Governo lança programa ConectaBR para melhorar a internet móvel no Brasil

O governo federal lançou nesta segunda-feira (23) o Programa Nacional de Melhoria da Cobertura e da Qualidade da Banda Larga Móvel, chamado ConectaBR. Anunciado no Diário Oficial da União (DOU), o programa visa ampliar a cobertura e o acesso à internet pelo Brasil e reduzir as desigualdades regionais.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) coordenará o programa, desenvolvendo ferramentas, projetos e ações para melhorar continuamente a qualidade da internet. A Anatel também monitorará e avaliará a prestação de serviços de comunicações móveis.


Anatel será a principal responsável pela melhoria do ConectaBR (Foto: reprodução/Anatel)


Metas do ConectaBR

O programa estabelece metas específicas para as redes 4G e 5G:
– As redes que utilizam tecnologia 5G deverão atingir uma velocidade de referência de 100 megabits por segundo;
– As redes 4G deverão alcançar uma velocidade de referência de 10 megabits por segundo.

Essas metas devem ser alcançadas em, preferencialmente, 95% do território nacional. Além disso, a Anatel implantará o “Selo Qualidade em Banda Larga Móvel”, uma ferramenta para avaliar o desempenho das prestadoras de serviço de banda larga.

O ConectaBR é um investimento significativo na infraestrutura e tecnologia do Brasil, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico do país ao aumentar o potencial de crescimento do comércio eletrônico e dos serviços digitais. O programa também busca garantir que os usuários de serviços de telecomunicações em todo o território nacional tenham experiências similares, promovendo a educação, o trabalho e a inclusão social.

Entendendo a tecnologia 4G e 5G

A 4G e a 5G são tecnologias de rede celular que permitem a transmissão de dados sem fio. A 4G é a quarta geração e a 5G é a quinta geração dessas tecnologias. As principais diferenças entre elas são:

As diferenças principais entre o 4G e o 5G são:
– Velocidades mais rápidas: O 5G é significativamente mais rápido que o 4G.
– Maior largura de banda: O 5G tem uma maior largura de banda para oferecer velocidades mais rápidas do que o 4G e pode conectar mais dispositivos.
– Menor latência: O tempo de atraso na comunicação entre dispositivos e servidores é menor no 5G.
– Frequências diferentes: O espectro de rádio é dividido em bandas, cada uma com características únicas à medida que você se move para frequências mais altas. O 4G usa frequências abaixo de 6GHz, enquanto algumas redes 5G usam frequências mais altas.

Essas tecnologias têm impactos em diversas áreas, como IoT (Internet das Coisas), realidade virtual e aumentada, e carros autônomos. Elas também influenciam na forma como nos comunicamos e acessamos a internet.

 

Foto Destaque: Diretrizes foram estabelecidas para o setor de telefonia com o objetivo de expandir a cobertura e o acesso à internet móvel de banda larga em todo o Brasil. Reprodução/Kayo Sousa/Ministério das Comunicações.

Crianças correm risco em hospital se eletricidade não for reestabelecida em Gaza

Os bombardeios que Israel tem feito contra a Faixa de Gaza e o bloqueio de suprimentos desde o início do conflito contra o Hamas, a mais de duas semanas, estão deixando os médicos dos hospitais da região conflagrada preocupado com a possibilidade de milhares de crianças e bebês terem suas vidas perdidas por conta de falta de medicamentos e outros aparelhos médicos essenciais a vida. No dia 9 de outubro, os israelenses interromperam o abastecimento de medicamentos e alimentos à Gaza além de cortarem a eletricidade.

O hospital Al-Shifa, no norte de Gaza, possui cerca de 45 incubadoras em seu berçário e um possível corte de energia elétrica poderia matar bebês que estejam nesses locais. Essa ala do hospital atende recém-nascidos prematuros, que nasceram por gestações de alto risco.

Falta Ventiladores

A preocupação com um possível corte de energia elétrica na região onde o hospital Al-Shifa poderia matar dezenas de bebês recém-nascidos que necessitam de ventiladores para sobreviver. O chefe da unidade do departamento de neonatal do hospital, Dr. Fu’ad al-Bulbul, afirma que os a maioria dos prematuros poderão morrer, e ter de escolher entre um ou dois é doloroso e não se pode acontecer.

