BYD anuncia novas fábricas na Bahia com investimento bilionário

Considerada uma das maiores empresa automobilística de carros elétricos do mundo pela The Global Automaker Rating 2022, a BYD anunciou nesta terça-feira (4) que o Brasil contará com mais três fábricas da empresa, especificamente em Camaçari, na Bahia. O investimento inicial é bilionário, chegando a aproximadamente R$3 bilhões e a expectativa é de gerar mais de 5 mil empregos, sendo eles de forma direta ou indireta. 

O evento para anunciar os novos projetos da empresa aconteceu em Salvador e contou com a presença da vice-presidente global da marca, Stella Li.

A BYD é considerada atualmente a maior produtora de carros elétricos, ultrapassando até a conhecida Tesla, mas é destinada principalmente ao público de alto poder aquisitivo, já que o veículo mais barato custa mais ou menos R$150 mil. Entretanto, promete inovação e sofisticação jamais vista, como por exemplo o veículo Dolphin, que tem controle de voz, internet, karaokê e videogame.

Para o jornal O Globo, Stella Li contou que pretende trazer ao Brasil carros elétricos com “uma sensação premium de inovação”.


Publicação da cerimônia da BYD em Salvador (Vídeo: Reprodução/Instagram/@bydautobrasil)


A empresa começou no ramo de baterias de íons-lítio, destinada para celulares como a Nokia e a Motorola. Ao longo do tempo, após se estabelecerem no setor, conseguiram investir no ramo de automobilismo. 

Em 2003, a marca comprou a montadora Tsinchuan Automobile Company, também da China, e resolveu desenvolver e apostar em veículos elétricos e híbridos.  

Aqui no Brasil, a BYD está em Campinas, interior de São Paulo desde 2015, e de forma total, está presente em 70 países espalhados pelo mundo. 


Anuncio da BYD sobre as novas fábricas na marca na Bahia (Foto: Reprodução/Instagram/@bydautobrasil)


Para as novas fábricas na Bahia, a expectativa é de criar não só automóveis elétricos e híbridos, mas abrir o “leque” de produção para chassis de ônibus e caminhões elétricos, além da terceira estrutura destinada ao processamento de ferro fosfato e lítio para exportação. 

A previsão para as novas fábricas começarem a funcionar é para o segundo semestre de 2024, com objetivo inicial de produzir cerca de 30 mil veículos, podendo chegar a 150 mil unidades por ano. 

 

Foto destaque: Veículos BYD em frente ao Museu Náutico da Bahia. Reprodução/Feijão Almeida/GOVBA

Orquestra nacional em Seul é regida por Maestro-Robô

Na última sexta-feira (30), um robô Android desenvolvido pelo Instituto Coreano de Tecnologia Industrial chamado EveR 6, estreou como maestro de uma orquestra em Seul, na Coreia do Sul, provando mais uma vez onde o avanço tecnológico pode chegar. O robô conduziu a orquestra nacional do país no Teatro Nacional da Coreia e foi responsável por reger mais de 60 artistas. Foi a primeira vez que um evento como esse foi realizado no país.

No total, 950 espectadores compareceram ao show chamado Disproof, que durou cerca de 80 minutos e ocorreu no Teatro Nacional da Coreia do Sul.

O EveR 6 possui dois braços que podem se mover de forma independente num “corpo” de 1,8 m de altura. O robô foi projetado basicamente para reproduzir os movimentos humanos por meio de uma tecnologia que captura os nossos movimentos.


A apresentação da orquestra regida pelo Maestro-Robô (Vídeo: Reprodução/Youtube)


Choi Soo-yeoul, maestro que conduziu a apresentação juntamente com o robô, em entrevista à agência de notícias Reuters, fez elogios à precisão da tecnologia.

“Os movimentos de um maestro são muito detalhados. O robô foi capaz de apresentar movimentos tão detalhados muito melhor do que eu imaginava”, declara. 

