Novo chip de inteligência artificial é revelado pela Meta

Nessa quinta-feira (18), a Meta deu mais detalhes a respeito dos projetos que está desenvolvendo para melhor adequar seus centros de dados ao desenvolvimento de novas tecnologias envolvendo inteligências artificiais, dando enfoque especial à uma nova família de chips personalizados para computador. O projeto, no qual estão trabalhando internamente, foi revelado pela empresa em uma em um evento de infraestrutura de inteligência artificial.

Detalhes mais aprofundados foram dados em uma série de publicações, nas quais a dona do Instagram e do Facebook disse ter criado um chip de primeira geração em 2020 como parte do programa Meta Training and Inference Accelerator (MTIA), cujo objetivo é ampliar a eficiência dos modelos de recomendação usados para exibir anúncios e outros conteúdos no feed de notícias de suas plataformas. O projeto foi mantido em segredo até então, mas a empresa parece estar apostando nas novas tecnologias. 

Como reportado anteriormente pela Reuters, a empresa não parece ter a intenção de disseminar seu primeiro chip focado em IA, já tendo começado a trabalhar em uma segunda versão. Segundo comunicado, o primeiro chip se trata de um protótipo e uma experiência de aprendizado para a equipe de desenvolvimento da empresa. “Tendo como base esse programa inicial, nós aprendemos lições importantes que serão incoporadas em nosso roteiro daqui pra frente”, relatou a empresa. 

A primeira versão do chip MTIA desenvolvido pela Meta está exclusivamente focado em algo chamado “inferência”, termo que é usado no campo da inteligência artificial para designar um processo no qual algoritmos treinados em grandes quantidades tomam decisões como, por exemplo, mostrar um vídeo de uma receita culinária ou o short de um influenciador famoso na publicação do feed de um usuário, baseado em uma sequência lógica. 


Especificações do chip revelado recentemente pela Meta (Reprodução/Zdnet)


O porta-voz da Meta, em comunicado, não elaborou sobre um possível prazo para a utilização dos chips ou uma possível explicação sobre os planos da empresa a respeito do futuro dessa tecnologia. Ao que parece, a Meta não tem a intenção de compartilhar as inovações com outras empresas da área em parceria, por enquanto.

Foto destaque: Ilustração do logo da empresa Meta (Reprodução/Pixabay)

Twitter acusa a Microsoft de usar seus dados ilegalmente

Segundo carta analisada pela Reuters nessa quinta-feira, o Twitter teria alegado que a Microsoft violou um acordo a respeito do uso dos dados da rede social gerenciada pela empresa. Por meio desse comunicado, um advogado de Elon Musk, dono do Twitter, afirmou que a Microsoft utilizou mais dados do Twitter do que era permitido e, além disso, também compartilhou os dados com agências governamentais sem a autorização expressa da rede social. 

Divulgada inicialmente pelo The New York Times, a carta também deixa claro que a Microsoft teria inicialmente concordado em seguir o Contrato e Política de Desenvolvimento do Twitter, mas uma recente análise nas atividades da empresa, que é uma gigante no campo da tecnologia, parece indicar que houve uma potencial violação em “múltiplas disposições do contrato durante longos períodos de tempo”. 

A Microsoft também se manifestou nessa quinta feira e, através de um porta-voz, afirmou ter recebido uma carta do escritório de advocacia que está representando o Twitter no caso contendo algumas questões que envolvem o uso anterior da interface de programação de aplicativos (API) que o Twitter disponibiliza gratuitamente. 

“Iremos analisar as perguntas e responder de maneira adequada. Esperamos poder manter nossa parceria de longo prazo com a empresa”, disse o porta-voz. 


Tuíte de Musk, dono do Twitter, acusando a Microsoft de treinar sua inteligência artificial ilegamente usando os dados da rede social


Essa acusação chega em um momento de tensão entre Musk e a Microsoft, já que o dono do Twitter também havia recentemente acusado a gigante de tecnologia de estar “controlando” a Open AI, que é a empresa responsável pelo desenvolvimento pela inteligência artificial do ChatGPT. 

