Cidadãos realizam treinamento emergencial de barragens em Brumadinho

Durante a presente quarta-feira (04), a Defesa Civil de Brumadinho e a Vale efetuaram um simulado de emergência de barragens no município, situada na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O principal intuito da ação é mostrar aos funcionários da empresa e a população como um todo como conduzir as coisas em meio a situações de emergência.

O treinamento relacionado aos procedimentos de segurança focou nos cidadãos que transitam ou moram perto das barragens B6, B7, Menezes I e Menezes II, localizadas na mina do Córrego do Feijão.

É bom ressaltar que essa mina é a mesma onde se encontrava a estrutura que rompeu no ano de 2019 e que acabou resultando na morte de cerca de 270 pessoas.

Funcionamento do simulado prático

Ao toque das sirenes, todos os participantes precisam seguir as placas de rotas de fuga que surgirem no meio do caminho durante a prática do simulado, além de ir até o ponto de encontro que estiver mais próximo.

Considerando que não há tempo suficiente para a chegada das autoridades no local, em casos de rompimento, o ideal seria que os cidadãos que habitam as Zonas de Autossalvamento (ZAS) das barragens consigam saber exatamente o que fazer em caso de inundação, por esse motivo esse tipo de simulado prático é tão importante para a sobrevivência.


Barragem rompida em Brumadinho no ano de 2019 (Foto: reprodução/Corpo de Bombeiros/Divulgação/G1)


Importância do treinamento

De acordo com as informações passadas pela Vale, o treinamento é essencial para que os órgãos públicos consigam avaliar se o sistema de alerta e a sinalização do mesmo estão funcionando devidamente.

A mineradora ainda buscou relatar que a medida é preventiva e que não teve nenhum tipo de alteração na condição de segurança referente às barragens existentes em Brumadinho. As estruturas em questão não se encontram em situação emergencial. Em casos de iminência de rompimento, há três barragens em nível 3 no estado de Minas Gerais e duas delas pertencem a Vale.

Foto destaque: rota de fuga. Reprodução/Vale/Divulgação/G1

Seca no norte do país não afeta conta de luz: bandeira verde permanece

De acordo com a entrevista realizada para o G1, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirma que mesmo com as condições de seca que atingem o Norte do país, a conta de luz do brasileiro continuará com bandeira verde até o fim do ano de 2023, ou seja, não será gerado cobranças adicionais, mesmo que as principais hidrelétricas do país estejam localizadas na região Norte.

“Em outubro, já anunciamos que a bandeira será verde. Em novembro [também], se o período úmido continuar, e já começamos a perceber a sinalização das chuvas. Então, provavelmente permanecerá verde também em novembro e dezembro, mantendo as expectativas que a Aneel sinalizou”, informou Sandoval, Diretor-geral da Aneel.

“Se chover bem, provavelmente não teremos o acionamento de bandeiras. Mas, de novo, teremos de acompanhar o fim do período úmido [e] como vai acontecer o crescimento da carga. E apenas ali no final do período úmido, em meados de maio –quando inicia o período seco–, é que poderemos ter uma radiografia de como a bandeira vai se comportar até o final do ano de 2024”, acrescentou.


Conta de luz em bandeira verde em 2023 (Foto: reprodução/site/economia.ig)

Termelétricas

Nesta terça-feira (3), foi realizada uma reunião para tratar sobre a questão da seca na região norte, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, garantiu a condição de que possam acionar as usinas termoelétricas a óleo combustível para que possa prover a demanda que existe naquele local.

Na segunda-feira (2), houve uma desativação da usina hidrelétrica de Santo Antônio, localizada em Porto Velho (RO), isso por questões da seca ter prejudicado os reservatórios.

Manutenção 

O fato de uma possível manutenção da bandeira ainda esse ano, vai depender de como irá proceder a questão da quadra chuvosa, que vai de novembro a abril e de como irá se comportar a economia do país. 

Por enquanto, nada apresenta motivos de que a bandeira seja vermelha ou amarela.

 

Foto destaque: Redes de energia elétrica. Reprodução/site/opopular

Desligamento de linha de transmissão de energia elétrica no Brasil ocorre devido à seca histórica

No decorrer desta quarta-feira (04), uma das maiores linhas de transmissão de energia elétrica localizada dentro do território brasileiro, com ligação entre Norte e Sudeste, na região de Rondônia, acabou tendo que ser desligada por conta da seca histórica que afeta diretamente o rio Madeira. A informação em questão teve confirmação por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Ligando as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio à subestação de Araraquara (SP), a linha de transmissão é chamada de Linhão do Madeira.