Porém, por mais que o robô impressione o público com seu movimento e gesto precisos, o EveR 6 tem um grande defeito que pode comprometer a apresentação: ele não pode ouvir.

Algumas pessoas da plateia conseguiram perceber que, por mais que o robô conseguisse manter o ritmo, ficou faltando o “respiro” que é preciso para se envolver com o grupo e reger de forma rápida e para todos, o que é um movimento indispensável para uma boa execução musical da orquestra. Sendo considerado assim, por alguns observadores, a necessidade de melhorias, inclusive incorporando a inteligência artificial para que haja uma melhor análise e compreensão das músicas executadas.

De todo jeito, a apresentação do EveR 6 foi considerada um fato histórico que destaca que é possível robôs e humanos coexistirem e se complementarem, inclusive no campo da música e da performance artística.

Foto destaque: Maestro-Robô regendo orquestra na Coreia do Sul. Reprodução/Divulgação

Google encerra produção do “Project Iris”, concorrente direto do Apple Vision Pro

O Google gerou expectativas em relação ao “Project Iris”, quando o anunciou como destaque no evento Google I/O de 2022. Com a proposta de ser um óculos de realidade aumentada capaz de traduzir idiomas em tempo real, o produto estava com testes programados para começar agora em julho e o lançamento previsto para o início de 2024. Tudo com o intuito de competir diretamente com o Vision Pro da Apple e o HoloLens da Microsoft.

Porém, de acordo com o portal Design Taxi, a empresa do mecanismo de busca mais famoso, decidiu interromper o desenvolvimento do hardware e focar em software. Mais especificamente, na plataforma ‘micro XR’, que poderá ser licenciada para fabricantes de fones de ouvido.

A decisão deriva de uma série de demissões recentes na empresa e a saída de Clay Bavor, responsável pelos desenvolvimentos em realidade aumentada e virtual do Google. Um engenheiro distinto, Kurt Akeley, que trabalhava no projeto também, está aparecendo como “aposentado” em seu perfil do LinkedIn.

De acordo com informações do portal Mint, o Google tinha, no início deste ano, sugerido uma parceria com a Samsung e a Qualcomm para o desenvolvimento de uma plataforma de realidade mista. Entretanto, detalhes desse projeto ainda não foram revelados.

O Google tinha planos de lançar um headset de realidade aumentada em 2024. Durante o Google I/O 2023 (o mesmo evento em que o Iris foi destaque ano passado), o vice-presidente da empresa, Sameer Samat, disse que mais novidades seriam compartilhadas ainda esse ano sobre essa colaboração com a Samsung.


Google I/O 2023, evento que o “/Project Iris”/ foi anunciado ano passado (Foto: Reprodução/Blog Google)


Google & North

Os planos para o ‘Project Iris’ eram, de acordo com o Google, construí-lo e lançá-lo como seu próprio produto, ao adquirir talentos por meio de aquisições, como a startup canadense North, que fabricava óculos de realidade aumentada. 

Uma versão inicial do Iris tinha semelhanças com o primeiro dispositivo da startup canadense, o Focals, enquanto uma versão posterior que o Google demonstrou em público já vinha com os recursos de tradução.

Foto Destaque: Óculos protótipo do “/Project Iris”/. Reprodução/Gearrice

Euclides: o telescópio espacial europeu preparado para desvendar mistérios do “universo escuro”

Estava pronto para ser lançado neste sábado um foguete da SpaceX que carregava um telescópio orbital construído com o objetivo de lançar luz sobre misteriosos fenômenos cósmicos. Conhecidos como energia escura e matéria escura, esses fenômenos são forças invisíveis que cientistas afirmam representar 95% do universo conhecido.

