Ataque a hospital em Gaza desencadeia conflito de atribuição de culpa

Um ataque aéreo atingiu o Hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, nesta terça-feira (17), resultando na trágica morte de centenas de pessoas, de acordo com informações do Ministério da Saúde da Palestina. 

O ocorrido gerou uma amarga disputa de responsabilidade entre as autoridades israelenses e palestinas, com ambos os lados apontando dedos acusadores. O governo de Israel, em comunicado oficial, responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque, enquanto as autoridades palestinas atribuíram a Israel o ataque ao hospital.


Pessoas procuram vítimas nos escombros. (Foto: reprodução/Reuters)


Culpa controversa

Autoridades de ambos os lados do conflito israelense-palestino trocaram acusações sobre a autoria do ataque ao hospital. A incerteza sobre quem realmente é culpado pela tragédia aumenta a tensão na região.

Em comunicado, assinado pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o governo israelense declara que “a partir da análise dos sistemas operacionais das IDF, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido”.

“De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”, finaliza o comunicado.

Reações Internacionais

O ataque ao Hospital Ahli Arab recebeu condenações veementes de vários países e organizações em todo o mundo. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com o alto número de vítimas e pediu a proteção imediata dos cidadãos e dos serviços de saúde na região. 

A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) também relatou a morte de seis pessoas em um ataque a uma de suas escolas. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, classificou o ataque como um exemplo dos atos de Israel que, segundo ele, desconsideram os valores humanos fundamentais.


Atendimento as feridos. (Foto: reprodução/Reuters)


Luto e repercussões

O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto pelas vítimas do ataque ao hospital e planejou que as bandeiras fossem apressadas a meio mastro. Enquanto a investigação sobre a tragédia prossegue, protestos espontâneos eclodiram em várias partes da região como Jordânia, Turquia, Marrocos, Tunísia e Síria, aumentando a tensão e as preocupações quanto à escalada do conflito.

Foto destaque: Escombros do hospital. Reprodução/Reuters

Israel mata comandante militar do Hamas em ataque na Faixa de Gaza

Um ataque aéreo israelense realizado na tarde desta terça-feira (17) matou Ayman Nofal, membro do alto escalão do grupo armado do Hamas na Faixa de Gaza, as Brigadas Izz el-Deen Al-Qassam. Nofal era chefe da área central ocupada pelos terroristas, sendo um comandante militar sênior. A morte dele foi comemorada pelos militares de Israel, já que representa uma grande perda para os extremistas palestinos.

Ataques já deixaram mais de 4.000 mortos 

O ataque promovido pelo Hamas em 7 de outubro foi considerado uma das investidas mais violentas da história do duradouro confronto entre Israel e Palestina. Ao invadirem Israel, os terroristas mataram centenas de militares e civis, além de terem sequestrado dezenas de israelenses para serem feitos de refém.

Buscando vingança, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem revidado com extrema violência e declarou guerra ao grupo terrorista palestino no mesmo dia. “Estamos em guerra e vamos ganhar. O nosso inimigo pagará um alto preço [pelos ataques] e conhecerá a força de Israel”, afirmou.

Desde então, já são cerca de 4.400 mortos nos conflitos recentes, sendo 1.400 israelenses e 3.000 pessoas na Faixa de Gaza. E o fim não parece estar próximo, já que uma autoridade do alto comando militar de Israel disse à Reuters (agência de notícias britânica), sob condição de anonimato, que eles estão determinados a eliminar o grupo terrorista, “mesmo que isso leve meses ou anos”.


Vídeo mostra a situação da Faixa de Gaza após os ataques aéreos de Israel. (Reprodução/X: @UOLNoticias)


Histórico do confronto

O confronto entre israelenses e palestinos já se estende por décadas. Apesar de a origem da discussão remontar a milênios atrás e ter relação com os livros religiosos do Judaísmo e do Islamismo, o conflito armado moderno começou em 1947. 

Após a 2ª Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu dividir a Palestina em dois Estados: um judeu (Israel) e um árabe (Palestina). Em 1967, Israel invadiu o território palestino na Guerra dos Seis Dias e tomou posse da Faixa de Gaza.

No entanto, o local foi devolvido aos árabes, mesmo sofrendo um bloqueio de bens e de serviços. Hoje, a Faixa de Gaza é marcada pela pobreza e superpopulação, já que são 2 milhões de pessoas vivendo sob condições desumanas empregadas por Israel, que desrespeita diversos direitos humanos e pratica uma espécie de terrorismo do Estado. 

