Avanços da IA torna possível restaurar a voz de pessoas com doenças degenerativas

Um recente avanço na inteligência artificial está trazendo esperança para pessoas que enfrentam a perda de voz devido a doenças degenerativas. Essa nova tecnologia tem se mostrado capaz de reproduzir a voz de indivíduos afetados, oferecendo-lhes uma forma de se expressar e se comunicar novamente. 

A inteligência artificial, mais especificamente a síntese de voz por IA, tem sido desenvolvida para imitar com precisão a voz de alguém que está perdendo essa habilidade devido a doenças como esclerose lateral amiotrófica (ELA) e distrofia muscular. Esse avanço tecnológico é particularmente significativo porque permite que os indivíduos afetados continuem a se comunicar de maneira eficaz mesmo quando sua capacidade vocal é comprometida.


IA está sendo desenvolvida para imitar a voz de humanos. (Foto: Reprodução/Istock)


A síntese de voz por IA é baseada em técnicas avançadas de aprendizado de máquina. Para criar uma voz personalizada para o indivíduo, o sistema de IA requer amostras de áudio da pessoa quando sua voz estava saudável. Essas amostras são usadas para treinar o modelo de IA, que então consegue replicar a voz original do indivíduo. Com o uso de algoritmos sofisticados, a tecnologia é capaz de gerar uma voz natural e realista, que se assemelha ao som original do paciente.

Além disso, essa tecnologia pode ser implementada em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, o que torna a comunicação mais acessível e prática para as pessoas afetadas. Elas podem usar o aplicativo ou o dispositivo para digitar mensagens ou palavras, que serão imediatamente transformadas em fala sintetizada pela IA. Dessa forma, mesmo que a voz seja perdida, a capacidade de se expressar é verbalmente restaurada.

Em suma, essa voz replicada é gerada de maneira natural e realista, trazendo uma sensação de normalidade para aqueles que perderam a capacidade de falar tornando a comunicação mais acessível e prática, permitindo que essas pessoas digitem mensagens ou palavras que são imediatamente convertidas em fala sintetizada.

Foto destaque: IA reproduzindo som. Reprodução/Istock

Fifa lançará ferramenta para prevenir jogadoras da Copa do Mundo de assédio nas redes sociais

A Fifa anunciou ontem (18) que irá oferecer uma espécie de pacote de ferramentas de redes sociais feito para proteção das jogadoras de todos os times da Copa do Mundo Feminina de 2023 contra o assédio e discurso de ódio online que elas podem sofrer. A ideia inovadora será botada em prática em breve.

A organização de futebol, junto com o sindicato de jogadores FIFPro, desenvolveu uma ferramenta chamada “Serviço de Proteção de Mídia Social (SMPS)” e ela monitora e também deixa maneirado, fazendo ocultação de conteúdo ofensivo e do discurso de ódio às jogadoras nas redes sociais. Esse recurso provavelmente irá ajudar as esportistas a ficarem mais livres e à vontade quando forem navegar na internet.

O presidente da Fifa Gianni Infantino deixa claro como as ofensas feitas no ambiente online são ilegais: “A discriminação é um ato criminoso” e diz também como a nova ferramenta auxilia para combater crimes virtuais, “Com a ajuda desta ferramenta, estamos identificando os perpetradores e os denunciando às autoridades para que sejam punidos por suas ações”, afirma.


Jogadoras da Copa do Mundo 2023 estão de acordo com o novo serviço oferecido (Foto: Reprodução/Folha PE/Sam Robles/CBF)


De acordo com a Fifa, o novo recurso vem sendo bem aceito pelas equipes da Copa do Mundo Feminina deste ano, grande parte está a favor do serviço de monitoramento nas redes sociais. Elas são a favor de fazer a implementação do serviço rapidamente a fim de limitar de forma automática a visibilidade do assédio virtual. A Copa será entre os dias 20 de julho e 20 de agosto na Austrália e na Nova Zelândia.

Nos últimos anos diversos casos de assédios sexuais sofridos por jogadoras vêm sendo expostos, recentemente jogadoras de futsal denunciaram um treinador por assediá-las em Fortaleza, segundo o site G1. Sendo assim notamos o quanto essa situação está comum neste meio, e como ainda não é possível criar algo para protegê-las destas práticas pessoalmente, pelo menos de modo online é possível prevenir este tipo de situação desconfortável.