O telescópio chamado Euclides – homenageando o antigo matemático grego chamado de “pai da geometria” -, da Agência Espacial Europeia (ESA), estava dentro do compartimento de carga de um foguete Falcon 9 com previsão de decolagem para 12h (horário de Brasília), aproximadamente. O lançamento ocorreu na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

A missão projetada para durar pelo menos seis anos, com um investimento de 1,4 bilhão de dólares, tem como expectativa novos conhecimentos que transformem a astrofísica e, talvez, a compreensão da própria natureza da gravidade.


Lançamento do Telescópio Euclides (Vídeo: reprodução/UOL)


Correndo tudo como planejado, Euclides será lançado, após uma curta viagem ao espaço, para uma jornada de um mês até seu destino em órbita solar. Com uma distância de 1,6 milhão de quilômetros da Terra, está uma posição de estabilidade gravitacional entre o nosso planeta e o Sol, esse lugar é chamado de Ponto Dois de Lagrange (ou L2) e é o destino do telescópio.

Desse momento em diante, Euclides deve explorar a evolução do que os astrofísicos chamam de “universo escuro”. Valendo-se do telescópio de grande angular, ele vai pesquisar galáxias distantes, até 10 bilhões de anos-luz da Terra, em uma imensa extensão do céu além da própria Via Láctea.

Para medir com precisão as distâncias que as galáxias estão, a espaçonave de duas toneladas também está equipada com instrumentos projetados para medir a intensidade e os espectros da luz infravermelha.

As possibilidades da missão são um reflexo da enormidade que é a investigação do Euclides. Afinal, os cientistas estimam que a energia escura e matéria escura juntas constituem 95% dos cosmos, enquanto o que podemos ver, a matéria comum, representa apenas 5%.

 

Foto Destaque: Telescópio Euclides. Reprodução/Época Negócios

Quatro milhões de pessoas são assinantes do Snapchat+

Recentemente a empresa de tecnologia Snap Inc., fundada em 2011, por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, divulgou que o serviço de assinatura Snapchat+ já atingiu mais de 4 milhões de membros desde o seu lançamento em junho de 2022.  

O Snapchat+ é uma nova funcionalidade oferecida pelo aplicativo de mensagens instantâneas popular, o Snapchat. O recurso pago oferece funções exclusivas, como não ver publicidade, assistir a conteúdos premium e acessar assuntos especificamente criados para os assinantes. 

Atualmente, o Snapchat+ tem mais de 4 milhões de assinantes em todo o mundo, o que reflete o quão bem-sucedida é a experiência do Snapchat+. 

A maioria dos assinantes são jovens que apreciam o acesso à plataforma de tecnologia de pagamento premium e também podem desfrutar de conteúdo exclusivo. Os usuários do Snapchat+ também possuem ícones, planos de fundo e notificações personalizadas, impulsionamento de suas visualizações e um selo no perfil de assinante Snapchat+.

Além disso, o Snapchat+ permite que os usuários façam compras no app de forma mais segura e eficiente, como os usuários de cartões de crédito, mas sem a necessidade de compartilhar seus detalhes bancários. O Snapchat+ também oferece exclusividades como: melhores amigos para sempre, remontagem de histórias, sistema solar amigo, emojis post view, fundos de bitmoji, snapchat para web e muito mais.

A assinatura do Snapchat custa $3,99 USD por mês, $21,99 USD por 6 meses, ou $39,99 USD por ano.


Snapchat+ é a nova proposta do momento. (Reprodução: Thought Catalog/Pexels)


Já outro diferencial da empresa Snapchat é o recurso My AI, um chatbot que utiliza tecnologia baseada no ChatGPT, da Open AI. 

A inteligência artificial está disponível para os Snapchatters e pode oferecer conselhos, buscar informações, responder perguntas de curiosidade, sugerir o que fazer no almoço ou jantar e até ajudar no planejamento de uma viagem. 

A nova funcionalidade My AI está constantemente melhorando e evoluindo e promete ser um diferencial para os usuários do Snapchat.