Escassez de medicamentos

A falta de medicamentos e outros suprimentos essenciais para proteger a vida de bebês durante as suas primeiras horas de vida estão se esgotando, segundo Fu’ad al-Bulbul. O diretor alerta que o surfactante, uma substância essencial para o funcionamento dos pulmões dos prematuros, se esgotou. Os médicos plantonistas estão sobrecarregados e doentes, pois estão trabalhando interruptamente a 18 dias.


Cerca de 45 bebês prematuros na incubadora correm risco de morrer no Hospital Al-Shifa, em Gaza. (Foto: reprodução/X/@seketulawan)


Combustível para geradores

Além dos suprimentos médicos essenciais, a falta de combustível para alimentar os geradores de eletricidade do hospital Al-Shifa preocupa bastante o diretor. Ele alerta que os níveis estão perigosamente baixos. A ONU observa que as reservas de combustíveis da organização se esgotarão em três dias e com isso não conseguirá ajudar aos hospitais, se a ajuda humanitária não chegar.

Ajuda humanitária

Israel autorizou a entrada de apenas 20 caminhões de ajuda humanitária através do Egito neste domingo (22), após dias de negociações, porém a ONU diz que esse número é insuficiente para atender todas as demandas.

Existe uma expectativa de que sejam autorizados caminhões de combustíveis cruzarem a fronteira, porém não está claro se realmente Israel vai autorizar isso acontecer. Os combustíveis são necessários para alimentar os geradores dos hospitais, além da dessalinização da água para a população. Há relatos de que as pessoas estão bebendo água salgada.

A Cruz Vermelha emitiu um alerta na semana passada afirmando que os hospitais em Gaza poderiam se transformar em necrotérios, caso falte eletricidade e suprimentos.

 

Foto destaque: Bebê em incubadora no hospital Al-Shifa em Gaza corre risco de vida se faltar eletricidade e suprimentos. Reprodução/X/@Reuters

Caso Joaquim: padrasto é condenado a 40 anos de prisão por matar enteado com insulina

Após uma década, o Tribunal do Júri pronunciou seu veredicto sobre o trágico Caso Joaquim, que chocou o Brasil em 2013. Guilherme Raymo Longo, padrasto do pequeno Joaquim Ponte Marques, de apenas 3 anos, foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado. Longo foi declarado culpado por homicídio qualificado, por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. Notavelmente, a mãe da criança, a psicóloga Natália Ponte, foi absolvida.

Condenação por homicídio qualificado

O caso remonta a novembro de 2013, quando Joaquim foi encontrado sem vida nas águas do Rio Pardo, em Barretos (SP), após estar desaparecido por cinco dias em Ribeirão Preto (SP). A investigação apontou que Longo teria utilizado uma alta dose de insulina para causar a morte da criança, que já sofria de diabetes. Conforme as alegações do Ministério Público, o acusado teria administrado impressionantes 166 unidades de insulina para tirar a vida de Joaquim.

Guilherme Raymo Longo estava sob custódia desde 2018, quando foi localizado na Espanha pela Polícia Internacional (Interpol) e posteriormente extraditado para o Brasil. A prisão ocorreu após uma investigação detalhada exposta em uma reportagem investigativa do programa “Fantástico,” da TV Globo.

Absolvição da Mãe

A absolvição de Natália Ponte é baseada no argumento de que, embora ela tenha sido omissa em não impedir o convívio de seu filho com o ex-companheiro, mesmo ciente de seu comportamento violento e do uso de drogas, não foi encontrada ligação direta com o crime em questão. A mãe, que respondia em liberdade desde 2014, viu-se livre de qualquer condenação.

O julgamento deste caso angustiante ocorreu uma década após a morte de Joaquim, com um total de seis dias dedicados a depoimentos, sendo cinco deles reservados para as testemunhas. O interrogatório dos réus, originalmente programado para o sábado (21), foi antecipado para sexta-feira (20) devido à agilidade do processo. Notavelmente, o julgamento ocorreu sem a presença do público e da imprensa, uma decisão que foi ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os debates entre a defesa e a acusação ocuparam mais de 12 horas no sábado, abrangendo a apresentação das alegações, a réplica e a tréplica.


