Fim das campanhas à presidência se aproxima na Argentina

Os candidatos das eleições para presidente na Argentina estão encerrando suas campanhas em decorrência da proximidade com o tão esperado dia da votação. Utilizando principalmente as redes sociais, os presidenciáveis argentinos buscam o engajamento de seus perfis e seguem roteiros pelo país afim de buscarem mais votos para se elegerem. A eleição presidencial na Argentina acontece no próximo domingo (22).

Patrícia Bullrich

A candidata Patricia Bullrich, da coligação Juntos por el Cambio, realiza um trajeto federal para os últimos cinco dias de campanha eleitoral. Sua estratégia final é percorrer o bairro de Lomas de Zamora, local escolhido a dedo para se tornar um símbolo para esta reta final. Martín Insaurralde, oficial kirchnerista envolvido em uma grande polêmica em um iate de luxo nas últimas semanas, tem como bastião o município da província de Buenos Aires.


Miller, Bullrich e Massa disputam eleição presidencial na Argentina (Foto: reprodução/CNN Brasil)


Javier Miller

Viralizando em suas redes sociais, o candidato intensifica cada vez mais as suas ações através de seus perfis oficiais. Divulgando seus apoiadores e seus trajetos pela Argentina, Javier Miller aposta na comunicação via internet na reta final de sua campanha eleitoral.

Sérgio Massa

O candidato e também Ministro da Economia, Sérgio Massa, começou ontem (17), concomitante ao dia da finalidade peronista, uma estratégia baseada em três aparições: ontem com o Governador Axel Kicilior no súnurnio de Buenos Aires, em Avellaneda; já hoje (18) se encontra na Cidade de Buenos Aires, com o candidato Portenho Leandro Santoro; e por fim irá a uma fábrica a ser definida em conjunto com os trabalhadores. 

Massa busca, assim como seus adversários, intensificar suas redes sociais com imagens de toda sua campanha e suas ações e discursos que foram base de sua candidatura em todo o processo eleitoral. 

Além de divulgar toda a sua estratégia, Sergio expõe também a suas discussões e debates contra seus adversários na eleição, principalmente com o candidato Javier Miller.

 

Foto destaque: Argentinos saberão no próximo domingo (22) quem será o novo presidente. Reprodução/Gazeta do Povo

Hezbollah faz anuncio contra Israel

O grupo extremista libanês Hezbollah pediu que a “nação arabe e islâmica” vá às ruas nesta quarta-feira (18) “para expressar raiva intensa e pressionar governos e Estados”. Esse anúncio acontece após Israel ter bombardeado o Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza. Que resultou na morte de dezenas de pessoas. Em resposta, o exército israelense afirmou que o hospital foi atingido por um míssil de um grupo pelestino Jihad Islâmica. O grupo negou que nenhum de seus mísseis tenham atingido o hospital. 

Sobre o ataque, o grupo extremista Hezbollah, afirmou por meio de um comunicado publicado na última terça-feira (17) que: “O ataque revela a verdadeira face criminosa desta entidade e do seu patrocinador… os Estados Unidos, que têm responsabilidade direta e total por este massacre”.

Histórico do Hezbollah com Israel 

O Hezbollah é um grupo político e paramilitar islâmico que está situado no Líbano, ele é apoiado pelo governo do Irã. O Hezbollah é um grupo de muçumanos xiitas e é inimigo do governo israelense. Ele costuma ter boas relações com o Hamas. Ele já esteve em guerra com o estado israelense.

Ele não é nenhum desconhecido para as forças armadas israelenses. Em julho de 2006 Israel e Hezbollah entram em guerra, que veio a ficar conhecida como Guerra do Líbano, que aconteceu após o grupo terrorista sequestrar dois soldados israelenses que patrulhavam a fronteira do país com o Líbano. Ao todo este conflito durou um mês e dois dias. Ele deixou cerca de 1.200 mortos no lado libanês, a maioria deles eram civis, e 160 mortos no lado israelense. 

