Sequestro de civis pelo Hamas pode mudar a estratégia de Benjamin Netanyahu

Desde o último sábado (07), Israel vem sofrendo com um devastador ataque terrorista organizado pelo grupo Hamas. Ao longo desses últimos dias, mais de 700 mortes de civis e militares foram registradas, além de aproximadamente 120 reféns levados a força pelos soldados do grupo terrorista, o que pode gerar uma resposta violenta por parte de Israel. 

Netanyahu é pressionado pela opinião pública

A comoção popular em Israel está sendo misturada com a sensação de angústia dos parentes de desaparecidos pela falta de informações e isso deixou o Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu, pressionado pela opinião pública.

Netanyahu nunca escondeu sua preferência por bombardeios aéreos, e não ofensivas terrestres, já que esses ataques podem ser altamente devastadores, principalmente em uma área tão povoada como a Gaza, e podem resultar em altas quantidades de óbitos de civis.

Em um vídeo que circula nas redes sociais uma adolescente israelense é levada por radicais e as imagens chocaram o mundo pela crueldade dos terroristas. Diversos relatos de crianças e idosos sendo sequestrados também vêm causando comoção e revolta por todo o mundo.

O sequestro de civis para torná-los reféns mudou completamente a estratégia do primeiro-ministro israelense, e tornou praticamente impraticável a ideia de Netanyahu de percorrer o caminho já feito outras vezes: bombardear, entrar e sair da Faixa de Gaza. O governo israelense corre um sério risco de entrar em uma operação militar longa com o grupo radical Hamas, o que pode custar a vida de muitos civis.


Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Foto: Reprodução/REUTERS/BBC)


Relembre ações anteriores do grupo Hamas

Em 2008, foi criada a Operação Chumbo Fundido, logo após mais de 200 foguetes atingirem o sul de Israel, encerrando um cessar-fogo que durava seis meses. Os foguetes foram lançados da Faixa de Gaza. Em 2007, Israel havia se retirado do território de Gaza, que ficou sob o poder do grupo Hamas. Em apenas um dia de ataques aéreos, mais de 200 palestinos foram mortos. 

Já em 2014, ocorreu outro ataque terrestre, durante a Operação Margem Protetora, uma campanha militar de aproximadamente 50 dias e iniciada após o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses e a morte de um jovem palestino, que foi queimado vivo.

Foto destaque: Soldados do grupo radical Hamas. Reprodução/REUTERS/BBC

Renan Bolsonaro: por que ex-assessor diz ter lavrado conversas em cartório?

Diego Pupe, ex-assessor de Renan Bolsonaro, expôs recentemente conversas com o filho do ex-presidente, alegando ter tido um relacionamento amoroso com o mesmo. O print teria sido lavrado no 18º Cartório do Distrito Federal.

A legislação brasileira reconhece a possibilidade de utilização prints de conversas como prova jurídica em diversos casos como ações trabalhistas, disputas contratuais e casos de violência virtual, mas a aceitação desses prints como evidência está sujeita a condições específicas para garantir sua autenticidade e integridade, exigindo a atenção a certos requisitos legais. Uma das principais condições é a obtenção de uma ata notarial em um cartório de notas.  

Uso do “print” como prova 

Conversas em aplicativos de mensagens e redes sociais estão sujeitas a quaisquer tipos de diálogos, nem sempre cordiais e respeitosos. Há bastante dúvidas sobre como o “print” pode ser usado como prova em casos de excessos com o interlocutor. Muitas vezes essas imagens salvas podem ter um desempenho fundamental como evidências em casos legais.

A Ata Notarial produzida pelo tabelião de notas testemunha a veracidade dos fatos registrados e garante sua autenticidade. O tabelião obtém os requisitos de acessibilidade do aparelho e com eles segue toda a linha de acessos até as mensagens objeto principal da ata. Essa trilha é narrada minuciosamente na ata e ao final se imprime todas as imagens das conversas que se pretende usar como prova. 

Exposição de conversas

O vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo Andrey Guimarães Duarte explica que todos os meios de provas são admitidos em juízo. “A importância da ata é observada por dar ao julgador maior segurança acerca da veracidade do conteúdo e da forma como foi produzida a imagem. A parte contrária teria que demonstrar a inveracidade das imagens, invertendo-se o ônus da prova”.

