Brasil possui potencial para robótica avançada

Uma das especialistas em robótica mais famosa do mundo e também diretora da Silicon Valley Robotics, Andra Keay falou sobre a inteligência artificial dos robôs no evento Volpe Day feito pela Volpe Capital na última semana. Andra, que também é fundadora da Women in Robotics, concedeu uma entrevista à Forbes Brasil, em que disse que a robótica evolui conforme a inteligência artificial avança, porém apenas o ChatGPT não basta para os robôs existirem do modo que queremos.

Na análise em que fez dos robôs em relação às expectativas humanas, Keay ressaltou que a inteligência artificial precisa melhorar para eles evoluírem na mesma medida, “Os robôs vão precisar de uma IA que opere em diferentes camadas, que entenda a física tanto quanto as pessoas. Ela também esclarece que a proprietária do ChatGPT, a Open IA vem fazendo parte do sistema conversacional a robôs. No início deste ano a empresa conduziu uma rodada de R$ 116 milhões na norueguesa 1X em investimentos.

O foco principal na operação robótica é fazer a integração do ChatGPT a uma estrutura semelhante a forma humana, “O trabalho da OpenAI criou muita atividade no ecossistema do Vale do Silício”, ressaltou Andra que na entrevista à Forbes Brasil também falou sobre o impacto da relação entre robótica e humanos no cotidiano.

Quando questionada sobre como a robótica atual foi impactada pelo recente sucesso da Inteligência Artificial com o ChatGPT, Andra disse que “os robôs incorporam a IA, mas as mudanças atuais não são tão impactantes para eles. No momento, a IA está aprendendo, com muitos novos métodos de treinamento, o que acelera as mudanças que ocorrem na linguagem e na visão da informação digital. Carreiras em programação, trabalho de conhecimento e criatividade estão mudando rapidamente. Mas é muito mais difícil e lento mudar a camada de infraestrutura física do mundo, e é aí que os robôs operam”.


A diretora da Silicon Valley Robotics explicou como os robôs estão atrelados a IA (Foto: Reprodução/Space Tech Summit) 


Por fim, a diretora foi questionada se o Brasil tem relevância ou potencial para este mercado e explicou que o país tem potencial para tal ação assim como os Estados Unidos, “O Brasil tem muito a oferecer; empreendedores incríveis, novos investidores, funcionários remotos acessíveis em um fuso horário compatível com os EUA e o potencial de ser um mercado para o que há de mais recente em IA, robótica e automação.

De acordo com ela, o Brasil se beneficiaria com versões locais de empresas de sucesso. “Os empreendedores brasileiros que conheci são incríveis em criar startups geradoras de receita sem grandes investimentos e quanto mais o Brasil puder capturar essa energia para o ecossistema local, mais valor econômico será criado”, concluiu.

De acordo com o que Andra Keay disse sobre a robótica no nosso país, podemos ter a expectativa de que o Brasil não ficará atrás neste quesito e também trará surpresas para a população em relação a robôs.

Foto destaque: Robótica avançada tem relevância para acontecer no país. Reprodução/Sisnema. 

Inteligência Artificial pode auxiliar na prevenção do câncer de mama

Cientistas britânicos criaram um programa de Inteligência Artificial (IA), que possibilita o auxílio da prevenção do câncer de mama triplo negativo.

A tecnologia analisa os gânglios linfáticos, as chances de crescimento do câncer, prevê a velocidade em que ele irá se espalhar e sua capacidade imune. Dessa forma, os médicos poderão entender desde a descoberta do câncer de mama triplo negativo da paciente qual o quadro que se encontra, qual o tipo de tratamento mais adequado para cada caso e sua resposta à imunidade.

O câncer de mama triplo negativo é o modelo de câncer mais invasivo, com crescimento acelerado pelo corpo. Além disso, possui o pior diagnóstico e sem muitas opções para o tratamento do paciente. Sua incidência é, em sua maioria, entre mulheres com menos de 40 anos de idade, negras e latinas. 

