Lei Maria da Penha precisa de mudanças urgentes e avançadas, alerta Dr. Júlio Konkowski

Desde sua promulgação, em 2006, a Lei Maria da Penha tem sido um marco na luta contra a violência doméstica, regulando medidas protetivas de urgência.

Entre elas, afastar o agressor do lar, proibição de aproximação e contato com a vítima, bem como proibição de frequentar os mesmos lugares são as mais comuns.

Entretanto, com o advento da lei nº 14.550/23, que entrou em vigor no dia 19/04/2023, as medidas protetivas passaram a ser consideradas autônomas em relação à infração penal, podendo ser aplicadas a partir de fatos não-criminais ou do simples depoimento da vítima.

Diante disso, Dr. Julio Konkowski, especialista na Lei Maria da Penha há 15 anos, revela uma grande preocupação a respeito do tema:

Essa alteração foi positiva por tornar os instrumentos de proteção independentes do processo criminal, permitindo proteção com base na declaração da vítima. No entanto, precisamos atentar para o potencial abuso e uso indiscriminado das medidas, que podem resultar em violência reversa, transformando proteção em opressão”.



Fora isso, Dr. Julio chama a atenção para outras questões igualmente importantes, que não foram contempladas pela lei:

Além da alteração não prever a possibilidade de ouvir previamente o homem intimado, também não há previsão de um regime recursal para impugnar as medidas. Diante de tudo isso, é difícil enxergar um devido processo legal”, declara o CEO do Grupo KWS – maior escritório do Brasil na defesa na lei Maria da Penha.

Por último, o especialista aponta uma questão ainda mais temerária: “O cenário preocupa porque não há previsão de crimes específicos, com punições mais severas para quem abusar do sistema, seja por acusações falsas ou pedidos de medidas protetivas fabricadas”.

Apesar das críticas, Dr. Konkowski, reconhecido por desenvolver estratégias defensivas de alta performance na defesa na lei Maria da Penha, finaliza:



A lei é um avanço fundamental na prevenção e combate à violência de gênero e sou totalmente a favor dela. Porém, ela também precisa ser clara e justa para que nenhum direito seja violado”.

 

Para mais informações sobre a atuação do Grupo KWS, acesse o site ou entre em contato através dos números: +55 11 94013-7646 e + 55 11 2359-1616 ou acesse: https://lp.grupokws.com.br.

Foto destaque: Júlio Konkowski. (Foto/Reprodução)

App do Bradesco fica instável na manhã desta quarta

Nesta quarta-feira (25), o aplicativo do banco Bradesco apresentou algumas instabilidades, prejudicando o uso por parte dos clientes, o que gerou insatisfação e reclamações nas redes sociais. O principal alvo das reclamações era a ferramenta de transferência instantânea PIX, que não estava funcionando.

Em declaração oficial ao portal de notícias G1, o Bradesco afirmou que: “o app passa por momentos de intermitência. Equipes estão atuando para a regularização o mais breve possível. Os demais canais funcionam normalmente”.

Reclamação nas redes sociais

O site “DownDetector” registra insatisfações de pessoas que reclamam nas redes sociais sobre o mau funcionamento de aplicativos e sites. Segundo o DownDetector, os protestos tiveram início pela manhã desta quarta-feira (25), por volta das 10 horas. Foram contabilizadas cerca de 500 reclamações até o início do dia.

As notificações tiveram o PIX como principal alvo da instabilidade no aplicativo do Bradesco, com 48% das queixas sendo por esse motivo, segundo o DownDetector. O login no aplicativo foi o segundo motivo mais reclamado pelos usuários, representando 43% das reclamações. Os 9% restantes protestaram contra o mau funcionamento do login no internet banking.

Clientes reclamaram nas redes sociais (Foto: reprodução/X/g1)


Utilizando principalmente o X, o antigo “Twitter”, diversos usuários reclamaram dos problemas no aplicativo do Bradesco, além de mostrarem a mensagem alegando erro. Em suas publicações, marcaram o perfil oficial do banco. Em resposta a alguns clientes, o perfil oficial do Bradesco pediu aos usuários do aplicativo que tentassem repetir as operações mais tarde.

Segundo levantamento do Google Trends, plataforma que monitora pesquisas  feitas pelo Google, várias pesquisas nesta manhã de quarta foram relacionadas aos problemas no aplicativo do banco Bradesco, como por exemplo: “pix bradesco fora do ar” ou “app bradesco fora do ar”.

