Hamas: saiba tudo sobre a maior organização islâmica nos territórios palestinos

Fundado em 1987 nos territórios palestinos, o Hamas é um grupo islâmico de renome internacional. Neste texto, exploraremos suas origens, motivações iniciais e os eventos que culminaram em sua criação.

O Hamas conquistou notoriedade devido às suas atividades e ao contínuo conflito com Israel. Neste trecho, examinaremos suas ações e estratégias, bem como as repercussões desse conflito para a região e a comunidade global.

Hamas em detalhes

Organização islâmica com uma história complexa e um impacto considerável na geopolítica do Oriente Médio. Inicialmente concebido como um movimento de resistência, evoluiu para uma entidade política influente nos territórios palestinos e além. Suas atividades, que englobam ataques contra Israel e sua participação na política palestina, são temas de intenso debate e análise.

O Hamas se declara um movimento de resistência contra a ocupação israelense, defendendo a criação de um Estado palestino independente. Contudo, suas estratégias e táticas geraram controvérsias e divisões tanto entre os palestinos quanto na comunidade internacional.

Fundação do Hamas

Fundado em 1987 como uma resposta à ocupação israelense dos territórios palestinos. Seu nome é uma sigla que se traduz como “Movimento de Resistência Islâmica” em árabe. O grupo emergiu em meio a crescentes tensões e descontentamento na população palestina diante das políticas de ocupação e da falta de progresso nas negociações de paz.

Em sua fundação, o Hamas buscava combater a ocupação israelense por meio de táticas de resistência, incluindo manifestações, greves e ações armadas. Seu objetivo principal era libertar os territórios palestinos e estabelecer um Estado independente, com Jerusalém Oriental como sua capital.


Brigadas Izzedine al-Qassam (Foto: Reprodução/AFP)


Conflito com Israel

O Hamas se envolveu em um longo e complexo conflito com Israel, marcado por uma série de confrontos militares, ataques com foguetes e episódios de violência. Esses conflitos resultaram em perdas significativas de vidas e danos materiais em ambos os lados, além de amplas repercussões na região.

Evolução política

Ao longo dos anos, o Hamas passou por uma evolução significativa, transformando-se de um movimento de resistência em uma organização política com participação nas eleições palestinas. Isso levou a divisões internas e a desafios complexos na busca de uma solução para o conflito com Israel.

O Hamas continua sendo uma figura central no cenário político palestino e na geopolítica do Oriente Médio, e seu papel e influência continuam a ser objeto de debate e análise intensos.

 

Foto destaque: Militantes palestinos ao lado de um tanque israelense na cerca da fronteira da Faixa de Gaza. Reprodução/Hatem Ali/AP

Chuva de raios: mais de 3 mil raios são registrados em Juiz de Fora

Nas últimas semanas, diversas regiões pelo Brasil têm sido impactadas por chuvas intensas que vêm desafiando a infraestrutura local e causando preocupações para população de moradores e autoridades. Na noite desta quinta-feira (05), a cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, foi atingida por um temporal com rajadas de vento de 93km/h e 54,6mm de chuva, porém o que mais chamou a atenção dos moradores, foi o alto número de descargas elétricas. 

Segundo os dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados cerca de 3.104 raios, entre o horário da 18h e 23h59. Número considerado anormal pelo coordenado do Elat/Inpe, Osmar Pinto Junior. “Em tempestades normais são algumas centenas, em torno de 100 a 300 raios. Acima de mil já é considerado alto. Três mil é muito elevado”, explica Osmar. 

O Elat/Inpe realizou um estudo com dados de 2011 a 2020, no qual identificou os recordes diários de raios nos municípios do Brasil. No dia 28 de fevereiro de 2016, foi registrado em Juiz de Fora, 4.690 raios, sendo assim, o maior número registrado na cidade. 

Para o pesquisador da Elat/Inep, “Juiz de Fora já fica em uma região tradicionalmente com muito número de raios e a tendência é de que a situação se intensifique na primavera e, depois, com a chegada do verão”. 

Saiba como se proteger 

Com os temporais acontecendo pelas regiões e os raios se tornando um espetáculo comum nos céus, é importante estar informado sobre como se proteger do perigo das descargas elétricas. Os raios podem ser extremamente fatais, porém é possível reduzir significantemente os riscos. 