Segundo a líder da pesquisa no King’s College London, Anita Grigoriadis: “Ao demonstrar que as alterações nos linfonodos podem prever se o câncer de mama triplo negativo se espalhará, construímos nosso crescente conhecimento sobre o importante papel que a resposta imune pode desempenhar na compreensão do prognóstico de um paciente”.

Em outra entrevista, Anita Grigoriadis contou um pouco sobre como foi a descoberta: “Quando olhamos para muitos gânglios linfáticos de muitos pacientes vimos que certas características parecem ser um sinal de que a paciente de alguma forma tem a capacidade de adiar o desenvolvimento do câncer em outros órgãos por mais tempo”.


Ilustração de uma célula cancerígena sendo captada por sistema de Inteligência (Foto: Reprodução/BBCNews)


Para chegar ao resultado atual do software de IA, os pesquisadores fizeram testes em mais de 5.000 gânglios linfáticos que foram doados por 345 pacientes para o biobanco. Com os testes finalizados, os cientistas aguardam que o programa seja testado em ensaios clínicos. 

Para o diretor da pesquisa Simon Vincent, o programa poderá ajudar a salvar muitas vidas, uma vez que possibilitará que as mulheres tenham tratamentos personalizados que levam em consideração a possibilidade do aumento do câncer de mama.

 

Foto destaque: Médica avaliando mamofrafia. Reprodução/Pfizer

CEO da OpenAI decide não retirar mais ChatGPT da Europa

O CEO da OpenAI, Sam Altman, criador do ChatGPT, deu as costas à saída da União Europeia. Ele havia ponderado sobre essa possibilidade depois de expressar preocupação com os esforços da União Europeia para regulamentar a inteligência artificial e até mesmo alertar que a empresa pode retirar seus serviços da região se não cumprir os regulamentos, uma grande mudança de tom desde o início deste mês, quando pediu a regulamentação da IA ​​no Congresso dos EUA.

Participando de um evento em Londres na última quarta-feira (24), o CEO afirmou para repórteres que se sentia preocupado com a proposta de lei de IA da UE e concluiu que sua empresa “iria tentar cumprir” caso a Lei fosse aprovada, mas que estaria pronto para “parar de funcionar” no local, caso a empresa não conseguisse cumprir.

À Reuters, Altman afirmou que acredita que o projeto de lei de IA seria “muito restritivo”, adicionando que ouviu que seria revogado. No entanto, ele confirmou via Twitter que continuará trabalhando na região.

Sam Altman está especificamente com preocupações sobre os ajustes dos aplicativos de IA, como o ChatGPT da OpenAI para um “Sistema de uso geral” que, sob a regra proposta, receberia uma regulamentação mais rígida.

Ele assumiu a preocupação com as falsas informações a respeito da IA ​​enquanto falava para uma audiência na University College London, mostrando especificamente a habilidade do sistema de gerar desinformações que seriam “interativas, personalizadas e persuasivas” e concluiu que há muito trabalho a ser feito a esse respeito.

Mesmo com todas essas questões em jogo, Altman afirma crer que a nova tecnologia afetará a sociedade de forma positiva e irá colaborar para a criação de “muitos empregos”.


Ilustração de IA. (Foto: Reprodução/fszalai/Pixabay via TecMundo)


A inquietude de Altman a respeito dos esforços europeus para regulamentação, confrontam a insistência dos legisladores americanos em regulamentar a IA. Ele fez uma comparação com o crescimento acelerado da IA ​​ao surgimento da imprensa e afirmou que sua companhia pretende “trabalhar com o governo” para não deixar que a tecnologia cause problemas. O CEO até admitiu que o advento da IA ​​afetará os empregos e o governo terá que encontrar maneiras de “mitigar isso”.

“A resposta certa é provavelmente algo entre uma abordagem tradicional Europa-Reino Unido e uma abordagem tradicional dos EUA” e “Espero que todos possamos acertar juntos desta vez.”, afirmou Sam Altman em um evento na University College London.

