Esposa de Mauro Cid pode receber pensão se ele for expulso do Exército

O Tenente Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, corre o risco de ser expulso das Forças Armadas Brasileiras se confirmados os crimes pelos quais está sendo investigado, porém, se isto ocorrer, sua família continuará a ser sustentada pelos cofres públicos, uma vez que  Mauro Cid seria considerado ”morto ficto” (morto fictício).

Na Prática

A esposa de Cid, seria considerada viúva e receberia pensão por morte do Exército, e o valor seria correspondente à última patente do ex-ajudante de ordens do ex-presidente e seria proporcional ao tempo de contribuição para a previdência militar. Ou seja, Mauro Cid e toda sua família continuaria a ser custeado pelo povo brasileiro, mesmo sendo provado criminoso.

O Art. 20 do Estatuto dos Militares da Lei nº 13.954, de 2019, garante a pensão, segundo o texto, a família de qualquer oficial militar que perder o posto no Exército Brasileiro  terá direito a pensão militar correspondente ao posto que ele possuía, e com valor será proporcional ao seu tempo de serviço.

Porém, segundo o Art. 99 do Código Penal Militar, o oficial precisa ser condenado a mais de dois anos, tanto na na justiça comum quanto na justiça militar, e ainda assim, terá direito a um novo julgamento no Superior Tribunal Militar (STM) para a confirmação da condenação, o que poderá levar a sua exclusão da corporação, ou não.

O processo no STM costuma durar cerca de um ano, mas só pode ter início depois da ação inicial tramitar em todas as instâncias e não houver mais possibilidade alguma de recurso.


Mauro Cid (Foto: reprodução/AE)


Situação de Cid

O militar é suspeito de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, da divulgação de investigação sigilosa da Polícia Federal sobre as urnas eletrônicas e a falsificação dos cartões de vacinação contra Covid-19 dele, de familiares, de Bolsonaro e da filha de sua filha, Laura. Se condenado apenas pela acusação de falsificação dos cartões de vacinação, já teria pena variável de 2 a 12 anos, segundo o Art. 313-A do código penal brasileiro.

Segundo comentários dentro dos quartéis do exército, depois das revelações confirmada sobre o esquema de venda ilegal das joias que Bolsonaro ganhou de presente em viagens ao exterior, Mauro Cid é considerado dispensável. 

Foto Destaque: Mauro Cid. Reprodução/Pinterest/ClassificadosD.

Discurso “I have a dream” completa 60 anos com distanciamento da igualdade racial nos EUA

O icônico discurso “Eu Tenho um Sonho“, proferido por Martin Luther King Jr., comemora seu 60º aniversário evocando reflexões sobre o progresso alcançado, mas também destacando a persistência de desigualdades nos Estados Unidos.

Ativista incansável pelos direitos civis da população afrodescendente norte-americana, Martin Luther King Jr. compartilhou sua visão de um país livre de segregação racial no histórico discurso de 28 de agosto de 1963. Seu sonho, no entanto, foi interrompido tragicamente cinco anos mais tarde por um ato de violência.

Para marcar esse marco significativo, o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris convidaram os filhos de King e os organizadores remanescentes da marcha original para uma recepção comemorativa no Salão Oval da Casa Branca. Além disso, uma congregação de cerca de 200 mil pessoas se reuniu no Lincoln Memorial, em Washington D.C., no último sábado (26), celebrando o legado duradouro do discurso.

No pronunciamento de 1963, Martin Luther King Jr. expressou seu desejo de um futuro igualitário, mas o caminho desde então tem sido complexo. Apesar dos avanços, a igualdade racial ainda é um ideal não totalmente alcançado nos Estados Unidos.


Dr. Martin Luther King Jr. discursando para uma multidão composta por 25.000 pessoas durante marcha em Montgomery, Alabama – 25/03/1965 (Foto: reprodução/Stephen F. Somerstein/Getty Images) 


Um olhar sobre a atualidade: reflexões e desafios contínuos

O evento de celebração não apenas honra o discurso icônico, mas também oferece um momento de reflexão sobre as questões persistentes que afetam a sociedade atual. Oradores durante o evento enfatizaram a contínua prevalência de abusos dos direitos civis e instaram ações contra o racismo sistêmico, o discurso de ódio, os crimes de ódio, a brutalidade policial, a violência armada, a pobreza e a perda dos direitos reprodutivos.