Protestos no Líbano após o ataque ao hospital 


Manifestantes com bandeiras da palestina reunidos na frente da embaixada americana em Beírute. (Reprodução: Joseph Eid/AFP)


Centenas de libaneses foram às ruas da capital Beirute na madrugada da última terça-feira (17), alguns deles carregavam consigo bandeiras da Palestina. Os manifestantes protestaram na frente das embaixadas americana e francesa no Líbano. Gás de efeito moral foi atirado na direção da multidão para parar a mobilização na frente da embaixada estadunidense. 

Outros protestos aconteceram em outros países do Oriente Médio, como Jordânia, Turquia, Iraque e Irã. Os protestos aconteceram em resposta aos ataque com mísseis do exercíto israelense ao hospital Ahli Al-Arabi, na cidade de Gaza, que estimado a ser o ataque mais letal até agora do conflito entre Israel e Palestina, que teve inicio no dia 7 de outubro.

Foto Destaque: Apoiadores do Hezbollah protestando no Líbano. Reprodução/Mohamed Azakir/Reuters.

Ministério Público Federal considera segurança pública do Rio ineficaz

A atuação da União na segurança pública do Rio de Janeiro foi discutida nesta terça-feira (17) pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. Um documento aponta a ineficácia da política adotada pelo Estado e afirma que é necessário uma atuação do governo federal na construção de uma segurança mais eficaz e democrática. 

Para o MPF, as ações do órgão nas políticas de segurança devem estar baseadas em evidências, estratégias de inteligência, participação social e foco. 

Intervenção da Força Nacional

Na documentação entregue ao Ministério da Justiça, o Ministério Público Federal disse que uma intervenção com a Força Nacional deve ter como fundamento na proteção da ordem pública, juntamente com cooperação entre órgãos de segurança de estados e municípios. 


Operação Policial na zona norte do Rio de Janeiro. (Foto: reprodução/AP Images/S. Izquierdo)


Além disso, segundo um estudo, entre os anos de 1995 e 2018 houve um aumento significativo de gastos com a segurança pública somando cerca de 116%, mas sem resultados condizentes com o número, e sem queda na violência do país. Segundo o MPF, as políticas devem ter princípios como proatividade, foco, integração e legitimidade social. Assim como as operações policiais com uso de armamento devem ser excepcionais, com estratégias claras, para diminuir riscos à vida de moradores de comunidades. 

O papel indutor da União deve servir de estímulo ao cumprimento da Constituição e das decisões da Justiça na efetivação do direito à segurança, e não ao aprofundamento do cenário violador”, disse o procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro, Júlio José Araújo. 

Providências

Em agosto deste ano, o MPF já havia mandado uma recomendação ao Rio de Janeiro para a adoção de um plano para reduzir mortes em confrontos policiais, o que acaba sendo uma condição obrigatória para os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. 

As medidas também visam assegurar o cumprimento de decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Em ofício entregue ao Ministério da Justiça, o MPF disse que a União deve monitorar que medidas estão sendo cumpridas pela Corte. 

Em julgamento da ADPF das Favelas, o STF determinou que o governo do Rio traga novas medidas para reduzir mortes, tanto de civis como de policiais, além da transparência com a sociedade. 

 

Foto destaque: ação policial no Rio de Janeiro. Reprodução/José Lucena/Estadão

Biden desembarca em Israel para encontro com Netanyahu

O presidente americano, Joe Biden, desembarcou em Israel pouco antes das 5h (horário de Brasília), desta quarta-feira (18). Ele fez um pronunciamento junto ao primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Ele ainda terá uma reunião privada hoje com o líder israelense. 

Os Estados Unidos são o país que mais tem apoiado Israel depois dos ataques do Hamas. O país já enviou dois porta-aviões à região do conflito: o USS Gerald R. Ford e o USS Dwight D. Eisenhower. O envio das duas embarcações pode ser interpretado como sendo um sinal ao Irã e ao Hezbollah, dois grandes apoiadores do grupo extremista palestino, fiquem de fora do conflito que acontece em Israel e na faixa de Gaza. 

A ida de Biden ao país já havia sido anunciada na última segunda-feira (16) pelo secretário de estado do país, Antony Blinken. Segundo o próprio, a chegada do líder norte-americano ao país acontece:”em um momento crítico para Israel, para a região e para o mundo.”

