Biden afirma que invasão de Gaza por Israel é um erro, e que Hamas deve o alvo

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, afirmou em uma entrevista a TV americana que o ataque de Israel a Faixa de Gaza é um erro, que os esforços do país deve ser para eliminar o grupo terrorista Hamas, e que é necessária a criação de um Estado palestino.

Retaliação de Israel

Após o ataque do último dia 7, Israel deu início a intensos bombardeios a região de Gaza, e pretende também atacar por terra nos próximos dias, o que pode levar a mais um enorme número de morte de civis, caso estes não consigam sair a tempo da região – ação que está sendo dificultada pela demora do Egito em abrir passagem para os refugiados.

Segundo o presidente americano, em entrevista ao programa “60 Minutes”, apresentada neste domingo (15), tal resposta de Israel seria um erro porque a questão a ser resolvida é com o Hamas, responsável pelos ataques, e não o povo palestino, que vive na região por onde os terroristas se infiltraram no país.

Gilad Erdan, embaixador israelense da ONU, comentou o discurso de Biden dizendo que não é a intenção de Israel ocupar Gaza, ou permanecer lá, mas que esta é a “única maneira é destruir o Hamas”, libertas seus reféns e garantir o futuro de Israel.

Biden também comentou que acredita que Israel seguirá as “regras da guerra”, ou seja, “que os inocentes em Gaza poderão ter acesso a medicamentos, alimentos e água”, porém, não é o que vem ocorrendo até o momento, pois, a região está sem acesso à comida e Israel já deu início aos cortes de energia, a que já havia avisado que faria. .


Jon Biden em “60 Minutes” (Foto: reprodução/Deadline)


Criação do Estado palestino

O presidente dos EUA também declarou que acredita que deve haver uma forma de criar  um Estado palestino, para cessar os conflitos na região, mas mantém a afirmação de que, mesmo assim, o Hamas deve ser eliminado.

Biden também revelou que não vê necessidade do envio de tropas americanas para a região, que Israel não necessita de auxílio.

 

Foto Destaque: Joe Biden no programa “60 minutes”. Reprodução/Axios.

Doxxing afeta palestinos nos EUA e ativistas críticos de Israel: Entenda o fenômeno

Antes de ingressar na faculdade, Fouad Abu-Hijleh, de 25 anos e descendente de refugiados palestinos, desconhecia um mundo onde manifestar apoio aos palestinos fosse considerado controverso. Abu-Hijleh pertence a uma família que, como muitas outras, se estabeleceu na Jordânia após a Guerra Árabe-Israelense de 1948, um evento que os palestinos chamam de al-Nakba ou “a catástrofe”.


Apoio espanhol ao povo palestino ocorreu na praça mais famosa de Madrid. (Foto: reprodução: X /Álvaro Laguna/Opera Mundi)


Abu-Hijleh não está sozinho nessa situação. Recentemente, um caminhão passou perto do campus da Universidade de Harvard exibindo nomes e fotos de estudantes cujas organizações assinaram uma declaração atribuindo exclusivamente a Israel a responsabilidade pelos ataques mortais do Hamas. Uma organização sem fins lucrativos conservadora alegou ser responsável por esse ato, intitulando o caminhão de “Os principais antissemitas de Harvard”.

Ativistas palestinos de direitos humanos relatam que o doxxing não é uma prática nova. Eles temem perder empregos e sofrer danos psicológicos por defenderem um tratamento justo dos palestinos sob ocupação, ou simplesmente por serem de origem palestina.

O doxxing é a divulgação não autorizada de informações pessoais, muitas vezes com motivações maliciosas. O site em questão publicou informações sobre Abu-Hijleh, incluindo fotos não disponíveis em suas redes sociais, sua trajetória profissional e até mesmo seu nome no Facebook. Sua página permaneceu sob vigilância constante, aparecendo como um dos primeiros resultados nas buscas do Google.