Destaque também foi dado ao aumento de oradoras mulheres em comparação com a marcha original em 1963, quando apenas uma mulher teve a oportunidade de falar ao microfone. Esse desenvolvimento destaca a evolução da representação e da inclusão nos espaços públicos.

Para abordar as reivindicações contemporâneas e promover mudanças, líderes organizadores da celebração se reuniram recentemente com autoridades, incluindo o procurador-geral Merrick Garland e a procuradora-geral assistente Kristen Clarke. Os temas abordados variaram desde a violência policial até o direito de voto.

Contexto atual além do aniversário

A celebração deste aniversário histórico é contextualizada por eventos atuais, como o trágico crime de ódio ocorrido em Jacksonville, Flórida, onde três indivíduos negros perderam a vida. Martín Luther King III fez uma conexão entre essa tragédia e o atentado à Igreja Batista em Birmingham, Alabama, que resultou na morte de quatro meninas negras. Esses eventos, separados por décadas, destacam que apesar dos progressos, desafios persistem e a jornada rumo à igualdade está em curso.

Em suma, o discurso “Eu Tenho um Sonho” permanece um farol de esperança e um lembrete das aspirações de justiça e igualdade. Enquanto se celebra seu 60º aniversário, o compromisso contínuo com a busca de igualdade e a superação das barreiras existentes é um testemunho do poder duradouro das palavras de Luther King.

 

Foto destaque: Martin Luther King Jr. durante seu discurso “I have a dream” e, evento para defensores dos direitos civis em frente ao Lincoln Memorial em 28 de agosto de 1963. Reprodução/Associated Press

Desigualdade nas explorações espaciais: Índia e Brasil traçam caminhos distintos

A disparidade nos progressos dos programas espaciais da Índia e do Brasil vem a tona quando a Índia comemora o marco de um pouso bem-sucedido na Lua, coincidindo com o Brasil relembrando um evento trágico, a explosão do lançador de satélites em Alcântara, há duas décadas atrás. Esses dois países, cujos programas espaciais tiveram inícios quase simultâneos, encontram-se agora em estágios bem distintos em suas explorações espaciais.

Inícios aralelos, destinos divergentes

Em 1961, o presidente Jânio Quadros inaugurava a Comissão Nacional de Atividades Espaciais no Brasil, enquanto a Índia lançava seu próprio programa espacial um ano mais tarde. Hoje, seis décadas após esses humildes começos, a Índia celebra a bem-sucedida conclusão da missão Chandrayaan-3, uma conquista inteiramente produzida em solo indiano. Esse sucesso transformou a Índia no quarto país a realizar um pouso controlado na superfície lunar, marcando também o pioneirismo de explorar o polo sul da Lua, uma região até então inexplorada, que se situa no hemisfério sombrio do satélite.


Vítimas de explosão há 20 anos na Base de Alcântara são homenageados em monumento com protótipo de foguete (Foto: Arthur Costa/TV Vanguarda)


Contraste de realizações e desafios

Em contrapartida, o Brasil enfrenta a marca dos 20 anos desde o trágico episódio em Alcântara, quando a explosão do lançador de satélites resultou na perda de 21 vidas humanas. Esse desastre levou à suspensão do projeto de desenvolvimento de um lançador de satélites nacional, fazendo com que o país dependesse de foguetes estrangeiros para colocar seus satélites em órbita.

Recentemente, o Brasil relembrou um capítulo sombrio com o aniversário dos 20 anos da explosão do lançador de satélites em Alcântara. Álvaro Pereira Júnior investiga a atual situação do programa espacial brasileiro, conversando com pesquisadores sobre os desafios enfrentados pelo país e as perspectivas de superar as adversidades para retomar sua trajetória espacial.

Triunfo indiano e reflexões brasileiras: duas Narrativas espaciais

O correspondente Álvaro Pereira Júnior explora a recente façanha espacial indiana em detalhes, entrevistando cientistas do país sobre os fatores que levaram ao sucesso e examinando o orgulho nacional que se seguiu. Ao mesmo tempo, o aniversário triste em Alcântara é relembrado, e pesquisadores brasileiros comentam sobre o estado atual do programa espacial nacional.

A recente missão indiana é analisada em detalhes pelo correspondente Álvaro Pereira Júnior, que mergulha nas razões por trás do sucesso da Chandrayaan-3 e compartilha as perspectivas de cientistas indianos. Ao destacar o pioneirismo da Índia em pousar no polo sul lunar, o repórter oferece uma visão das conquistas que reforçam a posição do país como um player significativo na exploração espacial.