É importante se manter atualizado sobre as previsões meteorológicas, evitar ficar em áreas abertas e se proteger ficando dentro de casa. Os raios podem atingir fiações elétricas e até mesmo encanamentos, então tente não usar eletrônicos conectados à rede elétricas, como usar o celular na tomada, e tomar banho ou lavar a louça durante o temporal. E evite ficar em varandas ou calçadas se elas não contêm proteção adequada contra raios. 

O país dos raios 

Segundo o levantamento elaborado pelo Inpe, unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Brasil é o líder em incidência de raios no mundo, com cerca de 77,8 milhões de descargas para o solo a cada ano, acrescentando que neste século já foram registrados 2.194 casos, totalizando uma média de 110 casos por ano neste período de tempo. O Brasil é citado em uma série documental chamada “/País dos Raios”/, como o país campeão mundial de incidências de raios com mais de 100 mortes por ano. 


Brasil, o país dos raios. (Foto: Reprodução/Internet)


Em artigo publicado pela revista Superinteressante, “Brasil, o país dos raios”, foi escolhido em 2020 pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) em 2º lugar na categoria de Divulgação Científica, prêmio no qual é dado para as melhores matérias de divulgação científicas publicadas na imprensa. 

 

Foto destaque: Mais de 3 mil raios em Juiz de Fora, Minas Gerais. Reprodução/Carlos Eduardo Gomes/ELAT/INEP

Biden repudia os ataques e reconhece o direito de defesa de Israel

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, emitiu uma nota no sábado (7) condenando veementemente os ataques “terríveis” do Hamas. Em sua declaração, também enfatizou o direito de Israel à autodefesa.

Ele destacou: “Os Estados Unidos repudiam este ataque terrível realizado por terroristas do Hamas contra Israel. Fiz questão de comunicar ao primeiro-ministro Netanyahu nossa prontidão para fornecer todo o apoio adequado ao governo e ao povo de Israel”.

Apoio à Israel

Biden, em sua conversa com o primeiro-ministro israelense no sábado, enfatizou que o terrorismo nunca encontra justificativa, reiterando que Israel tem o direito de proteger sua nação e seus cidadãos. Ele também descreveu o apoio dos Estados Unidos à defesa de Israel como firme e inalterável.

A declaração ainda mencionou que a equipe do presidente americano está monitorando de perto a situação no Oriente Médio e manterá um contato contínuo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.


Bairros residências atingidos por mísseis em Israel. (Reprodução: foto/Ahmad Gharabli/AFP).


Atento à progressão da guerra

Disse que sua equipe está acompanhando de perto a evolução desta situação e manteremos um contato próximo com o primeiro-ministro Netanyahu.

“Jill [Biden] e eu estamos mantendo em nossas preces todas as famílias que sofreram devido a essa violência. Sentimos profundamente pelas vidas que foram tragicamente afetadas e desejamos uma recuperação rápida para todos os feridos”, acrescentou.

A jornalista Daniela Kresch, em uma entrevista à CNN diretamente de Tel Aviv, Israel, no sábado, expressou a opinião de que os ataques do Hamas deveriam levar os líderes a se unirem. Ela mencionou que o presidente americano está preocupado com a tentativa de reforma judicial proposta por Netanyahu em Israel. No entanto, observou que, neste momento, a ênfase deve estar na segurança de Israel.

As mudanças propostas por Netanyahu causaram uma crise em Israel, dividindo a sociedade e gerando impactos na economia israelense, além de preocupações entre os aliados ocidentais.

Kresch destacou que, no entanto, as diferenças entre os líderes devem ser temporariamente deixadas de lado, embora não impliquem necessariamente em uma aproximação amigável.

 

Foto Destaque: Joe Biden em palanque prestes a discursar. Reprodução: foto/Instagram/@joebiden.

Brasil expressa seu compromisso em buscar a paz na crise Israel-Hamas, afirma Lula

No sábado (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em suas redes sociais que o Brasil está determinado a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar a intensificação do conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos.

Declaração de guerra

No sábado pela manhã, horário local, o grupo armado Hamas, de orientação islâmica, realizou um ataque surpresa contra Israel, marcando um dos mais significativos ataques que o país enfrentou nos últimos anos.

