Apple Vision Pro, óculos de realidade aumentada, é novo lançamento da marca

Na tarde desta segunda-feira (5), a Apple divulgou durante a WWDC (seu maior evento anual voltado para desenvolvedores), o lançamento dos óculos de realidade mista integrado ao sistema iOS, que era um dos aparelhos mais aguardados pelos fãs e consumidores da marca. O Apple Vision Pro está em desenvolvimento há alguns anos e tem sido alvo frequente de especulações sobre quais serão seus recursos e especificações.

O CEO da Apple, Tim Cook, começou o evento afirmando a importância deste dispositivo. “Hoje, vamos fazer um dos nossos maiores lançamentos da história”. Na introdução, Cook utilizou uma citação ícone de Steve Jobs: “um novo tipo de computador que combina perfeitamente o mundo real e o mundo digital”. O dispositivo Apple Vision Pro é o óculos de realidade virtual aumentada da Apple em que o usuário consegue controlar com os olhos, a voz ou as mãos.


Tim Cook na WWDC 2022. (Foto: Reprodução/Apple/Divulgação)


O novo dispositivo tem total integração com iPhone, Mac e iCloud, permitindo a visibilidade dos aplicativos e interfaces como se estivessem no próprio ambiente onde o usuário se encontra no momento. Os sensores que detectam os movimentos das mãos e dos olhos, bem como o controle de voz com a Siri, oferecem uma grande facilidade na interação com o conteúdo. O aparelho conta com um display 4K, que utiliza a tecnologia microLED, oferecendo 23 milhões de pixels, além de ser equipado com o chip M2, que já é utilizado nos Macs e no novo R2.

O novo produto será lançado pela Apple em 2024, pelo preço médio de US$ 3.499. O nicho de mercado e os fãs da Apple aguardavam já há alguns anos a divulgação dos detalhes dos óculos de realidade mista da empresa.

O Apple Vision Pro conta com 8 câmeras, 12 sensores, 6 microfones e 2 processadores. Em termos de design, o Vision Pro possui uma frente de vidro com bordas de alumínio, que detém os sensores, câmeras, display e computador.

Você pode estar totalmente imerso no conteúdo, porém o Vision Pro permite também a comunicação com o mundo exterior e proporciona a visualização dos aplicativos dentro do ambiente em que está. A bateria é separada do aparelho, ligada por fio e permite duas horas de autonomia.

O Vision Pro possui um botão do obturador e uma coroa digital semelhante ao Apple Watch, permitindo controlar a experiência de foco de maneira física.

Foto destaque: Apple Vision Pro. Reprodução/Apple/Divulgação 

Astronautas chineses regressam à Terra após missão na estação espacial

Três cosmonautas chineses regressaram com total segurança à Terra após uma missão a bordo da estação espacial chinesa, que foi descrita como um “êxito total”, informou a mídia estatal no domingo (04). A cápsula vermelha da nave Shenzhou-15 aterrissou no norte do país, conforme relatado pela agência de notícias China News.



Governo Chinês planeja missão à lua até 2030. (Foto: Reprodução / Unsplash)


Fei Junlong, Deng Qingming e Zhang Lu deixaram a nave “em excelentes condições físicas”, de acordo com a agência, que descreveu a missão como um sucesso. As mídias estatais divulgaram imagens que mostram médicos vestindo macacões brancos e envolvendo os taikonautas em cobertores azuis.

O grupo de “taikonautas”, termo utilizado para se referir a astronautas chineses, passou seis meses a bordo da estação espacial Tiangong, realizando atividades extraveiculares e uma variedade de experimentos.

Com o objetivo de competir com os Estados Unidos e a Rússia, Pequim tem investido bilhões de dólares em seus programas espaciais. O país pretende realizar uma missão tripulada à Lua até 2030, além da construção de uma base no local.

Ainda na semana passada, a China enviou três novos cosmonautas para a estação como parte da missão Shenzhou-16, incluindo o primeiro civil chinês em órbita.

A China realizou o lançamento da nave espacial Shenzhou-15 em 29 de novembro de 2022. A tripulação da Shenzhou-15 é a mais antiga da China em termos de idade média, a equipe realizou com sucesso quatro atividades extraveiculares (EVA), tornando-se a tripulação com o maior número de EVA entre todas as tripulações chinesas até o momento.