Ações em alta

Apesar das instabilidades no programa, o banco Bradesco registrou alta em suas ações no Ibovespa. De acordo com o site Investing.com, o Bradesco, juntamente com Santander e Raizen, liderou as altas das ações nesta quarta-feira (25).

Foto destaque: Banco Bradesco confirmou que app estava com mal funcionamento (Reprodução/site/Neo Feed)

Sul do Brasil pode enfrentar chuvas persistentes até o final de semana

Até o próximo domingo (29), a região sul do Brasil deve passar por um período extenso de precipitações. Nas últimas semanas, a maior parte da chuva caiu nas áreas fronteiriças do oeste dos estados da região, com o Rio Grande do Sul recebendo uma quantidade significativa de precipitação nos últimos dias.

Este evento climático causa impactos notáveis na região especialmente na agricultura, um dos principais setores econômicos do Rio Grande do Sul que enfrenta consequências graves.

As chuvas contínuas afetam as plantações devido ao excesso de água, o que impede o crescimento adequado das plantas e aumenta a chance de doenças fúngicas. Além disso, os agricultores estão com dificuldades na colheita e transporte de seus produtos.

Desafios na Infraestrutura

A infraestrutura local também tem prejuízos, com estradas ficando intransitáveis por conta das inundações e deslizamentos de terra frequentes. Isso resulta no isolamento de comunidades e dificulta o acesso a serviços essenciais. Além disso, casas e edifícios têm risco de danos estruturais devido à saturação do solo.

Nos últimos cinco dias, as chuvas se concentraram nas áreas da fronteira oeste dos estados do sul, com o Rio Grande do Sul registrando acumulações expressivas. A estação do CEMADEN em Uruguaiana – Cabo Luiz Quevedo, no RS, registrou 137.6mm, enquanto a estação em Alegrete – Centro, também no RS, marcou 87.6mm.


Chuva sobre um estacionamento (Foto: reprodução/Pixabay/Gundula Vogel)


Tendências Climáticas

A previsão indica a persistência das instabilidades devido à alta umidade e ao aquecimento diurno. São esperadas pancadas de chuva, acompanhadas por raios, no sul de Santa Catarina até o norte do Paraná. Na faixa litorânea entre Florianópolis e Curitiba, espera-se muita nebulosidade e previsão de tempo chuvoso na quarta-feira (25).

A chuva deve se intensificar entre o centro do Rio Grande do Sul e o norte do Paraná. Um cavado, área de baixa pressão, combinado com variabilidade nos ventos em altos níveis da atmosfera, favorecerá a formação da chuva. Outro destaque para a faixa sudoeste do Paraná que enfrentará tempestades e chuvas volumosas.

Instabilidades Climáticas

As instabilidades climáticas devem se ampliar, com chuva prevista em todas as regiões dos três estados do sul. Há risco de tempestades na faixa entre o extremo norte do Rio Grande do Sul e o sul do Paraná, com máxima atenção devido aos volumes elevados dos rios na região em outubro. Embora se espere que o sol retorne, são esperadas pancadas de chuva desde o extremo sul gaúcho até o norte do Paraná. 

A situação meteorológica na região sul do Brasil continua desafiadora, com chuvas persistentes afetando vários setores da economia e a infraestrutura. As autoridades locais estão monitorando a evolução climática e tomando medidas para lidar com os impactos das chuvas.

Foto destaque: Asfalto inundado com a chuva. Reprodução/Pixabay/Public Domain Pictures.

Governo do Rio de Janeiro tenta impedir volta de líderes do tráfico aos presídios do estado

Após decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que permitiram a volta dos chefões do tráfico de drogas aos presídios do estado, o governo carioca decidiu recorrer para reverter a situação. Segundo informações do G1, serão apresentados ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e também ao Judiciário, argumentos e um relatório feito por órgãos de inteligência, a fim de impedir a volta dos criminosos ao estado carioca.

A ideia do governo fluminense e da sua cúpula de segurança, é manter os traficantes em presídios federais. Porém, devido à decisão tomada pelo Tribunal de Justiça, Luiz Cláudio Machado, conhecido como “Marreta”, já está de volta ao estado e foi transferido ao presídio Bangu 1. A situação pode piorar, pois o outro chefão do tráfico, Rogério Avelino da Silva, de apelido “Rogério 157”, também pode retornar a qualquer momento para o Rio de Janeiro.


Penitenciária Bangu 1, local para onde Marreta foi transferido (Foto: reprodução/Jornal Extra)


Marreta

Luiz Cláudio Machado, o Marreta, está preso desde 2014, quando foi capturado em uma ação conjunta da polícia brasileira e da polícia paraguaia, local onde o criminoso estava foragido. 