 

Foto Destaque: Ayman Nofal. Reprodução/Jacobina Notícias

Ataque em hospital de Gaza mata cerca de 500 pessoas, diz Ministério da Saúde do Hamas

De acordo com o Ministério da Saúde gerido pelo Hamas, nesta terça-feira (17), um bombardeio matou cerca de 500 pessoas no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, na Faixa de Gaza. O grupo extremista afirma que o ataque foi feito por Israel, enquanto as Forças de Defesa do Estado Judeu responsabilizam a Jihad Islâmica Palestina (JIP) – um grupo terrorista vinculado ao Hamas.

Segundo Israel, a JIP teria lançado foguetes contra o país, que erroneamente atingiram Gaza.  O porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu também justificou à CNN que o Estado Judeu não tem hospitais como alvos de bombardeamentos.

“A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”, explica nota das Forças de Defesa de Israel.

O grupo aliado ao Hamas, no entanto, nega participação no ataque. Em pronunciamento à Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica Palestina, Daoud Shehab, chamou as acusações feitas por Israel de “mentiras”, além de afirmar que o país está “tentando encobrir o crime horrível e o massacre que cometeram contra os civis”.


Veja momento em que bombardeio atinge o hospital de Gaza. (Vídeo: Reprodução/Youtube).


Hospital era refúgio

Em meio à guerra entre a Palestina e Israel, centenas de civis desabrigados utilizavam o hospital Ahli Arab como um refúgio. À emissora Al Jazeera, o médico Ziad Shehadah afirmou que os residentes de Gaza decidiram se abrigar em hospitais e escolas por os considerarem mais seguros que suas casas.

Apesar dos números serem imprecisos, já que o Ministério da Saúde havia comunicado inicialmente a morte de 200 pessoas, o porta-voz da instituição Ashraf al-Qidra afirma que o ataque deixou cerca de 500 mortos. O Hamas também diz que os desabrigados somam maioria no número de vítimas, além de acreditarem que ainda existem centenas de pessoas nos destroços.

Luto decretado na Palestina

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, determinou três dias de luto pelas vítimas do bombardeio ao hospital. A Autoridade Palestina não atua com o Hamas e não possui domínio sob a Faixa de Gaza, contudo, assim como o grupo extremista, responsabiliza Israel pelo ataque, além de classificá-lo como um crime de guerra.

Foto destaque: feridos chegaram ao hospital após contraofensiva de Israel na semana seguinte ao ataque de 07 de outubro. Reprodução/New York Times.

Clínica de reabilitação em Aparecida de Goiânia é interditada por abuso a pacientes

Uma clínica clandestina de reabilitação foi interditada devido a denúncias de tortura e maus-tratos a dependentes químicos e portadores de doenças mentais. A operação da Polícia Civil, que ocorreu em Aparecida de Goiânia, interditou uma clínica de reabilitação clandestina onde os internos eram submetidos a agressões e castigos, incluindo ficar em uma piscina cheia de lodo. O dono da clínica, que não teve seu nome divulgado, não foi encontrado no local durante a operação.

Condições Desumanas e Abusos

A clínica, localizada no Setor Jardim das Cascatas, abrigava 75 internos do sexo masculino, entre maiores e menores de idade. Embora irregular, a instituição cobrava R$1,2 mil por mês pelas internações. Durante a fiscalização, a polícia descobriu que a água utilizada para consumo e banho era retirada de um córrego sem tratamento adequado. Além disso, os internos mostraram pedaços de ferros usados para agressões e tortura.

Ao adentrar as instalações da clínica, na manhã desta segunda-feira (16), os agentes de segurança se depararam com a perturbadora cena de um interno imerso na piscina repleta de sujeira. O indivíduo informou às autoridades que estava submetido a uma punição.

“Ele tinha cerca de 19, 20 anos. Estava na piscina e estava totalmente queimado do sol, porque tinha a pele muito clara e estava na piscina desde a manhã, de castigo”, relatou o delegado.


Condições precárias da piscina. (Foto: reprodução/G1/Polícia Civil)


Insalubridade e Negligência

Os alojamentos da clínica eram insalubres, e os internos eram forçados a dividir um banheiro com 44 pessoas. As necessidades básicas eram feitas dentro de baldes, e o fornecimento de comida era precário, com apenas um pão seco para cada interno. Relatos indicam que os mesmos eram medicados e colocados na piscina para “limpeza” sob o sol escaldante, sofrendo abusos físicos. 

