Lago glacial transborda na Índia e deixa ao menos 40 mortos

Na última quarta-feira (04), o lago glacial Lhonak, localizado no nordeste da Índia, transbordou após chuvas intensas atingirem o estado de Sikkim. O desastre natural, segundo novo relatório de autoridades indianas, foi responsável por matar ao menos 40 pessoas, além de deixar cerca de 8 mil desabrigadas.  

No relatório, o secretário-chefe de gabinete e secretário de Finanças de Sikkim, Vijay Bhushan Pathak, afirmou que foram encontrados 19 corpos. Já no estado próximo, Bengala Ocidental, foram detectados 21 mortos, de acordo com Shama Parveen.

Danos 


Equipe de busca usam escavadeiras para recuperar veículos perdidos na lama. (Foto: Reprodução/WebRádio).


Em nota, o governo da Índia informou que o rompimento do lago Lhonak destruiu pontes, além de causar inundações que invadiram casas e deixaram carros submersos. Do estado de Sikkim, a cidade mais impactada foi Pakyong, com sete mortes e 59 desaparecimentos.

Em razão das chuvas intensas, os níveis de água do Lhonak ficaram 6m acima do normal e a barragem de Chungthang, conhecida como barragem Teesta 3, também foi destruída pelo rompimento, de acordo com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres.

Exército e helicópteros em ações de auxílio

Soldados do Exército Indiano foram enviados em ações de resgates e chegaram a remover 2 mil habitantes presos nas enchentes. Além disso, autoridades montaram acampamentos de socorro e enviaram suprimentos através de helicópteros, a fim de atender as mais de 22 pessoas impactadas.

As operações haviam sido paralisadas por conta das chuvas intensas, que impediam a entrada aérea e bloquearam estradas. Um cenário climático semelhante, de acordo o Departamento Meteorológico da Índia, é previsto para os próximos dois dias. No entanto, em comunicado, o governo indiano afirma que, com a aproximação de melhoras ambientais, “pode ​​haver uma janela de oportunidade para retirar o helicóptero dos turistas presos”.

Desastre ligado as mudanças climáticas

De acordo com a especialista em mudança climática do ICIMOD, Arun Bhata Shrestha, “a principal causa é a mudança climática, e a situação vai piorar no futuro”.

O lago Lhonak é glacial, pois está situado na base de uma das geleiras do Himalaia, que – segundo o relatório do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas – estão derretendo 65% mais rápido do que na década passada. O derretimento destas geleiras, proveniente das mudanças climáticas, está diretamente ligado ao aumento de inundações, deslizamentos de terra e avalanches – o atual cenário enfrentado pelo estado de Sikkim.

“Nenhuma das situações possíveis é boa. Mesmo o cenário mais modesto mostra que esses eventos de cheias de lagos glaciais serão muito prováveis”, afirma Shrestha.

Para mediar o desastre atual, que provocou o rompimento e a perda de dois terços do lago Sikkim, o governo declarou que ter desbloqueado o financiamento público, além de afirmar que irá fornecer “todo o apoio possível” à população impactada.

Foto destaque: lago transborda na Índia, causando inundações e deslizamentos de terras. Reprodução/Reuters.

Área onde médicos foram executados teve aumento de 150% no número de homicídios

A área de atuação do 31º Batalhão de Polícia Militar do Rio de Janeiro, que compreende a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, registrou um alarmante aumento de 150% nos homicídios somente entre janeiro e agosto deste ano.

A comparação leva em conta os mesmos números de homicídios do mesmo período de 2022 e vem se tornando um grande desafio para as autoridades. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), ocorreram 60 mortes nos primeiros oito meses de 2023, em contraste com as 24 mortes do ano anterior.

Os dados mostram ainda que o número de mortes em confronto com a polícia na Área Integrada de Segurança Pública 31 (AISP-31) também teve crescimento significativo neste ano, equiparando-se ao total dos oito anos anteriores.