 

Foto destaque: A organização irá implantar um recurso contra assédio nas redes sociais. Reprodução/Planete Grandes Écoles.

Testes em humanos com Neuralink devem começar ainda este ano, segundo Elon Musk

Nesta sexta-feira (16), durante apresentação em um evento de tecnologia da França, o bilionário sul-africano Elon Musk afirmou que um paraplégico ou tetraplégico será a primeira “cobaia humana” do Neuralink.

No mês de maio, a empresa confirmou que recebeu a liberação da Federal Drugs Administration (FDA) para os primeiros testes em humanos. A Neuralink ainda não confirmou quantas pessoas participarão do teste.

Os experimentos da empresa em animais passaram por muitas investigações nos Estados Unidos. Se os testes em humanos correrem tranquilamente, a liberação da venda do chip eletrônico estará disponível em aproximadamente dez anos.

A corrida para criar o chip eletrônico que devolve os movimentos para deficientes está em alta. Outras empresas correm contra a start up de Elon Musk para aprovar o primeiro produto no mercado.

Porém, o empresário não tem cumprido os prazos prometidos com o Neuralink. Há quatro anos o bilionário vem prometendo que os testes em humanos começariam, o que não aconteceu.

“Quero tranquilizar todos os que possam estar assustados com o Neuralink. Será um processo bastante lento”, declarou Elon Musk durante o evento.

Para quem não está familiarizado com o projeto, a ideia é facilitar a comunicação entre o cérebro e os músculos, através de um microchip implantado no cérebro. Pacientes com algum tipo de paralisia, lesão na medula espinhal e doenças degenerativas devem ser beneficiados.


Apresentação da Neuralink (Foto:Reprodução/ Instagram)


Os projetos da empresa criada em 2016 vão bem além disso. A Neuralink pretende criar uma conexão entre nosso pensamento e os smartphones, acelerando e facilitando assim o nosso acesso.

A cirurgia para o implante do microchip também será realizada por um robô que é desenvolvido pela própria empresa. O chip cerebral é chamado de “Link”.

Existem projetos também que visam também devolver a visão à paciente cegos. Elon Musk acredita que, no futuro, a Neuralink desenvolverá chips capazes de curar o autismo e a obesidade, por exemplo.

 

Foto Destaque: Elon Musk. Reprodução/ Instagram 

 

Entenda como a “música final” dos Beatles foi feita

Esta semana, Paul McCartney afirmou em entrevista que uma nova música dos Beatles será lançada no segundo semestre. Segundo ele, a voz de John Lennon foi extraída de uma fita demo antiga através de inteligência artificial.

Paul McCartney completa 81 anos ainda este mês e revelou que a canção foi um presente que ele recebeu de Yoko Ono após a morte do amigo. John Lennon tinha esquecido a gravação da canção com ele.

Ele também declarou na entrevista que “A música tinha um refrão, mas faltava quase totalmente os versos”. A inteligência artificial utilizada na produção da canção usa repetições de uma gravação da voz para criar outros trechos cantados por aquela mesma voz. Esse recurso tem sido utilizado para recriar canções com artistas que já morreram.


Inteligência Artificial (Foto: Reprodução/Pixabay)


Lennon gravou algumas canções para pedir perdão ao amigo e a demo chama-se “For Paul”. Todas as músicas foram gravadas apenas ao som de piano.

Especula-se que o nome da canção seja “Now and Then”. Na época do lançamento de “Anthology”, existia a possibilidade desta “última música” estar na coletânea da banda.

Outro Beatle falecido não gostava desta canção. Segundo Paul MacCartney, “George não gostou. Sendo os Beatles uma democracia, nós não fizemos isso”, disse, referindo-se a George Harrison.

A música foi lançada na internet, no ano de 2009, mas de maneira ilegal. Durante o documentário “Get Back”, McCartney recebeu uma ajuda inusitada, a do diretor Peter Jackson. “Ele [Jackson] foi capaz de extrair a voz de John de um pequeno pedaço de fita cassete. Tínhamos a voz de John e um piano, e ele poderia separá-los com IA.”, explicou Paul.

