Donald Trump irá se apresentar em penitenciária violenta para ser fichado

Na próxima quinta-feira (31), Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, irá comparecer à penitenciária de Fulton para se entregar às autoridades de Geórgia após ser acusado de interferência eleitoral. Para a sorte de Trump, sua passagem será rápida, pois, quitando a fiança sob montante de 200 mil dólares (que corresponde a 988 mil reais), não terá que permanecer preso.


Apoiadores de Trump invadindo o Congresso em 6 de janeiro de 2021 (Foto: Reprodução/BBC)


Tratamento igualitário

Após ser acusado três vezes pela tentativa de alteração em resultado das eleições do ano de 2020, o ex presidente, assim como os demais dezoito réus que também foram incriminados, terá até meio-dia (13h no horário de Brasília) da sexta-feira (01) para sere fichado. Conforme mencionado por Patrick Labat, Xerife do Condado de Fulton, “o status de Trump não importa”, de modo que será tratado de forma igualitária, sem regalias.


Trump sendo preso em Nova York (Foto: Reprodução/Almanaque Revista)


O que foi evitado até o momento e preocupa o ex-presidente serão as fotografias durante a apresentação. De acordo com o previsto dentro das normas americanas, além da tomada das digitais, registro de altura, peso, cor dos olhos, da pele e de demais dados que se fizerem necessários, ainda são exigidas fotos do acusado, sendo uma de frente e outra de perfil.  

“Prisão violenta”

Como mencionado, Trump não terá que permanecer preso, isso porque, após o pagamento da fiança, terá sua libertação da prisão preventiva e, além de comemorar sua liberdade, o ex-presidente também terá como motivo para celebrar o fato de não permanecer na prisão de Fulton, pois, como de conhecimento do mesmo, trata-se de um local violento. O ex -residente inclusive expressou sua indignação ao tomar conhecimento de onde teria que se apresentar através de um comunicado por sua equipe de campanha, alegando ser uma prisão com alto índice de violência.


Cadeia do Condado de Fulton (Foto: Reprodução/BNN Brasil)


Investigação em andamento

Em julho, foi iniciada uma investigação acerca das condições de detenção da prisão de Fulton pelo Departamento de Justiça. Merrick Garland, secretário de Justiça, justificou a decisão apresentando as graves acusações de insalubridade, uso excessivo de força, violência e condições inseguras, assim como a discriminação contra presidiários com problemas mentais e ausência de suporte médico. Além disso, segundo Ryan Buchanan, procurador dos Estados Unidos, há relatos de que as celas são imundas e cheias de insetos. Inaugurada no ano de 1989, a prisão abriga mais de 2.500 detentos, ultrapassando o permitido por sua capacidade.

Além da previsão de passar pouco tempo na prisão para sua apresentação, Trump contará com forte proteção. Segundo anunciado pelo Xerife, o ex-presidente ficará isolado durante sua estadia.

 

Foto destaque: Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Reprodução/notaalta.espm

Em processo de reestruturação, Americanas fecha lojas e demite mais de 10 mil funcionários

A 3G Capital, grupo que controla a Americanas, está dando continuidade em seu processo de reestruturação da empresa no mercado. Em oito meses já foram dispensados quase dez mil funcionários, sendo quase 1500 desses na última semana. A comapanhia declarou que isso faz parte do plano sazonal da empresa e que não há nada de anormal nos números divulgados.

Lojas Fechadas

Além dos funcionários demitidos ou que pediram demissão, ao todo 4% do total de lojas que a empresa tinha no Brasil foram fechadas. Esse número representa o que o grupo 3G capital pretendia enxugar para o ano de 2023, porém, como ainda faltam quatro meses para acabar o ano, esse número tende a aumentar.

Funcionários demitidos

Na última semana, 1448 funcionários foram dispensados da empresa, juntado-se assim aos outros tantos que foram demitidos nestes oito meses em que a empresa iniciou seu processo de reestruturação, após serem divulgados dados financeiros inconsistentes no balanço anual da Americanas.

O que diz a Americanas

Em nota, a assessoria da empresa disse que está realizando o desligamento de funcionários e colaboradores e que isso faz parte do seu projeto de reestruturação interna. Informou ainda que o número de funcionários que pediram para sair ou foram demitidos neste mês é parecido com o mesmo período do ano passado.