De acordo com as autoridades de resgate, até as 13h deste sábado, no horário de Brasília, o trágico saldo contabilizava pelo menos 298 vítimas fatais. Este número englobava 100 mortes em Israel e 198 na Faixa de Gaza, resultantes da resposta de Israel. Além disso, milhares de pessoas ficaram feridas.

Comunicado de Lula

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu Lula.

“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, continuou, na mensagem.


Presidente Lula em conferêrencia internacional. (Foto: Ricardo Stuckert/Instagram/@lulaoficial).


Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma declaração condenando os ataques e anunciando a convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU. Vale ressaltar que o Brasil ocupa a presidência rotativa do Conselho durante o mês de outubro. A TV Globo informou que a reunião foi programada para o próximo domingo, às 16h (horário de Brasília).

O comunicado do Itamaraty reitera o compromisso do governo brasileiro com a busca de uma solução de dois Estados, onde Palestina e Israel possam coexistir pacificamente e com segurança, dentro de fronteiras previamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Além disso, enfatiza que a simples administração do conflito não é uma alternativa viável para a questão israelo-palestina e destaca a urgência da retomada das negociações de paz.

 

Foto Destaque: homem tentando apagar um incêndio numa van, enquanto foguetes são lançados da Faixa de Gaza, em Ashkelon, sul de Israel. Reprodução: foto/Reuters.

Pesquisa Atlas revela que 72% dos brasileiros aprovam intervenção na segurança do Rio de Janeiro

Pensando no apoio da população ao envio da Força Nacional para auxiliar no combate à criminalidade e uma possível intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, a consultoria Atlas realizou uma sondagem entre os dias 5 e 6 de outubro. O estado está passando por diversos casos de violência por grupos armados, como as recentes mortes dos médicos na Barra da Tijuca, madrugada de quinta-feira. 

De acordo com as 75,5% das pessoas consultadas, apoiam a intervenção federal, sendo 20,8% discordam da medida. O apoio dos moradores consultados do estado de São Paulo é de 76,8%, e sendo 76,2% de aprovação no Sudeste.  

Destaca-se que a pesquisa mostra uma concordância entre os de esquerda e os direita, devido que 64,1% dos eleitores do presidente Lula, e 80,1% dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro defendem a atuação do governo federal na segurança. 

Segundo o CEO da Atlas, Andei Roman, a pesquisa não especifica o modelo de intervenção federal, mas que usou como base o que foi implementado em 2018, quando o general Walter Braga Netto foi nomeado interventor na Segurança Pública do Rio, em meio ao governo do ex-presidente Michel Temer. 

De acordo com a opinião dos entrevistados referente os maiores problemas enfrentados pelo Brasil, 62,7% afirmam que a criminalidade e o tráfico de drogas, são hoje o principal desafio a ser enfrentado pelos governos.  

O CEO da Atlas, explica que o tema apontado como o principal problema superou a corrupção, no qual era o pioneiro durante as pesquisas anteriores. Os governos estaduais quanto o governo federal, de acordo com 71,1% dos entrevistados, tem responsabilidade sobre a crise na segurança pública. 

Em um quiosque localizado na Barra da Tijuca, três médicos foram assassinados e um está internado, e segundo a pesquisa, 52,8% informam não saber, mas, 23,2% atribuíram os milicianos como autores do ocorrido, e 22,9% apontam as mortes aos traficantes. Uma das perguntas realizadas aos entrevistados, é como se sentem em relação a irem visitar a cidade do Rio de Janeiro, e 48,8% não se sentem seguros, porém não menos seguros do que em outros destinos no Brasil. 

Como foi realizada a pesquisa 

O questionário foi feito com 1.200 pessoas de todo o Brasil, por meio de uma metodologia de ‘recrutamento digital aleatório’. Ao todo foram 54,2% respondidos por mulheres, e 45,8% por homens.  Foram cerca de 35,5% de pessoas com renda mensal de até R$ 2 mil. Vale ressaltar que 39,6% dos entrevistados possuem ensino médio completo ou incompleto, e 58,8% se declaram católicos. 