Foto destaque: Sam Altman. Reprodução/Forbes

Os anéis de Saturno podem vir a desaparecer no futuro

Segundo os dados obtidos através de uma pesquisa recente, os famosos anéis de Saturno podem não permanecer visíveis no céu estrelado para que futuros astronômos tenham a experiência de observá-los.

Utilizando os dados adquiridos pela missão Cassini da Nasa, que entrou em órbita do gigante gasoso entre os anos de 2004 e 2017, uma nova análise foi feita em busca de descobrir há quanto tempo os anéis existem e quando é possível que eles possam desaparecer. As descobertas dessa pesquisa foram reveladas em três estudos científicos publicadas em maio. 

Enquanto há um certo consenso de que nosso sistema solar e seus planetas se formaram há praticamente 4,6 bilhões de anos, os cientistas ainda discutem a respeito da idade e possível origem dos anéis de Saturno. Alguns astrônomos também argumentam que os anéis mais brilhantes e gelados do planeta sejam mais novos, justamente pela falta de erosão ou do escurecimento causado pela interação com meteoroides ao longo de bilhões de anos. 

Um dos estudos recentes, publicado na revista Icarus em 15 de maio, parece corroborar com a ideia de que os anéis possam ter vindo a aparecer muito depois da formação inicial de Saturno. Outros dois estudos abordando o tópico foram publicados no dia 12 de maio na revista Science Advances e em 15 de maio, novamente na Icarus, alcançando resultados parecidos.

A conclusão inevitável é que os anéis de Saturno aparentam ser relativamente jovens em uma escala astronômica, com apenas algumas centenas de milhões de anos“, informou Richard Durisen, professor de astronomia na Indiana University Bloomington e autor principal de ambos os estudos publicados na Icarus, através de um comunicado. 

De acordo com Durisen, os sistemas de satélites de Saturno dão pistas a respeito de um possível evento dramático que possa ter acontecido nas últimas centenas de milhões de anos. E se os anéis de Saturno não são tão antigos quanto o próprio planeta, isso pode indicar que algo extraordinário tenha acontecido para formar a tão notável estrutura ao redor do gigante gasoso. Segundo pesquisadores, é até mesmo possível que os anéis ainda estivessem sendo formados quando os dinossauros viviam na Terra, centenas de milhões de anos atrás. 

Os anéis de Saturno são majoritariamente compostos por gelo, com uma pequena quantidae de poeira rochosa criada no espaço pelo impacto de asteroides e micrometeoroides. Esses pequenos fragmentos, parecidos com grãos de areia, se chocam contra as partículas nos anéis do planeta, criando detritos flutuantes conforme o material orbita Saturno.

Durante a visita da Cassini ao gigante gasoso, pesquisadores conseguiram obter dados sobre a quantidade de meteoroides poluindo os anéis, bem como a massa destes e a frequência com que os materiais dele caiam sobre o planeta. Todos esses dados parecem corroborar para a descoberta da idade jovem dos anéis de Saturno. 


Ilustração de Cassini acima de Saturno (Foto:Reprodução/NASA)


Ao longo de um período de 13 anos, o Cosmic Dust Analyzer da Cassini coletou 163 grãos de poeira vindos de fora do sistema de Saturno, permitindo que os pesquisadores pudessem analisar quanta poeira cósmica se acumulou nos anéis de gelo. Os resultados indicam que os anéis são inesperadamente limpos, descoberta que indica a existência jovem dos mesmos, já que caso contrário faria mais sentido haver um excesso de poeira cósmica acumulada. 

E enquanto os meteoroides se mesclam com os anéis, eles naturalmente empurram o material interno do mesmo na direção de Saturno rapidamente. Segundo as observações da Cassini, os anéis estavam perdendo toneladas de massa por segundo e, portanto, eles não tem tanto tempo assim sobrando, em escala astronômica. De acordo com estimativas, os anéis podem continuar existindo por apenas mais algumas centenas de milhões de anos, no máximo. 