O ex-Beatle ainda tentou explicar como a tecnologia funciona: “Fomos capazes de pegar a voz de John e torná-la pura, por meio dessa IA.” Segundo MacCartney, a inteligência artificial também foi capaz de extrair a voz de John Lennon para que ele gravasse uma canção de sua carreira solo. Paul pareceu estar muito empolgado com a tecnologia.

 

Foto destaque: The Beatles. Reprodução/Instagram 

 

LinkedIn pretende testar nova ferramenta de publicidade para serviços de streaming

Fundado em dezembro de 2002, o LinkedIn é uma plataforma de mídia social voltada ao mundo dos negócios, tratando-se de uma ferramenta que muitas empresas consideram essencial para encontrar novos talentos. É principalmente usada por profissionais como forma de apresentar seus currículos e habilidades, de tal forma que outros profissionais da mesma área e geralmente da mesma empresa, possam endossar suas habilidades, dando credibilidade e embasamento. O site possui uma média de visitantes mensais acima da casa dos 50 milhões e foi adquirida pela Microsoft em junho de 2016, em uma transação de US$ 26 bilhões, a maior feita pela gigante de tecnologia na época. 

A plataforma anunciou na quinta-feira (15) desta semana que está desenvolvendo um produto de publicidade em formato de vídeo com o intuito de auxiliar profissionais de marketing na criação de conteúdo publicitários para usuários de serviços de streaming.

Esse anúncio foi feito logo após o LinkedIn introduzir o uso de novas ferramentas de inteligência artificial para auxiliar os anunciantes na hora de produzir conteúdo publicitário, como parte da estratégia da empresa em expandir o alcance de seu marketing em um momento onde a economia, flutuante e incerta, afetou fortemente o orçamento de propagandas e anúncios. 


À direita, o Vice-Presidente de Soluções de Marketing do Linkedin, Penry Price (Foto: Reprodução/Michael Benabib).


“Anúncios de vídeo dentro das próprias streams podem mudar a forma que marcas e compradores alcançam e engajam com suas audiências”, afirmou Penry Price, vice-presidente de soluções de marketing do LinkedIn, durante entrevista à Reuters

A receita dos últimos doze meses da empresa saltou para um confortável US$ 14 bilhões e, até o presente momento no terceiro trimestre do ano fiscal de 2023, têm subido em uma média de 8% todos os anos. 

O LinkedIn gera receita principalmente através do lucro obtido da venda de propagandas para empresas e serviços de assinatura para recrutadores, pessoas procurando emprego e profissionais de vendas.

Foto destaque: A sede do LinkedIn em Sunnyvale, Califórnia. (Foto: Divulgação/Linkedin)

Aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft é novamente barrada pelo tribunal americano

Uma ordem de restrição temporária foi emitida pelo Tribunal Federal da Califórnia na última terça-feira (13), com o objetivo de restringir temporariamente a aquisição da fabricante de videogames Activision Blizzard pela Microsoft, que custará praticamente U$ 70 bilhões à gigante de tecnologia dos EUA.

Essa medida foi tomada pelo tribunal com base no argumento de que a transação poderia impactar de maneira negativa no mercado de videogames ao suprimir a concorrência e potencialmente criar algo próximo de um monopólio. Uma audiência sobre o caso foi marcada para 22 e 23 de junho. 

Isso pode apresentar um problema para a Microsoft, já que o acordo original de aquisição assinado entre as duas empresas estipula que o prazo para que o negócio seja concluído é 18 de julho. Caso contrário, a gigante de tecnologia terá que pagar uma taxa de rescisão no valor de U$ 3 bilhões à Activision Blizzard.

Por conta disso, a Comissão Federal de Comércio (FTC) expressou preocupação de que as empresas tentem consumar a negociação antes que o tribunal interno possa emitir uma decisão sobre o processo antitruste tomado pela agência.

Além dos órgãos públicos americanos, essa negociação envolve diversas outras agências, como os reguladores antitruste da União Europeia, que deram voto de aprovação à transação depois que a Microsoft concordou em tratar das preocupações da agência em relação à concorrência. Segundo eles, a Microsoft concordou com as soluções levantadas durante discussões, incluindo o compromisso de licenciar jogos da Activision Blizzard para outros provedores de serviço de jogos em nuvem por pelo menos uma década. 