Musk também parece ter a intenção de lançar a sua própria inteligência artificial, chamada até então de “TruthGPT”, como anunciado por ele em Abril, com a intenção de concorrer tanto com a Microsoft quanto com o Google. Em tuíte, o empresário também acusou a Microsoft de treinar a própria inteligência artificial “ilegalmente” com dados do Twitter.

 

Foto destaque: Ilustração de logo do Twitter em celular (Reprodução/Aol)

OpenAI lança aplicativo para iPhone e em breve os usuários Android terão acesso a ferramenta

Nesta quinta-feira, (18), a empresa que desenvolveu o ChatGPT, anunciou que irá disponibilizar a inteligência artificial para o iPhone. No momento, o aplicativo está somente disponível para os Estados Unidos, mas que em breve a novidade deve chegar em outros países nos próximos dias.

Os usuários da Apple, IOS, que forem usar a ferramenta, terá o acesso gratuito, mas os assinantes do ChatGPT Plus, terão a linguagem mais atualizada da empresa GPT-4. Além do acesso, os usuários poderão contar com “Whisper, sistema inteligente de reconhecimento de voz automático”. Com isso, a aplicação irá permitir conversas e todo conteúdo associado a conta e que serão facilmente transferidos entre as plataformas, mas se ao iniciar a conversa pelo iPhone, o usuário poderá continuar a conversa mais tarde, por meio de um navegador web e vice-versa.


Aplicativo ChatGPT para iPhone (Foto: Reprodução/OpenAI)


Em uma postagem de lançamento da OpenAI, um trecho diz que estão dando mais um passo para a missão, transformando pesquisas de ponta em ferramenta úteis, que capacitam pessoas, fazendo com que as pessoas, tenha mais acessibilidade.

Segundo a empresa, eles também falaram que o próximo será para os usuários Android e quem em breve eles terão acesso ao aplicativo, mas que ainda não tem uma data para o lançamento. “Os usuários do PS Andoid, vocês serão os próximos, o ChatGPT chegará em breve aos dispositivos“.

ChatGPT Plus

Para quem utilizar o ChatGPT Plus, poderá usufruir de todos os recursos e enviar mais mensagens, além de ter acesso aos modelos mais atualizados e avançados, como o ChatGPT-4, e experimentar as funcionalidades com antecipação.

Preços e disponibilidade

A assinatura do ChatGPT Plus, tem um valor de US$20 dólares por mês e mais impostos, mas no momento não se sabe se esse valor será disponibilizado para o iPhone, um custo adicional por conta do “Imposto Apple”, sobre transações realizadas através da plataforma.

Mas a OpenAI, oferece uma possibilidade que os usuários da Apple, subscrevam o ChatGPT Plus, no site oficial, com um pequeno desconto. Lembrando que a assinatura da plataforma está vinculada a conta ChatGPT e não ao dispositivo iPhone.

Sendo assim, a empresa está expandindo a experiência para todos e que futuramente a inteligência artificial alcançará muito mais públicos.

Foto Destaque: Aplicativo ChatGPT para iPhone. Reprodução/OpenAI

Elon Musk dispara: “direi o que quiser, mesmo que isso me faça perder dinheiro”

Elon Musk, o excêntrico bilionário e fundador de empresas como Tesla e SpaceX, causou polêmica mais uma vez ao defender seu direito de expressar livremente suas opiniões no Twitter, mesmo que isso resulte na perda de dinheiro devido ao afastamento de anunciantes. Durante uma entrevista ao canal de televisão CNBC, Musk afirmou categoricamente: “Direi o que quiser, mesmo que isso me faça perder dinheiro”.

Essa declaração ocorreu logo após uma sequência de tweets controversos do empresário. Entre eles, um que abordava teorias da conspiração sobre um tiroteio em massa no Texas, outro que foi acusado de antissemitismo ao mencionar George Soros e ainda o compartilhamento de teorias desacreditadas sobre crime e raça. Essas publicações geraram repercussão negativa e críticas tanto da mídia quanto do público.