Confira os gráficos das pesquisas:


Gráficos da pesquisa realizada pela Atlas. (Foto: Reprodução/Infográfico/Editoria de Arte)


Entenda o que é uma intervenção federal

A intervenção federal é uma medida prevista na Constituição Federal do Brasil, no qual permite que o governo federal suspenda temporariamente a autonomia de um ente da federação, como um estado ou município, para resolver um problema quando o governo local não está conseguindo resolver. Porém destaca-se que a intervenção federal só deve ser tomada em casos extremos.

Em 2018 ocorreu uma intervenção federal no Rio de Janeiro, para combater a violência e a criminalidade na cidade.

 

Foto Destaque: Operação policial. Divulgação/Ministério da Justiça

Influenciador evangélico, Victor Bonato, é preso sob acusações de estupro

O influenciador evangélico Victor Bonato, fundador do Galpão, um movimento religioso direcionado para jovens de Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo, foi preso pela polícia neste sábado (07), suspeito de estuprar três jovens que participavam ativamente da instituição, que ele fundou há mais ou menos dois anos. 

As vítimas, duas universitárias de medicina de 19 e 20 anos e uma empresária de 24 anos, foram à Delegacia da Mulher de Barueri em setembro para denunciar que o influenciador usava sua “influência religiosa” para manipulá-las e fazê-las se relacionar sexualmente com ele. 

As investigações 

Segundo o portal Metrópoles, tanto a polícia quanto o Ministério Público de São Paulo (MPSP) identificaram um risco de fuga por parte do influenciador, resultando na decretação de sua prisão em 20 de setembro pela 2ª Vara Criminal de Barueri.

Conforme as investigações, os crimes pelos quais Victor é suspeito teriam acontecido entre janeiro de 2021 e agosto do mesmo ano, em locais variados, incluindo em sua própria residência em Alphaville.

Pedido de perdão

Um dia antes das mulheres registrarem a denúncia na delegacia, Bonato publicou um comunicado em seu Instagram, onde conta com 146 mil seguidores, anunciando que faria uma “desintoxicação das redes sociais”. Um dia após o registro das ocorrências pelas vítimas e um dia antes de sua prisão, Victor retornou às redes sociais para comunicar sua retirada da liderança do Galpão, justificando que estava dedicando tempo para sua própria cura espiritual.


Posicionamento do influenciador (Reprodução/Instagram: @victorbonato_)


No mesmo dia, o movimento declarou que Victor não fazia mais parte do projeto, no entanto, fez isso sem mencionar diretamente o que pode ter levado a essa decisão. Em nota, o Galpão declarou: “Alguns acontecimentos ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue, fere a palavra e está em desacordo com o que Jesus nos ensina. Por esse motivo, ele foi afastado do Galpão.”

Então, uma semana após o primeiro posicionamento, o movimento religioso emitiu outra nota, comunicando que o Galpão passaria por algumas mudanças e por isso precisaria suspender seus encontros presenciais que ocorriam às terças-feiras. “Em razão da apuração dos fatos que estão sendo divulgados e de um novo tempo que Deus está nos direcionando, não teremos nosso encontro na terça-feira”, escreveu a nota.

Declaração da defesa

Samara Batista Santos, advogada de Victor, ratificou uma nota na qual afirma que não pode dar detalhes sobre o caso devido ao sigilo da investigação. Porém, ela ressalta que o influenciador evangélico “negou veementemente as alegações contra ele”, apesar de ainda não ter sido interrogado.

Foto Destaque: Victor Bonato durante pregação. Reprodução/Poptime

Bolsonaro volta a questionar eleições de 2022

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou inelegível até 2030 devido a ataques ao sistema eleitoral, ressurgiu no cenário político com questionamentos sobre as eleições de 2022, nas quais foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua presença em um culto evangélico na Igreja Graça & Paz, em Belo Horizonte, se tornou um palco para expressar suas preocupações e opiniões.


Bolsonaro (Foto Reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro)


Bolsonaro, recebido com entusiasmo por seus apoiadores, não poupou críticas ao processo eleitoral. Ele sugeriu que “um dia nós saberemos de tudo o que aconteceu” no segundo turno das eleições, insinuando a existência de mistérios ocultos. No entanto, ele enfatizou a importância de continuar lutando contra as adversidades.

