Duas testemunhas que não quiseram se identificar contestaram a versão do caso Kayky Brito contada pelo ator e apresentador Bruno de Luca à polícia. Durante entrevista ao programa “Balanço Geral”, do Rio de Janeiro, exibido neste sábado (09) pela Rede TV, elas contam que o ator teria visto sim que o amigo foi atropelado.

O que disseram as testemunhas

Uma das testemunhas conta que logo após a parte do vídeo retirada da câmera de segurança de um estabelecimento próximo em que Bruno leva as mãos à cabeça em sinal de surpresa, o ator teria atravessado a rua e sumido. A testemunha finaliza dizendo que “ele como amigo foi embora e nunca mais voltou”. 

^{Câmera de segurança de estabelecimento capta o momento do acidente de Kayky Brito (Foto: Reprodução/G1)}

Além disso, as duas pessoas também contam que Bruno, momentos antes do atropelamento, estava “zoando” com as características físicas de uma amiga que estava com as testemunhas. A mesma, antes de Kayky atravessar a rua, o alertou que carros costumavam passar em alta velocidade ali.

Uma testemunhas completa que a fala da amiga foi algo do tipo: “Em vez de ficar me zuando, presta atenção no seu amigo que está atravessando a pista toda hora”. A amiga tinha dito às testemunhas que ambos estavam “muito loucos” e que Kayky estava atravessando a rua “pra lá e pra cá”.

Caso Kayky Brito 

Há uma semana, no último sábado (02), o ator Kayky Brito, protagonista de novelas como “Chocolate com Pimenta”, passava a noite na altura do posto 6, no bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. No final da noite, o ator, ao atravessar uma avenida para chegar até seu carro, foi atropelado na travessa da Avenida Lúcio Costa. 

Kayky foi atingido por Diones Coelho, motorista de aplicativo que levava uma passageira e sua filha no momento do acidente. Após o ocorrido, Diones prestou socorro ao ator, que foi levado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI) no Hospital Miguel Couto. 

A polícia militar constatou após o exame de alcoolemia que o dono do veículo não se encontrava alcoolizado no momento do acidente. Apesar disso, Diones poderá responder por lesão corporal de trânsito.

Foto destaque: Vídeo mostra Bruno de Luca assustado após acidente de Kayky Brito. Reprodução/G1/Instagram/@kayky.brito

A inscrição para empresas credoras que queriam renegociar as dívidas de seus clientes através do Desenrola Brasil estava prevista para fechar ontem, no entanto, ganhou uma nova data: próxima terça-feira (12). A nova data faz parte de um incentivo por parte do governo federal para a quitação dos débitos.

Um dos critérios de participaçâo, é a de empresas que estão com dívidas a receber de bancos, companhia de água, esgotos, distribuidoras de eletricidade, varejistas, entre outras. Para fazer o cadastro no programa, é preciso ter o Portal Credor aberto; plataforma do governo onde as negociações de dívidas de pessoas físicas serão feitas.

_{Contagem de dívida (Foto: Reprodução/Dinastia Contabilidade Goiânia}

Portal Desenrola

O portal do Desenrola, que é um programa desenvolvido pelo Governo Federal, com o apoio de instituições financeiras para ajudar os brasileiros a sair das dívidas, está previsto para retomar as atividades ainda no final desse mês, no entanto, o cadastro online na página oficial do governo já pode ser adiantado, o que vai ser um facilitador porque ele vai ser utilizado para o acesso à página de negociações. O critério para o cadastro no portal do Desenrola leva em consideração pessoas que têm a renda mensal de até dois salários-mínimos (R$ 2.640), ou quem tem inscrição por meio do Cadastro Único (CadÚnico) em programas federais.

Renegociação

As dívidas que podem ser renegociadas são as que foram abertas na data limite de 31 de dezembro de 2022, com valores de até R$ 5 mill. Dentre elas estão dívidas bancárias como empréstimos e cartões; e as  não bancárias: conta de luz, água, educação, compras em lojas e etc. De acordo com o Ministério da Fazenda, empresas que realizam negativações e que estão com dívidas podem fazer a inscrição no programa.

Para organizar o renegociamento de dívidas, será realizado um leilão em lote de descontos a fim de aumentar a competitividade entre dívidas que se igualam, assim como selecionar o acesso dos credores às garantias. De acordo com o Ministério, 300 credores fazem parte da maior fatia dos débitos, como bancos, empresas de saneamento e grandes varejistas.