As tensões entre apoiadores de Israel e defensores dos direitos dos palestinos têm se intensificado em campi universitários, particularmente após os recentes ataques do Hamas, que causaram mortes tanto em Israel quanto na Faixa de Gaza. Grupos pró-Israel vêm usando doxxing e listas negras como táticas para reprimir a expressão política pró-Palestina e aumentar os riscos para aqueles que defendem a causa palestina.

Lena Ghrama, estudante da Faculdade de Direito da City University of New York, também teve suas fotos e mensagens publicadas no mesmo site, mesmo mantendo sua mídia social privada e sem uma foto de perfil. Ela descreve que até mesmo eventos em que demonstrou seu apoio à Palestina foram documentados, embora não sinta vergonha de suas ações.

O fenômeno do doxxing está levando estudantes e ativistas a enfrentarem ameaças e riscos pessoais significativos, incluindo ameaças de morte e repercussões negativas em suas vidas profissionais. Diante disso, a prática tem gerado preocupações em relação à liberdade de expressão e à segurança dos defensores dos direitos dos palestinos.

É importante ressaltar que as críticas às políticas israelenses não devem ser confundidas com antissemitismo, e organizações judaicas, como o Harvard Hillel, condenaram os esforços para intimidar e expor estudantes que manifestaram opiniões críticas sobre Israel. A Aliança Internacional para a Memória do Holocausto ressalta que as críticas a Israel, quando comparáveis a críticas a qualquer outro país, não devem ser consideradas antissemitas. Os ativistas defendem que é essencial promover discussões abertas e construtivas sobre as políticas israelenses sem restringir a liberdade de expressão.

Aumento das tensões nos campi universitários

Antes de ingressar na faculdade, Fouad Abu-Hijleh, de 25 anos e descendente de refugiados palestinos, desconhecia um mundo onde manifestar apoio aos palestinos fosse considerado controverso. Abu-Hijleh pertence a uma família que, como muitas outras, se estabeleceu na Jordânia após a Guerra Árabe-Israelense de 1948, um evento que os palestinos chamam de al-Nakba ou “a catástrofe”.

Desafios de segurança e liberdade de expressão

No entanto, durante seu tempo na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, Abu-Hijleh se viu no centro de uma prática chamada “doxxing”. Seu nome foi publicado em um site anônimo dedicado a listar indivíduos que acreditavam ser anti-Israel ou antissemitas, simplesmente por ter sido mencionado em um artigo, mesmo após expressar seu desejo de anonimato. Essa exposição levou-o a sentir-se constantemente vigiado, a ponto de evitar visitar a Cisjordânia e se preocupar com interrogatórios extensos na fronteira.

O doxxing não é um fenômeno isolado, afetando muitos ativistas palestinos e defensores dos direitos humanos. Essa prática está gerando preocupações crescentes em relação à liberdade de expressão e à segurança dos defensores dos direitos dos palestinos nos Estados Unidos.

 

Foto destaque: Estudante pró-Palestina em protesto na universidade de Columbia, em Nova York. Reprodução/REUTERS/Jeenah Moon

Israel não autoriza abertura de corredor para retirada de brasileiros de Gaza

Os brasileiros que estão em Gaza ainda estão no aguardo de uma autorização do governo de Israel para que se forme um corredor humanitário e que consigam deixar o mais rápido possível a região conflagrada entre o Hamas e o exército israelense. Até a manhã dessa segunda-feira (16), o acordo para um cessar-fogo temporário para que brasileiros e estrangeiros conseguissem sair do local ainda não havia sido homologado.

Brasileiros

Ao todo são 28 brasileiros que entraram em contato com a embaixada brasileira e solicitaram o resgate da Faixa de Gaza. São dois grupos em cidades diferentes, o primeiro se encontra em Rafah que fica a 1 km da fronteira com o Egito e o outro grupo com 18 pessoas estão na cidade de Khan Yunis, um pouco mais distante da fronteira egípcia. Os brasileiros estavam abrigados em uma escola católica, porém com o aumento das tensões na região, o local deixou de ser seguro e o governo brasileiro decidiu retirar as pessoas em dois grupos para essas duas cidades.