A cápsula de retorno da Shenzhou-15, que transportava os cosmonautas, pousou no local de aterrissagem de Dongfeng, na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, às 6h33 (hora de Pequim), segundo a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA).

A tripulação esteve na estação espacial durante 186 dias e realizou uma série de experimentos que tiveram resultados proveitosos.

Foto destaque. Astronauta. Reprodução / Freepik

 

A primeira escola feita com impressora 3D está em Madagascar

A primeira escola feita com impressora 3D está em Madagascar, através da iniciativa de uma organização sem fins lucrativos. O projeto foi idealizado para combater a falta de acesso à educação que assola mais de 250 milhões de jovens ao redor do globo.

Originária dos Estados Unidos, a organização fundada por Maggie Grout usa tecnologias para construir escolas sustentáveis e, ainda mais surpreendentemente, ela deu início a esse empreendimento com apenas 15 anos de idade. Colhendo os frutos do trabalho árduo, o grupo conseguiu fundar a primeira escola do mundo inteiro feita por impressora 3D em parceria com o Studio Mortazavi, um escritório de arquitetura com raízes em São Francisco, Lisboa e Paris.

Eu fundei a Thinking Huts depois de me interessar pelo potencial da tecnologia, em específico a de impressão 3D, para criar novas soluções arquitetônicas“, ela disse ao Interesting Engineering.

Maggie também disse que a tecnologia seria “como a lei de Moore“. Conforme for sendo replicada, os custos diminuirão e ela será utilizada de maneira mais ampla. “Por isso pensei que essa seria uma ótima oportunidade para resolver um problema real no mundo“, completou. 


Uma das salas de aula da escola fundada em Madagascar (Foto: Divulgação/Thinking Huts) 


A escola foi fundada em um terreno de 16 mil metros quadrados e está localizada na cidade de Fianarantsoa, em Madagascar. A intenção é que ela atenda alunos locais desde o período de educação infantil ao ensino médio. O país do sudeste africano foi escolhido pela ONG dentre outras sete nações que serviriam como bons pontos de partida para iniciar o experimento. Essa escolha se deu pela estabilidade política e a economia emergente da nação. 

Segundo relatório publicado pela UNESCO, o Madagascar tem uma taxa de alfabetização de 64,5% entre os aldutos e cerca de 64,9% entre os jovens. Somado a isso, a região tem um grande potencial de crescimento e energia renovável, em função de suas condições geográficas. Maggie informou que sua empresa também formou uma parceria com a Universidade de Administração e Inovações Tecnológicas (EMIT) em Madagascar para ajudar na construção dos edifícios da escola. 

A iniciativa atualmente conta com laboratórios, quadras esportivas, bibliotecas, salas de música, informática e arte. A escola tem um design simples, em formato de colmeia, para facilitar possíveis reformas futuras, caso se faça necessário. O local também está equipado com painéis soláres e jardins verticais, para auxiliar em sua sustentabilidade.

Segundo os arquitetos Yash Mehta e Bruno Silva, da Defining Humanity, a escolha dos materiais foi algo bastante deliberado. A impressora usou um tipo de concreto feito para ser justamente usado em impressoras, modificado para que solidifique o bastante para que a próxima camada seja impressa em cima. O telhado é de madeira leve, reduzindo as cargas estruturais de modo a torná-lo mais econômico. 

Cerca de 22 mil salas de aula são necessárias, no momento, para atender todas as crianças do país, já que cerca de 780 mil dos alunos em idade primário ainda não estão matriculados.

Foto destaque: Escola feita com impressora 3D construída em Madagascar (Foto: Divulgação/Thinking Huts)

Fósseis de pterossauro descobertos na Austrália apontam que répteis viveram na região durante a Pré-História

Até onde sabemos, os pterossauros são os répteis voadores mais antigos do mundo, tendo suas arcadas fossilizadas descobertas em inúmeros locais ao redor do globo, principalmente em regiões das Américas e na Ásia, com alguns poucos sendo descobertos ao longo do continente europeu. Na última quarta-feira (31), entretanto, pesquisadores constataram que esses dinossauros já alçaram vôo pela Austrália, mais de 107 milhões de anos atrás. 

Examinando dois pedaços de ossos pré-históricos extraídos de um local chamado Dinosaur Cove, rico em fósseis e outros achados arqueológicos, no estado australiano de Victoria à cerca de três décadas atrás, os paleontólogos foram capazes de chegar a essa conclusão. 