A escalada de violência

A escalada de violência é atribuída a uma disputa territorial entre traficantes rivais de facções criminosas e entre milicianos que atuam na região.

A área de atuação do 31º BPM, responsável pelo policiamento nas áreas que compreende principalmente a Barra da Tijuca, o Recreio dos Bandeirantes e mais outros bairros vizinhos, enfrenta uma preocupante onda de violência.

Segundo especialistas em segurança, esse aumento no número de homicídios é um reflexo de uma acirrada guerra pelo controle de territórios entre o crime organizado. A disputa por territórios em várias áreas do Rio de Janeiro tem levado a um aumento alarmante nos índices de homicídios.

Episódios emblemáticos

Em meio a essa disputa pelo crime organizado, destaca-se o mais recente e emblemático episódio desse cenário de violência que envolveu a execução de três médicos a tiros a queima roupa na Barra da Tijuca, na madrugada da última quinta-feira (5). 

No mesmo período, citado nas estatísticas, também foi registrado o assassinato de Leandro Siqueira de Assis, conhecido como Gargalhone, um miliciano apontado como ex-chefe de uma milícia que atuava tanto no Recreio dos Bandeirantes quanto em Jacarepaguá.

Guerra nas Vargens

Nos bairros de Vargem Pequena e Vargem Grande, a violência atingiu níveis preocupantes. Durante o período entre março e junho, sete pessoas foram mortas em confrontos. A polícia identificou que milicianos de diferentes grupos e traficantes de facções criminosas distintas estão envolvidos nessa disputa.

Entre os principais líderes, destacam-se Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e o traficante Esquilo, ligado ao ex-miliciano Philip Motta Pereira, o Lesk.


À direita, Leandro Siqueira de Assis, 46 anos, baleado no Mercado do Produtor; possui 10 anotações criminais e é conhecido como Gargalhone na comunidade Gardênia Azul. À esquerda, Philip Motta Pereira, o Lesk, procurado pelo Disque Denúncia. (Foto: reprodução/O Globo)


Motivos da disputa

A raiz desse conflito reside na busca pelo controle de territórios e negócios ilegais na região. Os grupos envolvidos brigam pela hegemonia em atividades como loteamento irregular de terrenos e cobranças de taxas de motoristas do transporte alternativo.

Embora não seja possível determinar o valor exato do dinheiro em disputa, a milícia arrecada estimados R$ 1 milhão a R$ 2 milhões mensalmente. Essa estimativa de valores compreende apenas com a cobrança imposta aos motoristas de vans, especialmente em bairros como Santa Cruz e Campo Grande.

Confronto com a polícia

Em setembro, a polícia militar realizou uma operação de cerco nas Vargens, trocando tiros com suspeitos envolvidos na disputa territorial. Nessa ação, seis homens perderam a vida. As autoridades ainda não se pronunciaram sobre o aumento alarmante da violência na Aisp 31.

A escalada dos homicídios e confrontos na região do 31º BPM representa um sério desafio para as autoridades de segurança pública. A disputa territorial entre facções criminosas e milicianos requer uma ação imediata e eficaz para restabelecer a paz e a segurança nas áreas afetadas.

Foto Destaque: Viatura da Polícia Civil do Rio de Janeiro flagrada em movimento próximo ao local onde médicos foram executados. Reprodução/Agência O Globo.

Polícia encontra corpos de suspeitos de assassinar médicos em RJ

Na noite de quinta-feira (05), a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro corpos de suspeitos investigados pelo tiroteio que matou três médicos e deixou um hospitalizado. Os corpos, localizados em áreas diferentes da Zona Oesto do Rio, estavam dispostos em dois carros.