Foto destaque: Espectadores assistem a uma transmissão ao vivo do pouso da sonda Chandrayaan-3 na Lua, dentro de um auditório da Gujarat Science City, em Ahmedabad, na Índia. REUTERS/Amit Dave

Faustão recebeu coração doado vindo da cidade de Santos de helicóptero

O coração recebido pelo apresentador de televisão Fausto Silva, o Faustão, veio da cidade litorânea de Santos, em São Paulo, de helicóptero, que decolou por volta das 11 horas do domingo (27), diretamente do gramado do estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista, que serviu de pista de decolagem para a aeronave da Polícia Civil, que fez o transporte do órgão.

O que diz o clube

O Presidente da Portuguesa Santista, Sérgio Schilit, afirmou que recebeu a solicitação para que o gramado do estádio do clube fosse utilizado para o pouso da aeronave, que tinha como objetivo efetuar o translado do órgão, pela manhã de domingo (27).

Sérgio diz que, nesses casos, quem entra em contato é a Polícia Civil, pois é ela quem faz esse tipo de transporte de órgãos na região de Santos, cabendo ao clube apenas a autorização para a utilização do espaço para os helicópteros pousarem.

Não foi a primeira vez

Sérgio afirmou que não foi a primeira vez que o estádio do clube foi utilizado como pista para os helicópteros pousarem e decolarem com órgãos, e que na maioria das vezes o nome do receptor do órgão é omitido e que o importante, para ele, é salvar vidas. O presidente disse que sempre colocou a Portuguesa Santista a disposição das autoridades.


Novo coração de Faustão saiu de Santos e teve ajuda logística da Portuguesa Santista (Foto: Reprodução/X/@atribunasantos)


Aviso ao Hospital

O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o apresentador está internado, recebeu o comunicado da Central de Transplantes do Estado de São Paulo ainda de madrugada de sábado (26), para domingo (27), e a partir de então começaram as avaliações sobre a compatibilidade do coração, em consideração com o tipo sanguíneo B de Faustão.

O órgão chegou ao hospital ainda no início da tarde e foi logo transplantado ao apresentador. A operação durou cerca de duas horas e meia e segundo a equipe do hospital foi considerada um sucesso. A partir de agora, Faustão ficará na UTI em observação para acompanhar a adaptação do órgão e um controle para que não haja rejeição do organismo, pois as próximas horas são fundamentais.

Foto destaque: Faustão no hospital antes do transplante de coração. Reprodução/X/@lazarorosa25

Lula sanciona nova política do salário mínimo nesta segunda-feira

O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) sanciona, na tarde desta segunda-feira (28), o projeto de lei que estabelece novas políticas para o reajuste do salário mínimo. O projeto precisa passar pela Câmara e pelo Senado para ser definitivamente aprovado, mas o valor de R$1.320 já está em vigor. Esse é o primeiro compromisso de Lula após retornar de sua viagem à África.

A Medida Provisória (MP) entrou em vigor em 1º de maio deste ano, mas primeiro teve que ser aprovada pelo Congresso para ter validade. No documento, foi incluído uma política de valorização do salário mínimo, com uma correção pelo Índice Nacional de Preço dos Consumidores (INPC) e também pelo PIB dos últimos dois anos. A nova regra entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024. 

O que mudou

De acordo com o Governo Federal, a nova política de reajuste do salário mínimo irá custar R$82,4 bilhões aos cofres públicos até o fim de 2026, que é o fim do mandato de Lula. 

A medida foi bem diferente do reajuste feito durante o governo de Jair Bolsonaro. Neste, o salário mínimo foi reajustado apenas considerando a variação de preços, sem o ganho real. 


Aumento do salário mínimo pode chegar a R$1,421 (Foto: Steve Buissinne/Pixabay)


A nova política também possui mudanças na isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 2,112 por mês. Anteriormente, esse valor era de R$1.903, 98 por mês. O documento passou a tramitar como um projeto de lei de conversão, pois a medida inicial mudou para ter uma correção na tela do Imposto de Renda.

Como funciona

O aumento do salário mínimo é estabelecido por lei, e o valor é avaliado todo ano. Ele considera o custo de vida de cada pessoa e o quanto é necessário para sobreviver no país. O reajuste também é válido para os beneficiários sociais, como aposentados e pensionistas. 

Depois de 1º de maio, o valor passou de R$1.302 para R$1.320, diferente do valor em 2022, que era de R$1.212, gerando um aumento de R$108. O governo estima que até ano que vem, o valor seja de R$1.421.