Esse acordo, entretanto, também foi bloqueado pela Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido em abril deste ano, por conta de preocupações que a aquisição poderia vir a sufocar o mercado de jogos em nuvem ainda em seus estágios iniciais. A Microsoft, claro, recorreu dessa decisão. 


Lista de alguns dos jogos e franquias mais importantes que irão entrar para o portfólio da Microsoft, mediante a aquisição (Divulgação/Microsoft).


Os planos da gigante de tecnologia para adquirir a desenvolvedora de jogos foram anunciados em janeiro de 2022, por uma soma exorbitante de US$ 70 bilhões, basicamente a maior transação na história da indústria de jogos. O chefe da Xbox, Phil Spencer, também veio a público para sanar as preocupações de jogadores, afirmando que a empresa não tinha planos de tornar a franquia Call of Duty, da Activision, exclusiva para a plataforma autoral da empresa, o Xbox, prometendo também disponibilizar o jogo em consoles da empresa rival, o Playstation. 

Desde então, a Microsoft se preocupou em assinar acordos com diversos provedores de jogos em nuvem e com a Nintendo, para disponibilizar o jogo de tiro em primeira pessoa, bem como outros títulos, na plataforma Switch. Mesmo assim, essa aquisição encontrou forte oposição da Sony, dona do Playstation, que expressou o receio da Microsoft oferecer apenas uma versão “piorada” dos jogos da Activision Blizzard em outras plataformas.

Foto destaque: Logo da Activision Blizzard junto do Xbox em fundo verde, cor característica do console (Reprodução/Verge).

Em evento, Alexandre de Moraes defende a regulamentação das redes sociais

Nesta terça-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, voltou a defender a regulamentação das redes sociais e o funcionamento das maiores empresas de tecnologia do Brasil, após dizer que as big techs apresentam “relutância” em remover do ar conteúdos ilegais que atentam contra a democracia.

O ministro afirmou que as companhias já têm meios para retirar do ar publicações que estão ligadas, por exemplo, à pedofilia, entre outros crimes, e que poderiam utilizar esses mecanismos para incluir ataques à democracia e crimes de ódio, como protestos nazistas. “O que tem é má vontade, comodismo. É muito dinheiro envolvido. Se é má vontade, tem que ser regulamentado. Faz parte da democracia”, disse ele.

Moraes afirmou ainda que, caso o Congresso não promova essa regulamentação, conforme foi discutido no Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020), o STF deve agir sobre o assunto, com uma ação que pretende questionar citações do Marco Civil da Internet. “Sempre é bom uma regulamentação, mas se não houver isso, o Judiciário, instigado, provocado, ele tem que se manifestar, e vai julgar”, afirma o ministro.


Alerta de Fake News do celular (Foto: Reprodução/Hora do Povo)


Atuando como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no período das eleições, o ministro explanou sobre como foi escutar a argumentação das empresas de que não era possível retirar as postagens em até uma hora, conforme decidido pela Justiça Eleitoral. No entanto, Moraes se defendeu e disse que sim, é possível. “Com um aperto de botão e 100 mil reais de multa por hora, tudo é possível”, afirmou ele.

Essas falas aconteceram em um evento da Revista Piauí para convidados e patrocinado pelo YouTube, que é vinculado ao Google, uma das grandes empresas de tecnologia do mundo, e que atualmente é alvo de uma investigação relatada pelo próprio Moraes.

Essa investigação dirigida ao Google foi aberta por solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) após a empresa promover uma campanha em desacordo com PL das Fake News nos dias anteriores a sua votação na audiência da Câmara. Esta campanha acabou por levar ao adiamento da votação, sem prazo para nova data.

Por conta do domínio do Google nos serviços de buscas pela internet, com 97% da população brasileira utilizando esse tipo de serviço, a PGR pretende investigar um possível uso indevido de poder econômico da empresa durante esse episódio.

 

Foto destaque: Alexandre de Moraes. Reprodução/Rosinei Coutinho/Carta Capital

Fortuna de Larry Ellison supera a de Bill Gates impulsionada pela IA

O fundador da Oracle, Larry Ellison, ultrapassou pela primeira vez Bill Gates em termos de fortuna. Esse feito foi impulsionado pelo sucesso da inteligência artificial (IA) e representa uma mudança significativa no setor tecnológico.