Tais amostras se tratam dos restos mortais de pterossauros mais antigos já recuperados no território do país, segundo o estudo publicado na revista científica History Biology.

O pterossauro foi o primeiro vertebrado a desenvolver a capacidade de voar, vivendo junto dos dinossauros da Era Mesozóica, que teve início cerca de 252 milhões de anos atrás. 

Através da análise dos ossos de dois espécimes, incluindo um osso da asa que pertenceu ao primeiro pterossauro jovem registado na Austrália, especialistas da Curtin University e do Museums Victoria descobriram que um pedaço do osso da pelve veio de um pterossauro com uma envergadura de potencialmente um pouco mais de dois metros. Alguns dos pterossauros já estudados, mais velhos em idade, chegavam a alcançar dez metros de envergadura. 

Esses espécimes foram descobertos, como acima mencionado, através de uma escavação em Dinosaur Cove durante a década de 80, que foi comandada pela dupla de paleontólogos Tom Rich e Pat Vickers-Rich, que também fizeram parte do Museums Victoria. 


Arcada fossilizada de pterossauro em exibição (Foto: Reprodução/ZMEScience)


Em comunicado, a autora principal do estudo publicado na quarta-feira, Adele Pentland, da Curtin University, informou à CNN que a descoberta do estudo mostrou que tais criaturas sobrevoavam a Austrália dezenas de milhões de anos atrás, apesar de viverem no período Cretáceo, que é conhecido por suas duras condições de vida; Victoria, por exemplo, tinha de aguentar escuridão perpétua durante longas semanas. 

“A Austrália ficava mais ao sul do que hoje em dia”, disse a pesquisadora. Segundo ela, o local onde os espécimes foram descobertos estaria mais próximo do círculo polar, na época. 

Desde a década de 1980, menos de 25 conjuntos de restos fossilizados de pterossauros pertencentes a quatro espécies foram descobertos na Austrália, informou Adele. Em contraste, locais como Brasil e Argentina, contam com mais de 100 conjuntos que foram recuperados ao longo dos anos. 

Foto destaque: Imagem de reconstrução da espécie feita por artista (Foto: Reprodução/Xinhua Photo)

Veículos elétricos poderão ser abastecidos por árvores de metal no Reino Unido

Em breve árvores feitas de metal compostas por uma copa de sete metros de painéis solares responsáveis por gerar eletricidade, tem previsão de chegar aos shoppings e estacionamentos do Reino Unido. A empresa criadora SolarBotanic Trees, fez a finalização recente de um protótipo em meia escala deste dispositivo e atualmente quer construir e testar a árvore em tamanho real antes do fim do ano, quando terá início da produção comercial.

O material em planejamento tem um modelo sustentável para o meio ambiente. As estruturas de cada árvore irão fazer a captação da energia do sol através de “folhas” nanofotovoltaicas e poderão ser armazenadas em bateria localizada no tronco da árvore. Estas mesmas estruturas foram projetadas para serem como fonte de energia para recarregamento de veículos elétricos pela empresa britânica, SolarBotanic Trees.

Sobre o carregamento elétrico de veículos no Reino Unido, o CEO da SolarBotanic Trees, Chris Shelley, explicou que estão tentando gerar produtos para abastecer estes veículos, “Há um enorme déficit de infraestrutura (de carregamento) neste país, por isso estamos procurando trabalhar lado a lado com os fornecedores de infraestrutura para veículos elétricos”, esclareceu.


O fornecedor de veículos elétricos Raw Charging Group fez pedido das árvores para a empresa (Foto: Reprodução/Sustainability Voices)


O CEO também disse que sua empresa recebeu seu primeiro pedido de 200 árvores do fornecedor de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos, Raw Charging Group, que possui planos de incorporar estas árvores na Europa também, além do Reino Unido, como parte de sua rede de locais de carregamento implantados nos respectivo país e continente.  

Os modelos de árvores solares já foram apresentados recentemente no Pavilhão de Sustentabilidade da Expo 2020 em Dubai e no empreendimento Gardens by the Bay de Singapura. E estes modelos, segundo o CEO, podem oferecer soluções esteticamente agradáveis, diferente de outros produtos movidos a energia solar oferecidos por outras empresas deste mesmo ramo.