Para Davi Rodney, criminalista da NCSS Advogados, embora esse gesto de expor conversas íntimas esteja cada vez mais recorrente, ele faz com que quem publique a conversa possa perder a razão.

Pensando em expor apenas a conversa e não o interlocutor, muitas vezes o responsável pela exposição borra ou cobre o nome de quem enviou a mensagem e então posta a conversa, mas ainda assim, caso o teor da mesma identifique indiretamente quem a enviou, a pessoa que postou pode ser responsabilizada.

O Poder Judiciário, no geral, tem posição pacífica no sentido de que a inexistência de menção expressa, ou mesmo a criação de apelido com vistas a camuflar os dados da pessoa exposta, não exime a responsabilidade daquele que a expõe, a depender do conteúdo revelado”, afirma Davi.

A exposição não permitida da intimidade, por si só, já é passível de configurar crime, que pode circular entre os delitos contra a honra (injúria e difamação), além do recém-criado delito de “stalker”  ou perseguição. 

Foto destaque: Renan Bolsonaro. Reprodução/Portal Leo Dias

Hamas ameaça executar reféns ao vivo se Israel continuar ataques

Os líderes do Hamas anunciaram que iniciarão execuções dos reféns capturados nos ataques de sábado (07), transmitidas ao vivo, caso Israel prossiga com os bombardeios na Faixa de Gaza.

Em entrevista à Bloomberg hoje mais cedo, o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Ron Dermer, foi categórico ao ser questionado sobre a notícia de hoje da Reuters, de que o Quatar estaria mediando uma negociação pela liberdade de mulheres e crianças israelenses sequestradas pelo Hamas, em troca da libertação de 36 mulheres e crianças palestinas de prisões israelenses: “O Qatar está negociando com o Hamas. Israel não.”

Desde ontem, centenas de palestinos foram mortos em ataques aéreos de Israel, uma represália aos ataques de sábado.

Ministro nega que Israel esteja em negociação com o Hamas

Nesta segunda-feira (09), Dermer classificou como “doentes e selvagens” os ataques do Hamas a Israel ocorridos no último sábado (07). Os ataques mataram pelo menos 700 pessoas: “Sabe-se que os israelenses de certa idade lembram-se de 1973, quando um ataque surpresa foi lançado contra nós em duas frentes diferentes. Houve euforia na época por alguns dias, mas depois Israel virou o jogo“, declarou.

Questionado sobre uma possível invasão completa da Faixa de Gaza, Dermer afirmou que Israel fará o necessário para dar uma lição que o Hamas lembrará por muitas décadas. O Ministro também assegurou que os israelenses sempre se recordarão do dia 07 de outubro.

Impacto humanitário dos ataques de Israel em Gaza

O Ministério da Saúde de Gaza condenou hoje (09) os ataques aéreos de Israel ao Hospital Beit Hanoun: “O Hospital Beit Hanoun, o único na cidade, está fora de serviço devido a ataques repetidos nas proximidades, o que tornou impossível a entrada e saída de funcionários e causou danos significativos, interrompendo seus serviços.


Ministério da Saúde de Gaza denuncia bombardeio israelense ao Hospital Beit Hanoun (Foto: Reprodução/X/@MOH_PR)


Antes de denunciar o bombardeio do hospital em Gaza pelas forças israelenses, o Ministério da Saúde de Gaza informou haver 560 mortos e 2.900 feridos palestinos desde o último sábado. Além disso, 16 palestinos foram reportados como mortos na Cisjordânia.

Hamas ameaça executar reféns ao vivo

Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, fez um anúncio agora à tarde do líder do braço militar do Hamas, Abu Ubaida, de que o grupo executará reféns e transmitirá as execuções ao vivo caso Israel não cesse os bombardeios: “Decidimos pôr fim a isso tudo, a partir de agora anunciamos que a cada ataque sem aviso prévio contra o nosso povo, seguro em suas casas, assisteremos à execução dos civis reféns, que serão transmitidas com áudio e vídeo.”


 


O número exato de reféns ainda é incerto. De acordo com a Al Jazeera, no domingo (08), o Hamas declarou ter capturado mais de 100 reféns. Nesta segunda-feira (09), o jornal palestino Ma”/an News relatou que o número de reféns supera 130.