Em conjunto com a inteligência da polícia, a Delegacia de Homicídios localizou três corpos em um carro na Rua Abrahão Jabour, próximo ao Riocentro. Já o quarto foi encontrado em outro veículo na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

Três dos homens foram identificados como sendo Philip Motta Pereira – apelidado de Lesk -, Ryan Nunes de Almeida e Thiago Lopes Claro da Silva – tanto Nunes, quanto Lopes integravam a quadrinha “Equipe Sombra”, formada por Lesk. O quarto corpo ainda não foi reconhecido, mas a Polícia Civil afirmou que os outros dois suspeitos, Bruno Pinto Matias e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, não estão entre os mortos.

Após a identificação, autoridades investigam se os suspeitos foram mortos a mando de chefes do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosas do país. A Polícia Civil obteve ciência de uma reunião, na Vila Cruzeiro, com os suspeitos de atirar contra os médicos. Por isso, agentes apontam que os indivíduos possam ter sido julgados e executados pela organização criminosa, que teria discordado do atentado.

Médicos assassinados

Durante a madrugada de quinta-feira (05), quatro médicos ortopedistas estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, quando foram baleados. As vítimas chegaram a ser socorridas por bombeiros, mas Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim – irmão da deputada federal Sâmia Bomfim – morreram no local. Já Daniel Sonnewend Proença foi hospitalizado.

De acordo com as investigações, antes da 1h, um carro branco estacionou em frente a mesa dos médicos. Em seguida, três homens saíram do veículo e atiraram mais de 30 vezes.

O caso está sob o comando da Polícia Civil. No entanto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou que a Polícia Federal também atue nas investigações.

Detalhes da investigação

Segundo apuração da TV Globo, a primeira investigação da polícia aponta que os criminosos teriam confundido, pela aparência semelhante, o médico Perseu Ribeiro Almeida com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de um dos principais chefes da milicia da Zona Oeste do Rio.


Médico Perseu Ribeiro Almeida, à esquerda, e miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, à direita. (Foto: Reprodução/CNN).


A emissora também descobriu que Barbosa mora próximo ao quiosque onde os médicos foram mortos. Além disso, autoridades acreditam que o crime foi cometido sem planejamento prévio.

Foto destaque: polícia encontra corpos de suspeitos de assassinar médicos em RJ. Reprodução/Rede Globo.

Mercado de câmbio argentino é paralisado para operação contra fraude

O mercado paralelo de câmbio argentino sofreu uma paralisação logo após uma operação conjunta entre a Receita Federal e a Polícia Federal argentina. Essa operação visava coibir um esquema de evasão de divisas avaliado em US$ 400 milhões, o equivalente a $140.030.680.000,00 (cento e quarenta bilhões, trinta milhões, seiscentos e oitenta mil pesos).

A Receita Federal argentina informou que a operação resultou em 51 mandados de busca e apreensão, executados no centro de Buenos Aires e nas cidades de Rosário, Córdoba e Bahía Blanca.

Essa ação ocorreu um dia após o dólar blue, como é conhecido informalmente, alcançar um patamar de 843 pesos, um valor recorde para a moeda. Esse recorde levou à paralisação das operações chamadas “cuevas”, pontos informais de troca de moedas.


Notas de pesos argentinos (Foto: Reprodução/Pixabay/Elluisx)


Ampla Investigação

A investigação também se estendeu a dezoito bancos, oito escritórios de contabilidade e vinte e cinco sociedades na área financeira.

As autoridades argentinas alegam que essas entidades estariam envolvidas em evasão de divisas que somaram cerca de US$ 400 milhões para o exterior por meio de importações fraudulentas.

O diretor Geral de Alfândegas (DGA), Guillermo Michel, afirmou em seu relatório que 157 empresas denunciadas simularam operações de importação, embora nunca tenham importado nada de fato.

Câmbio Paralelo

Nas ruas de Buenos Aires é comum presenciar pessoas anunciando “câmbio, câmbio” para atrair turistas para as negociações no mercado paralelo.

Nesse mercado, a cotação do dólar é mais do que o dobro da taxa oficial de câmbio, que gira em torno de 350 pesos por dólar.

Embora essas “cuevas” operem de forma independente, elas influenciam a cotação da moeda americana no mercado informal, resultando em cotações muito semelhantes.