Seca histórica e desligamento da linha

O desligamento da linha possui o central objetivo de favorecer o abastecimento nos estados de Rondônia e do Acre, conforme o que foi explicado pelo ONS. Levando em conta que a hidrelétrica de Santo Antônio teve que ser desligada no período dessa semana devido à seca do rio Madeira.

A vazão de água, que passa pela calha buscando gerar energia, tem estado baixa em decorrência da seca histórica estabelecida no rio Madeira, podendo prejudicar o funcionamento das turbinas, de acordo com a Santo Antônio.  A hidrelétrica age em sistema de fio d’água, mantendo um pequeno reservatório, além de necessitar da vazão do rio para conseguir operar.

A hidrelétrica de Jirau, também posicionada no rio Madeira, continuou em funcionamento, apesar do desligamento da hidrelétrica de Santo Antônio. A Rede Amazônica foi informada por meio da Jirau Energia, também nesta semana, que as suas atividades permanecem normais.


Linha de transmissão sofre desligamento. (Foto: reprodução/Tractebel/Band)


“As turbinas da Usina Hidrelétrica Jirau foram projetadas para operar com uma queda líquida entre 10 e 20 m, e não visualizamos necessidade de paralisar a operação, considerando que a queda atual é 12,20 m”, declarou nota.

Retomada da operação do sistema está sob avaliação

De acordo com o ONS, o desligamento da linha de transmissão que tem o objetivo de levar energia de Santo Antônio e Jirau para o país como um todo teve que ser feito para priorizar o abastecimento no Acre e em Rondônia, considerando que só uma das hidrelétricas em questão continua em funcionamento. A retomada da operação do sistema está sendo avaliada constantemente, como apontada pelo próprio ONS.

“Diante da impossibilidade de manter as unidades geradoras do setor de 230kV da UHE Santo Antônio em operação, bem como a maioria das unidades geradoras do setor de 500kV, os sistemas do Complexo do Madeira foram desligados”, afirmou o ONS.

“A bacia do rio Madeira encontra-se em uma condição hidrometeorológica bastante desfavorável. A UHE Santo Antônio foi paralisada devido ao fato de os níveis da usina estarem abaixo do nível mínimo necessário”, o ONS revelou.

Tendo em mente tudo o que foi falado, ainda não há previsão de retomada referente às operações da hidrelétrica de Santo Antônio.

Foto: linha de transmissão desligada, localizada em Rondônia. Reprodução/Gustavo Luz/Rede Amazônica/G1

Ajuda militar: EUA direciona armas e munições do Irã para a Ucrânia

Serão doadas milhares de armas e munições que eram do Irã e foram apreendidas pelos Estados Unidos para fortalecer o exército Ucraniano, que ainda enfrenta a guerra contra a Rússia. De acordo com autoridades americanas, a medida foi feita para que a Ucrânia não passasse por uma ausência de armamentos, enquanto o país aguarda o retorno financeiro dos Estados Unidos e aliados.

Nesta quarta-feira (04), o Comando Central dos EUA informou que a operação de entrega para Ucrânia foi feita com sucesso, onde foram entregues mais de 1 milhão de cartuchos iranianos. A entrega desses armamentos foi realizado nesta segunda-feira (2), de acordo com as informações do Centcom.


Armas iranianas apreendidas pelos EUA (Foto: reprodução/CNN Brasil)


Segundo o site da CNN “O governo obteve a propriedade destas munições em 20 de julho de 2023, através das ações de confisco civil do Departamento de Justiça contra o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã.”

Posse das armas

A posse das armas foram realizadas pelo governo americano no último dia 20 de julho, através de reivindicações de confisco civil do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A apreenção em primeira mão foi realizada pelas forças navais do Comando Central dos EUA, pela embarcação MARWAN , sem bandeira, em 9 de dezembro de 2022.

As armas e munições apreendidas estavam armazenadas nas instalações do Centcom no Oriente Médio.

Pentágono continua com ajuda

O Pentágono informou que o Governo americano pretende estender a ajuda as forças militares da Ucrânia por mais tempo, uma vez que já autorizada o projeto de lei que autoriza um financiamento para ajuda aos ucraniano. Porém, a extenção da ajuda necessita de aprovação do Congresso americano.