Foto: Elon Musk. Reprodução/elonmusk_uk


No entanto, não é a primeira vez que Musk enfrenta consequências por suas declarações nas redes sociais. Em 2018, um tweet sobre o valor das ações da Tesla resultou em uma multa de US$ 40 milhões pela Comissão de Valores Mobiliários e na perda de sua posição de presidente da empresa na época. Atualmente, ele está sujeito a uma ordem da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos que exige a aprovação prévia de um advogado antes de publicar tweets relacionados à Tesla.

Essa postura de Musk em relação à sua liberdade de expressão no Twitter tem gerado debates acalorados. Enquanto alguns o defendem como um defensor da liberdade de opinião, outros argumentam que suas declarações irresponsáveis podem ter impactos negativos, tanto para ele próprio quanto para as empresas que ele representa.

Apesar das críticas e das consequências que já enfrentou, Elon Musk parece determinado a continuar expressando suas opiniões livremente, mesmo que isso signifique enfrentar perdas financeiras. A questão que fica é até que ponto essa postura influenciará sua reputação e o sucesso de suas empresas no longo prazo.

Foto destaque: Elon Musk. Reprodução/tmz.com

OMS pede cautela no uso da IA na área da saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu cautela nesta terça-feira (16), em um comunicado, a respeito do uso da inteligência artificial (IA) na área da saúde e também expressou suas preocupações com a inserção rápida da tecnologia sem um treinamento “mais consistente”.

Segundo o comunicado, “é imperativo que os riscos sejam examinados cuidadosamente ao usar LLMs para melhorar o acesso a informações de saúde, como uma ferramenta de apoio à decisão ou mesmo para aumentar a capacidade de diagnóstico em ambientes com poucos recursos para proteger a saúde das pessoas e reduzir a desigualdade

Os LLMs (Modelos de linguagem) utilizam algoritmos de ‘aprendizagem profunda’ para imitar a comunicação humana, como o famoso ChatGPT da OpenAI, a Bard do Google e entre outros. De acordo com a OMS, a expansão pública e crescente do uso de IAs para fins relacionados à área da saúde tem causado grande entusiasmo devido ao enorme potencial que a tecnologia tem para ajudar nas necessidades de saúde das pessoas. 

Embora a própria organização esteja entusiasmada com os benefícios dessa tecnologia, “existe a preocupação de que o cuidado que normalmente seria exercido para qualquer nova tecnologia não esteja sendo exercido de forma consistente com os LLMs.” 

O uso precipitado dessas ferramentas, sem os devidos testes, pode levar a erros por parte dos profissionais de saúde. Além de causar danos aos pacientes e diminuir a confiança nas inteligências artificiais. 

A OMS expressou algumas preocupações que “exigem uma supervisão rigorosa” para que as IAs sejam utilizadas de maneira a promover o bem estar e a segurança, de forma eficaz e ética. Entre elas está o fato de que os dados usados para o treinamento da IA podem ser “tendenciosos” gerando informações falsas e imprecisas além de conter erros graves; a falta de segurança e privacidade em relação aos dados confidenciais do usuário;

Em seu comunicado, a organização pede que essas preocupações sejam abordadas antes que o uso dessas ferramentas seja generalizado no ambiente de saúde.


Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Foto: Reprodução/Evan Schneider/ONU)


Em 2021, a OMS publicou seu primeiro relatório global sobre IA na saúde, “Ética e Governança de Inteligência Artificial para a Saúde”, resultado de quase dois anos de consultas e pesquisas realizadas por especialistas internacionais. Conforme informações apresentadas no relatório, há seis princípios éticos identificados como fundamentais pela organização ao “projetar, desenvolver e implantar” inteligência artificial na área da saúde:

  1. Proteger a autonomia; 
  2. Promover o bem-estar humano, a segurança humana e o interesse público; 
  3. Garantir transparência, explicabilidade e inteligibilidade; 
  4. Promover responsabilidade e prestação de contas;  
  5. Garantir inclusão e equidade;
  6. Promover uma IA responsiva e sustentável.

De acordo com a OMS, esses princípios asseguram que a inteligência artificial opere visando o benefício de todos, com o foco no bem-estar humano sendo priorizado em todas as etapas de seu desenvolvimento, implementação e utilização.