A Vigilância Sanitária, Assistência Social, Meio Ambiente e o Conselho Tutelar, fizeram-se presentes na clínica. Familiares dos internos foram informados sobre a operação e a situação das vítimas. Após a ação, todos os residentes foram conduzidos aos seus tutores legais, enquanto o dono da clínica enfrenta possíveis acusações de tortura, cárcere privado e maus-tratos.

Foto destaque: Clínica de reabilitação clandestina. Reprodução/G1/Polícia Civil/Montagem por Karen Alves.

Egito quer garantia de Israel como exigência para liberar fronteira

O Egito está exigindo que Israel garanta a autorização de entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Essa decisão faz parte das negociações para a abertura da fronteira, a passagem de Rafah. As informações foram fornecidas por fontes do Itamaraty, que estão envolvidas em negociações de repatriação dos brasileiros retidos em território palestino.

Negociações

O Egito exige controle rigoroso para a entrada de estrangeiros no país, temendo o aumento no número de refugiados, e também aponta a segurança como fator essencial, pois a região da fronteira, no sul de Gaza, também sofreu bombardeios. Segundo os egípcios, o aumento de insumos básicos poderia evitar uma fuga em massa de cidadãos da Palestina na fronteira.


Egito exige garantia de autorização de entrada de ajuda humanitária para abrir a fronteira. (Reprodução/CNN Brasil/REUTERS/Stringer)


De acordo com a avaliação do Itamaraty, Israel estaria “deixando o tempo correr”, impossibilitando a resolução para a travessia dos brasileiros e outros estrangeiros. Entre os brasileiros que estão esperando liberação na fronteira, está uma criança, de idade não divulgada, que teve uma lesão no ombro causada durante os deslocamentos pelo território palestino, e não conseguiu atendimento médico.

Nesta segunda-feira (16), o governo brasileiro enviou cerca de 300 quilos de medicamentos e 40 purificadores de água portáteis. Outros países também já enviaram insumos para Gaza.

Passagem de Rafah

A passagem de Rafah fica no sul do enclave, na fronteira com a Península do Sinai egípcia, e é a única saída viável de Gaza. A passagem está sob o controle do Egito desde 2007, após um acordo fechado com Israel.

Na Faixa de Gaza, há outras duas passagens para a saída e entrada de mercadorias e pessoas: a de Erez, que fica no norte e foi atacada pelo Hamas na invasão do dia 7 de outubro, e a de Kerem Shalom, que é usada apenas para o transporte de mercadorias.

Segundo a professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Monique Sochaczewski, em uma entrevista ao GLOBO, qualquer outra alternativa, além de Rafah, passaria por Israel, o que é inviável no momento.

 

Matéria por Ágatha Pereira (In Magazine – iG).

Foto destaque: Egito exige garantia de Israel para abrir fronteira para refugiados. Reprodução/CNN Brasil/Abed Rahim Khatib/Getty Images.

Christian Figueiredo, fisiculturista de 29 anos e ganhador do ProCard, morre em SP

O fisiculturista Christian Figueiredo, de 29 anos de idade, faleceu nesta segunda-feira (16), na cidade de São Paulo. A confirmação da notícia veio através das redes sociais de Viviane Torres, sua esposa, que expressou sua dor ao anunciar que Christian havia falecido, deixando um legado notável.

De acordo com informações fornecidas pela família, o velório de Christian foi programado para a manhã desta terça-feira (17) e o sepultamento ocorreu às 14h30 no cemitério Valle dos Reis, localizado em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Viviane Torres optou por não divulgar a causa do falecimento, declarando que, no momento, não está em condições de fornecer mais detalhes.

Amigos próximos do fisiculturista, Ricardo Martins e Fernando Ramos, relataram que Christian estava passando por uma cirurgia de rotina no Hospital das Clínicas quando ocorreu um sangramento inesperado durante o procedimento, resultando em um ataque cardíaco.


Christian Figueiredo no centro de treinamento (Foto: reprodução/Instagram/@crisfigueiredopro)


Situação inesperada

Fernando Ramos descreveu a situação como “inesperada” e lamentou a tragédia, destacando que se tratava de uma cirurgia de rotina, mas infelizmente se complicou, levando a um derrame e, posteriormente, a uma parada cardíaca.

