida ao espaço

De acordo com o galês, o treinamento feito pela ESA não encontrou impeditivo para que um deficiente deixe de ir a uma missão como tripulante, ainda que seja de longa duração. O estudo deve ser concluído no fim deste ano e McFall, em entrevista à revista científica Nature na semana passada, apresentou otimismo: 

“Espero ter a oportunidade de voar no futuro. Isso seria tremendo. E também espero poder plantar a semente para deixar um legado, para que se estude a viabilidade de voar com uma gama mais ampla de deficiências”.

A ESA também se pronunciou sobre o tema, apontando que o estudo incluiu situações extremas como sobrevivência no inverno e no mar, além de voos em gravidade zero. Segundo a agência, a possível ida de John McFall ao espaço seria (via CNN) “um marco significativo na jornada rumo à inclusão na exploração espacial”.


John McFall (azul) carregou a bandeira dos Jogos Paralímpicos na cerimônia de abertura em Paris (Foto: reprodução/X/@TurboLeaks)


Carreira como atleta

McFall enxerga seu envolvimento no atletismo como um contribuidor em seu objetivo de ir ao espaço. Em fala durante coletiva de imprensa da ESA no mês passado, disse que “tudo isso me preparou muito bem para ajudar a preencher a lacuna entre essa ambição que a ESA tem e meu histórico… para tentar alcançar esse objetivo de, potencialmente, ser a primeira pessoa com deficiência física a se tornar astronauta.” Vale destacar que o astronauta também aponta o esporte paralímpico como forma de conscientizar a sociedade.

Além de toda bagagem científica, McFall também tem conquistas no esporte. Participante da classe T42, possui sete medalhas competindo nos 100 metros rasos, incluindo um bronze nas Paralimpíadas de Pequim em 2008. Além disso, guarda seis medalhas competindo na categoria dos 200 metros. 

Foto Destaque: John McFall em cerimônia da ESA (Reprodução/X/@BFMTV)

Cientistas descobrem seis “planetas-anões” em nebulosa formadora de estrelas

Desenvolvido pela NASA, o Telescópio Espacial James Webb, conhecido como “Webb”, permitiu a detecção de seis planetas “órfãos” por astrônomos. O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório “arXiv”, onde se encontram publicações nas áreas de biologia, computação, estatística, física e matemática. Ele também será publicado no “The Astronomical Journal”.

Um planeta órfão se diferencia dos demais por não orbitar uma estrela de forma direta. Podem ter sido ejetados de seus sistemas solares originais ou não possuir ligação gravitacional com uma estrela ou anã marrom. Os encontrados pelo Webb possuem entre 5 a 15 vezes a massa de Júpiter, maior e mais pesado planeta do Sistema Solar.

A descoberta

O fato mais curioso do fenômeno gira em torno do desenvolvimento dos corpos celestes, formados como estrelas. Com o telescópio, foi possível enxergar através de uma nuvem de gás e poeira localizada a 960 anos-luz de distância, nomeada como NGC 1333. Além dos planetas, foram vistas estrelas recém-nascidas e anãs marrons. Autor sênior do estudo, Ray Jayawardhana comentou o processo de descoberta (via CNN):

“Usamos a sensibilidade sem precedentes do Webb em comprimentos de ondas infravermelhas para procurar os membros mais fracos de um aglomerado de estrelas jovens, buscando abordar uma questão fundamental na astronomia: quão leve pode ser um objeto que se forma como uma estrela?”


Objetos foram vistos através de nebulosa (Foto: reprodução/Alexander Andrews/Unplash)


Processo de formação

Os autores de estudo apontaram que uma “direção” não-convencional para o surgimento dos planetas possa ser possível. Um dos planetas encontrados pode ter sido formado como uma estrela, através da contração de gás e poeira. Além disso, como este objeto possui um disco, outros planetas de menor tamanho podem surgir através dele. Adam Langeveld, astrofísico da Universidade Johns Hopkins, argumentou sobre a importância do evento:

“Estamos sondando os próprios limites do processo de formação de estrelas… Se você tem um objeto que parece um jovem Júpiter, é possível que ele tenha se tornado uma estrela sob as condições certas? Este é um contexto importante para entender a formação de estrelas e planetas.”

Os astrônomos ainda buscam maiores explicações para a formação e evolução de planetas órfãos. O Webb pode ajudar ainda mais, inclusive no estudo sobre como esses corpos podem resultar em mini sistemas planetários. Outro telescópio, nomeado “Nancy Grace Roman”, também será lançado pela NASA em 2027.

Foto Destaque: NGC 1333, nebulosa onde planetas órfãos foram encontrados (Reprodução/X/@themartian_boy)