 

Foto destaque: Ismail Haniyeh publico que Abu Ubaida, líder do braço militar do Hamas, começará execuções de reféns caso Israel não interrompa bombardeios. Reprodução/Facebook/QudsNen

No Paraná, carro é arrastado por rio em tentativa de travessia de estrada alagada: pai e filha estão desaparecidos

Em Irati, município localizado no interior do estado do Paraná, uma terrível tragédia atingiu uma família. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o carro foi arrastado para um rio, resultando no desaparecimento de duas pessoas: um homem e a filha do casal. A mãe, Tatiane Furman, de 26 anos, foi encontrada com vida, presa à vegetação.

Desespero à beira do rio preto 

O incidente ocorreu por volta das 21h20 de domingo, 8 de outubro, nas proximidades do Rio Preto, na região central do Paraná. Um morador da localidade de Mato Queimado relatou a ocorrência aos bombeiros, que prontamente se dirigiram ao local para prestar assistência às vitimas.                             

No local, populares indicaram a possível localização de Tatiane, que estava no banco do passageiro do veículo. Os bombeiros relatam que conseguiram ouvi-la gritando em meio à mata alagada; ela estava presa em alguns galhos, sofrendo apenas ferimentos leves. Bombeiros intensificam busca em Irati, PR, na esperança de encontrar pai e filha após tragédia na estrada alagada.


Caso aconteceu no interior de Irati (PR) (Foto: Reprodução/ G1)


 Condições perigosas nas imediações do Rio

De acordo com informações da corporação, o local do incidente apresentava uma profundidade estimada de cerca de seis metros, com uma forte correnteza devido à cheia do rio. Após resgatarem Tatiane, os bombeiros iniciaram as buscas pelo marido, Cleomar Elton van Ryn, de 35 anos, e pela filha do casal, de apenas dois anos de idade, além de tentarem localizar o veículo.

As operações de busca foram encerradas por volta da 1h da madrugada e retomadas na manhã seguinte, segunda-feira, 9 de outubro por conta da dificuldade de continuar à procura em decorrência da baixa visibilidade acarretada pelo anoitecer da cidade, fazendo com que haja menos eficiência e maiores sacrifício físico e mental na realização do serviço.

 

Foto Destaque: Tragédia da Estrada Alagada em Irati, PR: Desaparecimento de Pai e Filha (Foto: Reprodrução/G1)

Tarcisío veta PL que proibiria venda de animais e apresenta nova proposta de regulamentação

Tarcísio de Freitas, o governador do estado de São Paulo, vetou integralmente o Projeto de Lei nº 523/23, que propunha a proibição da venda de animais em pet shops e plataformas de compra e venda dentro do território paulista. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira  (09).

Novo projeto propõe regulamentação do comércio de cães e gatos

Em substituição ao PL vetado, o governador enviou um novo projeto de lei à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 6 de outubro, em regime de urgência, para regulamentar o comércio de cães e gatos no estado.

O projeto anterior buscava proibir a venda de gatos, cachorros e pássaros domésticos por pessoas físicas e comércios não autorizados, estabelecendo a criação de um cadastro estadual. A intenção era permitir a comercialização apenas por criadouros que respeitassem as normas de bem-estar animal, com infrações passíveis de multa. O PL foi aprovado na Alesp em agosto e enviado para a sanção do governador em setembro.

Contudo, o texto causou descontentamento entre empresários e entidades ligadas à comercialização de produtos para animais de estimação, que argumentaram que o projeto violava princípios como o direito de propriedade, o livre comércio, a livre iniciativa e a liberdade econômica do setor privado.

Justificativa do veto pelo governador Tarcísio

Ao justificar o veto, Tarcísio elogiou a preocupação dos parlamentares da Alesp com a saúde e o bem-estar dos animais domésticos. No entanto, destacou que o projeto impedia o exercício responsável de atividades comerciais, contrariando o princípio da liberdade econômica.

Diante das pressões tanto a favor como contra o projeto, o governador optou por vetar integralmente o PL e apresentar uma nova proposta de lei à Alesp, o PL 1.477/23, que se concentra exclusivamente na regulamentação da comercialização de cães e gatos domésticos, deixando de fora os pássaros e o Cadastro Estadual do Criador de Animal (CECA).