Foto Destaque: Organização Mundial da Saúde. Reprodução/Reuters.

CEO da OpenAI destaca a necessidade de regulamentação da IA

O diretor-executivo (CEO) da OpenAI, Sam Altman, durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos na terça-feira (16), solicitou aos legisladores uma regulamentação da inteligência artificial. Ele enfatizou que o momento atual da tecnologia representa uma oportunidade, mas também exige medidas de proteção.



OpenAI é a empresa responsável pelo ChatGPT. (Reprodução/Unsplash)


Em seu discurso perante um subcomitê do Judiciário do Senado, Altman declarou que a intervenção regulatória governamental é crucial para mitigar os riscos associados ao aumento do poder dos modelos de IA.

A aparição de Altman ocorreu após o fenômeno viral do ChatGPT, a ferramenta de chatbot da sua empresa, ter desencadeado uma “corrida armamentista” pela IA e suscitado preocupações entre alguns legisladores sobre os riscos representados por essa tecnologia.

Uma gravação foi apresentada durante a audiência no Senado dos Estados Unidos, na terça-feira (16), que combinava comentários redigidos pelo ChatGPT e áudio da voz do senador Richard Blumenthal, criado a partir de gravações reais de seus discursos. O objetivo da gravação era ilustrar os riscos potenciais da tecnologia e argumentar que a IA não pode se desenvolver em um ambiente não regulamentado.

Nos últimos meses, uma crescente lista de empresas de tecnologia lançou novas ferramentas de IA, com o potencial de transformar a maneira como trabalhamos, compramos e interagimos uns com os outros.

No entanto, essas mesmas ferramentas também receberam críticas de alguns dos maiores expoentes do setor de tecnologia, devido ao seu potencial para perturbar milhões de empregos, disseminar desinformação e perpetuar preconceitos.

Durante seus comentários na terça-feira, Altman ressaltou que uma de suas principais preocupações é o potencial de uso da IA para manipular eleitores e disseminar desinformação. Ele expressou especial preocupação devido à proximidade das eleições do próximo ano, pois observou que esses modelos estão em constante aprimoramento.

Altman reconheceu a influência da IA sobre os empregos e afirmou que a OpenAI tem sido muito clara sobre essa questão. Ele enfatizou a necessidade de uma parceria entre a indústria e o governo, mas, acima de tudo, a importância da ação governamental para encontrar maneiras de mitigar esse impacto.

Foto destaque. Sam Altman. (Reprodução/Bloomberg )

Pepe, a ascensão de uma moeda-meme no mercado cripto

As “moedas-meme”, uma classe de criptomoedas altamente especulativas, extremamente voláteis e um tanto peculiares, retornam ao centro das atenções após o lançamento do mais recente token digital, que obteve ganhos astronômicos.



Criptomoeda teve um aumento de 7.000% em menos de 20 dias. (Reprodução/Unsplash)


Após o lançamento em 16 de abril, a criptomoeda Pepe, inspirada em um sapo famoso em memes da internet, teve um aumento de quase 7.000% em apenas 17 dias. Em 5 de maio, seu valor de mercado alcançou a impressionante marca de 1,8 bilhão de dólares, de acordo com o CoinGecko, um rastreador de dados.

O crescimento dessa criptomoeda reacendeu o interesse dos investidores em moedas-meme como um todo. Os volumes gerais de negociação aumentaram significativamente, atingindo 2,6 bilhões de dólares na primeira semana de maio, em comparação com os 408 mil dólares da semana anterior, conforme dados da Dune Analytics.

Com essa cifra, Pepe se consagra como a terceira maior moeda-meme, atrás apenas do dogecoin e do shiba inu. Ambos nasceram como piadas na internet, fazendo referência à raça de cachorro japonesa. Essas duas moedas dominam o mercado com mais de 10 bilhões de dólares e 5 bilhões de dólares, respectivamente.

Todd Groth, chefe de pesquisa de índices da CoinDesk Indices, afirmou que as moedas-meme surgem periodicamente, e historicamente isso ocorre quando o mercado está agitado ou estagnado.