Oracle é a empresa lider em gerenciamento de banco de dados. (Reprodução/ DepositPhotos)


A Oracle, empresa fundada por Ellison em 1977, é conhecida por suas soluções empresariais inovadoras e seu papel pioneiro na área de banco de dados. Nos últimos anos, a empresa concentrou esforços no desenvolvimento de tecnologias de IA, uma estratégia que se provou acertada.

Ellison, com uma fortuna estimada em US$ 195 bilhões, deixou Gates para trás, cuja fortuna é avaliada em US$ 185 bilhões. Esse marco é o resultado do investimento de Ellison no crescimento exponencial da IA nos últimos anos.

Com o crescente interesse e adoção da IA em várias indústrias, a Oracle se destacou como líder nesse campo em rápido crescimento. Suas soluções de IA têm sido aplicadas em setores como serviços financeiros, saúde e manufatura, impulsionando a eficiência operacional e a tomada de decisões estratégicas.

Enquanto isso, Bill Gates, que por muitos anos liderou a lista dos mais ricos do mundo, viu sua posição ser desafiada pela ascensão de Ellison e o sucesso da IA. Embora Gates seja reconhecido como um pioneiro no setor de tecnologia e continue a ser um filantropo ativo, sua fortuna foi afetada pela crescente competição e mudanças no mercado de tecnologia.

A mudança na classificação dos bilionários mais ricos destaca o poder transformador da IA e a importância de uma abordagem estratégica para acompanhar as tendências tecnológicas emergentes. 

A ascensão de Ellison serve como um exemplo para empreendedores que desejam se adaptar e inovar em um mundo em constante evolução. À medida que a IA continua a moldar nosso mundo e impulsionar o crescimento econômico, é importante reconhecer que o cenário empresarial é volátil e que as classificações podem mudar rapidamente.

 

Foto destaque. Bilionário Larry Elisson (Reprodução/ Deposit Photos)

Amazon enfrenta interrupção de serviços em nuvem, afetando usuários

A Amazon Web Services (AWS), provedora líder de serviços em nuvem, enfrentou uma interrupção significativa, resultando na indisponibilidade de vários serviços em todo o mundo. A falha afetou clientes no dia 13/06, causando interrupções em diversos setores, incluindo empresas de tecnologia, startups e sites populares.


Amazon Web Services é a maior provedora de serviços em nuvem. (Reprodução/ DepositPhotos)


De acordo com comunicado oficial da Amazon, a falha foi causada por problemas técnicos em um data center-chave localizado nos Estados Unidos. A causa exata do incidente não foi especificada, mas a empresa está trabalhando intensamente para resolver a situação e restaurar todos os serviços afetados.

A indisponibilidade dos serviços em nuvem da AWS impactou fortemente empresas e usuários em todo o mundo. Sites populares, redes sociais, serviços bancários e de streaming ficaram inacessíveis por horas. Startups de tecnologia e aplicativos móveis, que dependem da infraestrutura em nuvem da Amazon, também foram afetados.

Usuários afetados expressaram frustração nas redes sociais, relatando dificuldades em acessar serviços essenciais e preocupação com a perda de dados e receitas. Dispositivos de Internet das Coisas (IoT), como termostatos inteligentes e sistemas de segurança doméstica conectados, também foram impactados, causando inconveniência e preocupação.

A AWS é uma das maiores provedoras de serviços em nuvem do mundo, oferecendo armazenamento de dados, hospedagem de sites, análise de dados e computação em nuvem. Sua infraestrutura é amplamente utilizada por empresas de todos os tamanhos, tornando-se essencial no ecossistema digital atual.

A interrupção dos serviços em nuvem da AWS destaca a crescente dependência das empresas em relação à infraestrutura em nuvem e os riscos associados a essa dependência. Episódios como esse levantam questões sobre a resiliência dos sistemas em nuvem e a necessidade de estratégias de contingência para mitigar falhas.

Enquanto a AWS trabalha para restaurar todos os serviços afetados, usuários e empresas aguardam a normalização das operações. Essa interrupção serve como um lembrete importante de que a confiabilidade e a resiliência das infraestruturas em nuvem devem ser constantemente aprimoradas para garantir a estabilidade das operações digitais em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia.