Ida de Biden a Israel 

A viagem do presidente estadunidense ao país tem o objetivo de demonstrar o apoio dos Estados Unidos a Israel, e também ao mesmo tempo, é uma tentativa de evitar um conflito de maior escala que possa envolver outros países da região – como o Líbano, o Irã e a Síria. O presidente estadunidense desembarcou em Israel no momento de maior tensão no conflito com Hamas, depois que o hospital de Al Ahli, na Faixa de Gaza, foi bombardeado na última terça-feira (17). Segundo o Ministério da Saúde palestino, o ataque resultou em aproximadamente 500 mortes. 

Outro objetivo da ida do presidente estadunidense ao país é discutir um plano para a criação de um corredor humanitário na faixa de Gaza, ele ajudaria civis que estão querendo deixar a região. Originalmente estava previsto na agenda de Biden, que ele também visitaria a Jordânia, onde teria um encontro com líderes árabes em Amã, capital do país. A reunião teria objetivo de discutir a escalada do conflito entre Israel e Hamas, no entanto ele foi cancelado. Ele deveria contar com o rei jordaniano Abdullah 2º, além do presidente palestino Mahmoud Abbas e o presidente egípcio Abdel Fattah. 


Biden sendo recebido pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. (Reprodução: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP)


Pronunciamento de Biden e Netanyahu 

Durante seu pronunciamento, o presidente americano tentou sensibilizar a comunidade internacional falando sobre as “maldades” cometidas pelo grupo extremista Hamas ao sequestrar civis, incluindo crianças. Biden também se mostrou preocupado com a situação atual que o confronto vive, e afirmou que irá continuar apoiando Israel para “seguir se defendendo” e isentou o país do ataque ao hospital em Gaza.

Netanyahu em seu discurso agradeceu o apoio dos Estados Unidos: “Tenho visto o vosso apoio todos os dias e a profundidade e amplitude da cooperação que temos tido desde o início, um nível de cooperação que é verdadeiramente sem precedentes na história da grande aliança entre as nossas duas nações”, afirmou o premiê israelense.  

O presidente americano deve passar toda essa quarta-feira em Tel Aviv. Mais tarde ele ainda terá uma reunião privada com o premiê israelense, e outras autoridades do país. Os americanos têm o objetivo de evitar que aconteça uma calamidade humanitária em Gaza, onde as autoridades afirmam que mais de 2.800 pessoas já morreram em bombardeios israelenses nas últimas semanas. Atualmente, governos do mundo todo estão tentando retirar seus cidadãos que desejam sair da faixa de Gaza. 

Foto destaque: Joe Biden e Benjamin Netanyahu durante a declaração dos dois no aeroporto de Tel Aviv. Foto: EVELYN HOCKSTEIN/REUTERS

Justiça amplia bloqueio de valores dos sócios da 123milhas para R$ 900 mi

No dia 10 de outubro, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 900 milhões em bens e valores dos sócios da 123milhas e das empresas associadas ao grupo. Inicialmente, o juiz Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro, atuante na 15ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, havia estabelecido um limite de R$ 50 milhões em setembro. A ação para ampliação do bloqueio partiu do Ministério Público de Minas Gerais.

Decisão anterior limitava bloqueio a R$ 50 milhões

A determinação judicial impacta as empresas 123milhas, HotMilhas, Maxmilhas, Lance Hotéis, AMRM Holding e Novum Investimentos. O juiz ressaltou que as empresas e seus sócios têm responsabilidades conjuntas. Assim, tanto as entidades corporativas quanto os indivíduos envolvidos enfrentarão as consequências jurídicas.

Além de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sócios da 123milhas, Tânia Silva Santos Madureira também foi incluída como ré no processo.

Em agosto, a 123milhas interrompeu a emissão de passagens promocionais e pacotes, gerando diversas ações judiciais contra ela. Três empresas, incluindo a 123milhas, entraram com pedido de recuperação judicial devido à intensa crise financeira enfrentada.


Entenda melhor o caso da 123milhas (Vídeo: reprodução/YouTube/Passo a passo Empreendedor)


Empresas e sócios respondem juntos no processo

A Justiça acolheu o pedido no final de agosto. No entanto, em setembro, suspendeu temporariamente a recuperação após solicitação do Banco do Brasil, concedendo um período de proteção de seis meses contra ações judiciais.