O novo projeto prevê:

  • Proibição da venda por pessoas físicas;
  • Proibição da exposição dos animais em vitrines fechadas ou em condições exploratórias que causem desconforto e estresse;
  • Garantia de que filhotes convivam com suas mães pelo período mínimo recomendado pelos veterinários ou por norma técnica;
  • Fornecimento de laudo médico veterinário atestando a condição de saúde regular dos animais no ato da comercialização;
  • Condições para venda ou doação dos animais, incluindo idade mínima de 60 dias, respeito ao tempo de desmame e aplicação de todas as vacinas previstas no calendário.

As sanções previstas no projeto seguem a Lei Federal nº 9.605/98, que trata das sanções penais e administrativas relacionadas a condutas e atividades que afetam o meio ambiente, incluindo a fauna e a flora.


Gato em feira de adoção (Foto: Reprodução/ G1)


Sanções de acordo com a Lei Federal

O projeto será avaliado pelas comissões da Alesp, que analisarão sua constitucionalidade e demais aspectos. Uma vez aprovado, seguirá para a primeira votação dos parlamentares, que poderão propor alterações ao texto.

A decisão de Tarcísio de Freitas gerou reações divergentes. O Sindilojas-SP, sindicato dos empresários lojistas de Pet Shops, comemorou o veto, considerando-o uma vitória para a livre iniciativa e a verdadeira proteção animal. Por outro lado, o autor do projeto vetado, o deputado Rafael Saraiva, apesar de reconhecer que o novo projeto não é ideal, o considera um primeiro passo na proteção dos animais, destacando a sensibilidade do governador para a questão.

O debate sobre a regulamentação da venda de animais em São Paulo continua, com diferentes partes interessadas expressando suas opiniões e preocupações.

Foto Destaque: Projeto da Alesp que proibia venda de animais havia sido aprovado por unanimidade. (Foto: Reprodução/UOL)

Conflito entre Israel e Hamas entra em seu 3º dia e não tem previsão de acabar

Israel e os territórios palestinos viveram mais um dia de violência, com ataques a mísseis e bombardeios. Nas últimas 48 horas, as forças de segurança israelenses responderam com bombardeios aos ataques terroristas do grupo extremista Hamas. A organização terrorista havia bombardeado o país no último sábado (7), em um ataque surpresa considerado um dos maiores ataques já sofridos pelo país, o Hamas afirmou que o ataque está iniciando uma grande operação para retomar o território que hoje pertence a Israel.

O conflito começou nas primeiras horas do último sábado, ao final do feriado judaico Sucot, quando dezenas de homens armados membros do grupo terrorista Hamas se infiltraram no sul de Israel desde a faixa de Gaza. As invasões aconteceram tanto por terra, mar e ar, com auxílio de parapentes. Além de invadir o país, os terroristas fizeram reféns, segundo as forças armadas israelenses, mais de 100 pessoas foram capturadas pelo Hamas e estão sendo mantidas em cativeiro, entre elas estão civis e militares. Em resposta à ação do grupo terrorista, o exército de israelenese realizou uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza. Desde então o confronto entre Israel e Palestina só piorou. 

Hoje ele entrou em seu 3º dia, até então ele já deixou mais de mil pessoas mortas e milhares de feridos. As autoridades palestinas informaram que os ataques deixaram 413 pessoas mortas. Já as autoridades israelenses informaram que os ataques fizeram mais de 700 vítimas. Além disso, os ataques deixaram cerca de 4 mil feridos nos dois territórios. 


Fogo e fumaça saíndo de prédio bombardeado por Israel na Faixa de Gaza. (foto:reprodução/REUTERS/Ashraf Amra)


Hezbollah e escalada dos ataques

As escaladas do ataques provocou temores que um conflito de maior escala possa acontecer entre Israel e outras facções que se opõem ao estado judeu na região, isso inclui o Hezbollah, um partido armado pelo Irã e pela Síria que já esteve em conflito com estado israelense durante a Guerra do Líbano, em 2006. O grupo reivindicou três bombardeios com mísseis teleguiados feitos a uma região conhecida como Fazendas de Shebaa, afirmando apoio ao Hamas, a área está localizada em um território ocupado por Israel desde 1967. Essa área é reivindicada pelo Líbano. As Fazendas Shebaa são um pedaço de terra com 39 quilômetros quadrados, que foi tomado por Israel em 1967. Porém tanto a Síria e o Líbano afirmam que as Fazendas Shebaa são território libanês.