Foto destaque: Renegociação de dívidas. Reprodução/Migalhas

Em seu segundo discurso do dia na cúpula de líderes do G20, realizada em Nova Délhi, na Índia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a necessidade de combater a desigualdade e criticou a falta de união dos países. Durante sua fala, Lula demonstrou preocupação, afirmou que o mundo “normalizou o inaceitável” e desaprendeu a se indignar.

“Apesar de todos os esforços, nossa família está cada vez mais desunida. O que nos divide tem nome: é a desigualdade, e ela não para de crescer”, disse Lula. 

Ainda durante a sessão 2, com o tema “Uma família”, o presidente apontou a discriminização contra mulheres, minorias raciais, LGBTQI+ e pessoas com deficiência, enfatizando a necessidade de atitudes frente ao problema. “A desigualdade não é um dado da natureza. Ela é socialmente construída. Combatê-la é uma escolha que temos de fazer todos os dias”, acrescentou o presidente. 

_{Presidente Lula discursando durante cúpula do G20 realizada em Nova Délhi (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR/Flickr)}

Primeiro Discurso 

Durante o primeiro discurso, com o tema “Um planeta”, Lula usou seus três minutos de fala para cobrar dos países a contribuição no combate às mudanças climáticas. Destacando a promessa que não foi cumprida pelos países ricos, de fornecer cerca de 100 bilhões de dólares por ano para o financiamento climático.

Além de destacar os gastos para o desenvolvimento de ações sustentáveis, o presidente do Brasil mencionou a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul na última semana, para alertar sobre os efeitos causados pelo aquecimento global. 

“Agora mesmo no Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais”, declarou ele. 

Programação Oficial

O evento  prevê pelo menos três sessões principais, com os temas “Um planeta“, “Uma família” , realizadas neste sábado (9), e  “Um futuro”, que está previsto para o domingo (10). 

A programação oficial trará, após a terceira reunião, a cerimônia de transferência da presidência do G20, atualmente com a Índia, para a futura presidência brasileira, que inicia efetivamente a partir de 1º de dezembro de 2023. 

Lula discursa novamente trazendo os desafios e prioridades que irão reger a presidência rotativa do Brasil no G20, até o fim de 2024, quando uma nova cúpula será realizada.  

Foto destaque: Presidente Lula discursando durante a segunda sessão do dia. Reprodução/Ricardo Stucker/ PR/Flicker 

Na manhã deste sábado (9), os bombeiros foram acionados para controlar um incidente envolvendo a liberação de amônia na empresa Geloso, localizada no bairro Caiçara, na Região Nordeste de Belo Horizonte, especializada na fabricação de gelo.

O vazamento do composto tóxico ocorreu em um compressor conectado à tubulação de amônia na seção de refrigeração da empresa e já foi contido. O sistema de ventilação foi ativado, e os membros do Corpo de Bombeiros estão supervisionando o controle dos gases, aguardando a normalização das condições ambientais.

Edifícios e estabelecimentos próximos foram evacuados devido aos níveis elevados do produto tóxico, que excediam os limites permitidos.

Sem intoxicação

_{A jovem de 18 anos sendo socorrida pelo corpo de bombeiros após passar mal. (Foto: reprodução/Tv Globo)}

Nenhum dos funcionários sofreu intoxicação. No entanto, uma jovem de 18 anos que estava jogando vôlei próximo à entrada da empresa com uma amiga começou a se sentir mal e recebeu os primeiros cuidados por parte dos bombeiros.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e a jovem foi encaminhada para uma unidade de saúde, onde está sendo monitorada. A Avenida Presidente Carlos Luz, nas proximidades da fábrica da Geloso, teve a pista no sentido Pampulha interditada, enquanto o sentido Centro já foi reaberto.

Amônia

Em 2022 a bioquímica e doutora em farmacologia, Priscilla Santana, e também professora na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) em Divinópolis, concedeu entrevista ao G1, explicando os problemas da intoxicação com a Amônia.

“Os sintomas dependem da duração do contato e da concentração do gás, podendo causar lacrimejamento, queimação na garganta, olhos e nariz acompanhados de tosse intensa”, explicou.

Substâncias que contenham amônia como componente são altamente agressivas para os tecidos. Quando entram em contato com a pele, têm a capacidade de causar problemas dermatológicos sérios, podendo até resultar em queimaduras graves, conforme explicado pela especialista. Em espaços fechados, a presença do gás de amônia pode causar irritação nos olhos e, quando inalado, provoca irritação nas vias respiratórias.