Em outra decisão recente, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho suspendeu a obrigação de clientes da 123milhas de continuarem pagando por pacotes já cancelados. A resolução interrompe o repasse de estornos de operações de cartão de crédito à empresa. O Banco do Brasil intercedeu nessa decisão, afirmando ser o principal credor da 123milhas e que os valores retidos pertencem ao banco.

O desembargador determinou ainda o depósito de créditos dos investimentos e dos estornos em conta judicial até esclarecimentos adicionais no caso. Com a recuperação judicial temporariamente suspensa, os próximos passos ainda estão em análise pelo judiciário.

Foto Destaque: imagem representando a falência da 123milhas. Reprodução/Folha BV

Israel acusa Hamas de aumentar número de vítimas e diz que hospital não sofreu impacto direto

As Forças de Defesa de Israel confirmaram nesta quarta-feira (18) que o hospital atacado na Faixa de Gaza não sofreu impacto direto pelo bombardeio do dia anterior (17). Militares ainda acusaram o Hamas de inflar número de vítimas na tragédia. 

O ataque aconteceu nesta terça-feira (17) e deixou quase 500 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde local. O Hamas acusou Israel e disse que o ato é um “genocídio”. Israel rebateu dizendo que, segundo informações, o bombardeio ocorreu após um ataque mal sucedido do grupo Jihad Islâmica. 

Ataque feito por foguete

Segundo Israel, o foguete que atingiu a instituição pertencia a Jihad Islâmica, um grupo extremista que tem o Hamas como aliado. Em imagens aéreas divulgadas, mostra a área do hospital antes e depois do ataque. De acordo com a Defesa de Israel, não havia sinais de danos significativos nos prédios da região nem crateras visíveis. 

Bombardeios feitos pelas Forças de Defesa de Israel costumam deixar crateras visíveis, segundo informações de militares. Eles usaram um ataque como exemplo que deixou uma cratera de 19 metros de diâmetro. 

“A análise das nossas imagens aéreas confirma que não houve impacto direto no próprio hospital. O único local danificado está fora do hospital, no estacionamento, onde podemos ver sinais de incêndio, sem crateras e sem danos estruturais nos edifícios próximos“, disse comunicado israelense. 

O grupo Jihad Islâmica

Jihad Islâmica é um grupo do Oriente Médio que faz oposição militar a Israel e está ligado ao Hamas. O grupo foi fundado nos anos 1980, no Egito. Foi fundado por estudantes universitários de Gaza e para os Estados Unidos, União Europeia e Israel trata-se de um grupo terrorista.


Grupo Jihad Islâmica. (Foto: reprodução/Atia Mohammed/Flash90)


O grupo já assumiu ataques suicidas e terroristas ao longo dos anos e é contra a existência do Estado Israelense. Em 7 de outubro, em outro ataque, se uniu a ação do Hamas, mas negou ser responsável pelo ataque ao hospital.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto de três dias por conta do ataque ao hospital. Segundo eles, o ataque foi um massacre. 

Autoridade Palestina também é um grupo, contrário ao Hamas e não possui nenhum poder político na Faixa de Gaza. 

 

Foto destaque: área destruída na Faixa de Gaza. Reprodução/Agência Wafa

Israel nega responsabilidade em ataque a hospital em Gaza

As Forças de Defesa de Israel, na terça-feira (17), divulgaram um vídeo como tentativa de comprovar que não estiveram envolvidas na explosão ocorrida no hospital Ahli Arab em Gaza. O Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, declarou que o ataque resultou na morte de centenas de pessoas, e atribuiu a responsabilidade a Israel.

Declarações e evidências

Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, em uma coletiva online, explicou que a natureza da explosão indicava que o foguete não pertencia ao arsenal israelense. Além disso, destacou que, no momento do ataque, não havia operações militares israelenses na região.

Imagens reveladas mostram um ponto luminoso, que supostamente seria um foguete da Jihad Islâmica, perdendo altitude. Antes dessas imagens, um comunicado das forças israelenses já afirmava que não miravam hospitais e que a Jihad Islâmica teria sido a responsável pelo ataque ao hospital. Informações oficiais de Israel apontam que, desde 7 de outubro, aproximadamente 450 foguetes disparados de Gaza contra Israel caíram no território palestino.