A Americanas concluiu a nota afirmando que seu foco atualmente é a sustentação de suas operações, e reafirmou o propósito de ser transparente com os sindicatos, além de garantir que segue cumprindo todas as suas obrigações trabalhistas, conforme as leis do Brasil.


Lojas Americanas estão em reestruturação interna e em recuperação judicial desde janeiro (Foto: reprodução/X/@Maringa_Post)


Entenda o caso

Em 11 de janeiro, foi revelado um rombo de R$ 20 Bilhões nos dados financeiros da Americanas. Alguns dias após a revelação, a empresa entrou em recuperação judicial e divulgou-se que a dívida na verdade era maior do que a anunciada, era, na verdade, de R$ 47,9 Bilhões.

A partir de então a empresa entrou em um processo de recuperação e reestruturação de toda cadeia estrutural. Bancos acusam a companhia de fraude e movem processos milionários, buscando achar os culpados pelo rombo.  Medidas judiciais estão sendo tomadas contra executivos da empresa e os principais acionistas.

 

Foto destaque: Fachada de uma Lojas Americanas. Reprodução/X/@americanas

Flávio e Eduardo Bolsonaro são condenados a pagar indenização a Chico Buarque

A Justiça do Rio de Janeiro emitiu uma notificação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ambos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação foi movida pelo cantor e compositor Chico Buarque, por uso indevido de suas obras.

Eduardo Bolsonaro utilizou em suas redes sociais a canção “Roda-viva”, já Flávio Bolsonaro postou, sem autorização, a capa icônica do disco “Chico Buarque de Hollanda”. Chico Buarque, expressou seu descontentamento com o uso não autorizado de sua obra, alegando que isso prejudicava sua confiança e confundia o público ao estabelecer uma conexão entre sua imagem e a do candidato político. 

Sobre as condenações

A decisão foi tomada pelo 6º Juizado Especial Cível do Rio, ordenando que Chico Buarque receba R$ 48 mil por danos morais de Flávio Bolsonaro. 

Outra decisão proferida diz respeito a Eduardo Bolsonaro. Ele foi condenado a retirar imediatamente a música “Roda-viva” de suas redes sociais. A canção, composta por Chico Buarque, foi usada por Eduardo Bolsonaro sem a devida autorização. A decisão ainda cabe recurso. 

A defesa de Chico Buarque representada por João Tacredo, advogado especializado em propriedade intelectual.

Outras ações movidas pelo cantor 

Essa não foi a primeira vez que Chico Buarque recorreu à justiça por usarem sua imagem e suas obras indevidamente: em setembro de 2021, o cantor e compositor obteve uma vitória judicial em sua ação contra a empresa Valor Tecnologia, acusando-a de utilizar sua imagem de maneira indevida em uma campanha publicitária. O 6º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro definiu o montante da indenização por danos morais em R$ 25 mil. A polêmica teve origem em uma adaptação da capa do primeiro álbum do artista, que viralizou como um meme na internet.

A peça publicitária em foco apresentou duas representações de Chico Buarque: uma expressão séria e outra sorridente. Essas imagens foram associadas à ideia de um aumento no atendimento a pacientes durante o contexto da pandemia. 


Capa de álbum de estreia de Chico Buarque vira meme. (Foto: reprodução/G1/Dirceu Côrte Real)


Após o processo ser instaurado, uma campanha publicitária em questão foi retirada das plataformas de mídia social da empresa que desenvolve aplicativos para clínicas e consultórios médicos.

Também em setembro de 2021, o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) fez referência a Chico Buarque em uma mensagem nas redes sociais, buscando promover a unidade nacional. Esse fato levou o artista a tomar medidas legais, alegando mais uma vez o uso inadequado de sua imagem.

Chico Buarque qualificou o vídeo como “desrespeitoso”, no entanto, seu pedido de indenização foi rejeitado pelo juiz Fernando Rocha Lovisi, do 6º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro. O juiz determinou que o vídeo fosse removido das redes sociais de Leite, sob pena de uma multa diária de R$ 5 mil por descumprimento da ordem.

 

Foto destaque: o senador Eduardo Bolsonaro (à esquerda) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (à direita). Reprodução/ Agência Estado/Hora do Povo

Governo da Argentina diz que Javier Milei é responsável por onda de saques

Nos últimos dias, a Argentina tem sofrido uma onda de furtos em diversas províncias, como Buenos Aires, Mendoza e Córdoba. A porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerrutti, acusou o candidato de extrema-direita Javier Milei de ser o responsável pela onda de furtos e roubas em massa.