Após uma década, padrasto é condenado a 40 anos de prisão por matar menino com mais de 160 doses de insulina (Foto: Reprodução/G1)


A seguir, um resumo do que ocorreu durante a semana do julgamento:

1º Dia: O Desabafo do Pai

  • Testemunhas incluíram um policial civil, dois PMs, um bombeiro, o médico de Joaquim e o pai da criança, Artur Paes Marques.
  • Destaque para o emocionante depoimento do pai, Artur, que comoveu o júri.
  • O médico endocrinologista que diagnosticou Joaquim com diabetes na época e confirmou que uma superdosagem de insulina poderia causar a morte da criança.

2º Dia: O Abraço no Réu

  • Depoimentos de Dimas Longo, pai de Guilherme, a pediatra Roseli Scarpa e Alessandro Ponte, irmão de Natália, por videoconferência.
  • O destaque foi o abraço de Dimas Longo em seu filho, enquanto a acusação considerou as palavras do pai evasivas.

3º Dia: A Recusa à Internação

  • Testemunhas incluíram Augusta Aparecida Raymo Longo, mãe de Guilherme, os pais de Natália e o delegado responsável pela investigação na época, Paulo Henrique Martins de Castro.
  • A mãe de Guilherme afirmou que havia procurado Natália para propor a internação de seu filho, que estava consumindo drogas novamente, mas a nora recusou a oferta.

4º Dia: A Falta de Indícios de Violência

  • Depoimentos de testemunhas ligadas à área médica e perícia.
  • Gustavo Orsi, legista responsável pela necropsia de Joaquim, afirmou que o exame descartou que o menino tenha sido vítima de violência física.

5º Dia: O Interrogatório dos Réus

  • Depoimentos de peritos e duas amigas de Natália, enquanto uma psicóloga foi dispensada.
  • Natália afirmou acreditar que seu ex-companheiro matou Joaquim.
  • Guilherme começou a falar sobre sua relação com os pais e o uso de drogas, mas acabou recebendo orientações da defesa para não responder mais às perguntas do promotor de Justiça.

 Foto destaque: Guilherme Longo, padrasto de Joaquim, em 2013, e Natália Ponte, mãe do menino. Reprodução/G1

Inelegível, Bolsonaro planeja a entrada de Jair Renan na política e de Michelle no senado

Tendo três de seus cinco filhos já envolvidos na política, o ex-presidente Jair Bolsonaro está buscando ampliar a influência de sua família nos parlamentos do Brasil, planejando o lançamento de mais membros de sua família em futuras corridas eleitorais. Essa estratégia visa manter o nome da família em destaque, apesar de sua própria inelegibilidade devido a uma condenação que o impede de concorrer até 2030.

Planejamento para o 04

No próximo ano, Jair Renan Bolsonaro, o segundo filho mais novo do ex-presidente, deve se lançar como candidato pela primeira vez. Com 25 anos, ele está sendo preparado por seu pai para concorrer à vaga de vereador em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde se estabeleceu após assumir um cargo no gabinete do senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, ex-Secretário de Pesca do governo anterior.

O próprio Jair Bolsonaro tem se envolvido ativamente na formação política de seu filho, submetendo-o a “entrevistas orais” para avaliar seus conhecimentos sobre Santa Catarina e a política nacional. O ex-presidente acredita que Jair Renan só deve se candidatar pelo PL se estiver preparado para a disputa e evitar ser alvo de zombarias por parte de adversários.


Jair Messias Bolsonaro e Renan Bolsonaro em reunião com o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (Foto: Reprodução/Instagram/@bolsonaro_jr)


Uma vez eleito, Jair Renan não planeja permanecer por muito tempo na Câmara Municipal de Balneário Camboriú. A intenção é usar o cargo como um trampolim para uma candidatura a deputado federal em 2026. Bolsonaro enxerga seu filho como um potencial puxador de votos para o partido em Santa Catarina.

Outro membro da família Bolsonaro que está se preparando para ingressar no Poder Legislativo é Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama. Ela planeja concorrer a uma vaga no Senado pelo Distrito Federal em 2026. Após se tornar parte do PL Mulher, Michelle tem participado de eventos pelo país, onde promove uma maior representação feminina na política.

Michelle para o senado

Dentro do partido, Michelle é vista como uma das principais figuras da direita para as eleições de 2026. O presidente Bolsonaro acredita que ela pode replicar o sucesso de Damares, a ex-ministra dos Direitos Humanos, que conquistou uma vaga no Senado em 2022 pelo Republicanos e se tornou uma influente apoiadora das demais candidaturas de direita no segundo turno das eleições.