A oposição a ajuda aos Ucranianos gera um impasse que levaram os legisladores a excluirem novos fundos a ajuda ucraniana, assim tornando incerta a ajuda a longo prazo.

Foto destaque: Biden e Zelensky em encontro. Reprodução/BBC

Polícia Federal apura desvio de remédios destinados a crianças Yanomami em Roraima

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta quarta-feira (04), a segunda fase da Operação Yosi, com o objetivo de investigar empresários suspeitos de desvio de medicamentos destinados à comunidade indígena Yanomami em Roraima.

Segundo as investigações, aproximadamente 10 mil crianças indígenas podem ter ficado desprovidas de assistência devido a esse desvio.

O principal alvo dessa operação é um empresário que já havia sido detido anteriormente em outra operação da Polícia Federal relacionada ao superfaturamento de oxigênio destinado aos Yanomami.


Família Yanomami nas proximidades do Hospital de Campanha Yanomami (Foto: reprodução/Agência Brasil/Rovena Rosa)


De acordo com as informações da PF, esse empresário teria desviado mais de R$ 4 milhões, recursos que deveriam ser destinados aos cuidados de saúde da comunidade indígena.

Mandados de busca e apreensão

Foram executados quatro mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Boa Vista, em Roraima, emitidos pela 4ª Vara da Justiça Federal no estado.

As investigações indicam que, além do empresário mencionado, outras pessoas estariam envolvidas nos crimes em investigação, incluindo empresários e servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), órgão responsável pela saúde indígena Yanomami e vinculado ao Ministério da Saúde.

Os suspeitos teriam realizado transações financeiras em empresas suspeitas, aparentemente com o propósito de ocultar a ilegalidade do dinheiro desviado.

Operação Yoasi

A primeira fase da Operação Yoasi, realizada em novembro de 2022, concentrou-se na investigação desse suposto esquema, que teria deixado crianças Yanomami sem acesso adequado a medicamentos, resultando na efetiva entrega de apenas 30% dos medicamentos adquiridos pelo Dsei-Y.

Os principais crimes investigados abrangem fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de dados em sistema de informação. As penas previstas para esses tipos de crimes podem chegar a 35 anos de prisão.

Na primeira fase da operação, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão na capital Boa Vista. Entre os alvos estavam os ex-coordenadores do Dsei Yanomami, Rômulo Pinheiro e Ramsés Almeida da Silva, a farmacêutica Cláudia Winch Ceolin, o assessor de Ramsés, Cândido José de Lira Barbosa, e o empresário Roger Henrique Pimentel, proprietário da empresa Balme Empreendimentos LTDA, todos eles sob investigação por suposta participação no esquema.

 

Foto destaque: Viatura da Polícia Federal. Reprodução/Polícia Federal

Alerta para fortes tempestades em Santa Catarina nessa semana

Os moradores de Santa Catarina estão sob estado de alerta após o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relatar que estão previstas chuvas intensas e ventos que podem chegar a até 100km/h, nestaa quarta-feira (4). Segundo as autoridades, o grau de intensidade do evento aparece no estágio de “perigo”.

Uma motociclista se feriu após se acidentar em uma batida contra galhos de uma rua, na cidade de Chapecó. No dia anterior, terça-feira (3), e no início desta quarta, foram registrados estragos nas cidades no norte do estado, como Vale do Itajaí, Oeste, Serra e Grande Florianópolis.

Devido à intensidade das fortes rajadas de ventos, existe o risco de acontecer maiores perdas nas cidades, como queda de árvores, problemas na rede elétrica e até mesmo destelhamentos de casas.


Alagamentos em Erval Velho, SC, nesta quarta-feira (Foto: reprodução/Corpo de Bombeiros/Divulgação/g1

Perigo aos moradores

Na cidade mais populosa de Santa Catarina, Joinville, uma casa teve parte da sua estrutura desabada, comprometendo toda a edificação. A moradora Maria Helena dos Santos não se feriu, mas teve sua moradia interditada pela Defesa Civil. Maria ficará abrigada na casa de sua vizinha até que consiga consertar os estragos, causados pelas fortes chuvas e rajadas de ventos.

O sul do país já vem sofrendo há algumas semanas com os avanços da frente fria, que está causando grandes temporais e até mesmo ciclones extratropicais. Várias cidades já foram afetadas pelas condições climáticas da região.