Christian Franco Figueiredo, nascido em São Paulo, tinha 29 anos e estava casado com Viviane Torres há 11 anos. Ele fazia parte da equipe de atletas da academia Darkness e competia na categoria Open Bodybuilding.

Em julho, Christian conquistou o título do Musclecontest Brazil e obteve seu ProCard, adicionando-se a uma lista de prêmios em sua carreira, como Top1 Mr. Santos, Top1 MC/Nacional, Top1 Sardinha Classic e Top2 Olympia Brasil, abrangendo diversas modalidades de fisiculturismo.

Fisiculturismo

O fisiculturismo é uma atividade que visa o desenvolvimento muscular por meio da hipertrofia, embora não seja oficialmente reconhecido como um esporte. No entanto, existem competições entre fisiculturistas, nas quais são avaliados critérios como força, proporção, tamanho, definição e estética muscular.

O objetivo fundamental do fisiculturismo é garantir que todos os grupos musculares atinjam seu máximo potencial de desenvolvimento, evitando a presença de músculos subdesenvolvidos.

Vertentes do fisiculturismo

O fisiculturismo está acessível tanto a homens quanto a mulheres, com categorias específicas definidas com base em faixas etárias, limites de peso e altura. Além disso, o fisiculturismo pode ser classificado em duas vertentes: a natural e a hormonizada.

A vertente natural enfatiza o treinamento, a alimentação saudável, o uso de suplementos naturais e a ausência de substâncias que causem “alterações hormonais” nos fisiculturistas. Por outro lado, a vertente hormonizada envolve o uso de anabolizantes e outras substâncias para estimular a hipertrofia muscular.

O fisiculturismo exige dedicação, disciplina e cuidados com a saúde. Embora ofereça benefícios como o aumento da força, resistência, autoestima e qualidade de vida, a prática inadequada ou excessiva pode acarretar riscos, incluindo lesões musculares, articulares, cardíacas e hepáticas.

 

Foto Destaque: O fisiculturista Christian Figueiredo segurando o troféu Overall. Reprodução/Instagram/@crisfigueiredopro.

Mais uma brasileira morta por grupo terrorista Hamas em Israel é encontrada

 A brasileira Celeste Fishbein, que trabalhava como babá no kibutz Be’eri, ao sul de Israel, teve sua morte confirmada após ataque do grupo terrorista Hamas. Ela tinha 18 anos e vivia em Be’eri, um kibutz no sul de Israel, com uma população de 1.200 habitantes. Be’eri é uma das maiores das 12 aldeias que compõem o conselho regional de Eshkol, uma comunidade rural, que fica ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza.

A tragédia teve início em sete de outubro, quando o clã iniciou seus ataques em solo israelense. Nesse momento crítico, Celeste foi brutalmente sequestrada pelos integrantes do Hamas. Entretanto, durante um período de incerteza, ela conseguiu estabelecer contato e compartilhar informações com a família, mas continuou sob o poder dos extremistas.


Celeste Fishbein usando um vestido longo de festa e segurando flores (Foto: reprodução/X/@direita_de_fato)


Final Trágico

O tio da jovem, Mario Fishbein, confirmou, nesta terça-feira (17), o trágico desfecho, após receber o comunicado do exército israelense a respeito do falecimento de sua sobrinha. Até o momento, detalhes adicionais sobre a descoberta do corpo e as circunstâncias precisas de sua morte permanecem pendentes de divulgação. A família Fishbein, de origem judaica brasileira, reside em Israel, e Celeste era um membro ativo dessa família.

Vítimas brasileiras

Além de Celeste, outros compatriotas brasileiros também foram impactados pela ofensiva do Hamas em solo israelense. Gavriel Yishay Barel, filho de um brasileiro, também se encontrava na festa rave durante o ataque e foi assassinado pelos terroristas. Bruna Valeanu, Ranani Nidejelski Glazer e Karla Stelzer Mendes, todos residentes de Israel, estavam na mesma festa e, de forma trágica, não sobreviveram ao ataque, que resultou em um elevado número de vítimas.

Em consequência desse episódio lamentável, o saldo total atual registra quatro cidadãos brasileiros que tiveram suas vidas ceifadas em Israel em decorrência dos ataques perpetrados pelo grupo palestino contra civis que estavam na região da faixa de gaza, local no qual há anos conflitos incessantes.