Planejamento para o 02

Os planos da família Bolsonaro também envolvem o “02”, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com o objetivo de levá-lo para Brasília. Atual vereador no Rio de Janeiro desde 2001, a ideia é que ele seja reeleito para a Câmara Municipal no próximo ano e, em 2024, dispute uma vaga na Câmara dos Deputados.

Carlos, que está em seu sexto mandato como vereador, abdicou de concorrer à Câmara em 2018 para coordenar a campanha de seu pai, liderando a estratégia digital. Em 2022, ele não pôde concorrer devido à legislação que proíbe candidaturas de parentes do presidente, com exceção da reeleição para o mesmo cargo.

Portanto, caso consiga eleger Carlos e Jair Renan em 2026, Bolsonaro teria três de seus filhos na Câmara dos Deputados, visto que o “03”, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), está atualmente em seu segundo mandato e planeja tentar a reeleição.

Ademais, o filho mais velho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), serve como senador desde 2018. Embora seu nome tenha sido considerado para concorrer à prefeitura do Rio, foi vetado por seu pai.

Três cadeiras na câmara

Portanto, se conseguir eleger Carlos e Jair Renan em 2026, Bolsonaro teria três de seus filhos atuando na Câmara dos Deputados. O “03”, Eduardo Bolsonaro, que representa o PL de São Paulo, está atualmente em seu segundo mandato e planeja buscar a reeleição.

 

Foto destaque: Renan Bolsonaro com o pai em Chapecó, Santa Catarina. Reprodução/Instagram/@bolsonaro_jr

Vini Jr. enfrenta racismo novamente na Espanha e torcedor é expulso

No sábado (21), o atacante brasileiro Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, enfrentou mais um episódio de racismo na Espanha durante a partida contra o Sevilla, realizada no Estádio do Sevilla.

Uma imagem publicada no jornal espanhol Marca revelou um torcedor fazendo gestos racistas, imitando um macaco na direção de Vinícius Júnior. O clube prontamente identificou o torcedor, o expulsou do estádio e o denunciou às autoridades, conforme informado em comunicado.


Foto do jornal espanhol Marca mostra um torcedor imitando um macaco na direção de Vini Jr. (Foto: Reprodução/Ramon Navarro/Marca/Globo)


Comunicado do jogador

Nas redes sociais, Vinícius Júnior se expressou. Ele elogiou o Sevilla pela ação disciplinar contra o torcedor e lamentou outro incidente racista na mesma partida, envolvendo uma criança: “É triste ver que ninguém está educando essa criança”, comentou. Vinícius instou as autoridades espanholas a reformarem a legislação para impor penalidades criminais ao racismo e concluiu: “Peço desculpas se pareço repetitivo, mas este é o 19º incidente isolado”.

Relembre casos de racismo

Em março de 2018, durante um clássico entre o Flamengo e o Botafogo no Estádio Nilton Santos, Vinícius Junior foi alvo de insultos racistas, incluindo o termo “neguinho safado”.

Em outubro de 2021, no Camp Nou, torcedores do Barcelona proferiram ofensas raciais, chamando Vinícius Junior de “macaco”. A La Liga apresentou uma denúncia à Procuradoria de Ódio de Barcelona, mas os responsáveis não foram identificados, e o caso foi arquivado.

Em março de 2022, durante uma partida entre o Mallorca e o Real Madrid, a emissora espanhola Gol capturou insultos racistas da torcida local contra o jogador brasileiro. Isso incluiu imitações de sons de macaco e comentários desrespeitosos, como a sugestão de que o jogador “pegasse bananas”. A La Liga registrou uma nova denúncia, que também foi arquivada pela Procuradoria de Ódio local.

 

Foto destaque: Vinícius Junior denuncia comportamento racista da torcida do Valencia. Reprodução/Pablo Morano/Reuters

Saiba como a crise econômica da Argentina pode impactar o Brasil

A relação comercial entre o Brasil e a Argentina, que tem sido forte por muitos anos, está enfrentando desafios devido à crise econômica prolongada da Argentina. Esta relação envolve diversos setores, incluindo a indústria automobilística, agronegócio e manufatura. A Argentina é considerado o terceiro maior destino de exportações do Brasil, já o país brasileiro é o principal comprador de produtos argentinos, mesmo assim à crise econômica argentina ainda tem impactado a balança comercial brasileira e o fluxo de capital entre os dois países.