 

Foto destaque: Pilha de logotipos 3D do Snapchat. Reprodução/Freepik.

iFood revoluciona compras: nova ferramenta com IA simplifica o processo

Uma ferramenta que usa inteligência artificial (IA), nomeada como Compr.A.Í, foi anunciada pelo iFood nesta sexta-feira (30). O objetivo dela é usar de IA para transformar listas de compras em textos, derivadas de mensagens escritas por consumidores via WhatsApp. O novo recurso funcionará como uma integração entre aplicações do iFood, WhatsApp e dos modelos da OpenAi.

A nova ferramenta veio para facilitar a vida dos usuários, que poderão fazer seus pedidos em mercados no aplicativo do iFood com outra função. A novidade é que essa funcionalidade usará simples comandos de voz para montar a lista de compras.

“Quero um almoço com poucas calorias”; “preciso fazer um jantar para quem gosta de beringela”; “ingredientes para um pudim” ou “lasanha para dez pessoas”, são algumas opções de comando que podem ser adaptadas de acordo com a necessidade de cada pessoa.

Com o comando dado, o iFood vai criar uma lista de produtos necessários, indicando os melhores mercados — inclusive fazendo comparação de preço entre os estabelecimentos. “Você simplifica a vida do usuário e até torna divertido o momento de compra”, alega Fabrício Bloisi, CEO do iFood, sobre a novidade. 


Usar o Compr.A.Í será como conversar com alguém. (Foto: Reprodução/Simpliza)


Melhor recomendação ao cliente, segmentação de marketing, rotas, tempo de entrega — incluindo tempo de preparo de pratos, que terão impactos positivos no uso dessas novas tecnologias”, comenta Bloisi sobre como o Compr.A.Í contribui em todos os serviços ofertados por eles. O CEO também comenta que eles contam com 17 times de machine learning e 120 modelos de IA operando diariamente, fazendo cerca de 10 bilhões de recomendações no ecossistema deles, isso no decorrer de 1 mês.  

A ferramenta permite que o consumidor navegue por categorias de produtos, opções e preços,  tornando a criação e edição das listas de compras algo extremamente fácil, rápido e intuitivo. Ela também funciona com o envio de uma foto, gerando a lista a partir da imagem. 

A partir de julho a novidade vale para compras em supermercados parceiros e a previsão é que chegue em agosto aos restaurantes. Ela estará disponível no próprio aplicativo do iFood e para que seus 330 mil parceiros implantem em seus próprios canais de atendimento. É esperado que o uso do Compr.A.Í seja mais útil, sobretudo, em horários de pico nos pedidos, quando a empresa chega a processar 400 mil pedidos por hora.

Foto destaque: iFood Mercado. Reprodução/iFood News

Twitter implementa nova política de acesso: usuários agora devem fazer login para visualizar publicações

O Twitter passará a exigir que os usuários tenham uma conta na plataforma para que consigam ver os tuítes. A nova política de acesso foi anunciada nesta sexta-feira (30), pelo dono da rede social Elon Musk, que a chamou de uma “medida de emergência temporária”.

Aqueles que tiverem o desejo de ver o conteúdo da plataforma serão orientados a abrir uma conta ou entrar em uma já existente, somente então será possível conferir os famosos tuítes. Musk alegou, em um tuíte, que “estamos tendo tantos dados roubados que estava degradando o serviço para usuários normais!”.

O dono da rede do passarinho já tinha expressado anteriormente o seu descontentamento com empresas de inteligência artificial, como a OpenAi (dona do ChatGPT) e outras, usando dados do Twitter para fazer treinos em seus modelos de linguagem. Em abril, Elon Musk ameaçou processar a Microsoft – quando a gigante do Windows retirou a rede social da sua plataforma de anúncios -, por se recusar a pagar as taxas de acesso ao sistema de dados do Twitter.