Durante sua visita à igreja, Bolsonaro se ofereceu para “cumprir qualquer outra missão,” relembrando seu tempo como presidente. Além disso, ele criticou o avanço de pautas sociais durante o governo petista, como o aborto, a liberação da maconha e a relativização da propriedade privada, destacando as diferenças de sua gestão.

O culto, liderado pelo pastor Edésio de Oliveira, pai do deputado federal Nikolas Ferreira, se tornou um evento de apoio ao ex-presidente. Os apoiadores entoaram seu lema de campanha, “Deus, pátria, família e liberdade,” demonstrando seu fervor. Durante o encontro, fiéis compartilharam testemunhos pessoais, incluindo tentativas de aborto forçadas e infecções por HIV devido ao uso de drogas.

A presença de Bolsonaro nesse ambiente religioso reflete sua estratégia de manter uma base de apoio sólida entre os segmentos conservadores e religiosos da população brasileira. Ainda assim, suas alegações sobre as eleições de 2022 continuam gerando controvérsia e polarização no cenário político do Brasil. O país segue atento às movimentações desse ex-presidente carismático e polarizador, enquanto se prepara para futuros desdobramentos políticos. O ex-presidente já declarou em outras ocasiões que as urnas eletrônicas brasileiras são antigas e ultrapassadas.

 

Foto Destaque – Jair Messias Bolsa (Reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro)

China quer dobrar tamanho de sua estação espacial

A China está se preparando para uma ambiciosa expansão de sua estação espacial, planejando dobrar seu tamanho de três para seis módulos nos próximos anos. Essa iniciativa surge como uma resposta à iminente desativação da Estação Espacial Internacional da NASA, programada para ocorrer após 2030.

A Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) revelou esses planos durante o 74º Congresso Astronáutico Internacional, realizado no Azerbaijão na última quarta-feira. De acordo com a CAST, a estação espacial chinesa terá uma vida operacional de mais de 15 anos, tornando-a uma alternativa robusta e duradoura para missões espaciais próximas da Terra.

A expansão da estação espacial chinesa marca um passo significativo no avanço da exploração espacial, permitindo que astronautas de várias nações a utilizem como plataforma para suas missões. Isso sinaliza a intenção da China de desempenhar um papel de liderança no cenário espacial internacional, fornecendo uma opção viável e independente à Estação Espacial Internacional da NASA.

Tiangong

A estação espacial chinesa, também conhecida como Tiangong ou “Palácio Celestial,” tornou-se plenamente operacional no final de 2022, proporcionando espaço para até três astronautas em órbita a uma altitude de até 450 quilômetros. Com sua expansão para seis módulos, a estação agora tem uma massa de 180 toneladas métricas, embora ainda represente apenas 40% da massa da estrutura da NASA, que tem capacidade para acomodar sete astronautas. No entanto, é importante notar que a estação espacial dos Estados Unidos, que está em órbita há mais de duas décadas, está programada para ser desativada após 2030.

Grande potência espacial 

A China tem planos ambiciosos para se tornar uma “grande potência espacial,” e a proximidade do fim de operação da estação espacial dos EUA não a desencorajou. Na verdade, a mídia estatal chinesa declarou que o país não será “desleixado” nessa transição e revelou que “vários países” já expressaram interesse em enviar seus astronautas à estação espacial chinesa. Isso demonstra o crescente papel da China na exploração espacial e sua disposição em colaborar internacionalmente, proporcionando uma plataforma valiosa para pesquisas científicas e missões espaciais futuras. A China está claramente se consolidando como uma força a ser reconhecida no cenário espacial global.

A crescente presença da China no espaço reflete seus esforços contínuos para explorar e expandir seus horizontes no cosmos. Com uma estação espacial expandida, o país asiático estará bem posicionado para realizar uma ampla gama de pesquisas científicas, experimentos e colaborações internacionais.


Estação Espacial Internacional  (Foto/Reprodução/NASA )


Enquanto a NASA planeja desativar sua estação espacial internacional após 2030, a China está se preparando para oferecer uma alternativa sólida que continuará a impulsionar a exploração espacial e a cooperação internacional no espaço. Com esses desenvolvimentos, a China está se firmando como uma potência espacial emergente e promissora, pronta para desempenhar um papel vital na próxima era da exploração espacial.