Foto destaque: Presidente Lula em 2016. Igo Estrella/Getty Images

Ataques ucranianos à Rússia se intensificam, mas Kiev não assume responsabilidade

A contraofensiva ucraniana anunciada por Volodymyr Zelensky em junho segue como o planejado, segundo o presidente. Alguns ataques de drones à alvos dentro do território russo tem acontecido nas últimas semanas, porém Kiev não assume a autoria desses ataques por medo de perder apoio de países ocidentais que os apoiam com armamentos, aviões e munições.

Avanço no conflito

Em entrevista a veículos de imprensa ucranianos, o presidente Zelensky afirma que é um grande risco levar o conflito para solo russo neste momento, e que países que os apoiam acabariam deixando de apoiar a Ucrânia.

O mandatário ainda confirmou que a Ucrânia luta nesse momento para recuperar as regiões que foram perdidas e anexadas pela Rússia e que, para isso, tem tido ajuda importante de aliados ocidentais, seja com armas, aviões, tanques e munições.

Vitória de todos

O avanço do exército ucraniano com a recuperação de algumas pequenas regiões que outrora estavam dominadas por tropas russas, conta com essa ajuda internacional, na qual Zelensky destaca ser uma vitória bilateral, onde todos os aliados fazem parte.

Apesar da contraofensiva ser considerada lenta por agentes internacionais, a Ucrânia tem obtido alguns êxitos importantes no campo de batalha frente a Rússia nas últimas semanas, como o vilarejo de Robotyne, que foi recuperado no último dia 23 de agosto.


Tanque de guerra CV90 cedido pela Suécia para a Ucrânia (Foto: Reprodução/X/@KyivPost) 


Ataques em solo russo

A Rússia tem sofrido já a alguns meses ataques em seu território, feito por drones, que mataram e feriram vários civis. A Ucrânia tem negado que seja ela a autora desses ataques, porém em entrevistas antigas, Zelensky chegou a afirmar que a guerra estava retornando à Rússia.

O presidente ucraniano, porém, adotou a tática de negar publicamente que seu país é o responsável pelos ataques à Moscou. Ele afirma que um ataque em solo russo seria o fim do apoio de algumas grandes potências à sua contraofensiva. Os únicos ataques de drones assumidos publicamente por Kiev foram a embarcações russas que carregavam munições e armamentos no mar negro na última semana.

Foto Destaque: Volodymyr Zelensky. Reprodução/X/ @NakedPueblo63

Modo avião do celular: saiba a importância de ativá-lo durante o voo

O modo avião é um recurso criado para permitir que celulares sejam usados nos voos. Ele foi baseado na hipótese de que sinais de telefone, Wifi e GPS são capazes de interferir nos sinais dos aviões. Embora nunca comprovado, cada operadora de avião possui suas próprias regras quando o assunto é ter sinal mesmo a metros de altura do solo. 

Saiba o que é o modo avião e como ativá-lo 

Os modelos de telefone atuais possuem conexões que se mantêm através de ondas eletromagnéticas, conhecidas como “ondas de rádio” para trocar informações. Essa tecnologia pode afetar os equipamentos de alguns aviões. 

Por isso, as empresas de viação solicitam entre o pouso e decolagem que os passageiros coloquem os celular no modo avião. A funcionalidade é capaz de desligar essas ondas, isso porque uma das faixas utilizadas na comunicação de celulares é próxima da faixa utilizada por um dos instrumentos de comunicação das aeronaves.


 

Icone da função modo avião no modelo de telefone Iphone pela Central de Controle do iOS (Reprodução: André Magalhães/ Captura de tela canaltech)


Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o modo avião desliga automaticamente e ao mesmo tempo interfaces do aparelho sem fio como, dados móveis, wi fi, NFC, GPS e bluetooth. 

Hoje em dia, alguns aparelhos permitem ativar o wi-fi e bluetooth mesmo com o modo ativado, mantendo desligada apenas as outras funcionalidades. Assim, os passageiros podem conectar as redes de wi-fi disponíveis nos voos e utilizar fones de ouvido, caso necessário.

Aeronaves sofrem interferência de sinal

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conta que todas as aeronaves que fazem transporte comercial de passageiros são certificadas quanto à interferência eletromagnética de sinal. 

O órgão ainda explica que para habilitar a certificação, as empresas são submetidas a diversos testes que determinam se eles atingiram os níveis necessários quanto a interferência de sinal nas mais diversas fases do voo.