Antes da alteração era possível ver tuítes, comentários e perfis sem a necessidade de uma conta. Para comentar, compartilhar ou ver informações extras já era necessário possuir um perfil na plataforma. A medida foi tomada sem ser divulgada nas contas oficiais. 


Pop-up do Twitter para fazer login ou abrir uma conta: “Não perca o que está acontecendo. As pessoas no Twitter são as primeiras a saber”. (Foto: Reprodução/Live Journal)


A empresa iniciou um aglomerado de medidas voltadas a trazer de volta patrocinadores que deixaram a rede, desde que o dono da Tesla a comprou, e aumentar as receitas de assinaturas tornando os selos de verificação uma parte do programa Twitter Blue, modalidade paga que também oferece outros recursos e benefícios para os contratantes.

No começo de junho, a empresa comunicou planos para focar em parcerias de vídeo, criação e comércio. Esse planejamento visa revitalizar os negócios da plataforma para além do patrocínio digital.

Para fazer o cadastro na rede social, é necessário informar um nome de usuário e um número de telefone válido. Fazer login com a conta Google ou Apple também é uma opção.

Foto Destaque: Twitter Blue. Reprodução/Okezone Tecno.

Meta divulga como funciona o algoritmo do Instagram

O Facebook e o Instagram são as maiores redes sociais da atualidade. Seu algoritmo pode parecer um mistério para muitas pessoas, pois por que os conteúdos não são mostrados na ordem cronológica de compartilhamento? Como uma forma de aproximar os usuários com conteúdos do seu interesse, as plataformas adotaram essa estratégia. O algoritmo é um conjunto de regras para classificar as publicações mais interessantes para cada pessoa usuária da rede social.

A empresa Meta, responsável pelas plataformas sociais, Facebook e Instagram, recentemente divulgou informações sobre como funciona o seu algoritmo. 

Essa medida aconteceu como forma de antecedência à uma determinação da União Europeia para a empresa esclarecer como as suas plataformas funcionam. No próximo ano, o bloco europeu introduzirá a Lei de Mercados Digitais, que estabelecerá regulamentações para as empresas de tecnologia e redes sociais. A legislação visa garantir mais transparência nas relações entre os usuários e maior proteção de dados pessoais. Com isso, as empresas terão que correr para se adaptar e atender às novas exigências.


O algoritmo classifica as publicações mais interessantes para cada perfil. (Reprodução: Lisa Fotios/Pixabay)


O algoritmo do Instagram prioriza conteúdos de círculos virtuais, como perfis e grupos que os usuários mais acompanham, além das postagens de amigos, por exemplo. Isso significa que, para cada usuário, o algoritmo exibe conteúdos de acordo com as suas preferências e interesses.

Inclusive, a inteligência artificial por trás desse algoritmo também reúne informações sobre o tipo de conteúdo com o qual alguém mais reage. Com esses dados, ele escolhe os conteúdos baseados em uma pontuação. Os posts mais priorizados na rede social são os que possuem a pontuação mais alta. 

Ou seja, os conteúdos mais próximos aos interesses pessoais do usuário aparecerão primeiro, seja no feed, reels ou na aba Explorar. Assim, graças a esse algoritmo, eles não deixarão de ver aquilo que realmente gostam em meio a milhares de publicações diárias na rede social. 

Foto destaque: Close up do telefone inteligente. Reprodução/Pixabay.

Estudo prova que fake news escritas por inteligência artificial enganam melhor

A Universidade de Zurique desenvolveu um estudo para provar que as pessoas acreditam mais em fake news quando elas são desenvolvidas pela inteligência artificial. A equipe do Instituto de Ética Biomédica e História da Medicina da universidade suíça realizou a pesquisa entre pessoas com formação universitária.

O estudo foi realizado com cerca de 700 pessoas. Foi solicitado aos participantes para que tentassem diferenciar a veracidade de tweets que foram escritos por pessoas reais e também por IA.