Foto Destaque: Estação espacial Tiangong (Reprodução/CNSA)

Alertas de desmatamento na Amazônia caem, mas no Cerrado aumentam

Segundo informações do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve uma diminuição nos alertas de desmatamento na Amazônia em setembro de 2023, em comparação ao mesmo mês no ano passado. Por outro lado, os alertas no Cerrado aumentaram em comparação ao mês e ao ano.

Dados sobre os alertas

Dados do Deter mostram que, em setembro deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 57% em relação ao mesmo mês de 2022, reduzindo de 920 hectares para 590. Do começo do ano a setembro, foram 49,5% de redução na área degradada.

Por outro lado, no Cerrado, os alertas aumentaram 149% em setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado, e 27% no ano. Considerando a extensão desmatada, a savana perdeu 516 hectares de vegetação.

Situação de cada estado

Dez municípios, localizados na Amazônia, concentram 30% do total de áreas sob alertas de desmatamento no acumulado do ano. Sendo eles: Altamira (PA), Apuí (AM), Feliz Natal (MT), São Félix do Xingu (PA), e Porto Velho (RO).


Período de seca no Cerrado. (Foto: reprodução/CNN Brasil)


Em relação a setembro, os estados amazônicos com os maiores índices de alertas foram Pará (282,2 hectares), Mato Grosso (116,5 hectares) e Amazonas (94,6 hectares).

Os estados situados no cerrado que tiveram maior avanço do desmatamento foram Bahia (90,5 hectares), Tocantins (83,6 hectares) e Piauí (47,8 hectares). O crescimento tem maior foco na região conhecida como Matopiba, a nova fronteira agrícola.

Plano de ação do Governo

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), retomou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), programa responsável pela diminuição considerável do desmatamento no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2004.

Com um novo alerta para a região do Cerrado, o governo federal criou um programa inédito para o bioma, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado).

 

Foto destaque: Área desmatada em Nova Xavantina (MT), na fronteiraentre Amazônia e Cerrado. Reprodução/Amanda Perobelli/Reuters

Muro da fronteira entre EUA e México será ampliado

Após o governo dos EUA derrubar mais de 20 leis e regulamentações federais, integrando as medidas de proteção ao meio ambiente, o cenário atual permite que seja feita a construção da continuação do muro na fronteira com o México, com novos 32 km de extensão. 

Efetivação da construção

No dia em que Joe Biden tomou posse da presidência dos EUA, assinou um decreto que manifestava: “construir um muro na fronteira não é uma solução política séria”. Porém, com um movimento a favor da expansão do muro, o presidente americano tem sido criticado e nomeado como contraditório. Por outro lado, esse comportamento pode atrair eleitores conservadores para a próxima eleição.

A ideia do muro ganhou destaque mundial após ser anunciada como promessa campanha de Donald Trump. O Congresso americano concedeu a verba para a obra em 2019, quando Trump era presidente. Mas, como está escrito na lei, a gestão de Biden é obrigada a usar o dinheiro para dar andamento para as construções.


Presidente dos EUA, Joe Biden. (Foto: reprodução/REUTERS/Elizabeth Frantz)


Contradições no governo americano

O presidente dos EUA disse que tentou usar esta verba para conter a imigração ilegal de outro modo, investindo no setor da tecnologia, porém, a estratégia não foi efetiva. Quando foi perguntado se acreditava que um muro na fronteira seria eficaz para manejar a situação, Joe Biden apenas respondeu que não.

Porém, o discurso do presidente está desalinhado com as perspectivas do seu governo. O secretário de segurança interna, Alejandro Mayorkas, declarou que existem exigências urgentes para delimitar barreiras físicas na fronteira americana com o México para impedir imigrantes ilegais nos EUA.

Mais de 230 mil registros de ocorrência em agosto de 2023, maior número mensal do ano, com 13,5% do total compostos por venezuelanos. Dessa forma, Washington regulamentou um acordo com Caracas para retomar as ações de deportação dos cidadãos da Venezuela que moram ilegalmente nos Estados Unidos, pessoas que estavam se abrigando no país americano porque sofriam pressões do governo de Nicolás Maduro.

Foto destaque: Muro na fronteira entre EUA e México. Reprodução/Getty Images/BBC News Brasil