Controvérsias e desmentidos

Israel divulgou, mas logo em seguida retirou, um vídeo que mostraria o momento do ataque. A retirada se deu após um repórter do jornal americano The New York Times apontar discrepâncias no horário da explosão e o horário mostrado nas imagens. Em resposta, o Exército israelense destacou que suas publicações são sempre verificadas.

Nota oficial e reações

Uma nota oficial de Israel atribui à organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) a responsabilidade pelo lançamento malsucedido que atingiu o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, negou envolvimento. O Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou que “terroristas selvagens” atacaram o hospital, e não as Forças de Defesa de Israel.


Veja imagens do ataque israelense ao hospital palestino (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


O que é a Jihad Islâmica?

Fundada na década de 1980, a Jihad Islâmica, ligada ao Hamas, é reconhecida como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. Ao longo dos anos, tem se responsabilizado por diversos ataques, e não reconhece a existência de Israel.

O contexto mais amplo

Desde 7 de outubro, o cenário tem sido tenso entre Israel e Hamas, com o lançamento de foguetes por parte do Hamas e a resposta militar de Israel. Relatos indicam que combatentes do Hamas invadiram Israel, causando mortes. Israel, em contrapartida, declarou guerra ao Hamas. Estima-se que 1.400 pessoas perderam a vida em Israel e cerca de 3.000 em Gaza desde o início desse conflito.

Foto Destaque: Homem em meio a destruição de prédio atacado por Israel na Cidade de Gaza/Reprodução/Mohammed Abed/AFP

Após novos ataques a Gaza, ONU lê resolução do Brasil sobre conflito

O Conselho de Segurança da ONU  leu, nesta terça-feira (17), a resolução do conflito proposta pelo Brasil. A reunião entre parlamentares ocorreu após Israel realizar novos ataques na região durante esta madrugada. Em uma situação crítica, o chefe do gabinete de comunicação social do governo do Hamas, Salama Marouf, emitiu um comunicado e clamou por ajuda dos países por conta da crise de saúde pública vivida pelos residentes da Faixa de Gaza.

Resolução do Brasil para o conflito

Desde ontem (16), a Organização das Nações Unidas tem reunido seus países-membros para buscar uma solução para o conflito entre Israel e Palestina. Uma resolução proposta pela Rússia foi recusada pelo órgão. Como os Estados Unidos e o Reino Unido votaram contra a oferta russa e são membros fixos do Conselho – ou seja, com poder de veto -, o texto não foi aprovado. 

Já no caso da resolução do Brasil, considerada mais equilibrada, a chance de aprovação é maior. O texto condena os ataques feitos pelo grupo terrorista palestino do dia 7 de outubro, exige a libertação dos reféns e pede uma pausa humanitária no conflito. No entanto, chamou a atenção o fato que o documento não pede o cessar-fogo.



Palestinos sobre destroços após os ataques de Israel. (Reprodução/X: @UOLNoticias)


Novos bombardeios em Gaza

Novos ataques foram protagonizados por Israel no Sul da Faixa de Gaza. Os alvos, desta vez, foram as cidades de Rafah, que faz fronteira com o Egito, e Khan Yunis. Segundo as informações, 49 pessoas foram mortas. 

A situação enfrentada pelos residentes palestinos é bastante grave. Com falta de água, luz, comida e vivendo em uma situação de calamidade, o chefe do gabinete de comunicação social do governo do Hamas, Salama Marouf, detalhou a situação: 

“A situação dos feridos, das vítimas, da destruição das casas, a infraestrutura da região, as perdas econômicas e as instalações públicas originaram uma enorme crise humanitária em Gaza. Os residentes estão vivendo algo diferente de tudo o que foi visto em agressões feitas anteriormente.” 

Apesar de ter criticado o “declínio notável na resposta internacional”, Marouf apontou que uma ação dos outros países é “urgentemente necessária” para acabar com o conflito, chamado por ele como “campanha de limpeza étnica” a partir da ocupação do território palestino 

 

Foto destaque: Assembléia da ONU se organiza para buscar uma resolução para o conflito entre Israel e Palestina.  (Reprodução/X: @centralpolitics)

JK Rowling gera revolta em redes sociais por atos transfóbicos

Nesta terça-feira (17), a autora da saga “Harry Potter” voltou a cometer atos transfóbicos em suas redes sociais. Através do X (antigo Twitter), JK Rowling recebeu críticas de internautas, após discordar de uma postagem que afirmava: “mulheres trans são mulheres”.