Impacto da Operação

Com a realização dos mandados de busca e apreensão e a paralisação das “cuevas”, o mercado paralelo ficou sem referência.

Em consequência disso, algumas casas de câmbio argentinas que continuaram em funcionamento chegaram a vender o dólar blue a 870 pesos em Palermo, um bairro nobre de Buenos Aires.

Já em algumas regiões do interior da Argentina, a cotação do dólar chegou a atingir cerca de 900 pesos. As autoridades argentinas continuam a investigar as empresas envolvidas e suas supostas operações fraudulentas de importação.

 

Foto Destaque: A Calle Florida, rua de pedestres famosa em Buenos Aires, abriga muitas casas de câmbio do mercado paralelo na cidade. Reprodução/Wikimedia Commons.

Estrutura da Oktoberfest Blumenau é desmontada devido a risco de enchente

Após o anúncio da suspensão da programação da 38ª Oktoberfest Blumenau por conta do risco de enchentes e alagamentos, a equipe de gestão do Parque Vila Germânica iniciou, desde a madrugada desta sexta-feira (6), o processo de desmontagem parcial das estruturas dos pavilhões do evento.

A festa, que é conhecida como a mais alemã das Américas, teve sua 38ª edição inaugurada na quarta-feira (4) com a cerimônia do primeiro barril de chope no Parque Vila Germânica. Vale ressaltar que a Oktoberfest não ocorreu nos anos de 2020 e 2021 devido à pandemia.


Parque Vila Germânica (Foto: reprodução/Informe Blumenau)


A des(re)montagem

Essa ação de desmontagem tem o propósito de se precaver contra a previsão de enchentes na região. Segundo informações da Defesa Civil de Santa Catarina, a expectativa é de que o nível do Rio Itajaí-Açu atinja 12 metros de altura, ultrapassando a cota de inundação do bairro da Velha, onde se encontra a estrutura da festa.

O secretário de Turismo e Lazer de Blumenau, Marcelo Greuel, explicou que, nesse momento, estão sendo retirados equipamentos eletrônicos da área externa do parque, bem como a infraestrutura de som, iluminação, mesas e cadeiras.

A Secretaria de Turismo e Lazer de Blumenau espera poder iniciar o processo de reestruturação da Oktoberfest já na próxima segunda-feira (9), para que a programação do evento possa ser retomada a partir do dia 11. A administração ressaltou que o calendário do evento será estendido, agora com término previsto para 29 de outubro, uma semana após a data originalmente planejada.

Oktoberfest Blumenau

A Oktoberfest Blumenau é reconhecida como a maior Festa Germânica das Américas e tem um impacto econômico considerável na região, movimentando cerca de R$ 400 milhões. Para acomodar um público de quase 650 mil pessoas, a montagem da estrutura do evento começou a ser construída há pelo menos 45 dias. O Parque Vila Germânica conta com quatro pavilhões onde a festa ocorre simultaneamente, além da área externa com brinquedos, catracas, bilheterias e restaurantes.

A primeira edição da festa na cidade surgiu por iniciativa da prefeitura, com a colaboração da comunidade, após uma série de enchentes marcantes naquela década. Na época, a Oktoberfest uniu os moradores em um espírito de solidariedade. Segundo a Secretaria Municipal de Turismo e Lazer, a edição inaugural atraiu 102 mil pessoas e, ao longo de 10 dias, foram vendidas 12 toneladas de alimentos.

Foto destaque: Desfile típico da Oktoberfest Blumenau. Reprodução/iG Turismo.

Tiroteio iniciado por briga entre PM e dois homens durante show de Maiara e Maraísa deixa um morto

Durante o show da dupla Maiara e Maraísa na madrugada desta sexta-feira (6), ocorreu um tiroteio na praça dos Girassóis em Palmas, devido a uma briga envolvendo um policial à paisana. Conforme a Polícia Militar, o tumulto resultou na tomada da arma do policial por parte de um homem, que disparou contra ele. O PM ferido foi levado para o Hospital Geral de Palmas, onde está passando por cirurgia.