Na última terça-feira (22), cinquenta e seis pessoas foram detidas por invadirem e roubarem estabelecimentos comerciais em Buenos Aires. No momento, mais de 40% da população argentina vive abaixo da linha de pobreza, o que gera ainda mais tensão nas campanhas eleitorais para presidência do país. 

Os saques

As autoridades acreditam que os episódios começaram com uma organização nas redes sociais. O ministro da Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira que não tem dúvidas de que os eventos foram organizados. 

Depois de um bombardeio durante todo o dia incitando esses episódios de violência. Tem gente que tem a estupidez de pensar que quanto pior, melhor.” comentou ele. 

No último final de semana, bairros na capital Argentina alteraram horários de funcionamento por temer saques. Imagens circulam pela Internet e mostram lojas sendo invadidas, prateleiras sendo esvaziadas e até mesmo alguns incêndios. O governo solicitou policiais para vigiar alguns estabelecimentos. 

Na quarta-feira (23), a porta-voz do presidente da Argentina, Gabriela Cerruti, acusou diretamente Jair Milei de promover as ondas de furtos. De acordo com Cerruti, os eventos não poderiam ser espontâneos, mas sim operações armadas e organizadas por grupos em redes sociais, ligado ao partido A Liberdade Avança, liderado por Milei. 


Porta-voz da presidência argentina Gabriela Cerruti. (Foto: reprodução/divulgação/Télam)


Milei publicou uma mensagem em suas redes sociais, defendendo os princípios de não agressão e direito à vida, liberdade e propriedade.  

Eleições de outubro

A Argentina passa por diversas campanhas eleitorais para a presidência. As eleições estão previstas para o dia 22 de outubro. Por conta da grave crise econômica no país e uma inflação que chega a 113%, o clima entre a população é de tensão.

O chanceler Santiago Cafiero informou em entrevista a uma rádio argentina que, além de Milei, a candidata macrista Patricia Bullrich tenta construir uma narrativa para abalar cidadãos já irritados, apenas com objetivos eleitorais.

 

Foto destaque: Candidato Javier Milei. Reprodução/Divulgação/Twitter/@JMilei

Jato executivo com líder do grupo Wagner cai na Rússia e deixa 10 mortos

Uma aeronave com o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, e outras nove pessoas caiu na última quarta-feira (23) e não houve sobreviventes. Ao todo, entre comandante e copiloto, dez pessoas estavam a bordo e, de acordo com as agências de voo da Rússia, ainda não se sabe o motivo do acidente. 

Na noite de quarta-feira, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), informou que ainda não houve um comunicado oficial russo sobre a queda do avião. De acordo com o centro, a Rússia é obrigada a começar uma investigação sobre a ocorrência pela Convenção de Chicago, que trata da aviação civil internacional. 

A queda da aeronave

O modelo do jato foi produzido pela empresa brasileira Embraer. Segundo esta, comporta no máximo 15 pessoas, sem contar os dois tripulantes. O modelo, Legacy 600, é desenvolvido no Brasil, fabricado nos Estados Unidos e é amplamente utilizado. 

Segundo o site Flightradar24, que monitora voo ao redor do mundo, o jato sofreu oscilações de subidas e descidas de pés depois das 18hrs. Pouco tempo depois, o avião desceu mais de oito mil pés da altitude de cruzeiro, de vinte e oito mil pés. 


Exemplo de jato Legacy, da Embraer. (Foto: reprodução/divulgação/Air Charter Service)


Segundo o canal de Telegram Grey Zone, aliado ao grupo Wagner, o líder Yevgeny Prigozhin estava na aeronave. Entretanto, Keir Giles, especialista em relações internacionais, disse que era preciso cautela com essa informação.

De acordo com Giles, vários indivíduos mudaram seu nome para Yevgeny Prigozhin, em tentativas de ofuscar suas viagens aéreas. 

O nome de Prigozhin já apareceu em listas de passageiros em aviões que caíram. Em 2019, uma aeronave militar An-72 caiu com oito pessoas na República Democrática do Congo e o nome do líder do grupo estava entre eles. A notícia se espalhou rapidamente, mas dias depois houve a notificação de que ele não estava no voo. 

Keir Giles comentou para a Associated Press: “Não vamos ficar surpresos se ele aparecer em breve num novo vídeo na África”, disse ele. 

O grupo Wagner

Também conhecido como PMC Wagner, o grupo Wagner é uma organização paramilitar de origem russa. É uma rede privada e semioficial de mercenários ligados ao governo da Rússia e que atua em diversas partes do mundo. 