Na rede social, a escritora republicou uma imagem que dizia “repita conosco: mulheres trans são mulheres”, mas incluiu na legenda um “não”.  A postagem gerou revolta dos seguidores de JK Rowling.

“Gente, JK Rowling assumiu a transfobia totalmente, hein? Eu não sabia, achava que ela não falava muito sobre isso. Chocada”, afirmou uma internauta.


Escritora de “Harry Potter” volta a cometer atos transfóbicos. (Foto: Reprodução/X).


Autora já cometeu atos transfóbicos

No entanto, esta não a primeira vez que a escritora dissemina transfobia. Em 2020, JK Rowling criticou uma reportagem que continha no título a frase “pessoas que menstruam”, a fim de incluir homens trans nascidos com o sexo biológico feminino. Através de um comentário nas redes sociais, a escritora discordou do termo utilizado e afirmou que os responsáveis poderiam substitui-lo somente por “mulheres”.

“Se sexo não é real, não existe atração entre pessoas do mesmo sexo. Se sexo não é real, a realidade vivida por mulheres ao redor do mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a habilidade de muitos discutirem suas vidas de forma significativa. Não é ódio dizer a verdade”, justificou JK Rowling.

Protagonista da saga responde JK Rowling

Após as falas transfóbicos da autora em 2020, Daniel Radcliffe, ator responsável por interpretar o personagem “Harry Potter”, se posicionou ao lado do comunicado trans. Em comunicado publicado no site Trevor Project, uma organização sem fins lucrativos que atua na prevenção do suicídio da juventude LGBTQIAP+ , Radcliffe afirmou que “mulheres trans são mulheres”.

O ator também se desculpou com os fãs da saga e pediu que eles não deixassem que os atos da autora interferissem na ligação entre eles e a história.

Foto destaque: JK Rowling promovendo “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”. Reprodução/Reuters,

Reunião do Conselho de Segurança da ONU deve ter clima tenso entre EUA e Rússia

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deve começar a discutir a proposta para resolver o conflito entre Israel e Hamas, que iniciou com a invasão do grupo terrorista ao território israelense.

O Brasil ocupa a presidência do Conselho e encaminhou uma proposta que prevê a libertação de reféns e também um cessar-fogo, para ser possível enviar ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.

Requisitos para aprovação 

Para que a proposta do governo brasileiro seja aceita, é necessário obter um mínimo de 15 votos, além de não receber nenhum veto de países que sejam membros permanentes. 

Neste último ponto é que reside o desafio para os diplomatas, uma vez que Estados Unidos e Rússia têm poder de veto e interesses diversos em relação ao conflito.


Reunião no Conselho de Segurança. Foto/Reprodução/UN Photo/Eskinder Debebe


Posições antagônicas

No caso do governo russo, a depender do que ficar decidido na reunião, poderá enfraquecer o argumento dos americanos, que exigem sanções mais duras em razão da guerra na Ucrânia. 

Para os EUA, no entanto, as situações são diversas, uma vez que Israel teria respondido a um ataque por parte do Hamas, enquanto a Rússia iniciou o conflito contra a Ucrânia. 

Vale lembrar que o governo israelense é um antigo aliado dos americanos. Inclusive, o governo dos EU, enviou reforços militares para a região de Gaza para conter os soldados do Hamas.

Refugiados

Desde o início do conflito, mais de 200 mil palestinos tiveram que deixar suas casas em razão dos bombardeios na Faixa de Gaza. Além disso, as condições dos hospitais na região são precárias para atender os feridos. 

Aqueles que conseguiram chegar até a região mais ao sul de Gaza, ainda aguardam auxílio de países da fronteira para poder atravessar. Por isso, a definição das medidas pelo Conselho de Segurança da ONU é essencial para dar apoio aos refugiados.

 

Foto Destaque: Salão de reunião do Conselho de Segurança. Reprodução/Shannon Stapleton/Reuters)