Impacto da crise econômica argentina

A economia argentina tem lutado com inflação e juros exorbitantes, altos níveis de pobreza, forte desvalorização cambial e falta de reservas. Silvio Campos Neto, um renomado economista e sócio da Tendência Consultoria, observou que “a Argentina segue (ainda) como o terceiro maior parceiro comercial do país. E quando olhamos setorialmente, a relevância é ainda maior”. Os déficits fiscais acumulados pelo país ao longo de mais de uma década estão intensificando essa crise.

Só que a situação está afetando não apenas a balança comercial. O investimento direto também foi impactado. Empresários brasileiros estão deixando a Argentina devido à falta de previsibilidade e segurança. Bruno Porto, sócio da PwC e especialista em investimentos internacionais, observou que “o fluxo comercial tem se mantido benéfico, mas temos visto cada vez mais empresas brasileiras que investem na Argentina deixando o país vizinho.”

Resposta do Brasil à crise econômica

A situação é ainda mais complicada pela incerteza em torno das eleições presidenciais argentinas. Javier Milei, um economista ultraliberal e candidato de extrema direita à presidência, é uma figura preocupante para muitos. Ele já expressou sua intenção de limitar o comércio com o Brasil e tem planos radicais para a economia argentina.


Ministros brasileiros estão preocupados com crise na Argentina (Foto: reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou suas preocupações em uma entrevista à agência Reuters: “É natural que eu esteja [preocupado]. Uma pessoa que tem como uma bandeira romper com o Brasil, uma relação construída ao longo de séculos, preocupa. É natural isso. Preocuparia qualquer um… Porque em geral nas relações internacionais você não ideologiza a relação.”

Apesar desses desafios, os especialistas permanecem cautelosamente otimistas. Eles esperam que o presidente eleito tome medidas para controlar a crise econômica na Argentina. “A solução macroeconômica está mais em domar esse dragão da inflação e colocar o país no trilho”, disse Porto.

Apenas o tempo dirá como a situação se desenrolará e qual será o impacto final na relação comercial entre Brasil e Argentina. A relação entre os dois países é complexa e possui muitas facetas, envolvendo não apenas comércio e investimento, mas também política e cultura.

Foto Destaque: A crise econômica argentina afeta relação comercial com Brasil. (Reprodução/Reuters/Agência Brasil)

Protestos globais em solidariedade aos palestinos reúnem multidões; confira imagens

No último sábado (21), ocorreram manifestações públicas de apoio aos palestinos em várias cidades ao redor do mundo. A mais recente escalada de conflitos entre Israel e o grupo Hamas teve início em 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque-surpresa contra Israel. Esse ataque foi a ação mais violenta contra o território israelense em meio século, pegando os serviços de inteligência do país de surpresa.


Manifestação pró-palestinos na cidade de Nova York, nos EUA, em 20 de outubro de 2023. (Foto: Divulgação/Michael M. Santiago).


Em resposta ao ataque do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação, resultando em aproximadamente 1.400 vítimas em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza relatou que desde o início do conflito, cerca de 4.385 pessoas morreram no território.


Protesto pró-Palestina em Londres, na Inglaterra. (Foto: Reprodução /Henry Nicholls/AFP).


Lugares em protesto

Foram realizadas demonstrações públicas em várias cidades, incluindo Nova York (EUA), Bucareste (Romênia), Londres (Reino Unido), Bangkok (Tailândia), Sydney (Austrália), Christchurch (Nova Zelândia), Carachi (Paquistão), Pristina (República do Kosovo), Pretória (África do Sul), Lahore (Paquistão), Jacarta (Indonésia) e Lisboa (Portugal).


Protesto pró-Palestina em Jacarta, capital da Indonésia. (Foto: Reprodução/BAY ISMOYO/AFP).


Uma das maiores manifestações ocorreu em Londres, no Reino Unido, com a participação de aproximadamente 100 mil pessoas que se reuniram no centro da cidade. Os manifestantes percorreram a capital britânica em busca de um cessar-fogo imediato em Gaza, após o ataque do Hamas a Israel duas semanas atrás. Enquanto entoavam palavras de ordem como “/Palestina Livre”/ e empunhavam cartazes e bandeiras palestinas, o protesto culminou na Downing Street, a residência oficial e gabinete do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.


Protesto pró-Palestina em Londres, na Inglaterra. (Foto: Reprodução/ Henry Nicholls/AFP).