Foto destaque: Saturno. Reprodução/NASA.

Apple planeja inserir tela de bloqueio inteligente em iPhones iOS 17 ainda este ano

A Apple cogita criar uma nova interface para os iPhones no sistema operacional iOS 17. A novidade remete a uma tela de bloqueio com alguns dados do dispositivo como, previsão do tempo, eventos de calendário e notificações no modelo de uma tela de casa inteligente na interface do iPhone. Estes recursos estão juntos com outros já atualizados e disponibilizados no iOS 17.

Estas informações do dispositivo, que ficarão situadas na tela de bloqueio, serão exibidas quando o mesmo estiver em posição horizontal e bloqueado, desta forma funcionará de modo parecido com os monitores do Google, de acordo com pessoas que conhecem o novo projeto. O objetivo desta nova funcionalidade nos iPhones é fazer deles mais úteis quando estiverem em cima de uma superfície como, uma escrivaninha.

Este novo recurso para iPhones iOS 17 irá utilizar fundo escuro com texto claro para deixar a leitura mais simples, segundo fontes anônimas. O recurso será inspirado também no lançamento do último ano, dos widgets da tela de bloqueio da Apple, como parte do iOS 16. Essa ferramenta disponibiliza aos usuários a opção de verem pequenos trechos de informações de modo vertical, como notícias, temperatura e cotações de ações localizadas abaixo da hora na tela.


Simulação de tela de bloqueio inteligente em iPhones iOS 17 (Foto: Reprodução/Freepik)


A novidade planeja ser lançada para o público consumidor no final deste ano, e possui o codinome “Dawn” até o momento. A nova interface é apenas uma das novidades planejadas para o iOS 17. A tela de bloqueio inteligente também faz parte de uma estratégia da Apple, que visa incorporar informações em tempo real em mais de uma parte do software, incluindo a interface do Apple Watch em uma destas partes.

A Apple está planejando fazer o lançamento do software citado acima no dia 5 de junho, ou seja, daqui apenas uma semana, na Conferência Mundial de Desenvolvedores. Nesta mesma data também lançarão um aparelho de realidade mista criado por eles.

 

Foto destaque: Apple cogita fazer lançamento de novo recurso para o dispositivo. Reprodução/Forbes Perú. 

Conheça recursos “secretos” disponíveis no WhatsApp

A rede de mensagens mais utilizada pelos brasileiros, segundo pesquisa da Mobile Ecossytem Forum, é o WhatsApp. Porém, apesar de muito utilizado, ele possui vários recursos que os brasileiros em geral desconhecem.

Vamos conhecer agora alguns desses recursos para otimizar seu uso do WhatsApp:

Mensagens temporárias: Provavelmente este é um dos recursos mais conhecidos dessa lista. Quem nunca viu um reloginho ao lado da foto do contato e se questionou o que era?

Para quem não sabe, basta entrar em qualquer conversa e clicar naqueles três pontinhos acima. O menu se abrirá, e você pode optar por mensagens temporárias por um dia, uma semana ou 90 dias. A conversa desaparecerá automaticamente no prazo escolhido.

Responder através da notificação de mensagem: Esse com certeza é um dos recursos mais simples. Quando a notificação da mensagem aparece já parece escrito embaixo “Responder”. Ele é muito útil quando estamos utilizando outro aplicativo.

Controle sobre quem pode te adicionar em grupos: Clicando em “Configurações”, o usuário deve procurar a aba “Privacidade”. Logo após, escolha “Grupos” e “Meus contatos, exceto”.

Dessa maneira, você consegue se livrar de ser colocado em grupos inconvenientes por aqueles amigos desavisados. Você apenas receberá um link de convite para o grupo e a escolha fica a seu critério.