Governo brasileiro

O governo federal brasileiro confirmou oficialmente essas mortes e continua monitorando de perto a evolução da situação. Os ataques conduzidos pelo Hamas em solo israelense deixaram um impacto significativo, ocasionando um rastro de morte e destruição. As famílias afetadas por essa série de tragédias enfrentam um doloroso período de luto e pesar, enquanto as investigações em torno dos ataques seguem em andamento.

Grupo Hamas

O Hamas é uma organização terrorista da palestina que controla a Faixa de Gaza e é amplamente reconhecida como a maior entidade islâmica nos territórios palestinos. Fundado em 1987, o grupo é notório por sua responsabilidade em ataques que resultaram em vítimas fatais. Além de sua influência na Palestina, o Hamas mantém alianças com nações como o Irã, a Síria e o grupo terrorista xiita Hezbollah no Líbano. Essas conexões demonstram sua posição extrema dentro do contexto do Oriente Médio.

O grupo terrorista Hamas é conhecido por sua oposição veemente à política dos Estados Unidos na região e a Israel. Sua Carta, divulgada em 1988, expressa o desejo de criar um Estado Islâmico na Palestina e defende a luta armada como o único meio de ação. Além do mais, o Hamas apela para a jihad, a guerra santa, como a única solução viável para a causa palestina, rejeitando qualquer negociação com Israel.

A designação do Hamas como organização terrorista é uma posição compartilhada por diversas nações, incluindo Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido. Isso se deve ao seu histórico de recusa em atender às exigências da comunidade internacional, que incluem o reconhecimento de Israel, a aceitação de acordos anteriores e o compromisso com o fim da violência.

 

Foto Destaque: Celeste Fishbein. Reprodução/X/@radiobandnewsfm

Funcionários morrem soterrados após estrutura desabar em Belo Horizonte

Quatro trabalhadores morreram, nesta terça-feira (17), depois de uma construção desabar no bairro Belvedere, em Belo Horizonte. Um quinto funcionário ficou ferido, com lesões superficiais nas pernas, e foi levado para o hospital.

O talude, superfície que estava em construção, fica localizada em uma loja do supermercado Verdemar, na Rua Jornalista Djalma. 

O estabelecimento divulgou em nota que “lamenta profundamente o ocorrido” , e acompanha a assistência dada às vítimas junto com a Construtora Kaeng, a empresa terceirizada responsável pela obra.

Estrutura trincada

Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, um talude – superfície inclinada que dá estabilidade a um local – de três metros de altura estava trincado. Após uma tentativa falha de conter a derrocada, a construção acabou desabando em cima dos operários. 

De acordo com o tenente da corporação, Felipe Biasibetti, a estrutura que estava sendo construída tinha uma inclinação de 90°. No início da construção, Felipe afirma que não tinha um suporte (escoramento), assim o “terreno veio a ceder e soterrar esses funcionários”. 


Bombeiros socorrem vítimas do desabamento. (Foto: reprodução/TV Globo)


Biasibetti apontou que, mesmo após o desabamento, a obra possui responsável técnico, com autorização da prefeitura, e está em “situação legal”.

A Polícia Civil está investigando os detalhes sobre o acidente. Além disso, seis carros do Corpo de Bombeiros e ambulâncias do Samu foram acionadas. A área do local foi isolada pela Defesa Civil da capital mineira.

Os funcionários

Os bombeiros encontraram três homens mortos soterrados quando chegaram ao local: Zacarias Evangelista Fonseca, de 59 anos, Roberto Mauro da Silva, de 55, e Rafael Pereira Barbosa, de 35. 

Outra funcionária, a engenheira Juliana Angélica Menezes Veloso, de 30 anos, chegou a ser socorrida e levada para o hospital, mas não resistiu e acabou falecendo

O quinto operário, que conseguiu sobreviver ao acidente, foi encaminhado para o Hospital Odilon Behrens.

Foto destaque: Construção desaba em Belo Horizonte. Reprodução/TV Globo

Linkedin anuncia corte de funcionários pela segunda vez em 2023

O Linkedin é considerado a maior rede social profissional do mundo e acaba de anunciar um corte significativo em seu quadro de funcionários, somando mais de 1.300 funcionários em 2023 já que, em maio deste ano, a empresa já havia demitido mais de 700 pessoas, com a justificativa de reformulação organizacional e transição para um modelo mais eficiente de operação.