Foto Destaque: Bombeiros usando roupas especiais para evitar contaminação. Reprodução/Tv Globo

Regis Danese regressou à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) durante seu processo de recuperação, após um sério acidente de carro ocorrido em Goiás no último dia 30. Na última sexta-feira (8), o cantor gospel deixou a enfermaria do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e foi transferido para o Uberlândia Medical Central (UMC) em Minas Gerais.

Em uma entrevista ao gshow, Daniel Danese, irmão do cantor, informou que Regis agora está na UTI do novo hospital. Daniel relatou: “Ele foi transferido para Uberlândia, está se recuperando bem, mas ainda está na UTI” O familiar estava presente no momento do acidente junto com Regis, porém, não sofreu nenhum tipo de lesão. Regis, por outro lado, enfrentou várias fraturas e uma perfuração no intestino, que foi reparada por meio de uma cirurgia.

_{Regis Danese com a família em hospital (Foto: Reprodução/Instagram/@rdaneseoficial)}

Na mesma entrevista a equipe médica informou em nota que Regis saiu clinicamente bem de lá na sexta-feira. “Na ocasião da transferência o paciente possuía bom estado geral de saúde, estava consciente e respirava espontaneamente. Ressaltamos que tanto a família, quanto o paciente foram devidamente orientados pela equipe médica”.

A mudança

Em rede social, o filho do cantor, Brunno, explicou o motivo da transferência: “Meu pai foi transferido de Goiânia para Uberlândia. Nenhuma complicação maior, mas o motivo é para ficar mais perto de casa, família e amigos. Fica mais fácil para todos nós. Obrigado a todos do Goiás que cuidaram do meu pai com muito amor. O tratamento continua por aqui e, se Deus quiser, em breve ele terá alta para poder voltar para casa. Continuem em oração. Obrigado a todos pelo carinho”.

O ocorrido

O cantor gospel esteve envolvido em um acidente de carro na noite de quarta-feira (30), enquanto se dirigia com seu irmão, Daniel, para um show na cidade de Ceres, Goiás. Regis compartilhou um vídeo nas redes sociais durante seu atendimento médico.

Além de várias fraturas, o artista sofreu uma lesão no intestino delgado, o que exigiu uma cirurgia. Ele foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital em Goiânia. Seu irmão, Daniel, felizmente saiu ileso do acidente.

Foto Destaque: Regis Danese hospitalizado após acidante. Reprodução/Fantástico/Globo

Como um reflexo do aquecimento global, a temperatura ao redor do mundo está prevista para aumentar pelo menos até 2,6ºC, é o que aponta o relatório feito pela ONU (Organização das Nações Unidas). O aumento de temperatura pode acontecer até o ano de 2100.

_{Bandeira da ONU (Foto: Reprodução/Dicionário de Símbolos)}

O levantamento feito levou em consideração o acordo estabelecido em 2015, que tinha a promessa de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança de clima e reforçar o esforço dos países em lidar com as mudanças climáticas. O alerta foi criado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC) seguindo as diretrizes do acompanhamento feito por cientistas especialistas em mudança climática.

Como um resultado da falta de esforços para conter a mudança climática, é possível analisar que a comunidade global ainda não está no caminho certo para cumprir com o compromisso estabelecido em 2015, que é a de reduzir as emissões de gás estufa e aumentar a produção de desenvolvimento sustentável no mundo.

O relatório

O novo documento, que leva em consideração os esforços feitos pelos países nos últimos anos, foi compartilhado momentos antes da reunião que aconteceu hoje na Índia, com a participação dos líderes das maiores 20 economias globais, o G20. De acordo com o relatório:

As ações não bastem para manter os níveis de temperatura abaixo dos níveis de 1,5ºC a 2,0ºC;

Em caso de um resultado positivo, o painel também prevê a diminuição de temperatura para 2,1ºC, caso todas as medidas que foram estabelecidas na COP 27, forem de fato, executadas. 

COP 27

A COP 27, evento que aconteceu em 2022, analisou os impactos ambientais e concluiu que desde 1850, o planeta aumentou a temperatura em 1,07ºC. O avanço de temperatura é um reflexo de alterações no regime de chuva, enchentes, furacões e outros impactos ambientais, por isso é tão importante reduzir os danos em conjunto com outros países para somar forças.

Foto destaque: Encontro do G20 na India. Reprodução/G1

Na noite da sexta-feira (8), por volta das 23h, horário local, um terremoto de magnitude 6,8 atingiu o Marrocos e causou pânico na cidade turística de Marrakech, localizada a cerca de 71 km do epicentro. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo durou cerca de 15 segundos e se tornou o terremoto mais forte a atingir a região nos últimos 100 anos, podendo ser sentido em países próximos, como, Portugal, Espanha e Argélia.