Para obter estas árvores nos shoppings, estacionamentos, hotéis e parques, é preciso pagar um valor nada baixo nelas, tem previsão de custar entre £ 18 mil e £ 25 mil, equivalente a cerca de R$ 112 mil a R$ 155,6 mil no Brasil, valores estes considerados mais altos do que os de fontes de painel solar tradicional.

Foto destaque: Árvores solares de Metal são a nova aposta do Reino Unido. Reprodução/SolarBotanic Trees/Energy Northern.

Inverno meteorológico começou dia 1° de junho, entenda

Provavelmente, desde criança você sabe que o inverno começa no dia 21 de junho. O que você não sabia é que esse inverno é chamado de inverno astronômico. Nos últimos dias, você pode ter ouvido falar que o inverno começou, e essa informação não está errada.

Na astronomia o começo do inverno é determinado pela posição do Sol em relação ao planeta. Já para a meteorologia, esse começo é determinado pelo ciclo anual da temperatura.

A posição da Terra em relação ao sol muda ao longo do ano, e é isso que determina os solstícios e equinócios. Essa variação na temperatura é estudada pela astronomia.

No hemisfério sul o dia mais curto do ano é 21 de junho. Neste dia, acontece o solstício de inverno. Já no hemisfério norte, neste dia acontece o solstício de verão e é o dia mais longo do ano. Já o equinócio determina o começo do outono e da primavera.

Como a rotação da Terra não tem precisamente 365 dias, acaba acontecendo uma imprecisão neste cálculo de mudança de estação. Para isso, foram criadas as estações meteorológicas.


Casal no inverno (Reprodução/Pixabay)


Portanto, para a meteorologia, o inverno no hemisfério sul começa em 1° de junho e acaba no dia 31 de agosto. A divisão é de três meses, como a estação astronômica, mas preocupa-se mais com as condições climáticas e médias de temperatura.

A principal importância destes dados mais precisos da estação meteorológica é para a agricultura. Os estados da região Sudeste, como também o Mato Grosso do Sul, percebem mais facilmente essa mudança da temperatura antes do começo do inverno astronômico.

Neste mês de junho estão previstas a passagem de três frentes frias pelo Brasil. A primeira frente fria deve acontecer depois do dia 10, a segunda, depois do dia 21, e a terceira, na última semana do mês.

Foto Destaque: Inverno. Reprodução/ Pixabay

Redes sociais usam inteligência artificial para deletar provas de crimes de guerra, segundo a BBC

A British Broadcasting Corporation, conhecida como BBC, recentemente divulgou os resultados de uma extensa investigação revelando que provas digitais de possíveis violações de direitos humanos estão sendo apagadas permanentemente ao serem excluídas por empresas de tecnologia. 

O foco dessas remoções está em vídeos com violência extremamente gráfica e chocante, por meio do uso de inteligências artificiais para verificar o conteúdo. Contudo, as fotos e filmagens que estão sendo excluídas sem o uso de um backup interno no banco de dados das empresas poderiam ser úteis para ajudar a levar criminosos de guerra à corte. 

Ambas as gigantes de tecnologia atuais, Meta e YouTube, estão no meio disso, mas esclareceram por meio de um comunicado que também estão tentando equilibrar a obrigação cívica de manter provas contra criminosos, ao mesmo tempo que se esforçam para proteger seus usuários de conteúdo potencialmente nocivo. Alan Rusbridger, integrante do Conselho de Supervisão da Meta, por outro lado disse que a indústria está sendo “demasiadamente cautelosa” em moderação.


Alan Rusbridger durante entrevista recente. (Foto: Reprodução/Cherwell)


De acordo com as plataformas, materiais gráficos que são do interesse público têm a permissão de permanecerem circulando por suas redes, mas a BBC logo teve as imagens que publicou para documentar os ataques a civis na Ucrânia rapidamente deletadas pelo algoritmo da inteligência artificial (IA). 

Essa inteligência artificial é capaz de remover conteúdo ilegal e nocivo em ampla escala. Contudo, são incapazes de perceber certas nuances na hora de identificar imagens violentas envolvendo guerras ou conflitos que possam conter violações de direitos humanos, resultando na remoção discriminada dessas provas digitais. 

Algumas organizações de direitos humanos reiteraram que há uma urgente necessidade de que empresas responsáveis por mídias sociais impeçam o desaparecimento de tais informações. 