Vale pontuar que essa interferência não diz respeito a comunicação do piloto com radares e navegação. A maior fonte dela está na transmissão internacional. Mesmo com a certificação, o risco de interferência existe e pode variar de acordo com a aeronave. Porém, no Boeings 787-9 Dreamliner, um dos modelos mais avançados da atualidade, a interferência é nula. 

 

Foto destaque: Celular no modo avião tem relação entre voo comerciais na interferência de ondas eletromagnéticas. Reprodução/Sten Ritterfeld/tecnoblog

Tumultos, furtos e transporte lotado marcaram fim do show do Alok em Copacabana

Durante apresentação do cantor Alok, neste último sábado (26), que comemorou 100 anos do Copacabana Palace com show gratuito intitulado “Show do Século” na praia de Copacabana no Rio de Janeiro. O evento contou com uma estrutura de 30 metros de altura além de muitos efeitos especiais, como fogos de artifício.

Alok, um dos maiores DJs do Brasil, afirmou antes de subir ao palco que “se pudesse escolher um lugar do mundo para poder fazer o show mais importante da sua carreira, sem dúvida seria o palco do mundo, a praia de Copacabana“, concluiu ele. 

Dentre os diferenciais da apresentação temos uma torre em formato de pirâmide com 30 metros de altura, além de laser de luz, muitos fogos de artifício e efeitos especiais de luzes. 

Detalhes sobre o show

A apresentação na Zona Sul do Rio de Janeiro reuniu milhares de telespectadores no Posto 3 da praia, mesmo com a chuva o povo persistiu no show e se divertiu com o repertório musical e estrutura tecnológica.

Com previsão de começar às 20h, o show atrasou um pouco do seu previsto. Após uma breve entrevista ao canal Multishow, o artista subiu ao palco com 10 minutos de atraso. Porém, não foi a chuva que frustrou os telespectador da apresentação gratuita, mas sim os relatos de furtos, arrastões e roubos que dividiram a alegria com a insegurança. 



Polícia Militar detém 500 suspeitos

Ao passo que o público começou a lotar a areia da praia de Copacabana, casos de furtos, roubos e arrastões começaram a aparecer. Nesse sentido, muitos deles foram registrados pelos telespectadores nas redes sociais, a partir de vídeos assustadores que mostram os supostos crimes acontecendo. 

 

Foto Destaque: Público aguardando início da apresentação de Alok na praia de Copacabanam, na zona Sul do Rio de Janeiro, no último sábado (26). Reprodução/Eduardo Anizelli/Folhapress/Folha de S. Paulo.

Acidente de avião militar dos EUA na Austrália deixa três mortos e vários feridos

Um avião militar dos Estados Unidos caiu neste domingo (27) durante um exercício na ilha do norte da Austrália, resultando em três mortes e vários feridos. A aeronave envolvida foi um Osprey, um tiltrotor Bell Boeing V-22 Osprey, que estava transportando 23 fuzileiros navais dos EUA no momento do acidente.

De acordo com as autoridades militares dos EUA, várias pessoas foram resgatadas da aeronave após a queda. No entanto, três indivíduos não resistiram aos ferimentos e perderam a vida, enquanto outros cinco foram levados em estado grave para o Hospital Royal Darwin.

Treinamento militar trágico

Cinco dos feridos foram transportados por avião por cerca de 80 quilômetros da ilha de Melville até a cidade de Darwin, onde receberam tratamento hospitalar de emergência. O comissário de polícia do Território do Norte, Michael Murphy, relatou essas operações de evacuação, que ocorreram cerca de seis horas após o acidente.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, informou que, de acordo com os relatórios iniciais, o incidente envolveu apenas pessoal das forças de defesa dos EUA. O acidente ocorreu durante o Exercício Predators Run, um treinamento militar que reuniu militares dos Estados Unidos, Austrália, Indonésia, Filipinas e Timor Leste.


Helicóptero Osprey V-22 (Foto: reprodução/ Stocktrek Images/Getty Images)


Teste para uma resposta rápida das forças armadas

A ilha de Melville, onde se deu o acidente, faz parte das Ilhas Tiwi e foi o centro das operações deste exercício que envolveu cerca de 2.500 soldados. Os Ospreys, aeronaves de decolagem vertical que combinam a agilidade dos helicópteros com a velocidade e o alcance dos aviões turboélice, são fundamentais nas capacidades de mobilidade e resposta rápida das forças armadas dos EUA.