 

Foto destaque. Símbolo da Amazon (Reprodução/ Istock)

Dinossauro que habitou em terras brasileiras tem fóssil repatriado

Foi realizada nesta segunda-feira (12) a solenidade de repatriação do Ubirajara Jubatus, dinossauro que habitou regiões brasileiras há 110 milhões de anos. O evento foi em colaboração com representantes dos governos brasileiro e alemão, e foi sediado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Depois do encontro em Brasília, o fóssil do dinossauro seguirá para o Ceará, onde o espécime fará parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da Universidade Regional do Cariri.

A ministra Luciana Santos afirmou que: “Sem dúvida, estamos diante de um momento histórico: um réptil que viveu há 110 milhões de anos e passou cerca de 30 anos fora, retorna ao seu sítio”, e que: “A repatriação foi um esforço dos pesquisadores e pesquisadoras do nosso país. É um patrimônio brasileiro que está de volta após uma cooperação bem-sucedida com a Alemanha.”.

A espécie do dinossauro, Ubirajara Jubatus, viveu no Geoparque  do Araripe, que ficou conhecido como centro paleontológico, entre o Ceará, Pernambuco e Piauí. Esses fósseis foram levados para a Alemanha na década de 1990, e foram descobertos há cerca de três anos no Museu Estadual de História Natural de Karlsruche, depois de uma publicação científica.

Julien Kimmingd, curador do museu alemão, defendeu a devolução dos restos mortais do dinossauro ao Brasil.

“O fóssil agora estará acessível para os pesquisadores e para a população brasileira”/”/, comemora.


Solenidade para repatriação do Ubirajara jubatus (Foto: Reprodução/Luara Baggi/MCTI via CNN)


O governador do Ceará, Elmano de Freitas, acrescentou: “Hoje é um dia para agradecer. Falamos de anos de procura e negociação de uma peça fundamental que explica os primórdios de vida na Terra. O Ubirajara é de grande representatividade para a população do Ceará, Nordeste e Brasil”.

Segundo a Universidade Regional do Cariri, o Ubirajara Jubatus é a primeira espécie de dinossauro não-aviário que contém estruturas parecidas com penas, que foi encontrado na América do Sul.

De acordo com a universidade, as discussões a respeito da devolução dos materiais tiveram o envolvimento do Itamaraty, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Embaixada da Alemanha na capital brasileira. O fóssil do dinossauro brasileiro, que havia sido contrabandeado, voltou ao país, chegando em Brasília com uma delegação do governo alemão em visita oficial ao Brasil.

Assinaram o trabalho científico que faz descrições da nova espécie, Norbert Lenz, atual diretor do Museu de História Natural de Karlsruhe, e Eberhard Frey, seu antecessor.

A repatriação do dinossauro ocorreu somente após decisão das autoridades do estado de Baden-Wûrttemberg, em julho de 2022, que revelou “má conduta científica” na obtenção dos restos mortais, conforme foi denunciado pelo Ministério Público Federal.

A legislação brasileira, desde 1942, decretou que os fósseis fazem parte do patrimônio da União. Portanto, eles não podem ser vendidos. Para sair do país, é necessária uma autorização oficial.

É terminantemente proibida a exportação de espécimes de referência de novas espécies, holótipos, como Ubirajara jubatus. Cientistas de fora só tem direito a coleta de materiais biológicos ou de minerais pertencentes ao Brasil, se envolverem pesquisadores brasileiros em seus trabalhos.

O trabalho que descreve a nova espécie de dinossauro, publicado na Cretaceous Research, não respeitou a lei e acabou mobilizando uma campanha virtual inédita com a hastag: “#UbirajaraBelongstoBR”, que significa “Ubirajara pertence ao Brasil”.

“Simboliza uma nova fase no jeito de fazer ciência com respeito às legislações nacionais e aos direitos das sociedades”, disse Allyson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.

Com o alvoroço internacional causado por essa ação, a revista científica imediatamente anunciou a retratação do artigo, cancelando a publicação do trabalho.

Foto destaque: Ubirajara jubatus. Reprodução/Luara Baggi/MCTI via CNN