Expectativa para os próximos dias

São esperados volumes médios de chuva de 60 a 90 milímetros em Santa Catarina, podendo superar os 100 milímetros. Em determinadas regiões do estado têm riscos de deslizamentos, enxurradas e alagamentos.

O alerta vai se estender para todo o estado da Santa Catarina, mas principalmente para as cidades da região da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Serra e Oeste, a partir desta quarta-feira (4). O tempo chuvoso pode se estender até o domingo (8).

Foto destaque: Casa que desabou em Joinville, Santa Catarina. Reprodução/Beto Lima/CBN

Seca no Amazonas impacta educação, navegação e energia

A seca histórica que atinge o Amazonas levou à antecipação do fim do ano letivo nas escolas ribeirinhas do Rio Negro, em Manaus. A medida anunciada pela prefeitura se dá por dificuldades de locomoção de professores e alunos. Estiagem afeta 60 dos 62 municípios do Amazonas. Nesta quarta-feira (04), o vice-presidente Geraldo Alckmin e comitiva de ministros visitaram Manaus.

Seca severa no Rio Negro antecipa fim do ano letivo em Manaus

A Prefeitura de Manaus decidiu antecipar o fim do ano letivo nas escolas ribeirinhas de 17 de outubro para esta quarta-feira (04), devido às dificuldades de locomoção enfrentadas por professores e alunos causadas pela seca severa no Rio Negro.


50 mil famílias já foram afetadas por estiagem no Amazonas, segundo boletim; 24 municípios decretaram estado de emergência (Foto: reprodução/Instagram/@wilsonlimaam)


Nós já estamos com praticamente 95% do calendário letivo concluído, porque lá as aulas iniciam antes. Então, os alunos das 48 escolas que temos nas 55 comunidades ribeirinhas vão passar a ter o ensino remoto. Nós estaremos também enviando mantimentos nos próximos dias para essas famílias”, explicou ontem (03) o prefeito de Manaus, David Almeida.

O calendário escolar da região é tradicionalmente ajustado às condições climáticas, começando em janeiro e terminando em outubro, conforme previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Alckmin e Marina visitam Manaus para avaliar impactos da seca

O vice-presidente Geraldo Alckmin e uma comitiva de ministros, incluindo a ministra Marina Silva, visitaram hoje (04) Manaus para avaliar os impactos da seca. Durante a visita, estavam previstas inspeções ao nível do Rio Negro, sobrevoo das áreas afetadas e reuniões com lideranças locais.


Vice-presidente Geraldo Alckmin e ministra Marina Silva estão no Amazonas para avaliar impactos e definir medidas de emergência para seca (Foto: reprodução/X/@geraldoalckmin)


Além dos prejuízos à educação, a navegação nos rios do Norte e o escoamento da safra em Mato Grosso também estão sendo dificultados pela seca, com repercussões sociais, ambientais e econômicas. Animais mortos e embarcações encalhadas tornam-se cenas comuns na região.

A estiagem também impactou o setor de energia, com a suspensão momentânea das atividades da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio em Rondônia devido à baixa vazão do Rio Madeira.

 

Foto destaque: Estiagem fez Manaus antecipar o fim do ano letivo para esta quarta-feira (04); ontem, prefeitura distribuiu água potável e alimentos para ribeirinhos. Reprodução/Gildo Smith/Semacc

Polícia Civil atribui responsabilidade pela queda de aeronave com Marília Mendonça aos pilotos

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta quarta-feira (4), a investigação do acidente aéreo envolvendo a cantora sertaneja Marília Mendonça e outras quatro pessoas, incluindo o piloto, copiloto, um produtor e um assessor. O incidente ocorreu em novembro de 2021 na região de Piedade de Caratinga, no Leste de Minas Gerais.

Segundo o relatório, a Polícia Civil atribuiu a responsabilidade pela queda da aeronave aos pilotos e esclarece que o caso foi arquivado devido à impossibilidade de responsabilização, uma vez que os responsáveis estão entre as vítimas fatais.


Avião que transportava a cantora Marília Mendonça e sua equipe (Foto: reprodução/Polícia Militar de Minas Gerais)


A investigação foi conduzida sob a supervisão do delegado Ivan Lopes, que apontou que o acidente resultou da negligência e imprudência dos pilotos Geraldo Medeiros e Tarciso Viana.

O inquérito

De acordo com o inquérito, os pilotos não mantiveram comunicação com outros profissionais para o procedimento de pouso no aeródromo, o qual lhes era desconhecido, contrariando a prática padrão nesse tipo de situação.