Segundo Rusbridger, a próxima pergunta que deve ser feita é “como desenvolver nossas máquinas, sejam elas humanas ou de inteligência artificial”, de modo que elas possam tomar decisões mais razoáveis. 

A Embaixadora dos EUA para Justiça Criminal Global, Beth Van Schaak, disse que ninguém negaria o direito dessas empresas de tecnologia de monitorar o conteúdo em suas redes, mas que a verdadeira preocupação está no repentino desaparecimento de tais informações.

 

Foto destaque: Kiev, capital da Ucrânia, devastada durante invasão russa ao país. Reprodução/Pexels.

Uso da nova tecnologia de IA preocupa atores de Hollywood

Em uma busca feita pelo cineasta Wes Anderson no Youtube, são revelados trailers de um famoso diretor singular, que parece ter feito adaptações de filmes como: “Harry Potter”, “O Senhor dos Anéis” e “Guerra nas Estrelas”, estrelados pelos atores Bill Murray, Scarlett Johansson e entre outros.

A nova tecnologia permite que pessoas com poucos recursos gerem falsos trailers de filmes, o que vem ocasionando grandes debates. Em 7 de junho, o sindicato SAG AFTRA trabalhista dará inicio às negociações.


Roteiristas querem uma garantia de que o uso do IA não será usada para gerar roteiros (Foto: Getty Images)


A inteligência Artificial, está dividindo estúdios e impressionando os roteiristas de cinema e televisão, que querem ter uma garantia de que a tecnologia não será usada para gerar roteiros.

O negociador-chefe do sindicato, Duncan Crabtree-Ireland, disse que quer garantir que os membros possam controlar os seus “dublês digitais” e ter a certeza de que os atores reais sejam pagos de forma correta e adequada. Duncan também falou que o nome, a voz, persona do artista, são os valores e o comércio deste. “Não é justo que as empresas tirem proveito disso e não compensem de maneira justa os artistas quando usa sua persona dessa maneira”, disse.

Os atores Keanu Reeves e Tom Cruise, já foram alvos de deepfakes não autorizados, vídeos realistas, porém fabricados, criados por algoritmos de IA. Reeves destacou que a nova tecnologia é “assustadora” em algumas partes, porque pode ser implementada sem a participação dos atores. Os roteiristas e os atores, sempre estão imaginando vários cenários e com essa nova ferramenta pode começar a cortar os custos e aumentar o uso da Inteligência Artificial para produzir novos conteúdos.

A tecnologia também já está sendo usada para apagar marcas de idade ou até mesmo alterar movimentos da boca para poder sincronizar com as palavras quando está sendo dublado em outros idiomas. O ator Leland Morril, Falou que quando estava trabalhando, os sets estavam cercados com várias câmeras onde tiravam fotos por todos os lados e ângulos.. Ele também revelou que com esse tipo conteúdo, podem usar o ator e depois criar o restante do personagem, ou seja, os atores não estarão no estúdio de gravação e ninguém seria pago.

A escritora, produtora e ex- atriz, Justine Bateman, formada em Ciência da Computação, alertou sobre o uso da tecnologia. Ela afirmou que as empresas podem permitir que os fãs façam o seu próprio filme “Guerra nas Estrelas” e poderão adicionar uma taxa extra.

Além disso, os atores, assinaram contratos sobre o uso específico da tecnologia IA. O próximo filme de “Indiana Jones” apresentará cenas do famoso ator Harrison Ford de 80 anos, com aparência de 40 anos mais jovem. O filme original foi gravado em 1980 e a LucasFilm, da Disney, usou imagens de seu rosto, para ele parecer mais jovem.

Em uma entrevista para o apresentador Stephen Colbert, Harrison Ford, achou fantástico sobre sua aparência jovem. James Earl Jones, com 92 anos, também permitiu o uso da Inteligência artificial, para replicar a voz ameaçadora de Darth Vader.

Se o sindicato não conseguir chegar em nenhum acordo sobre o uso do IA e outras questões, os atores também entrarão em greve.