O líder Prigozhin operava e financiava o grupo, sendo um oligarca e também de relações diretas com o atual presidente da Rússia, Vladimir Putin. O grupo Wagner já sofreu várias acusações, como saques, massacres e crimes de guerra. 

Em junho deste ano, Wagner fez campanha para a destituição do Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu. A medida foi tomada após um desentendimento com o ministro. Prigozhin acusou o governo russo de atacar acampamentos do grupo.

 

Foto destaque: líder Prigozhin. Reprodução/Mikhail Metze/TASS

Ônibus escolar cai de ribanceira em Pernambuco e deixa 16 feridos

Um ônibus escolar que transportava crianças do município de Chã Grande, localizado na zona rural de Pernambuco, se envolveu em um acidente nesta quarta-feira (23), e deixou 16 pessoas feridas. As vítimas incluem 14 crianças com idades entre 5 e 10 anos, além do motorista do ônibus e um monitor que estavam no veículo.

De acordo com as informações iniciais, o acidente aconteceu no fim do trajeto habitual do ônibus, que tem capacidade para transportar até 29 alunos, porém, estava com um número menor de pessoas no momento do incidente. O motorista perdeu o controle do veículo, resultando na queda do ônibus em uma ribanceira próxima à estrada.


Nota oficial da Prefeitura de Chã Grande (Foto: reprodução/Intagram/@prefeituradechagrande)


Sobre as vítimas

Não houve registros de mortes ou ferimentos graves, conforme relatado pelas autoridades locais. A maioria das vítimas sofreram ferimentos leves e foram prontamente atendidas no hospital da região. Cinco estudantes que necessitavam de atendimento especializado foram transferidos para o Hospital da Restauração no Recife, a fim de receberem cuidados médicos mais específicos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi rapidamente mobilizado, juntamente com ambulâncias do Hospital Geral Alfredo Alves de Lima, Guarda Municipal e Defesa Civil, para prestar socorro às vítimas. Sete das 16 pessoas feridas foram socorridas pelo Samu. As equipes de resgate atuaram de forma coordenada para garantir o atendimento eficiente e adequado a todos os envolvidos.

Investigação do acidente

A Polícia Civil local anunciou que está iniciando uma investigação para determinar as causas exatas do acidente. Pretende-se ouvir o depoimento do motorista e das crianças envolvidas, juntamente dos pais ou responsáveis, a fim de obter informações detalhadas sobre as circunstâncias que levaram ao incidente.

Até o momento, o quadro de saúde dos feridos é considerado estável, conforme informações dos profissionais de saúde que os atenderam. A comunidade local se uniu para prestar apoio às vítimas e suas famílias, demonstrando solidariedade em face deste triste episódio.

Foto destaque: ônibus escolar cai de ribanceira. Reprodução/TV Globo

PM leva homem sob custódia após ser pego em flagrante ao tentar matar o filho

Logo depois de atirar no próprio filho, um adolescente de apenas 17 anos de idade, no decorrer de uma briga nessa terça-feira (22), o homem de 40 anos acabou sendo levado pelos policiais por ter sido pego em flagrante. O caso em questão ocorreu durante o acampamento Ipanema, localizado no Setor Sônia Regina, que fica na região sul de Palmas. Conforme esclarecido pela mãe do garoto a PM (Polícia Militar), a discussão começou quando o marido da mesma, e pai do menino, chegou bêbado na residência.

A Polícia Militar que havia sido chamada para verificar a possibilidade de um caso de violência doméstica no setor, veio a encontrar a mãe juntamente com seus cinco filhos em um lugar próximo a casa da família. Já no local, onde ocorreram às agressões, a vítima relatou às autoridades que o marido havia dado início a briga e começado a agredir o garoto ali mesmo.

Mais informações sobre o caso

De acordo com a PM, a mãe do adolescente ainda revelou que o filho lutou para se defender, o que deu início a luta corporal que foi travada entre ambos. Ao longo da briga, o pai teria ameaçado o filho de morte e logo em seguida ido ao quarto para pegar a arma que foi usada no crime. Sendo assim, o filho mais velho levou os outros irmãos para a rua correndo, a procura de ajuda, segundo informações passadas pela PM.