Segundo o balanço divulgado pelo Ministério do Interior Marroquino, até então, são 1.037 mortos, além de 1.200 feridos, número que pode aumentar ao longo das operações de resgate que seguem sendo feitas.

_{Morador em meio aos escombros causados pelo terremoto no Marrocos (Foto: Reprodução/Fadel Senna/AFP)}

Regiões mais atingidas

Estima-se que mais de 300 mil pessoas foram afetadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria delas localizadas na região das montanhas do Atlas, epicentro do sismo, ao sul de Marrakech. 

Outros locais fortemente afetados foram o entorno de Toubkal, o pico mais alto do norte da África; Oukaimeden, estação de esqui marroquina; e as províncias de Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant.

Pânico na população

Durante este sábado (9), vídeos do desastre foram espalhados nas redes sociais. Registros capturados mostram moradores deixando suas casas aterrorizados em meio aos destroços do tremor. 

O terremoto danificou ainda parte de um dos destinos mais procurados pelos marroquinos e turistas estrangeiros. Apesar de não ser possível medir a extensão dos danos, em imagens compartilhadas na internet é possível notar algumas rachaduras e escombros caídos em uma pequena seção das muralhas históricas de Marrakech.

Terremotos no Marrocos 

O país já testemunhou outros fortes terremotos. Em 2004, um abalo atingiu a cidade de Al Hoceima, nordeste de Marrocos, e matou 628 pessoas. Número que já foi ultrapassado pela ocorrência desta sexta-feira.

A quantidade considerável de incidência de tremores se deve a posição do país. Que se encontra situado na divisa das placas tectônicas da África e da Eurásia, e repleto de várias falhas geológicas no território.

Foto destaque: Destruição provocada pelo forte tremor no Marrocos. Reprodução/Abdelhak Balhaki/ REUTERS 

O atropelamento do ator Kayky Brito no sábado (02), por um carro de aplicativo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro pode levar o ator Bruno de Luca aos tribunais por omissão de socorro, já que os dois estavam juntos no dia do acidente. Testemunhas afirmam que Bruno presenciou o ocorrido mas deixou o local sem prestar socorro.

_{Kayky Brito. (Foto: reprodução/ Instagram/ @kayky.brito)}

Testemunhas

Imagens do incidente mostram o ator transtornado, com as mãos na cabeça, mas sem prestar socorro ao amigo que estava em sua companhia. Em depoimento, Bruno alegou não lembrar como foi embora do local do acidente, nem acompanhou Kayky na ambulância, tendo inclusive viajado no dia seguinte para São Paulo para assistir a um show.

Duas testemunhas declararam que Bruno de Luca sumiu do local após o ocorrido. “Eu e minha amiga, sentadas, escutamos só a batida, a parte do acidente. Atravessamos pra ver o que era. Quando a gente chegou lá, da parte que ele colocou a mão na cabeça, que ele ficou nervoso, eu não sei o que deu nele. Ele atravessou e saiu correndo. E sumiu“, disse uma das mulheres.

Uma das pessoas que socorreu Kayky Brito também falou sobre Bruno: “Ele foi embora e o Kayky ficou ali. A gente que socorreu ele, praticamente. Ele, como amigo, foi embora e não voltou nunca mais“.

Testemunhas também afirmam que os dois amigos estavam muito agitados, e que Kayky não parava de atravessar a rua a todo instante.

O que é omissão de socorro

A omissão de socorro é um crime que ocorre quando alguém se recusa a prestar assistência a uma pessoa em situação de perigo, quando poderia fazê-lo sem risco pessoal. Isso pode incluir acidentes de trânsito, situações de saúde crítica ou qualquer outro cenário em que a intervenção seja necessária para salvar vidas ou evitar danos graves.

As causas da omissão de socorro variam, mas frequentemente se relacionam com o medo de se envolver, a falta de conhecimento sobre como ajudar ou o desejo de evitar consequências legais. Essa conduta é penalizada em muitos países devido ao princípio ético e legal de solidariedade social.

As consequências da omissão de socorro podem ser severas. Além das implicações morais, a pessoa que se omite pode enfrentar processos criminais e ser responsabilizada legalmente. As punições incluem multas e prisão, dependendo da gravidade da situação e da legislação local.

Em resumo, a omissão de socorro é um ato de negligência que pode resultar em graves consequências legais para quem se recusa a prestar assistência em situações de emergência.