Grupo de oito brasileiros em abrigo na cidade de Fatah (Foto: reprodução/X/@senadorhumberto)


O que diz o Itamaraty

O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas explica que o objetivo principal do país é retirar os cidadãos em segurança e que isso vem sendo tentado desde a última sexta-feira (13), mas por conta de um pequeno atraso a viagem não pode ser feita até o Egito por já estar de noite e os bombardeios vindos do exército israelense acontecem ao anoitecer, se tornando perigoso o caminho.

Opções para saída de Gaza

O Brasil através de seu corpo diplomático estuda duas formas para retirar os seus cidadãos de Gaza pelo Egito. A primeira opção seria pelo aeroporto da cidade de Al Arish que fica a 53 Km da Faixa de Gaza. A outra alternativa pensada e a mais provável até o presente momento seria ir até o aeroporto da capital Cairo, que fica a 350 Km da fronteira.

O governo brasileiro disponibilizou a aeronave oficial da presidência da república que está em Roma, na Itália, apenas aguardando autorização para ir até o Egito e retirar os brasileiros em segurança. Porém não existe previsão de quando poderá ser feito o resgate.

Sem cessar-fogo

Durante a madrugada desse domingo (15), a agência Reuters havia divulgado que o governo de Israel havia concordado em conceder uma suspensão temporária para que se civis de diversas nacionalidades cruzassem a fronteira com Egito em segurança, mas o gabinete de Israel negou a informação pela manhã.

Em um curto comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que não existe trégua no momento para ajuda humanitária e nem para retirada de estrangeiros da região.

O Hamas também afirmou que não houve nenhum movimento por parte do Egito e nem de Israel sobre planos para que a fronteira fosse aberta e que um corredor fosse formado para saída de estrangeiros.

 

Foto destaque: brasileiros antes de serem divididos em dois grupos, estavam em escola católica em Gaza. Reprodução/X/@monicabergamo

Hamas divulga vídeos com detalhes da preparação para o ataque a Israel

O Fantástico deste domingo (15) apresentou os vídeos divulgados pelo grupo terrorista palestino, Hamas, que exibiam em detalhes como o grupo se preparou para os ataques a Israel no dia 7. As imagens comprovam que a ação foi meticulosamente planejada, por um longo tempo, e que não foi um ato de impulso.

Revelação

O Hamas parece ter feito questão, ao divulgar os vídeos, de mostrar ao mundo que o grupo é muito bem organizado: com um longo tempo de preparação; armas “caseiras” – para dificultar o rastreio da defesa inimiga; e locais de ataque, alvos, muito bem definidos para casa participante da ação.

O material divulgado, ainda antes do ataque, no dia 12 de setembro, incluiu imagens do treinamento dos terroristas: construção de réplicas perfeitas do muro que divide a Faixa de Gaza de Israel; torres de vigilância, vilas e casas de civis, com fotos representando pessoas dentro delas. Munição real é utilizada durante o treinamento. Também foram divulgadas gravações feitas por uma câmera carregada pelo comandante do ato a um quartel, que dá detalhes como o acesso dos terroristas a mapas que demarcavam exatamente o seria encontrado por eles dentro das instalações.


Comandante do Hamas analisando mapa de alvos. (Foto: reprodução/Fantástico)


Os primeiros movimentos deveriam ser feitos por drones, com a intenção de ludibriar o sistema de defesa, atacariam as torres de vigilância israelenses, para inutilizar as câmeras de segurança e os sensores que poderiam acusar a chegada do grupo; a invasão de, aproximadamente  2 mil terroristas, deveria ocorrer através de quatro buracos feitos no muro, de 51 quilômetros, que separa a área atacada, a Faixa de Gaza, de Israel. E assim o fizeram, divididos em dois grupos: o primeiro, de menor número, foi direto a bases militares e postos de segurança; enquanto o segundo, foi o que atacou os civis, incluindo os que estavam no festival de música. Segundo orientações que receberam, o plano era matar o maior número possível, e levar muitos outros como reféns.