No decorrer da confusão, um adolescente de 17 anos, aparentemente sem qualquer ligação com o incidente, foi atingido e faleceu no local. O corpo do jovem foi levado para o Instituto Médico Legal de Palmas, e depois dos procedimentos de necropsia, foi entregue aos parentes. O policial foi baleado duas vezes, uma vez na costela e outra no quadril. Além disso, um casal teria sofrido ferimentos leves por tiros de raspão, mas estão fora de perigo.


A correria resultante do tiroteio no show de Maiara e Maraísa. (Vídeo: reprodução/X/@whatwouldlbdo)


O show de Maiara e Maraísa

Por volta das 3h, Maiara e Maraísa foram retiradas do palco. Em comunicado, a dupla lamentou o ocorrido, destacando a insegurança vivenciada por quem está trabalhando, incluindo elas e sua equipe, bem como pelas pessoas que foram ao evento em busca de diversão e se encontraram em uma situação tão vulnerável. 

O incidente foi registrado durante as celebrações do 35º aniversário do Tocantins. A programação inicial previa um evento com duração de duas noites. Na quinta-feira (5), estavam agendadas sete apresentações com artistas locais e nacionais. Entretanto, a festividade foi encerrada antes dos dois últimos shows. A realização da segunda noite ainda não foi confirmada.

Pronunciamento do Governo

O Governo do Tocantins emitiu uma nota lamentando a morte do adolescente e assegurando que está empenhado em esclarecer todos os acontecimentos e responsabilizar o autor do homicídio. Equipes da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP Palmas) e peritos técnicos estiveram no local para recolher informações e vestígios que possam ajudar na investigação do caso. Até o momento, o autor dos disparos não foi identificado. 

Foi divulgado também que o governador Wanderlei Barbosa está em reunião com as forças de segurança nesta manhã e ordenou que a família do jovem receba apoio. Ademais, foi comunicado que a segurança será intensificada durante o evento gospel agendado para esta sexta-feira à noite.

Foto destaque: A dupla Maiara e Maraísa. Reprodução/Jovem Pan.

Tempestades devem se agravar no Sul do Brasil

Após uma breve pausa na quinta-feira, as chuvas devem retornar ao Sul do Brasil, principalmente em Santa Catarina, a partir de sexta-feira (06), e se intensificar pelo menos até domingo (08). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para as regiões centro-sul de SC e norte do RS, indicando “perigo” de chuvas fortes, ventos intensos e queda de granizo. A Defesa Civil de Santa Catarina está emitindo um aviso de alto risco de alagamentos, enxurradas e deslizamentos até o domingo. 

Rajadas

Nesta sexta-feira, as chuvas podem alcançar até 100mm/dia, com rajadas de até 100km/h, tanto em SC quanto no RS. No Paraná, o cenário é semelhante, mas menos intenso, com chuvas de até 50mm/dia, ventos de 60 km/h e queda de granizo.  O risco de alagamentos, queda de árvores e cortes de energia elétrica é baixo. 

As temperaturas na região Sul permanecerão baixas até domingo. Em Porto Alegre e Florianópolis, onde a chuva é esperada, as temperaturas não devem passar de 22°C. 

Em Curitiba, também deve chover, mas as temperaturas serão um pouco mais altas, com máximas de 29°C no sábado. A partir de domingo, no entanto, o frio retorna. 


Previsão de chuvas persistentes para os próximos dias, o estado apresenta nível de Alerta e Atenção para deslizamentos de terra (Foto: divulgação/Instagram/@defesacivilsc)


Alerta 

Toda a região Sudeste está em alerta amarelo, indicando “Perigo Potencial”, de acordo com o Inmet. A chuva pode chegar a 50mm/dia, com ventos intensos de 40km/h a 60 km/h. No Rio de Janeiro, há previsão de chuvas isoladas com trovoadas na sexta-feira, sábado e domingo. O clima deve continuar quente, com máximas de até 38°C. 