Ele comparou essa situação a uma espécie de resposta dos operadores de mercado quando o ritmo de crescimento do mercado não é rápido o bastante, levando-os a buscar esses tokens menores para negociação.

A crescente popularidade da Pepe foi amplificada pela rápida listagem em importantes bolsas centralizadas, incluindo a plataforma líder Binance, afirmou Chase Devens, analista da Messari.

O site da Binance informa que a criptomoeda não possui “nenhuma utilidade” ou “mecanismo de suporte de valor”. A plataforma alerta os usuários sobre a volatilidade das moedas-meme e ressalta que “não se responsabiliza por perdas comerciais”. 

Segundo o site da Pepe, a criptomoeda foi lançada para o povo, sem uma equipe formal ou roteiro, sendo totalmente inútil e apenas para fins de entretenimento.

Foto destaque. Criptomoedas (Reprodução/ Istock)

Baidu se diz certa de que seu novo chatbot não infringirá regulamentações chinesas

Bastante famosa e bem-sucedida no concorrido mercado oriental, a Baidu é uma empresa chinesa focada em tecnologia que se especializa em serviços e produtos voltados à internet e inteligência artificial, sendo uma das maiores do mundo. A empresa possui ampla experiência no mercado e oferece serviços diversos, sendo particularmente famosa pelo seu mecanismo de busca (semelhante ao Google) usado na China. E por ter sua sede em um país onde as regulamentações governamentais abrangendo a internet e o conteúdo que pode ser compartilhado no território nacional chinês é algo bastante restrito, a companhia parece estar bastante confiante de que seu mais novo chatbot baseado em inteligência artificial não cometerá gafes em tópicos “importantes e sensíveis”, segundo comunicado emitido na terça-feira (16). 

Robin Li, presidente-executivo da Baidu, disse em uma conferência com analista que a empresa está apenas aguardando a aprovação do governo chinês para poder lançar seu chatbot, o Ernie. Feito aos mesmos moldes do ChatGPT, a inteligência artificial foi amplamente testada pela Reuters (agência de notícias britânica) e parece se recusar a responder a questões que tangem assuntos políticos, principalmente envolvendo os líderes do governo chinês. 


Foto tirada do aplicativo “ErnieBot”, ainda sem previsão de lançamento (Reprodução/Shutterstock).


“Com tópicos importantes e sensíveis, precisamos ter a certeza de que a inteligência artificial não irá alucinar”, declarou Li, usando a terminnologia específica do campo para designar inteligências artificiais que apresentam resultados diferentes do esperado.

“Tendo em vista que o LLM (modelo de linguagem ampla) é basicamente um modelo probabilístico, não deve haver problema algum com essa tarefa”, completou. Citado por Li, o LLM é um modelo usado por diversos chatbots de IA, como o ChatGPT e até mesmo o mais recente Bard, desenvolvido pela Google e sendo distribuído apenas em alguns seletos países por enquanto. 

Segundo Li, a regulamentação do setor também ainda não é definitiva e que a Baidu estará evoluindo sua estratégia de desenvolvimento junto das evoluções nas diretrizes. “A Baidu oferece serviços de busca na China há mais de 20 anos e tem ampla experiência com a culturia chinesa e seu ambiente regulatório”, completou. 

A onda de chatbots iniciada pelo ChatGPT pode ser algo relativamente recente, mas já causou diversas preocupações ao redor do globo. Empresas grandes como a Microsoft e a Google estão preocupadas com os problemas que tais avanços na tecnologia podem trazer ao mercado e à sociedade como um todo.

Foto destaque: Sede da Baidu em Shenzhen, China. (Reprodução/Shutterstock)

Pesquisa diz que maioria dos brasileiros tem acesso à internet somente pelo celular

Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2022 realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que foi lançada nesta terça-feira (16), dos 149 milhões de pessoas que utilizam a internet no Brasil, cerca de 62%, o que equivale a mais de 92 milhões de usuários, acessam a internet somente através de dispositivos móveis.

O acesso exclusivo através de celulares é maior entre mulheres, sendo 64%, pretos estão com 63% e pardos 67% dos acessos. E com 84% estão as pessoas que pertencem às classes D e E.