Segundo o porta-voz do grupo terrorista, que falou com uma TV russa, o Hamas planejou toda ação por cerca de dois anos, enquanto enganava Israel através de uma falsa negociação de paz. 


Soldados israelenses. (Foto: reprodução/Poder 360)


O que esperar para os próximos dias

Israel, que já deu início a retaliação, anunciou que irá invadir a Faixa de Gaza de todas por todos os caminhos possíveis: terra, mar e ar, e, desta forma, avisou para que os moradores, civis, deixem o local. A questão é que o único caminho para tanto é através do Egito, por uma passagem para a Península do Sinai, que até então, nega-se a abrir passagem para os palestinos por temer que os refugiados acabem por tornar a Península em um Estado Palestino.

 

Foto Destaque: Reprodução de casas a serem atacadas pelos terroristas do Hamas. Reprodução/Fantástico

Brasileira de 20 anos luta no exército de Israel contra o Hamas

Carolina Mendes, vinda de uma família judia no Ceará, cursou o ensino médio em Israel. Depois disso, decidiu permanecer no país, cumprindo o serviço militar aos 18 anos. Quando o grupo terrorista Hamas iniciou os ataques contra Israel, Carolina ainda estava na ativa. Desde então, atua em uma equipe de resgate. 

“A minha comandante começou a me ligar muitas vezes, até que ela falou que eu tinha que arrumar minha mala por um mês. Eu não sabia o que estava acontecendo, achei que era só bomba como sempre. Quando liguei a televisão, achei que a gente estava em um filme. Estava tudo muito descontrolado”, relatou Carolina.

Segundo ela, a brasileira perdeu sete colegas da base militar na qual atuava. Depois dos ataques, sua equipe foi realocada para uma base mais distante dos conflitos. 

“A gente não sabe quando vai voltar para nossa base de novo. Não sabe quando vai voltar para casa. A situação do país está super complicada, todo mundo abalado”, contou a brasileira.

O namorado de Carolina, que também está na ativa no exército israelense, foi convocado para retornar à sua base e deverá ir para Gaza. “A gente não pode abaixar a cabeça e se lamentar, porque o país precisa da gente aqui”, disse a brasileira.


Brasileira Carolina Mendes fardada, em fotos de suas redes sociais. (Foto: reprodução/g1).


Família de Carolina

Carolina tem origem de uma família de judeus, que vieram ao Brasil após sofrerem perseguições na Europa pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial. Seus bisavós chegaram em Recife, estabelecendo-se em Sobral, no interior do Ceará. Sua mãe, a comerciante Izabel Mendes, tem cinco filhas, incluindo Carolina. 

Guerra entre Israel e o Hamas

O conflito entre Israel e o Hamas começou no dia 7, quando o grupo terrorista realizou um ataque surpresa, matando e sequestrando civis. Desde então, Israel responde com ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo Hamas. Os ataques israelenses vem vitimando milhares de civis palestinos, tornando-se alvo de críticas da comunidade internacional. 

Foto Destaque: Carolina em fotos publicadas em seu Instagram pessoal. Reprodução/g1. 

Após fim do prazo de evacuação estabelecido por Israel, palestinos se amontoam no sul de Gaza

Após o aviso de evacuação feito por Israel, os palestinos se deslocam para o sul do país. O alerta foi emitido depois de Israel impor um cerco a Gaza, em resposta aos ataques terroristas do Hamas contra o seu território e população. Ao menos 1.300 pessoas foram mortas em Israel pelo Hamas, enquanto cerca de 2.215 civis perderam suas vidas em Gaza, de acordo com o Ministério de Saúde palestiniano.

Falta de suprimentos

Apesar da evacuação para evitar estarem em áreas bombardeadas, os palestinos seguem sobrevivendo em situações precárias. Falta de luz, acesso à internet, comida e água estão se tornando problemas cada vez mais comuns, enfrentados por todos na Faixa de Gaza. 