O exército libanês se pronunciou por meio de uma declaração pública na rede social x, afirmando que projéteis e foguetes foram lançados no sul do país para o “território libanês ocupado”, sem afirmar quem foi responsável, e que houve um ataque israelense que deixou muitas pessoas feridas.  

Uma fonte ligada às forças de segurança libanesas disseram à agência de notícias Reuters que uma tenda que havia sido montada pelo Hezbollah nas Fazendas Shebaa havia sido atingida e que os membros do Hezbollah haviam construído uma nova. Ao longo do último domingo (8) mais trocas de tiros aconteceram, de acordo com duas fontes de segurança libanesas, os foguetes que foram disparados pelo Líbano atingiram novamente as posições do exército israelense em Shebaa. Após isso Israel respondeu com um ataque de artilharia no Vilarejo de Kfar Shouba. 

A missão de manutenção da paz nas Nações Unidas no sul do Líbano, conhecida como UNIFIL, afirmou ter “detectado vários foguetes disparados do sudeste do Líbano em direção ao território ocupado por Israel”, e também detectou os disparos feitos por Israel contra o Líbano. 

Comunidade Internacional

Muitos países da Europa, como Alemanha e Reino Unido reforçaram a segurança perto de sinagogas, escolas e outras instituições ligadas à comunidade judaica. Na França, o governo deixou claro que nenhuma ameaça havia sido detectada até o momento. 

Já no Vaticano, durante a celebração de domingo, o Papa Francisco pediu o fim da violência e dos ataques. O pontífice afirmou que o terrorismo e a Guerra não trazem soluções, apenas morte e sofrimento a muitas vidas inocentes. 

Pelos desdobramentos nos últimos dias, o conflito não parece estar próximo do fim. Segundo um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira, cerca de 123 mil pessoas tiveram que deixar suas casas na Faixa de Gaza.

 

Foto destaque: Prédio destrído na Faixa de Gaza após ataque de Israel. Foto:reprodução/Mohammed Abed/AFP

Conflito entre Israel e Hamas entra em terceiro dia com mais de 1.200 mortos

O conflito entre Israel e o Hamas entra em seu terceiro dia, marcado por incessantes bombardeios durante a noite em Gaza. Combates entre as forças israelenses e as do Hamas persistem principalmente em comunidades no sul de Israel. De acordo com boletins do Ministério da Saúde de Israel e de Gaza, o número de mortos já ultrapassa 1.200, e há mais de 5.000 feridos. 

Israel mobiliza 100 mil reservistas em retaliação ao Hamas

Estamos falando de 700 israelenses mortos. Dentre esses, 260 são jovens que participavam de um festival de música no sul de Israel e foram executados no local. Muitos dos presentes no festival também foram levados para Gaza“, afirmou Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, na noite de ontem (8).


Nesta segunda-feira (9), Israel bombardeou a mesquita Al-Soussi no campo de refugiados de Al-Shati, causando mortes e dezenas de feridos. (Foto: reprodução/X/@WAFANewsEnglish)


Espero que amanhã (9) possamos declarar que Israel está, finalmente, livre de terroristas. Este objetivo ainda não foi alcançado e, enquanto falamos, combates continuam no sul de Israel em diversas comunidades“, disse o porta-voz, referindo-se à operação “Espadas de Ferro”, em retaliação ao ataque-surpresa do Hamas no sábado (7).

“A resolução virá apenas no campo de batalha”, afirma líder do Hamas

A “/Inundação de Al-Aqsa”/ começou em Gaza e se estenderá à Cisjordânia e a Jerusalém. E também aos nossos cidadãos de 1948, à resistência e ao nosso povo palestino no exterior“, declarou o líder do Hamas, Ismail Haniyyeh, em vídeo publicado na tarde de ontem (8).

Toda a normalização e reconhecimento deste Estado, bem como todos os acordos assinados com ele, não têm o poder de resolver este conflito. A resolução virá apenas no campo de batalha“, disse Haniyyeh. 

Ontem (8), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu, mas não chegou a um consenso para emitir uma declaração conjunta sobre o conflito Israel-Gaza.