Este trágico incidente representa um lembrete dos riscos e desafios que as operações militares podem envolver, mesmo durante exercícios de treinamento conjuntos em cooperação internacional.  O governo australiano e as autoridades locais estão empenhados em fornecer todo o apoio necessário às vítimas e suas famílias.

 

Foto destaque: avião caça. Reprodução/Getty Images/Stocktrek Images

Ameaça de conflito entre Israel e Líbano cresce nas Colinas de Golã

Na região das Colinas de Golã, uma escultura em forma de coração, feita de arbustos e adornada com flores, decora a área próxima à placa de boas-vindas da vila de Ghajar. Durante o auge do verão no Oriente Médio, um veículo militar Hummer do Exército de Israel circulava próximo a um chafariz, ao lado dos jardins. 

Ghajar é uma vila que já foi disputada por Israel, Líbano e Síria e encontra-se no centro de uma crescente disputa que pode desencadear um conflito em larga escala a qualquer momento. Especialistas afirmam que esta é a fase mais tensa nas relações entre Israel e Líbano em anos, com o risco de um novo conflito não sendo tão alto desde a última guerra entre os dois países que ocorreu em 2006.

Conflito potencial

Nicholas Blanford, consultor do Atlantic Council em Beirute, afirmou: “Estamos mais próximos de um conflito potencial do que em qualquer outro momento desde a última guerra. O Hezbollah avaliou que as coisas não estão indo bem em Israel, por várias razões, incluindo o aumento da violência na Cisjordânia e o tumulto político em torno da reforma do judiciário“.

A crise política interna que Israel enfrenta, desde que a atual coalizão de extrema direita liderada por Benjamin Netanyahu anunciou uma reforma no sistema judiciário, adicionou um elemento de instabilidade a essa tensão. O grupo militante libanês Hezbollah interpreta os problemas internos de Israel como um sinal de fraqueza do país.


Damasco, capital do Líbano, em 2018.  (Foto: Reprodução/NATALIA SANCHA/ElPaís)


O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, chegou a afirmar que esse é “o pior dia na história de Israel“, referindo-se a protestos massivos contra o governo Netanyahu. Nasrallah sugeriu que isso coloca o país no caminho para o desaparecimento.

Ghajar, que abriga cerca de 2.500 alauitas, minoria muçulmana xiita, que é a mesma seita governante na Síria de Bashar al-Assad, vive uma encruzilhada geopolítica desde que Israel ocupou as Colinas de Golã em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. A cidade pertencia à Síria até então. Em 1981, Israel anexou formalmente a região e concedeu cidadania a seus habitantes. A criação do Hezbollah em 1982 foi uma resposta a essa ocupação.

Ghajar e seus habitantes amedrontados

Embora a ONU tenha demarcado que a parte norte de Ghajar pertence ao Líbano, os habitantes afirmam ser sírios. Eles evitam falar com a imprensa por medo de retaliação e de aumentar a tensão.

Em 2022, Israel construiu uma cerca ao redor de Ghajar, isolando a cidade do território libanês. Antes disso, era necessário apresentar documentos para entrar na área, que era militarizada. Após a remoção dessa exigência, a cidade foi reaberta ao turismo, atraindo visitantes curiosos para ver os monumentos alauitas e tirar fotos com o Líbano ao fundo, por trás da cerca de proteção.

No entanto, a escalada das tensões aumentou desde março, quando um indivíduo armado se infiltrou na fronteira do Líbano e detonou uma bomba em uma estrada israelense. Tzachi Hanegbi, conselheiro de segurança nacional de Israel, afirmou que o ataque foi orquestrado pelo Hezbollah.

A falta de interesse do governo israelense em questões militares e de segurança, devido ao foco na reforma do judiciário, também é vista como um fator que contribui para a percepção de que Israel está mais frágil.

Em junho, o Hezbollah instalou barracas nas proximidades de Ghajar, aumentando ainda mais as tensões. Israel acusou o grupo palestino Hamas, baseado no Líbano, pelos ataques com foguetes que ocorreram no início de abril. As tensões aumentaram ainda mais com a construção do muro em Ghajar e a troca de acusações sobre a localização das barracas entre Israel e o Hezbollah.

Apesar das tensões crescentes, a avaliação geral é que nenhum dos lados tem interesse em um conflito em larga escala, devido ao enorme custo que isso acarretaria. No entanto, especialistas alertam que pequenos eventos ou incidentes podem levar a uma escalada, representando um risco constante na região.

 

Foto destaque: placa de direcionamento nas Colinas de Golã. Reprodução/Ronen Zvulun/Reuters/G1