Em São Paulo, o calor acompanha a chuva em todos os dias, com temperaturas de até 33°C no sábado. Somente no domingo, a temperatura deve cair para uma máxima de 24°C. Em Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES), as máximas previstas são de 34°C e 32°C até domingo, com chances de chuvas diárias.

Foto destaque: governador Jorginho Mello, na quarta feira ( 04/10), na Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina. Reprodução/Airton Fernandes/ ASCOM/Instagram/@defesacivilsc

Amazônia se torna maior bioma com área de pastagens no Brasil

Em 2022, a Amazônia consolidou sua posição como o maior bioma com área de pastagem no Brasil, superando o Cerrado pelo segundo ano consecutivo. Essa mudança significativa reflete dois fatores essenciais: o aumento do desmatamento na Amazônia e a conversão de pastagens do Cerrado em plantações de grãos, como a soja.

Ampliação da área de pastagens

A Amazônia ampliou sua área de pastagem, mas muitos desses territórios não são utilizados para a criação de gado. Em vez disso, muitas áreas são destinadas à especulação imobiliária e, posteriormente, à agricultura, de acordo com Júlia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas.

Na Amazônia, cerca de 45,3% das pastagens registradas em 2022 são áreas novas, com menos de 20 anos de existência, tornando-a o bioma brasileiro com a maior área de pastagens recém-abertas. Além disso, a soja, que era insignificante em 1985, cobriu mais de 5,7 milhões de hectares no ano passado, e a área total de agricultura atingiu 7,2 milhões de hectares, quase o dobro do que era há 10 anos.


Gado em São Félix do Xingu (Foto: reprodução/Marcio Isensee e Sá/oeco)


Enquanto isso, o Cerrado, que corresponde a 48% de toda a área plantada com soja no Brasil, tem cerca de 3,3 vezes mais área plantada com soja do que a Amazônia. No entanto, o Cerrado ainda mantém uma área de pastagem duas vezes maior do que a área de agricultura. 

Expansão da agropecuária cresce no Brasil

O levantamento do MapBiomas também revelou que a expansão da agropecuária no Brasil cresceu 50% entre 1985 e 2022, avançando sobre 95,1 milhões de hectares. Isso equivale a uma extensão superior ao terceiro maior estado brasileiro, Mato Grosso, e representa 10,6% do território nacional. A maior parte desse crescimento está relacionada ao desmatamento para pastagem, que abrange cerca de 64,5 milhões de hectares, além de 10% adicionais relacionados ao desmatamento direto para agricultura, totalizando 10 milhões de hectares.

Os estados com as maiores áreas de desmatamento para conversão de pastagem são Pará, Mato Grosso, Rondônia, Maranhão e Tocantins, enquanto os estados com as maiores áreas de desmatamento para conversão direta para agricultura incluem Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão e Goiás. Esses dados destacam os desafios ambientais enfrentados pelo Brasil no contexto da agropecuária e do desmatamento.

Foto Destaque: criação de gado em Alta Floresta, norte de Mato Grosso, dentro do bioma Amazônia. Reprodução/Divulgação/Pecsa

Governo de SP corta R$ 15,2 milhões do orçamento das câmeras corporais da PM

O esquema de câmeras corporais da Polícia Militar no estado de São Paulo teve uma diminuição de R$ 15,2 milhões, conforme evidenciado na edição mais recente do Diário Oficial do Estado (DOE) da última quarta-feira (04). Em termos gerais, houve um corte de R$ 95,6 milhões no financiamento da segurança pública durante a atual administração.