Ministro da Defesa de Israel anuncia bloqueio total à Faixa de Gaza

Israel mobilizou cerca de 100.000 reservistas para a região. Os bombardeios não cessaram durante a noite, atingindo abrigos e mesquitas. Na manhã de hoje, já eram 560 palestinos mortos, segundo o último boletim do Ministério da Saúde de Gaza, divulgado às 9h (Brasília).


Ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant anunciou hoje bloqueio total à Faixa de Gaza, chamando palestinos de “animais-humanos”. (Foto: reprodução/X/@yoavgallant)


Nesta segunda-feira (9), o Ministro da Defesa de Israel anunciou um bloqueio total a Gaza. Autoridades israelenses cortarão o fornecimento de eletricidade e bloquearão a entrada de alimentos e combustíveis na Faixa de Gaza. Este é um agravamento de medidas já em vigor, já que Israel e Egito têm imposto vários níveis de bloqueio a Gaza desde que o Hamas assumiu o poder em 2007.

Impomos um cerco total à cidade de Gaza — sem eletricidade, sem comida, sem água, sem combustível. Tudo fechado; entramos em guerra com “/animais-humanos”/, devemos agir de acordo“, afirmou Yoav Gallant.

 

Foto destaque: bombardeios israelenses à Faixa de Gaza não cessaram desde ontem. Reprodução/X/@QudsNen.

Invasão de festa pelo Hamas matou mais de 200 pessoas deu início ao conflito com Israel

No sábado (07) o festival de música eletrônica Universo Paralello-Supernova, acontecia na cidade de Rei´m, Israel, próximo a faixa de Gaza e foi interrompido por um ataque a tiros surpresa promovido pelo grupo Hamas. O festival foi idealizado pelo pai do DJ Alok, Juarez Petrillo, também chamado de DJ Swarup. Participavam do evento cerca de três mil pessoas.

Até a última atualização foram encontrados cerca de 260 corpos, a maioria jovens que aproveitam o feriado judaico de Sucot, também chamado de Festa das Cabanas ou dos Tabernáculos. Além dos mortos, existem ainda muitos desaparecidos, que há suspeitas de que foram sequestrados pelo Hamas.

Como ocorreu

Testemunhas que participavam do festival foram ouvidos pela BBC disseram que perceberam que algo estava errado quando a sirene de foguetes tocou ao amanhecer e que segundos após tiros começaram a acontecer, vindo de todos os lados e a eletricidade foi desligada.

Eles disseram que os atiradores chegaram em vans, com uniformes militares. Os participantes da festa tentaram fugir, em carros ou a pé, porém estavam cercados por homens em jipes atirando contra eles.


Foto dos carros das pessoas que tentaram fugir do local após a invasão (Foto: reprodução/X/@TF1Info)


Um dos jovens disse que após o cerco os homens armados desceram dos carros e começaram a vasculhar as árvores, onde muitos dos que estavam no festival tentavam se esconder. Ali, os assassinos matavam sem piedade quem encontrasse, ainda segundo relatos. Eles permaneceram na área por cerca de três horas.

Brasileiros desaparecidos

Informações do Itamaraty dão conta de que três brasileiros binacionais, que tem dupla nacionalidade, estão entre os desaparecidos, um quarto esteve hospitalizado, porém recebeu alta médica no domingo (08). Em nota oficial, o órgão afirma que a Embaixada brasileira em Tel Aviv colheu dados de mil nacionais (cidadãos brasileiros) e seus dependentes, sendo a maioria turistas que estavam em Jerusalém e na capital Tel Aviv.

Resgate de brasileiros

Na noite de domingo, um avião brasileiro da FAB com capacidade para 230 passageiros, foi enviado pelo governo à Tel Aviv para repatriar aqueles que estão em Israel. O Itamaraty ainda estuda uma forma de resgatar brasileiros que estão na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, territórios palestinos, porém o acesso pelo ar é difícil.

 

Foto destaque: foto do festival Universo Paralello-Supernova horas antes dos ataques do Hamas. Reprodução/X/@Reuters

Festival “Universo Paralello” se transforma em filme de terror em meio ataque do Hamas

O festival Universo Paralello é muito conhecido e esperado pelo público amante da música eletrônica, esse ano não foi diferente. Além dos participantes, organizadores do evento já manifestavam ansiedade e muita comemoração antes do início dos espetáculos. “Chegou o momento em que toda a família está prestes a se reunir novamente“, escreveram os organizadores nas redes sociais antes de começar. “E como vai ser divertido!