38% dos usuários da internet alternam a conexão com o computador, e outros 55% utilizam aparelhos de TV.

De todos os 149 milhões de usuários, 142 milhões se conectam à internet todos ou quase todos os dias. As classes A são a maior incidência, com 93%, e a B segue com 91%. As outras classes, como C e D ficam respectivamente com 81% e 60%.



Mas ao mesmo tempo em que temos números expressivos se conectando todos os dias, temos 36 milhões de pessoas no Brasil que não se conectam à internet nunca ou quase nunca. Cerca de 29 milhões estão localizadas em áreas urbanas e estudaram somente até o ensino fundamental. Pretos e pardos somam 21 milhões, sendo 19 milhões das classes D e E, e 18 milhões são os com idade acima dos 60 anos.

Entre os maiores motivos apontados na pesquisa pelos que nunca se conectam à rede estão: 35% de falta de interesse e 26% de falta de habilidade.

Na classe A, 90% das pessoas que não têm acesso a internet é pela falta de interesse. Já nas pessoas de 35 a 44 anos a falta de habilidade é o principal motivo para se manterem afastadas do mundo virtual.

Para as pessoas que não têm o serviço de internet em casa, o principal motivo apontado é o valor dos planos, com 28%, logo após vem a falta de habilidade com 26% e a falta de interesse somam 16% dos casos.

A pesquisa TIC Domicílios é feita anualmente desde o ano de 2005, e tem o objetivo de mapear o acesso às tecnologias, comunicação e informação nas residências urbanas e rurais do Brasil e as maneiras que são usadas por pessoas com mais de 10 anos de idade. Entre junho e outubro de 2022 foram coletados dados em 23.292 residências e de 20.688 pessoas.

Foto destaque: Homem com celular na mão. Reprodução/Freepik

Profissionais afirmam como Lei de Acesso à informação é importante para cidadãos e jornalistas

No dia de ontem (16) a conhecida Lei de Acesso à Informação (LAI) fez aniversário completando 11 anos de sua existência, e na comemoração da data a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, avaliou como a Lei foi importante para marcar o jornalismo, especialmente no desafio de coletar informações sigilosas.

A presidente concedeu declarações a Agência Brasil analisando a importância da existência da LAI para os jornalistas, “principalmente para os jornalistas, que têm por missão trabalhar com a informação de interesse público. Mas a gente sabe que enfrentamos grandes desafios, porque a lei permite algumas interpretações ao sabor dos governos de ocasião, como os sigilos que ela permite estabelecer e que são deturpados por muitos gestores públicos”, disse.

Para Samira os decretos assinados ontem (16) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fortalecem o sentido do compromisso existente do público com transparência junto com o livre acesso às informações que por sua vez, são de interesse da sociedade em geral. Isto ocorre porque para a presidente, os decretos aprimoram o sistema de transparência pública.


Com a LAI qualquer cidadão pode solicitar e obter informações (Foto: Reprodução/Freepik)


O juiz do Trabalho e professor de Direito do IBMEC, Marcelo Segal também fez sua avaliação sobre a LAI para a Agência Brasil, afirmando a importância dela para todo cidadão fazer solicitação de informações ao Poder Público e o mesmo ter obrigação de conceder elas, “É uma forma de exercer cidadania também. Dá mais transparência para as atitudes, até mesmo para os gastos também e muita gente se vale dessa lei para pedir determinadas informações”, explicou.

Ele complementa que a LAI é essencial por fortalecer a democracia e causarem consequências se as informações não forem concedidas e não tiverem respostas do por que disto, “dá maior transparência, fortalece a democracia e permite ao cidadão ter acesso às informações que ele deseja, do seu interesse… Porque, antes da LAI, as pessoas pediam informação e, simplesmente, não tinham e não acontecia nada”, detalha.

Por fim, o advogado de direito constitucional e professor da Fundação Getúlio Vargas Direito, Álvaro Jorge, confirmou para a Agência Brasil como a LAI também cria o processo para os cidadãos obterem a informação, além de fortalecer a eles o direito à tal informação.

Foto destaque: A LAI ajuda as pessoas á obterem informações pesquisadas por elas. Reprodução/ Conjur.