Palestino lava as mãos em poça de água em meio aos escombros deixados pelos ataques israelenses. (Foto: reprodução/CNN).


Em entrevista para a CNN, Mohamed Hamed, morador de 36 anos da Cidade de Gaza que fugiu para um campo de refugiados no sul, em Nuseirat, contou como é a situação que ele e a família enfrentam:

“Não há eletricidade, não há água. As padarias estão funcionando, mas estão em suas últimas horas, pois o combustível de que necessitam está acabando. A comida que temos pode durar um ou dois dias.”

Ainda segundo Hamed, Nuseirat é pequena demais para as multidões de refugiados que está recebendo. A água potável, disponível somente em garrafas, está se esgotando, assim como outros suprimentos. 

Temor dos palestinos

De acordo com Hamed, um dos medos dos palestinos é de serem empurrados para o Egito. O povo de Gaza já havia sofrido exílio de suas terras anteriormente, quando Israel absorveu seus territórios durante a guerra árabe-israelense em 1948. 

Com esses temores, muitos palestinos se recusam a deixar o norte de Gaza, que segue sob bombardeio intenso, com ruas totalmente destruídas. 

Foto Destaque: edifícios em Gaza destruídos por ataques aéreos israelenses. Reprodução/CNN.

Brasil observa eclipse solar anular com imagens de satélite da NASA e NOAA

No último sábado (14), o Brasil testemunhou um espetáculo celestial raro e emocionante à medida que a sombra da Lua se projetava sobre o território nacional durante um eclipse solar anular. As imagens espetaculares, captadas por satélites da NASA em cooperação com a agência norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), mostram claramente as regiões Norte e Nordeste do Brasil sendo envolvidas por uma sombra lunar.

Imagens de satélite revelam a sombra da lua

O fenômeno astronômico do eclipse solar anular ocorre quando a Lua está em seu ponto mais distante da terra e passa entre o sol e nosso planeta. Neste cenário, a sombra da Lua não cobre completamente o sol, o que cria um efeito fascinante conhecido como o “anel de fogo” no céu. Este fenômeno foi observado pela primeira vez na costa oeste dos Estados Unidos, antes de chegar ao Brasil, onde se tornou visível nas regiões Norte e Nordeste.

O Brasil foi o último país a testemunhar esse fenômeno celestial, que durou quase duas horas. As regiões Norte e Nordeste tiveram a oportunidade de experimentar o eclipse solar anular em sua plenitude, enquanto em outras partes do país, os observadores também foram tratados com uma visão do sol sendo  “mordido” pela Lua.


Passagem de eclipse solar anular no Brasil (Foto: Reprodução/G1)


Cooperação Internacional

Para aproveitar ao máximo esse raro evento, muitas pessoas se reuniram em pontos turísticos e locais estratégicos para observação. Em Natal, Rio Grande do Norte, por exemplo, a passarela do Forte dos Reis Magos ficou completamente tomada por entusiastas que acompanharam o eclipse com admiração.

O eclipse solar anular é um lembrete das maravilhas do cosmos e da importância de preservar e celebrar esses eventos raros da natureza. A colaboração entre a NOAA e a NASA permitiu que o mundo inteiro compartilhasse a visão desse fenômeno deslumbrante, enquanto o Brasil teve a chance de apreciar o eclipse em sua plenitude nas regiões Norte e Nordeste, criando memórias duradouras para todos aqueles que puderam testemunhar esse espetáculo astronômico único.

 

Foto destaque: Passagem de eclipse solar anular no Brasil. Reprodução/G1

Autoridades militares apuram o sumiço de 21 metralhadoras de um depósito do quartel

Uma investigação policial militar está em curso para apurar o sumiço de 21 metralhadoras que estavam armazenadas no quartel do Exército em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo.

Inconsistência no registro

O Exército alega que uma falta no arsenal que indicou o desaparecimento das armas: 8 de calibre 7,62 e 13 de calibre .50 – uma das armas de guerra mais potentes. Essas metralhadoras são capazes de efetuar 600 disparos por minuto e têm um alcance de mais de 3,5 quilômetros, sendo empregadas para defesa em terra, mar e ar. No entanto, isso vale apenas quando estão sob controle das forças de segurança.

Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz, expressou preocupação com a quantidade de armas desaparecidas, sugerindo que este possa ser o maior desvio de armas do Exército desde 2009 e indicando que o destino provável dessas armas seja parar nas mãos do crime organizado.

Comunicado

Segundo uma declaração do Comando Militar do Sudeste, as armas em questão foram descritas como “armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção”. Além disso, o comunicado informa que foram tomadas medidas administrativas para investigar as circunstâncias do ocorrido e que foi instaurado um inquérito policial militar.

O comunicado também destaca que essas armas estavam armazenadas no Arsenal, uma unidade técnica de manutenção, que também é responsável por iniciar o processo de desativação e destruição de armamentos que não podem mais ser reparados.

Após a constatação da ausência das armas durante uma vistoria realizada no depósito de armamentos de São Paulo em 10 de outubro, o grupo de 480 soldados foi confinado no quartel com instruções de estarem prontos para ação, o que significa que não estão autorizados a sair da unidade.


Imagem aérea mostra estrutura do Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri. (Reprodução: foto/Instagram/@exercito_oficial)


Segundo o comando da região Sudeste, é importante destacar que os militares não estão sob prisão, mas sim alojados no quartel e disponíveis para serem interrogados, o que é considerado crucial para a investigação.

Bruno Langeani comentou que, normalmente, esses desvios são realizados com um comprador já identificado em mente, e ele expressou a esperança de que essas armas possam ser recuperadas prontamente, destacando a dificuldade de avaliar o impacto desse tipo de armamento no mundo do crime.

Foto Destaque: Metralhadoras calibre .50, como a que aparecem na foto acima já foram apreendidas antes pela polícia. Arma costuma ser usada por quadrilhas de criminosos em ataques a caixas eletrônicos. Reprodução: foto/TV Globo.

Brasileiros aguardam autorização para sair de Gaza através da fronteira com o Egito

Um conjunto de cidadãos brasileiros ainda permanece aguardando a oportunidade de sair da Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. Conforme relatado pelo blog da Ana Flor, fontes ligadas ao governo brasileiro comunicaram que a partida dos brasileiros poderá ocorrer no próximo domingo, dia 15.

Logística da viagem

Esse grupo expressou seu desejo de retornar ao Brasil devido ao conflito em curso na Faixa de Gaza.

Inicialmente, os brasileiros que solicitaram assistência do governo brasileiro foram acomodados em uma escola de orientação católica localizada ao norte de Gaza, que servia como abrigo temporário. Posteriormente, eles viajaram de ônibus até a cidade de Khan Younes, situada ao sul da Faixa de Gaza.

Khan Younes encontra-se a uma distância de 16 quilômetros de Rafah, que é uma cidade na fronteira com o Egito. O posto de controle para cruzar a fronteira está localizado ali. No entanto, raramente é aberto para a passagem de habitantes de Gaza, a menos que haja situações de emergência médica previamente autorizadas.

Indivíduos de várias nacionalidades já se encontram reunidos na travessia de Rafah, aguardando a decisão do Egito.

Após sua chegada ao extremo sul de Gaza no sábado, 14 de outubro, os cidadãos brasileiros foram acomodados em uma residência na área pela embaixada do Brasil na Palestina. Este grupo consiste em oito adultos e onze crianças. Agora, a esperança está na autorização do Egito para a passagem.

Diplomacia


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou a primeira foto nas redes sociais após a cirurgia no quadril. (Reprodução: foto/Instagram/@lulaoficial/Ricardo Stuckert.


De acordo com o entendimento da diplomacia brasileira, o Egito tem preocupações, incluindo o temor de que esses brasileiros se tornem refugiados em seu território. As autoridades egípcias também receiam perder o controle da situação caso abram a fronteira com Gaza.