O evento estava marcado para acontecer durante este sábado (7) no deserto do sul de Israel para coincidir com o festival judaico de Sukkot. Insavores abriram fogo contra o público, fazendo mais uma parte do ataque surpresa contra Israel orquestrado pelo grupo Hamas. Logo ao amanhecer uma sirene foi disparada devido o alerta de foguetes, segundo testemunhas, em seguida foi aberto fogo.

Como ocorreram os ataques

Testemunhas relatam que haviam muitos homens vestidos como militares atirando para todos os lados, as pessoas não conseguiam nem mesmo correr para os seus próprios carros, que estavam sendo alvos de tiros a todo instante. 

Muitas pessoas foram feridas, a energia foi cortada e não era possível entender o que estava ocorrendo no momento. O festival ocorre no deserto de Negev, perto do Kibbutz Re-im, não muito longe da Faixa de Gaza.



Mapa do festival onde ocorreu ataque do grupo Hamas.(Foto: Reprodução/site/universoparalello.org)


Yaniv, um socorrista de emergência que foi chamado para o evento, disse à emissora pública Kan News: “Há pelo menos 200 corpos de israelenses na área onde eu estava, foi um massacre!” ele disse. “Nunca vi nada parecido na minha vida. Foi uma emboscada planejada. À medida que as pessoas saíam pelas saídas de emergência, esquadrões de terroristas estavam esperando por elas lá e começaram a atirar nelas.”

O que se sabe a respeito

Até o momento, nenhum declaração confirmada sobre o número de mortos e feridos foi divulgada. Também não está claro se ocorreram sequestros ou reféns das pessoas que estavam lá, como fizeram em outras cidades e vilas.

 

Foto de Destaque: Divulgação do festival Universo Paralello. (Foto:Reprodução/Site/universoparalello.org)

Faixa de Gaza: incêndio e nova explosão são registradas na tarde de domingo (8)

As imagens foram transmitidas ao vivo durante a tarde deste domingo (8), através do GloboNews, e mais tarde também registradas em vídeo, o momento exato em que uma nova explosão acomete a região da Faixa de Gaza, durante o segundo dia de conflito declarado.

É possível observar o que no vídeo, jornalistas chamam de “imagens impressionantes” referindo-se as fumaças dos escombros, que marcam 19:48h no horário local de Israel.

Acompanhe o vídeo



Momento da explosão na Faixa de Gaza (Vídeo: Reprodução/G1)


Segundo declarações das forças israelenses os ataques ocorrem em áreas ocupadas pelo Hamas, uma vez que a operação é feita em larga escala. Porém, muitas dessas áreas são ocupadas também pelos civis.

Este é o segundo dia de conflito entre o Israel e o Hamas. O grupo extremista iniciou os ataques bombardeando Israel em um ataque surpresa, com milhares de bombas e sendo um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.

Pronunciamento

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se pronunciou declarando guerra, começou a convocar reservistas, e no mesmo dia revidou os ataques. “Estamos em guerra e vamos ganhar…O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu”.O banco nacional, na Faixa de Gaza foi um dos diversos alvos.

Iniciada durante o sábado (7), com continuidade em toda madrugada e durante o dia de hoje (8), os ataques contabilizam diversas mortes, mais de 300 só nos primeiros ataques, além de feridos. Já o grupo Hamas, declara qu  seus integrantes continuam engajados em “lutas ferozes” dentro de Israel.

O conflito em Israel é sobre a divisão do território entre judeus e árabes. O território israelense foi infiltrado a partir da Faixa de Gaza pelo grupo islâmico Hamas.

Apesar de fortemente intensificado nos últimos dias, o conflito já é registrado a pelo menos 70 anos na região do Oriente Médio.
Durante o fim de semana, a declaração de guerra foi realizada oficialmente por Israel contra o grupo.

Foto de Destaque: Primeiro Ministro de Israel Benjamim Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, em pronunciamento à nação após ataques. Reprodução/Facebook/Benjamim Netanyahu