As vítimas disseram à polícia que o pai saiu gritando que o mataria, entrando em um veículo e indo a procura do menino, já armado. Apesar de no fim ter conseguido escapar, quando o autor encontrou o adolescente, efetuou o disparo pela arma de fogo, ferindo a mão esquerda do filho mais velho.


PM chega ao local e prende homem em flagrante. (Foto: Reprodução/104.9 NOVA FM)


Chegada da PM no local

Após a Polícia Militar chegar à residência da família, encontrou o portão da casa aberto e o carro utilizado pelo agressor. Quando as autoridades enfim adentraram no lugar, avistaram o marido, que se encontrava próximo da porta, carregando a arma que usou para atirar no próprio filho somado a uma bolsa cheia de munições.

Desse modo, o homem que foi pego em flagrante acabou sendo preso por porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio doloso, ainda no local. Juntamente das vítimas, o suspeito foi direcionado até a delegacia.

Foto destaque: Viatura da PM. Reprodução/PMTO/G1

Governador da Flórida afirma que imigrantes brasileiros não são bem-vindos aos EUA

O atual governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou eloquentemente contra o grande fluxo de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos, durante campanha para conseguir a indicação por parte do Partido Republicano à Casa Branca, tendo o principal objetivo de conquistar o voto conservador dos correligionários.

Por meio de uma entrevista à emissora de rádio conhecida como WGIR, de New Hampshire, o governador disse o seguinte: “Se você está no Brasil, você não tem o direito de vir para este país”.

Sendo considerado o único capaz de superar o ex-presidente Donald Trump no decorrer da indicação do partido nas eleições que acontecerão no ano de 2024, o argumento utilizado dá forças à política linha-dura de imigração de DeSantis, se referindo ao povo brasileiro no geral. Ele optou por colocar o Brasil e a Polônia na mesma balança ao afirmar que os cidadãos de ambos os Estados não são bem-vindos para adentrar nos territórios norte-americanos.

“As pessoas vêm porque o povo americano acha que é do nosso interesse receber pessoas”, revelou.

Linha-dura em relação aos brasileiros irregulares no país

Caso seja eleito, ele descarta totalmente a ideia de permitir anistia aos que estiverem irregulares dentro do país, além de defender um sistema similar ao da Austrália ou do Canadá, que busca focar nas qualificações e habilidades do imigrante para acolhê-los.

“Um cidadão americano deve trazer ou cônjuge ou filhos estrangeiros. Mas trazer esses primos, tios e tal não é o caminho. Vamos nos livrar disso e nos concentrar mais nas necessidades dos americanos.”, Ron DeSantis disse referente a extensão de cidadania aos familiares do imigrante em questão.


O governador Ron DeSantis, da Flórida. (Foto: Reprodução/Charlie Neibergall/AP/G1)


Imigrantes brasileiros nos EUA

De acordo com o Instituto de Política da Migração, os EUA possuem uma das maiores populações de imigrantes brasileiras em todo o mundo, think tank americano que é mantido pelo Carnegie Endowment for International Peace. Entretanto, representam cerca de 1% apenas dos 44,9 milhões de imigrantes do Estado.

A metade do povo brasileiro costuma se concentrar dentre três estados americanos, sendo eles: Califórnia (11%), Massachusetts (17%) e Flórida (22%).

Com o objetivo de combater a entrada dessas pessoas dentro do estado, o governador DeSantis está buscando implementar certas medidas repressivas. No mês de junho deste ano, ele acabou delineando propostas na procura de uma abordagem mais rígida sobre a população que vive irregularmente no país.

Incluindo a detenção e deportação de quem não possuir os documentos necessários, além do envio de militares dos Estados Unidos para a fronteira sul da nação. O governador da Flórida ainda é a favor do fim da cidadania norte-americana automática para as pessoas nascidas no país somado à construção de um muro localizado na fronteira sul.

Foto destaque: Ron DeSantis, atual governador da Flórida. Reprodução/Getty Images via BBC/G1

Morre Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, em queda de avião na Rússia

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava na lista de passageiros do avião que caiu nesta quarta-feira (23) na Rússia, segundo a agência Tass, ligada ao governo russo.

O Grupo Wagner é uma empresa paramilitar privada com fortes ligações ao Kremlin, com mercenários utilizados por Putin na guerra contra a Ucrânia. Em junho, o grupo de Wagner fez campanha pela demissão do ministro da Defesa da Rússia, numa sequência que se intensificou depois de Prigozhin ter acusado o governo russo de apoiar um ataque contra os campos da organização. Na altura, o líder do grupo prometeu retaliação, o que levou o Procurador-Geral russo a abrir uma investigação contra Prigozhin por “suspeita de organização de uma revolta armada”.