Smartphone (Foto: Reprodução/Pixabay)


Salvar uma conversa para ler depois: Para fazer a notificação de mensagem não lida reaparecer, quando você não pode responder naquele momento, clique e segure sobre a mensagem. Logo aparecerá a opção “marcar como não lido”.

Atalho na tela inicial do smartphone: Clicando e segurando sobre a conversa você seleciona a opção “Adicionar atalho para conversa”. Assim, aparecerá um ícone com uma foto daquele contato que você precisa falar mais.

Biometria para bloquear o acesso ao app: Também em “Configurações”- “Privacidade”, mas desta vez escolhendo “Bloqueio de tela”. O próprio WhatsApp te orienta nos próximos passos.

Melhorar a qualidade das imagens: O aplicativo automaticamente diminui o tamanho das imagens para otimizar o armazenamento. Desta vez, após clicar em “Configurações”, escolha “Armazenamento”, e depois “Qualidade das fotos”. Siga as opções conforme sua necessidade.

Foto Destaque: WhatsApp. Reprodução/ Pixabay

Fundador da Unity fala a respeito de Gêmeos digitais, IA e Metaverso

Dentre os tópicos que mais geraram hype ao longo dos anos, há três que se destacam dos demais em sua popularidade, sendo eles os gêmeos digitais, IA generativa e o metaverso. 

Contudo, se há um campo em que eles estão fazendo mais do que apenas gerar hype, esse certamente seria o de jogos e design 3D, onde existe empresas como a Unity e Epic Games se esforçando para desenvolver e utilizar tais tecnologias bastante promissoras. E, recentemente, a Forbes entrevistou Marc Whitten, presidente fundador da Unity, para falar a respeito desse tópico. 

Durante a entrevista, um assunto que teve foco principal foi o campo das inteligências artificiais. De acordo com Whitten, a nova classe de sistemas emergentes de IAs como ChatGPT e Stable Diffusion podem, em breve, tornar mais fácil para que qualquer pessoa crie simulações de gêmeos digitais e experiências e ambientes interativos em 3D. E não é algo apenas restrito ao setor de games, mas essa tecnologia pode revolucionar outras áreas que também abraçaram esse tipo de tecnologia, como o setor automotivo, manufatura e até a saúde.

Esse tipo de tecnologia pode democratizar o processo criativo, mas esse não é o único benefício. Tais sistemas inteligentes também dão ao usuário a possibilidade única de interagir com simulações, gêmeos digitais e ambientes imersivos usando pouco mais do que a linguagem natural do dia a dia, adquirindo informações e insights necessários em tempo real. 

“Ao conectar ambiente simulados em 3D com linguagem natural e ferramentas baseadas em inteligência artificial, é possível basicamente perguntar algo como “/Ei, computador, o que está acontecendo no chão de fábrica?” ou “/Quais são os três principais problemas que requerem minha atenção no momento?”/”/”/, disse Whitten. 


Foto de Marc Whitten, fundador da Unity (Divulgação)


Em tal situação hipotética, um encarregado poderia supervisionar o desenvolvimento de um projeto e suas dependências através de uma representação gráfica 3D em tempo real. As aplicações são variadas, podendo abrangir uma fábrica, um ambiente de varejo, esporte e até entretenimento, como um parque temático. Seria possível visualizar através de uma tela, um óculos de realidade virtual (VR) ou até mesmo imagens sobrepostas ao mundo real com um óculos de realidade aumentada, previsões do que virá a acontecer em tempo real.

Parece um cenário baseado inteiramente em ficção, mas não estamos muito distantes dessa realidade. E cada vez mais empresas e companhias buscam entrar no mundo dos jogos para ajudar a alcançar essa visão não tão distante, pois é exatamente nesse setor que se encontra o conhecimento. 