O resultado provou que, além de não identificar quais postagens foram escritas por humanos, os participantes acreditam mais em notícias falsas quando foram “escritas” por inteligência artificial. A pesquisa foi publicada na revista Science Advances.

Os temas escolhidos para as postagens analisadas foram assuntos comuns em fake news. Vacinas, política, tecnologia, desastres naturais e COVID-19 foram temas para os tweets.


Manipulação (Reprodução/Pixabay)


Segundo os pesquisadores, o estudo demonstra o perigo da IA. Da mesma maneira que ela consegue tornar a informação mais palatável ela também pode transformar notícias falsas em desinformação com credibilidade.

Especialistas já tinham percebido a capacidade que a inteligência artificial tem para tornar fake news notícias bem escritas e, até mesmo, criar notícias falsas. O apresentador de rádio americano Mark Walters foi acusado pelo Chat GPT de participar de uma fraude com desvio de fundos. A justiça comprovou que a alegação é falsa e a Open AI foi condenada por difamação.

“Era óbvio que o Chat GPT seria utilizado para finalidades criminosas. A criatividade para o bem sempre chega com mais vagar à cabeça humana. No entanto, acende-se a luz amarela em países que combatem fake news sem estratégia nenhuma, como o Brasil”,  explicou André Marsiglia, comentando um outro caso acontecido na China.

Os participantes na pesquisa além de possuírem formação universitária eram nativos e criados em países de Primeiro Mundo, como Estados Unidos e Reino Unido por exemplo.

Foto Destaque: Twitter. Reprodução/Pixabay 

OpenAI abre novo escritório no Reino Unido; entenda o motivo

A OpenAI não parece estar disposta a cessar o desenvolvimento cada vez mais acelerado de seus negócios, evidenciado pelo anúncio realizado na quinta-feira (29), informando que a empresa irá abrir um novo escritório em Londres, onde o laboratório de inteligência artificial do Google também está situado. O comunicado foi feito através de um post no blog da empresa. Curiosamente, esse será o primeiro escritório corporativo da OpenAI fora de São Francisco, onde sua sede está localizada. 

Essa expansão por parte da startup vem em um momento onde a OpenAI busca aumentar seu potencial de lucro. E, embora seja difícil calcular os custos de desenvolvimento por trás do ChatGPT, a ferramenta de IA generativa que alavancou a empresa ao mercado e aos olhos do público geral, foi estimado pela empresa de pesquisa em semicondutores Semianalysis que a OpenAI possa gastar cerca de US$ 700 por dia (R$ 3.400, em conversão) na pesquisa e desenvolvimento. 

Tendo em vista que os impostos corporativos são comparativamente mais baixos no Reino Unido em relação aos EUA e outros países europeus, esse movimento pode ser bastante lucrativo a longo prazo para a OpenAI. Além disso, filiais recentemente instaladas por outras empresas estão transformando Londres em um polo de talentos para o campo de IA. De acordo com a startup, as equipes em operação na cidade estarão focadas na pesquisa e engenharia do campo, também colaborando com formuladores de políticas focadas no usuário final. 

“Enxergamos essa expansão como uma oportunidade para atrair novos talentos”, escreveu Sam Altman, CEO da OpenAI, na publicação. 


Sam Altman, CEO da OpenAI, durante entrevista (Foto: Divulgação/OpenAI)


A regulamentação de inteligência artificial está nos planos da União Europeia. Dentre os governos do bloco, o Reino Unido expressou a intenção de adotar uma postura mais favorável à inovação quanto ao que tange o setor e, portanto, a presença em Londres pode trazer mais de um benefício à OpenAI.

 

Foto destaque: Bandeiras apresentando o logo da OpenAI próximas à uma instalação retratando o lendário “Cavalo de Tróia”, feita unicamente de peças de eletrônicos e outros componentes de computador, do lado de fora do campus da universidade Tel Aviv. Reprodução/Jack Guez/AFP