Motivação de manifestante

Uma mulher, que preferiu não se identificar, afirmou à Reuters que, como uma palestina com o desejo de retornar para casa um dia e com familiares em Gaza, ela gostaria de poder fazer mais, mas, neste momento, o protesto é a única ação ao alcance deles.


Protesto pró-Palestina em Lovaina, na Bélgica. (Foto: Reprodução/Ine Gillis/Belga /AFP).


Antes do protesto, a polícia havia emitido um aviso de que qualquer pessoa demonstrando apoio ao Hamas, que é considerado uma organização terrorista proibida no Reino Unido, poderia ser detida, e que não toleraria incidentes de crime de ódio. No entanto, o protesto transcorreu de maneira aparentemente pacífica.

 

Foto Destaque: manifestando em protesto pró-Palestina em Lisboa, Portugal. Reprodução: foto/Patricia de Melo Moreira/AFP.

Ataque de drones xiitas no Iraque aumenta tensões com as forças dos EUA na região

No território iraquiano, uma instalação militar abrigando forças norte-americanas enfrentou um ataque com dois drones neste sábado (21). Os sistemas de segurança da base conseguiram neutralizar os drones. A autoria do ataque foi reivindicada por um grupo de seguidores do Islã xiita, autodenominado como Resistência Islâmica no Iraque.


Veículos militares de soldados dos EUA são vistos na base aérea de al-Asad, na província de Anbar, Iraque. (Reprodução: foto/John Davison/REUTERS).


Usabilidade de drones para guerra

O uso de drones para fins militares, também conhecidos como Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (SANT), tem se tornado cada vez mais comum nas operações de guerra modernas. Aqui estão alguns pontos-chave relacionados ao uso de drones para fins militares:

Vantagem estratégica, os drones oferecem uma vantagem estratégica significativa, permitindo a realização de vigilância, reconhecimento e ataques precisos em áreas remotas ou de difícil acesso, reduzindo assim os riscos. O uso de drones elimina o risco de expor pilotos e pessoal de apoio a perigos em áreas de conflito. Isso pode reduzir significativamente as baixas entre as forças amigas.

Drones são frequentemente utilizados para coletar informações valiosas sobre as atividades inimigas, permitindo o planejamento de operações militares mais informadas. Drones armados são capazes de realizar ataques cirúrgicos com grande precisão, minimizando o risco de danos colaterais. Em comparação com aeronaves tripuladas, a operação deste recurso costuma ser mais econômica, uma vez que não é necessário fornecer suporte para tripulantes.

Drones podem permanecer no ar por longos períodos, permitindo uma vigilância contínua e a capacidade de responder rapidamente a situações em evolução. O uso de drones em território estrangeiro, muitas vezes sem o consentimento do país hospedeiro, levanta questões de soberania e relações internacionais. O desenvolvimento contínuo de tecnologias de drones está mudando a natureza da guerra e levanta preocupações sobre a proliferação dessas armas.

Resistência Islâmica

O termo “Resistência Islâmica” pode abranger uma variedade de grupos e movimentos em diversas regiões do mundo islâmico, cada um com seus próprios objetivos, ideologias e estratégias distintas. Para fornecer informações precisas, é fundamental especificar o grupo ou contexto específico ao qual se faz referência, uma vez que existem várias organizações que adotam esse nome ou termos semelhantes.

No contexto mencionado no Iraque, o grupo identificado como Resistência Islâmica no Iraque é composto por militantes muçulmanos xiitas atuando naquela região. Esses grupos podem estar envolvidos em atividades políticas, militares ou de resistência, muitas vezes em resposta à presença de forças estrangeiras em seu país ou a conflitos sectários. Eles podem reivindicar a autoria de ações como ataques a bases militares estrangeiras ou outros atos de violência como parte de sua luta.

 

Foto Destaque: Escoteiros carregando bandeiras do Hezbollah enquanto marchavam em um funeral de dois soldados do grupo que foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel no Sul do Líbano. Reprodução/ Daniel Carde/Getty Images.

Israel enviou alerta sobre ataque aéreo que atingiu hospital em Gaza

Na terça-feira (17), as forças israelenses alertaram o Hospital Al-Quds, em Gaza, de um bombardeio e pediram a evacuação imediata. Segundo a administração da unidade, o Exército israelense exigiu que as pessoas saíssem do local para evitarem um ataque aéreo noturno que estava em preparação.