Desde os anos 90, a tecnologia gráfica 3D evoluiu enormemente através do uso em jogos, que se afastaram do 2D chapado já na era do Playstation 1, dando espaço para criações poligonais que só se tornaram cada vez mais complexas e parecidas com a realidade. Nas mãos de grandes empresas desenvolvedoras de jogos, usando ferramentas como a Unity e Unreal Engine, essa expertise alcançou patamares cada vez maiores. E, hoje em dia, está sendo usada até mesmo por empresas em outras áres, tal como a companhia responsável por projetar o novo Aeroporto de Vancouver, que criou uma simulação 3D realista inteira antes mesmo de começar a construção. 

E segundo Whitten, esses ambientes 3D virtuais somado à capacidade das inteligências artificiais cada vez mais espertas e desenvolvidas parece ser a chave para o futuro desenvolvimento tecnológico, que não está tão distante assim.

Foto destaque: caricatura de robôs em um quarto (Reprodução/Midjourney)

Virgin Galactic faz voo espacial ainda em fase de teste

Nesta quinta-feira, 25, a nave espacial “Virgin Galactic” chegou à borda do espaço levando ao menos oito tripulantes, seu primeiro voo espacial em fase de teste em quase dois anos. A empresa de turismo espacial, fundada por “Richard Branson“, preparou o tão esperado serviço comercial.

Por volta das 12h24 (horário loca), no deserto do Novo México, a nave espacial VSS Unity foi liberada de seu avião transportador de fuselagem dupla e decolou em direção à borda espacial, em três vezes a velocidade do som.


Virgin Galactic realiza voo teste para borda espacial (Reprodução: Virgin Galactic/Twitter)


Em seu perfil do Twitter, a Virgin Galactic, disse que o voo “foi bem-sucedido e que alcançaram o espaço, o pouso da nave foi em torno de 12h37”. A missão Unity 25 da Virgin Galactic, durou, em média, 90 minutos, em um voo de teste final antes do seu primeiro voo de missão comercial, que tem previsão para o fim de junho, realizando uma missão a cada mês.

Depois de 22 meses, o bilionário Richard Branson e seus funcionários, voaram até a borda da nave espacial, “SpaceShipTwo“, o que a Virgin Galactic espera que seja rotina em breve. Em 11 de julho de 2021, a Virgin Galactic fez seu último voo, desde então, a nave ficou parada e foram realizados testes e atualizações de solo dos veículos, para preparar o serviço. Os funcionários que fizeram parte foram o piloto veterano da empresa Mike Masucci, e o ex-astronauta da NASA C.J. Sturknow. Os outros quatro tripulantes foram a instrutora-chefe de astronautas Beth Moses, que já esteve no espaço por duas vezes, o instrutor de astronautas Luke Mays, e Christopher Huie e Jamila Gilbert, como especialistas da missão.

Segundo informações da empresa, se tudo correr como planejado, haverá voos comerciais para passageiros pagantes, aliás, já tem muitos assentos vendidos e muitas pessoas na fila de espera. Caso alguém queira se aventurar, terá que desembolsar cerca de US$450 mil dólares cada, ou seja, mais de R$2,24 milhões de reais.

 

Foto Destaque: Virgin Galactic realiza voo para a borda espacial. Foto: Reuters/Joe Skipper

Fim da era da Estação Espacial Internacional

A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) sairá de órbita e deve cair no no oceano no início de 2031. Com mais de  25 anos orbitando a Terra, os equipamentos da ISS estão envelhecendo e por isso será desativada.

A Estação começou em 1998, com o lançamento do seu primeiro componente “Zarya”, um módulo russo. Em 2000, a primeira tripulação, formada por um astronauta e dois cosmonautas, foram enviada e desde então tem sido continuamente ocupada. Ao longo dos anos, a ISS recebeu em torno de 266 visitantes de diferentes países.

Vários países trabalharam juntos para construir a ISS – uma gigante estação espacial tão grande quanto um campo de futebol. Após o fim da Guerra Fria e a queda da então União Soviética, esse projeto ainda conseguiu que houvesse a parceria entre dois países inimigos, Estados Unidos e Rússia.