Foto Destaque: Bruno de Luca. Reprodução/ Instagram/@brunodeluca

Ciclone extratropical atingiu partes do Rio Grande do Sul, com ventos fortes e chuvas intensas, causando enchentes e desabrigados em 85 municípios. Número de mortos até o momento é de 41, e 46 pessoas continuam desaparecidas.

Muitas vítimas faleceram em decorrência das cheias dos rios; casas e pessoas foram arrastadas pela correnteza, e seus familiares estão se deslocando para Porto Alegre para realizar o reconhecimento dos corpos.

Limpeza das casas

A lama invadiu as casas e as pessoas precisaram utilizar jatos de água para abrir caminho em meio ao lamaçal para retornarem às suas casas. Para essa tarefam o que as famílias mais precisam é de material de limpeza.

As casas invadidas pela cheia dos rios precisam agora que seus moradores reponham todos os móveis e utensílios que ali existiam antes, pois tudo foi perdido. Toda uma vida de sacrifício para conquistar seus bens foi por água abaixo em instantes, e agora as casas estão cheias de entulhos e cobertas de lodo e lama.

Cheia dos rios causou mortes

O Rio Taquari atingiu a marca de 17 metros acima de seu nível normal, o que acarretou em mortes por afogamento da maioria das vítimas, que foram arrastadas pela correnteza. Houve também mortes por descargas elétricas, e uma vítima morreu após o cabo do helicóptero se romper durante seu içamento.

O empresário Leonardo Bertoldi perdeu o pai.“Não é fácil, não é fácil. Minha filha só chora, porque ela tinha combinado com o meu pai – sexta-feira ia chegar uma cavalgada lá no município – para ele ir lá ver ela”, conta ele.

No município de Muçum, 15 mortes já foram registradas e um velório coletivo deve ser realizado na cidade vizinha de Vespasiano Corrêa, pois o cemitério local foi destruído.

_{Enchente em Muçum, no Rio Grande do Sul, causada por ciclone extratropical (Foto: reprodução/Mateus Bruxel/Agência RBS)}

De acordo com a Defesa Civil, mais de 147 mil moradores foram afetados no estado. O Rio Taquari destruiu muitos estabelecimentos comerciais, deixando inclusive os dois únicos postos de combustível inoperantes por terem ficado submersos.

 Foto Destaque: Cheia causada por ciclone extratropical. Reprodução/Marinha do Brasil

A coordenadora médica do acolhimento das pessoas afetadas pelo ciclone no Rio Grande do Sul, Giovanna Athayde, apontou que mais vítimas estão buscando um atendimento psicológico. Dados da Defesa Civil mostram que, em três cidades afetadas pelo desastre natural, há cerca de 46 pessoas desaparecidas.

Relatos das vítimas

Uma das moradoras da região, Marisa Sturmer, contou a situação que passou após ser mais uma vítima da enchente. Marisa diz que procurou um posto de atendimento e chegou lá aos prantos, dizendo que não conseguia tirar tudo o que passou da sua cabeça. 

“Eu vendo a água vindo, vendo as casas afundando… Foi um filme de terror que nós passamos. E chamei para as pessoas saírem de casa, corri na rua com o apito na mão para pessoa acordarem, para ver que a água estava vindo”, emociona-se.

_{Marisa Sturmer, moradora do RS e vítima das enchentes. (Foto: reprodução/TV Globo/Jornal Nacional)}

Reforços do Exército

Após o desastre natural causado por um ciclone no RS, o Exército está ajudando na organização da estrutura de acolhimentos para os afetados pelas enchentes. Os hospitais foram destruídos e, com isso, a Defesa Civil pediu a montagem de cinco barracas para servirem como pontos de atendimento.

Além dos reforços das tropas, profissionais de saúde e assistentes sociais foram acionados. A partir dos atendimentos, a coordenadora médica Giovanna Athayde contou que as necessidades passaram das condições físicas, destacando que alguns pacientes sofrem psicologicamente também.

“Inicialmente, chegaram algumas pessoas com alguns ferimentos leves. Precisavam de fazer curativos, crises hipertensivas. Agora tem chegado mais crise de ansiedade. A gente está observando que esse impacto psicológico tem aumentado com o passar dos dias”, conta Giovanna.

A partir de cálculos da Defesa Civil, afirma-se que 147 mil moradores no estado foram afetados pelas tempestades. Dados mostram que, em três cidades atingidas, há cerca de 46 pessoas desaparecidas.

Foto destaque: Vítimas das enchentes buscam atendimento médico e psicológico. Reprodução/TV Globo