 

Foto Destaque: Atores de HollyWood estão preocupados com a nova tecnologia IA. Reprodução/Getty Images

Terapia celular CAR-T Cell apresenta remissão de tumores em pacientes

Um estudo com a terapia celular CAR-T Cell conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), pelo Hemocentro  de Ribeirão Preto e pelo Instituto Butantan, observou a evolução de 14 pacientes. Um dos pacientes teve remissão completa de um linfoma de Hodgkin, câncer que tem sua origina no sistema linfático, em apenas um mês. Os outros pacientes tiveram, pelo menos, 60% de remissão contra o cancêr. 

A terapia inovadora com CAR-T Cell é um dos tipos mais eficientes no tratamento contra o câncer do sangue e do sistema linfático, consiste em um medicamento preparado com as células de defesa, linfócitos T, extraídas do próprio paciente e modificadas geneticamente em laboratório para que, ao serem reintroduzidas no indivíduo, possam reconhecer e combater o tumor

Segundo o Instituto Butantan, “a CAR-T só pode ser aplicada em pacientes com câncer avançado que já tentaram terapias convencionais, como a quimioterapia, e não tiveram sucesso”.

Por causa do  “seu alto potencial de eliminar as células cancerígenas e “à sua baixa toxicidade, as células CAR-T podem se tornar um tratamento de primeira linha no futuro, que seria usado em estágios iniciais da doença.

A CAR-T é aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos e, foi lançada no Brasil em novembro de 2022.


CAR-T Cell é um dos tipos mais eficientes no tratamento contra o câncer do sangue e do sistema linfático (Foto:Reprodução/Butantan)


Como funciona o tratamento

Primeiramente, é feito a coleta das células T do paciente, por meio de uma máquina semelhante ao equipamento de hemodiálise. Os linfócitos são separados em uma bolsa e congelados, logo são enviados para os laboratórios onde passam a fabricar receptores de antígenos quiméricos específicos que vão combater as células cancerígenas. As células são modificadas geneticamente no laboratório e têm sua função potencializada.

Após esse processo, as células T modificadas são reinseridas em formato de medicamento injetável no corpo do paciente. Então, o paciente segue em observação quanto a toxicidade ao tratamento e possível resposta positiva. 

Foto Destaque: Terapia celular CAR-T Cell apresenta remissão de tumores em pacientes. Reprodução/Butantan.

Setenta e nove formas de linguagem grande de IA são lançadas por organizações chinesas

Instituições chinesas lançaram 79 formas de linguística grande (LLM) no país nos três últimos anos, e de acordo com um relatório de institutos de pesquisa do governo, enquanto redobraram os esforços para desenvolver algoritmos de inteligência artificial.

O crescimento das LLMs, com técnicas de deep learning sobre grande quantidade de dados textuais, começou uma fase acelerada no ano de 2020, de acordo com relatório aprovado pelos institutos de pesquisa controlados pelo Ministério de Ciência e Tecnologia do país.

No ano de 2020, as instituições chinesas lançaram 2 LLMs contra 11 nos Estados Unidos, porém no ano de 2021 foram 30 LLMs lançados em cada país, afirmou um relatório que foi publicado no domingo (28).

As instituições americanas apresentaram um total de 37 LLMs no ano seguinte, contra 28 da China, de acordo com dados agrupados no relatório, em que coautores fazem parte do China Institute of Scientific and Technical Information.

Até este momento, em 2023, a China lidera com 19 LLMs ante os 18 dos Estados Unidos.


Bandeiras EUA e China. Reprodução/Aly Song/REUTERS via CNN


O relatório concluiu que: “A julgar pela distribuição de modelos de linguagem grande lançados em todo o mundo, a China e os Estados Unidos lideram por uma larga margem, respondendo por mais de 80% do total global”, segundo um comunicado da imprensa que fez um resumo dos principais pontos do estudo. E também que: “Os Estados Unidos sempre ficaram em primeiro lugar no mundo em termos de número de modelos de linguagem grande.”

As 79 LLMs desenvolvidas na China foram analisadas pelo relatório e foi observado que, por mais que existam 14 províncias e locais em que essa tecnologia já tenha sido desenvolvida, algumas metas de desenvolvimento em conjunção da academia com a indústria “não são suficientes”.

Após o lançamento do ChatGPT pela OpenAI, os enormes chineses da tecnologia, do Alibaba à empresa de vigilância SenseTime, ao grande dos mecanismos de busca Baidu, lançaram suas versões particulares de chatbots sustentados por Inteligência Artificial generativa e LLMs.

Foto destaque: LLM. Reprodução/Depositphotos