O líder do Grupo Wagner Yevgueni Prigozhin e seus soldados. (Foto: Reprodução/AFP)


O que é o grupo?

O grupo Wagner foi fundado em 2014 e é formado por mercenários. Eram ex-soldados de elite altamente qualificados, liderados por Yevgeny Prigozhin, um oligarca ligado ao Kremlin que pode ter estado entre os mortos no acidente de avião. Acredita-se que Prigozhin tenha expandido Wagner, recrutando prisioneiros, civis russos e estrangeiros. Segundo estimativas, o grupo pode ter mais de 20 mil soldados lutando na Ucrânia. Devido aos seus laços com o Kremlin, o grupo esteve envolvido em diversas missões em conflitos e guerras civis.

Missões do grupo

Uma das primeiras missões realizadas pelo Grupo Wagner foi na península da Crimeia, quando mercenários em uniformes sem identificação ajudaram as forças separatistas apoiadas pela Rússia a assumir o controlo da região. A empresa paramilitar foi sancionada pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE). Em fevereiro de 2022, após a invasão russa da Ucrânia, o governo de Putin utilizou mercenários no conflito. No entanto, ele confiou cada vez mais neles em batalhas importantes, por exemplo, nas cidades de Bachmut. O Grupo Wagner já interveio em África para aumentar a segurança dos mineiros russos. Há também evidências da presença de combatentes do Grupo Wagner na Síria.

Em junho, o mundo revoltou-se contra o Grupo Wagner devido aos receios de uma guerra civil na Rússia. O levante armado dos mercenários ocorreu depois que Prigozhin reclamou que o Ministério da Defesa não havia enviado equipamentos ao grupo. Prigozhin também acusou o governo russo de realizar o ataque aos campos da organização. Após os distúrbios, a Rússia anunciou que o grupo de Wagner tinha sido dissolvido, mas há relatos de que mercenários continuam a ser recrutados e que o grupo continua a operar na Síria, na Ucrânia e em países africanos.

Foto Destaque: Grupo Wagner. Reprodução/Reuters

Bolsonaro e aliados são investigados por mensagens ligadas a possível ato golpista

O texto enviado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, de acordo com a Polícia Federal, foi compartilhado nas redes sociais por aliados que, posteriormente, manifestaram abertamente o desejo de um golpe de Estado.

Pesquisa sobre as mensagens

Um levantamento feito pelo professor da USP e colunista do Globo, Pablo Ortellado, revelou que o primeiro a compartilhar o texto de Bolsonaro em redes sociais foi o militar da reserva, Ailton Barros, que atualmente está preso por envolvimento em uma fraude de cartões de vacinação conduzida por Mauro Cid.

Ortellado comparou o texto enviado por Bolsonaro ao empresário Meyer Nigri com os registros do Facebook e encontrou três publicações do texto apenas minutos após a ordem de Bolsonaro para disseminar um ataque contra ministros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral, as urnas e os institutos de pesquisa.


 

Urna eletrônica. Foto: (José Cruz/Reprodução/AgênciaBrasil)


Ailton Barros foi tão longe a ponto de repassar a ordem de disseminação em massa das notícias falsas. Ele publicou o texto enganoso apenas dez minutos após Bolsonaro ter enviado a mensagem. Conforme as investigações já indicaram, Barros também escreveu a Mauro Cid pedindo que ele convencesse o ex-presidente a usar as Forças Armadas para promover um golpe.

Decisão do ministro do STF

O ministro Alexandre de Moraes, em sua decisão que expandiu as investigações sobre o envio de mensagens com notícias falsas a empresários, confirmou que o remetente era, de fato, Bolsonaro. Ele afirmou que existe um vínculo entre o ex-presidente e a disseminação de várias notícias falsas prejudiciais à democracia e ao Estado de Direito.

O texto com ataques às instituições também foi compartilhado por um candidato ao Senado pelo Partido Liberal do Amazonas que estava associado a um acampamento favorável a um golpe no estado, embora ele não tenha sido eleito.

Além disso, o Cabo Gilberto Silva também compartilhou o texto enviado por Bolsonaro em suas redes sociais. Ele está sendo investigado por suposto apoio aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro deste ano.

Foto destaque: Jair Bolsonaro. Reprodução/Twitter/Bolsonaro