Nesta segunda-feira (16), a empresa afirmou em nota pública que 668 funcionários serão desligados, com indicação de ser uma mudança difícil, mas necessária e regular da gestão da companhia.

Funcionários terão apoio da empresa

A notícia chega com surpresa para muitos, já que o Linkedin tem sido considerada a maior plataforma profissional e popular de busca de empregos e oportunidades de networking. A empresa ressaltou em comunicado publicada no site oficial, que está comprometida em apoiar os funcionários afetados por meio de medidas de transição de carreira, além de fornecer recursos e suporte para auxiliá-los em suas jornadas profissionais futuras.


Comunicado do Linkedin (Reprodução: Site oficial do Linkedin)


Segundo o CEO do Linkedin, Ryan Roslansky, essa reestruturação é uma decisão difícil, mas necessária para garantir a previsão ao longo do prazo da empresa. Ele ressaltou que a pandemia de Covid-19 causou mudanças consideráveis em muitos setores, incluindo no setor de tecnologia, e que a instituição precisa se adaptar a esses desafios.

A maior rede profissional do mundo

Considerada a maior plataforma profissional do mundo, o Linkedin possui mais de 500 milhões de usuários em todo o mundo, presente em cerca de 200 países.

A plataforma foi lançada em 2003, visto apenas como um site de currículos. O objetivo inicial da empresa era oferecer informações básicas do perfil profissional no modo online, mais descolado.

Com o tempo, o Linkedin se consolidou também como uma ferramenta de marketing digital ideal para negócios e as empresas passaram a utilizar a plataforma para divulgar suas propostas e ações.

Em 2016, a Microsoft adquiriu o LinkedIn por mais de US$ 26 bilhões dólares e conectou o Pacote Microsoft Office à rede profissional. No último ano fiscal, a companhia atingiu a marca histórica de mais de R$ 75 bilhões.

Foto destaque: LinkedIn, a maior plataforma profissional, demite 668 funcionários. (Arquivo/Pixabay)

Secretário de Estado americano confirma ida de Biden a Israel

Após conversar por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente Joe Biden visitará Israel para se encontrarem pessoalmente. De acordo com informações repassadas pelo secretário de Estado, Antony Blinken, a viagem servirá para reafirmar o apoio americano aos israelenses e para traçar um plano que proporcione a chegada de ajuda aos civis que se encontram na Faixa de Gaza.

Durante a coletiva ocorrida em Tel Aviv, Blinken reforçou que o encontro também discutirá a melhor forma para a liberação dos reféns que se encontram sob o poder do Hamas. Além disso, devem debater uma forma de que as assistências necessárias cheguem ao território sem beneficiar o grupo terrorista que já matou mais de 1.400 pessoas, sendo a maioria deles civis. Em seguida, Biden viaja para a Jordânia onde vai se encontrar com autoridades locais.



Erro em ocupar Gaza

Em entrevista concedida ao programa “60 Minutes”, da rede americana CBS, o presidente americano disse considerar um “grande erro” a tentativa de ocupação terrestre da Faixa de Gaza por parte de Israel. “O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é o Hamas, e os elementos extremistas do Hamas não representam todo o povo palestino”, disse o mandatário, complementando com a necessidade da criação de um Estado palestino.

A ideia de uma ocupação foi rejeitada pelo representante israelense na ONU, Gilad Erdan, que afirmou que o país está lutando pela sua sobrevivência, e isso passa diretamente pelo desmantelamento do Hamas. Portanto, todas as medidas necessárias serão tomadas. Além disso, ele não respondeu à questão de como Gaza seria administrada caso os terroristas sejam desmantelados ao final do conflito. “O único foco deve ser como libertar os reféns, como garantir o nosso futuro”, disse.

Relembre o conflito até aqui

No dia 07 deste mês, o Hamas iniciou uma invasão do território de Israel, que se estendeu pelo ar, mar e terra. Homens armados em motos sequestraram dezenas de crianças e mulheres, levando-as como reféns para áreas próximas à Faixa de Gaza. Até o momento, o conflito entre os dois lados resultou na morte de 4.207 pessoas, de acordo com o balanço divulgado na segunda-feira (16).

 

Matéria por Pedro Ribeiro (In Magazine – IG)

Foto destaque: Presidente Joe Biden. Reprodução/Michael Reynolds/EPA