Alterações

Durante uma conferência no Palácio dos Bandeirantes na segunda-feira (5), Tarcísio declarou que “ao longo deste ano, estaremos implementando mudanças e realinhando recursos“. O Executivo Estadual de São Paulo esclareceu que “não houve redução nos fundos destinados aos acordos já em execução” e que os “três acordos relacionados às câmeras corporais dos policiais militares serão plenamente honrados“. A diminuição na receita levou o estado a dar prioridade a despesas já comprometidas, em vez de expandir contratos.


 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em cerimônia do programa “/Resolve já”/ no Palácio dos Bandeirantes (Foto: reprodução/Secom/GESP/g1)


Áreas afetadas 

Estamos enfrentando um ano de drástica diminuição na receita. É essencial que equilibremos as finanças, estamos apoiando as cidades e é necessário que realizemos modificações no orçamento, é necessário que avaliemos isso, estamos reduzindo a alocação de recursos de diversas esferas, de todas as esferas”, afirmou o chefe do executivo.

Ademais, houve diminuições nos recursos para setores como polícia ostensiva e preventiva (R$ 41,4 milhões), inteligência policial (R$ 6,7 milhões), atendimento à saúde dos policiais militares (R$ 5,4 milhões) e formação e capacitação dos agentes (R$ 1,6 milhão), de acordo com o publicado no Diário Oficial do Estado. 

Outras áreas, como administração, comunicação social e videomonitoramento, também foram impactadas, totalizando uma redução de R$ 95,6 milhões, quantia próxima à destinada ao pagamento de diárias para policiais militares, que teve acréscimo de R$ 98 milhões.

Foto destaque: policiais militares começaram a usar neste sábado (1º) câmera corporal nos coletes dos uniformes na capital de São Paulo. Reprodução/PM SP/g1

“Construção de muros não funciona”, diz Joe Biden sobre fronteira com o México

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, gerou polêmica ao afirmar que não acredita na eficácia dos muros fronteiriços, mesmo com seu governo decidindo ampliar a construção de barreiras na fronteira com o México. Essa decisão foi anunciada em meio a uma crescente pressão política relacionada à imigração. Segundo um comunicado do Registro Federal dos EUA na última quarta-feira (04), a construção do muro será financiada com recursos já alocados para barreiras físicas nas fronteiras, com um prazo para uso que estava prestes a expirar. No entanto, essa medida surge em um momento em que uma nova onda de imigrantes está sobrecarregando os recursos federais e locais, criando uma crise imigratória.


Joe Biden em discurso (Foto: reprodução/Facebook/Joe Biden)


Embora Biden tenha prometido, durante sua campanha presidencial, que não haveria mais construção de muros fronteiriços sob seu comando, ele explicou que tentou redirecionar o dinheiro para outros fins, sem sucesso. O secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, enfatizou que não houve mudança na política governamental em relação ao muro e que o Congresso não cancelou o uso dos fundos para esse fim.

Imigração ilegal

A Patrulha da Fronteira relatou um aumento significativo nas “entradas ilegais” ao longo da fronteira sul, com centenas de milhares de encontros registrados entre outubro de 2022 e agosto de 2023. Isso tem colocado pressão adicional sobre a administração de Biden, que já enfrentava desafios relacionados à imigração desde o início de seu mandato.

Além disso, a questão da imigração tem sido um ponto de debate nas eleições primárias presidenciais do Partido Republicano e também tem sido discutida por líderes democratas, que pedem mais recursos federais para acomodar os imigrantes.

Fundos para a construção do muro

A construção do muro é financiada com fundos existentes e envolve a revogação de várias leis, incluindo regulamentos ambientais e de proteção de espécies ameaçadas. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, criticou a construção do muro, considerando-a uma “regressão” que não aborda as causas subjacentes do problema da imigração.

Decisão de ampliar o muro fronteiriço pelos EUA gera controvérsia, com o governo de Biden enfrentando desafios significativos relacionados à imigração ao longo da fronteira sul. A eficácia do muro como medida de controle fronteiriço continua sendo um ponto de debate.

Foto Destaque: o presidente dos EUA, Joe Biden. Reprodução/Instagram/@joebiden