A polícia considerou a ocorrência de homicídio culposo, caracterizado pela ausência de intenção de matar, por parte dos pilotos.

Nesse sentido, devido ao falecimento dos dois tripulantes, sugeriu-se a extinção da punibilidade, o que resultou no arquivamento do processo.

Ainda segundo a Polícia Civil, outras hipóteses, tais como falha mecânica, mal súbito ou atentado, foram descartadas após as investigações.

Advogado da família do piloto

O advogado da família do piloto Geraldo Medeiros Júnior, Sérgio Alonso, contestou as conclusões da polícia, alegando que o acidente ocorreu devido à instalação da rede de alta tensão na reta final do aeródromo, que não possuía Carta Visual de Aproximação.

A Carta Visual de Aproximação, também conhecida como “Carta de Aproximação Visual” ou simplesmente “Carta de Voo Visual”, é um documento gráfico utilizado na aviação para auxiliar pilotos na navegação e na realização de procedimentos de pouso em aeroportos e aeródromos.

O doutor Sérgio Alonso também enfatizou que a Cemig, a empresa de energia de Minas Gerais, logo após o acidente, seguiu as recomendações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira, e instalou a sinalização na linha de transmissão, além de elevar a altitude padrão para 1350 pés.

Relatório do Cenipa

Entretanto, o relatório do Cenipa, divulgado em maio, indicou que os pilotos não seguiram o manual de voo ao ultrapassar a “perna de vento”, saindo da zona de proteção do aeródromo, o que resultou na colisão com a linha de transmissão de energia da companhia.

A “perna de vento” é um termo utilizado na aviação para descrever uma parte específica de um procedimento de pouso ou decolagem em um aeroporto ou aeródromo. É uma etapa importante que faz parte das operações de aterrissagem e decolagem para garantir a segurança e a organização do tráfego aéreo.

No entanto, o relatório também mencionou que os cabos de alta tensão estavam abaixo da linha de visão dos pilotos e tinham baixo contraste com a vegetação, o que dificultou a percepção a longas distâncias.

Sinalização das torres

Porém, a Cemig enfatizou que a sinalização das torres de distribuição estava localizada fora da área de segurança do aeroporto, não havendo base legal para sinalizá-la no local.

Por fim, a investigação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que o acidente aéreo foi causado pela imprudência e negligência dos pilotos, que não seguiram os procedimentos adequados e não realizaram as verificações necessárias antes do pouso.

O caso foi arquivado devido à fatalidade dos pilotos, o que impossibilitou a aplicação de sanções judiciais. O relatório do Cenipa e as ações da Cemig também foram mencionados, mas a polícia manteve sua conclusão a respeito da responsabilidade dos pilotos.

 

Foto destaque: Cantora Marília Mendonça. Reprodução/Instagram/@mariliamendoncacantora

STF condena mais três réus por atos golpistas de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais três réus envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Os réus condenados foram Moacir José dos Santos, João Lucas Vale Giffoni e Davis Baek. Eles foram acusados de crimes graves como associação criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Também foi estipulada uma indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 30 milhões.

O julgamento virtual terminou na segunda-feira (2), às 23h59. Ontem (3), o STF rejeitou as preliminares e julgou procedente a condenação dos réus.

 

Penas variam de 12 a 17 anos de prisão

João Lucas Vale Giffoni 

  • Pena: 14 anos (12 anos e 6 meses de reclusão + 1 ano e 6 meses de detenção) 
  • Dias-multa: 100 (valor de 1/3 do salário mínimo por dia) 
  • Indenização: R$ 30.000.000,00 por danos morais coletivos 
  • Crimes cometidos
    • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 anos e 6 meses de reclusão)
    • Golpe de Estado (5 anos de reclusão)
    • Dano qualificado (1 ano e 6 meses de detenção)
    • Deterioração do Patrimônio tombado (1 ano e 6 meses de reclusão)
    • Associação Criminosa Armada (1 ano e 6 meses de reclusão)

Davis Baek

  • Pena: 12 anos de reclusão 
  • Indenização: R$ 30.000.000,00 por danos morais coletivos 
  • Crimes cometidos
    • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 anos e 6 meses de reclusão)
    • Golpe de Estado (5 anos e 6 meses de reclusão)
    • Associação Criminosa Armada (2 anos de reclusão)