Diante desse impasse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma conversa telefônica com Abdel Fattah al-Sissi. Segundo o Palácio do Planalto, Lula assegurou que os brasileiros serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito e seguirão diretamente para o avião, próximo à fronteira com Gaza.

“A Presidência divulgou uma nota informando que o presidente Lula comunicou que assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, serão escoltados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em uma aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil.”

Inicialmente, nas primeiras negociações diplomáticas, o Brasil considerava a possibilidade de buscar o grupo de brasileiros na cidade do Cairo, a capital do Egito. No entanto, para isso, o grupo teria que percorrer centenas de quilômetros de ônibus pelo território egípcio, o que não foi bem recebido pelo governo de lá. Por esse motivo, o Brasil alterou sua proposta para a utilização do aeroporto de Arish, que se encontra há uma distância de apenas 53 km da fronteira.

A aeronave da Força Aérea Brasileira, designada para uso da Presidência da República, encontra-se atualmente em Roma, à espera da autorização do Egito para seguir em direção ao seu destino. A Faixa de Gaza constitui uma área sob controle palestino localizada entre o Egito e Israel. Nos últimos sete dias, a região tem sido alvo de ataques aéreos por parte de Israel, em resposta ao ataque anterior realizado pelo grupo terrorista Hamas contra o território israelense. O Hamas mantém suas bases em Gaza.

Foto Destaque: brasileiros de Gaza em Rafah, no Egito. Reprodução: foto/divulgação/Itamaraty.

Israel adverte o Hezbollah a evitar o conflito, alertando para a potencial destruição

O assessor de segurança nacional do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comunicou, neste sábado, que os ataques do Hezbollah pareciam estar sob controle e advertiu o grupo a evitar qualquer ação que pudesse resultar na “devastação” do Líbano.

Israel está atualmente focado no conflito em curso na Faixa de Gaza, que teve início após o ataque surpresa do grupo extremista islâmico Hamas no sul do país em 7 de outubro.


Explosão em Gaza durante ataque de Israel. (Reprodução: foto/AFP/Aris Messinis).


Potencial destruição

“O país está se esforçando para evitar o envolvimento em um conflito de duas frentes“, afirmou Tzachi Hanegbi, o assessor de segurança nacional de Netanyahu, durante uma declaração na televisão.

Hanegbi observou que os episódios esporádicos envolvendo o Hezbollah na fronteira entre Israel e Líbano indicavam que o grupo estava “abaixo do limite para escalada”. Essa declaração foi feita após a visita de Netanyahu às tropas israelenses na fronteira com Gaza.

Há a expectativa de que o Exército de Israel inicie uma operação terrestre no território palestino. As forças israelenses estabeleceram um prazo para a evacuação da população civil no norte da Faixa de Gaza antes de uma possível invasão.

Comunicado

“Esperamos que o Hezbollah não provoque, de fato, a devastação do Líbano, porque, se uma guerra eclodir lá, as consequências não serão insignificantes“, declarou ele, fazendo referência às ameaças de longa data de Israel de lançar ataques intensos contra o país, numa tentativa de conter os ataques de mísseis do Hezbollah.

Poucos dias antes do ataque surpresa do Hamas, Hanegbi afirmou em uma entrevista à imprensa que o grupo islâmico palestino tinha sido desencorajado a atacar Israel.

“Isso se revelou um equívoco“, disse ele, acrescentando que essa avaliação errônea foi compartilhada por toda a comunidade de inteligência israelense. “Não há dúvida de que o Estado de Israel não cumpriu com sua missão.”

Ele descreveu como “notícias falsas” as alegações de que o Egito havia alertado Israel antecipadamente sobre um desenvolvimento potencialmente perigoso. No entanto, ele confirmou que o chefe da agência de inteligência de Israel recebeu informações incomuns antes do ataque.

 

Foto Destaque: Bandeiras do Líbano e do Hezbollah, milícia xiita do Líbano apoiada pelo Irã, balançam ao vento no Museu Turístico de Baalbek. Reprodução: foto/Reuters/Dan Williams.