Detalhes sobre o aviso

Além do hospital em Gaza, o Crescente Vermelho Palestino disse que havia recebido uma “ameaça das autoridades de ocupação”, escrito que iria “bombardear o Hospital Al-Quds” e exiga “a evacuação imediata do hospital”.

O Hospital Al-Quds, em Gaza, de acordo com o Crescente Vermelho, tem acompanhado atualmente mais de 400 pacientes e servido como abrigo para aproximadamente 12 mil civis deslocados que buscaram refúgio na unidade como um local seguro.

As Forças de Defesa israelenses de Israel afirmaram ter solicitado a evacuação dos residentes da área norte da Faixa de Gaza, na tentativa de “mitigar os danos civis”. O exército de Israel disse que o grupo terrorista Hamas “incorpora intencionalmente os seus bens em áreas civis” e constrói escudos humanos com a população da Faixa de Gaza.


Restos de um prédio atacado por Israel em Khan Yunis, na Faixa de Gaza. (Foto: reprodução/Mahmud Hams/AFP)


Comunicados de Gaza

Em pedido à comunidade internacional, a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino pede que medidas imediatas sejam tomadas para evitar uma potencial catástrofe humanitária, comparado ao trágico bombardeiro ataque no Hospital Batista Al-Ahli, na terça-feira (17).

O chefe do Gabinete de Comunicação Social do Governo de Gaza, Salamah Marouf, fez um comunicado e dizia que “as equipes médicas tomaram a decisão de não responder à ameaça da ocupação e de não cumprir os avisos de evacuação”.

Marouf explicou que os profissionais de saúde “dão prioridade ao seu papel humanitário e aos seus deveres profissionais”, disse que permanecerão no seu trabalho e “continuarão a prestar serviços aos pacientes e feridos”, assim como “ajudar os deslocados”.

O chefe do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, Mai Alkaila, divulgou uma declaração apelando para uma intervenção e proteção das ameaças de bombardeiros no Hospital Al-Quds, pressionando à comunidade internacional e a todas as organizações internacionais de direitos humanos.

Foto destaque: Bombardeio feito por forças israelense que atingiu hospital em Gaza. Reprodução/O Globo.

Ministro da Defesa de Israel detalha as fases da ofensiva na Faixa de Gaza

Nesta sexta-feira (20), Israel começou a apresentar detalhes da ofensiva na Faixa de Gaza após a guerra contra o Hamas. O governo israelense afirma que atingiu mais de 100 túneis, que eram depósitos de munição e quartéis-generais do Hamas, com mísseis, nesta sexta. 

Ataques por mísseis

Enquanto as forças israelenses esperam autorização para invadir a Faixa de Gaza por terra, seus ataques continuam sendo aéreos com bombardeios contra alvos do grupo Hamas. 

Os militares afirmaram que um dos mísseis matou Amjad Majed Muhammad, chefe das forças navais do Hamas e engenheiro responsável pela armamentação, que esteve presente nos atentados de 7 de outubro.


Ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza. (Foto: reprodução/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK)


O governo Israel também disse ter atingido uma mesquita em Jabaliya, que era utilizada como depósito de armas, ponto de observação, e posto de mobilização dos militantes do grupo Hamas.

Outra construção religiosa também sofreu pelo lançamento dos mísseis, a Igreja Cristã Ortodoxa de São Porfírio em Gaza. O local prestava serviços de abrigo para cerca de 500 civis, a maioria deles cristãos. 

Por outro lado, o exército israelense disse que o alvo do ataque era um depósito de armas do Hamas próximo do local. O Ministério da Saúde do grupo terrorista disse que esse ataque causou 18 mortos. 

Fases da ofensiva 

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, detalhou sobre a ofensiva em Gaza, nesta sexta. Gallant disse que o plano deve ser efetivado em três fases:

  1. Ataques aéreos e, posteriormente, por terra, com o objetivo de eliminar alvos e destruir infraestrutura do Hamas;
  2. Combate contra bolsões de resistência;
  3. A criação de um novo regime de segurança, em que o grupo terrorista não possa ter nenhum controle da vida de Gaza.

Ainda não se sabe detalhes sobre a futura estrutura de governo em Gaza, que contém 2 milhões de palestinos. Porém, o governo israelense disse que não planeja ter um controle da vida em Gaza, depois que conseguir destruir o Hamas.

Foto destaque: Forças israelenses na fronteira de Gaza. Reprodução/Thomas COEX/AFP.