Moacir José dos Santos

  • Pena: 17 anos (15 anos e 6 meses de reclusão + 1 ano e 6 meses de detenção)
  • Dias-multa: 100 (valor de 1/3 do salário mínimo por dia) 
  • Indenização: R$ 30.000.000,00 por danos morais coletivos 
  • Crimes cometidos:
    • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (5 anos e 6 meses de reclusão)
    • Golpe de Estado (6 anos e 6 meses de reclusão)
    • Dano qualificado (1 ano e 6 meses de detenção)
    • Deterioração do Patrimônio tombado (1 ano e 6 meses de reclusão)
    • Associação Criminosa Armada (2 anos de reclusão)

As defesas argumentaram que eles não participaram da depredação. As alegações foram na maioria rejeitadas, e as condenações se mantiveram.


Ontem (3), mais três réus foram condenados por atos golpistas de 8 de janeiro. (Foto: reprodução/gov.br)


Outras duas rés, Jupira Silvana da Cruz Rodrigues e Nilma Lacerda Alves, foram inicialmente condenadas a 14 anos de detenção e reclusão, conforme voto do Ministro Alexandre de Moraes. No entanto, o Ministro André Mendonça pediu destaque para os casos, que serão submetidos a nova análise pelo plenário físico do tribunal, ainda sem data definida.

 

Alexandre de Moraes tem voto majoritário acompanhado por ministros

O Ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos, teve seu voto majoritariamente acompanhado pelos outros ministros do STF. No entanto, houve divergências dos ministros, especialmente quanto ao crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. 


Ministro do STF Alexandre de Moraes é o relator dos processos dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. (Foto: reprodução/jus.br)


Os ministros André Mendonça e Nunes Marques foram os que mais divergiram nas condenações, sugerindo penas menores para os réus.
Luís Roberto Barroso, que tomou posse como presidente do STF na última quinta-feira (28), também teve uma divergência pontual, discordando em relação ao crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

 

Foto destaque: STF condenou mais três réus por atos antidemocráticos de 8 de janeiro, com penas entre 14 e 17 anos. Reprodução/gov.br/Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Obra da prefeitura do Rio de Janeiro está pausada após operários serem agredidos

Os operários de uma empresa (não teve seu nome revelado), que prestam serviços de infraestrutura para a Secretaria Municipal do Rio de Janeiro, foram espancados por dois homens encapuzados. A agressão aconteceu em agosto enquanto os trabalhadores faziam uma obra para a prefeitura da cidade.

A construção está localizada na comunidade do Sandá, no bairro de Bangu, na zona oeste do município. Por conta do ocorrido, o canteiro de obras foi abandonado, após seis meses de trabalho. Segundo as vítimas, os autores do crime são milicianos. 

Os trabalhadores estavam fazendo intervenções de drenagem, escoamento e pavimentação no momento em que foram abordados e agredidos por pelo menos dois homens, sem nenhuma motivação. Outros 20 trabalhadores da empresa, que estavam no local no momento, socorreram os colegas. 

Os criminosos apontaram uma arma para as vítimas e rasgaram a roupa delas

As vítimas contaram ao site do G1 sobre o ocorrido. Uma delas teve uma arma apontada para cara dela por cinco vezes e disse que todos os criminosos estavam armados com pistolas.

Além disso, os trabalhadores afirmaram que os homens foram agressivos e deferiram chutes, socos, tapas, pontapés e rasgaram parcialmente suas roupas. Também foi relatado que a dupla exigia que a obra fosse parada e que eles destruíram o computador de uma das vítimas. 


Computador que foi destruído pelos criminosos. (Foto: reprodução/G1)


PM não foi acionada, mas batalhão do local sabe que o incidente ocorreu

A Polícia Militar (PM) informou que não foi acionada, mas disse que o batalhão do bairro, 14º BPM – Bangu, sabe que o caso aconteceu e enviaram uma viatura ao local no dia do acidente. Segundo a PM, quando os policiais chegaram no local, “a situação estava normalizada”. Depois disso, o caso foi registrado na 34ª DP no bairro de Bangu. 

Prefeitura do Rio

A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro informou que a Polícia Civil ja coletou as informações sobre o incidente e, depois da apuração, os agentes estão realizando diligências para tentar identificar os agressores. O órgão também divulgou que está negociando com a empresa para que a obra seja retomada logo.

Foto destaque: obra foi pausada no Bairro de Bangu, no Rio de Janeiro por conta das agressões. Reprodução/TV Globo