É realmente uma grande história de cooperação pós-Guerra Fria. A indústria espacial russa estava em maus lençóis. Esta foi uma oportunidade para que os Estados Unidos e a Rússia abrissem uma nova era de trabalho conjuntoI”, disse a especialista política espacial Wendy Whitman Cobb, da Escola de Estudos Aéreos e Espaciais Avançados da Força Aérea dos Estados Unidos.


Tripulação da Expedição 1 da ISS (Foto:Reprodução/NASA)


A ISS demonstra a incrível colaboração humana, que sobreviveu tanto as guerras como aos conflitos. Até mesmo com guerra na Ucrânia, a colaboração tem prosseguido até o atual momento, apesar da Rússia ter anunciado que deixará a Estação em 2024.

Isso deixa para trás essa noção de que, apesar de nossa obsessão com o nacionalismo e as fronteiras, somos capazes de cooperar”, disse Cathleen Lewis, curadora do National Air and Space Museum.

Com o fim da Estação, um novo caminho se abrirá para empresas privadas e novas tecnologias. Inclusive, com o anúncio do fim da Estação, muitas dessas empresas privadas lançaram seus projetos para abrir estações espaciais comerciais. A NASA está trabalhando ativamente na comercialização do espaço, a chamada “Economia de Órbita Terrestre Baixa” (LEO) tornando o turismo espacial uma possibilidade futura.

Foto Destaque:Janela da cúpula da ISS. Reprodução/NASA.

Projeto inovador italiano utiliza IA para diagnóstico de doenças

Um projeto de pesquisa pioneiro desenvolvido na Fundação Mondino, em Pavia, Itália, está revolucionando o diagnóstico e monitoramento de doenças neuromusculares por meio da utilização de um software de inteligência artificial (IA) capaz de ler ressonâncias magnéticas e fornecer diagnósticos rápidos e precisos sobre essas enfermidades raras.



A utilização de IA tem o potencial de reduzir os custos de procedimentos médicos.


O estudo, conduzido pelos promissores doutorandos do Centro BioData Science, Leonardo Barzaghi e Raffaella Fiamma Cabini, sob a orientação da renomada professora Silvia Figni, concentrou-se no desenvolvimento de algoritmos de “machine learning” e “deep learning” para a previsão de biomarcadores quantitativos relacionados a distúrbios do sistema musculoesquelético. Enquanto Barzaghi direcionou seus esforços para as imagens clínicas, Cabini concentrou-se nas análises pré-clínicas.

De acordo com Barzaghi, nos últimos anos houve o desenvolvimento de técnicas para a quantificação das propriedades físicas dos tecidos patológicos, visando auxiliar no diagnóstico. Ele explicou que, atualmente, é possível obter informações quantitativas sobre a patologia de forma mais rápida utilizando modelos de inteligência artificial mais avançados, como a quantidade de inflamação, atrofia e percentual de gordura.

Graças às redes neurais, essa nova abordagem permite a obtenção de imagens em questão de segundos, reduzindo significativamente o tempo necessário em comparação com os métodos convencionais, que podiam levar horas para produzir resultados quantificáveis. Essa velocidade aprimorada possibilita um diagnóstico mais rápido e, consequentemente, um tratamento mais precoce e eficaz para pacientes com doenças neuromusculares.

O progresso alcançado por essa equipe de pesquisa em Pavia marca um avanço significativo na área médica, com o potencial de beneficiar inúmeros pacientes ao redor do mundo. A aplicação de IA na interpretação de ressonâncias magnéticas tem o poder de agilizar o processo de diagnóstico, proporcionando informações precisas e permitindo que profissionais de saúde tomem decisões fundamentadas em um curto período de tempo. 

Espera-se que essa abordagem revolucionária seja incorporada em clínicas e hospitais, elevando os padrões de cuidados médicos para aqueles afetados por doenças neuromusculares.

Foto destaque: A pesquisa possibilitou a utilização de inteligência artificial para acelerar a interpretação de ressonâncias magnéticas. Reprodução/ANSA