Marreta é um dos líderes do Comando Vermelho, era o responsável pela chegada de cocaína nas favelas que eram dominadas pela facção. Enquanto estava foragido, era ele quem comandava a distribuição de armas e drogas pelas comunidades.

Rogério 157

Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, está detido desde 2017. Era um dos homens de confiança do chefe do tráfico de drogas da Rocinha, o Nem.

Depois de matar alguns dos capangas de Nem e expulsar a esposa do mesmo da favela, a qual pretendia comandar as ações do tráfico, Rogério assumiu o controle do crime em determinada área da comunidade.

Após conflitos com o antigo chefe e de fugir da Rocinha, Rogério foi encontrado pela Polícia Civil e preso em Arará, comunidade da Zona Norte.

Foto destaque: Marreta e Rogério 157. Ambos foram autorizados a se transferirem para presídios do Rio de Janeiro. Reprodução/TV Globo/G1

Motorista de ônibus sofre queimaduras graves no pior ataque ao transporte do Rio

Um motorista da linha 804 (Campo Grande x Largo do Aarão) da Viação Pégaso teve queimaduras de terceiro grau no pior ataque a ônibus já registrado no Rio de Janeiro. Ele está internado no Hospital Pedro II. Na tarde de segunda-feira (23), 35 ônibus foram incendiados em ação criminosa de milicianos na Zona Oeste. Segundo o Rio Ônibus, o prejuízo estimado é de cerca de R$ 30 milhões.

Motorista está internado no hospital

O motorista, cujo nome está sendo preservado por razões de segurança, sofreu queimaduras de terceiro grau e está internado no Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro dele é considerado estável. 


Motorista de ônibu sofre com queimaduras de terceiro grau após ataque a ônibus no Rio. (Foto: reprodução/O Globo)


A situação é lamentável porque o motorista estava ali exercendo as suas funções e teve queimaduras”, lamentou o Secretário de Saúde do Rio Daniel Soranz, segundo O Globo. Soranz também informou, em suas redes sociais, que 39 unidades de saúde interromperam o funcionamento devido ao ataque.

Reposição de veículos incendiados

O Rio Ônibus estima que serão necessários 180 dias para reposição de veículos incendiados. O ataque foi ordenado pelo miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, após a morte do seu sobrindo em uma operação da Políca Civil, Matheus da Silva Rezende, miliciano conhecido como Faustão. O incidente afetou sete bairros da Zona Oeste, incluindo Santa Cruz, Paciência e Campo Grande.


Ataque aos ônibus no Rio de Janeiro. (Vídeo: reprodução/X/Twitter/@rioonibus)


A ação foi descrita como o pior ataque criminoso da história do transporte carioca pelo Rio Ônibus. De acordo com artigo publicado pelo sindicato, foram incendiados 35 ônibus, 20 pertencentes a consórcios filiados ao Rio ônibus, e o prejuízo não coberto por seguradoras foi de aproximadamente R$ 30 milhões.

Foto destaque: motorista que sofreu queimaduras no ataque no Rio está internado no Hospital Pedro II. Reprodução/X/@joca202460.

Polícia e ativistas na China expõem comércio ilegal de carne de gato

Uma operação policial em Zhangjiagang, na província chinesa de Jiangsu, resultou na apreensão em 12 de outubro de um caminhão com mais de mil gatos destinados ao comércio ilegal de carne, expondo riscos à saúde pública e a necessidade de regulamentação. A operação foi liderada por uma ativista dos direitos dos animais e um investidor de um refúgio para os gatos, que não são protegidos como animais domésticos pela legislação chinesa.

 

Mercado clandestino chinês de carne de gato oferece alta lucratividade

Em 12 de outubro, a polícia de Zhangjiagang, na província de Jiangsu, leste da China, interceptou um caminhão contendo mais de mil gatos. A operação durou seis dias e foi coordenada por Gong Jian, investidor do projeto Ilha dos Gatos, e Han Jiali, ativista dos direitos dos animais.


Policial em Zhangjiagang resgatou cerca de mil gatos (Foto: reprodução/Han Jiali/thepaper.cn)


Os gatos seriam transportados para Guangdong e outras províncias do sul da China, onde sua carne seria vendida como carne de porco e cordeiro. Segundo Gong Jian, o preço da carne de gato é de ¥ 4,5 por jin (aproximadamente meio quilo), enquanto a carne de cordeiro é vendida por cerca de ¥ 30 o jin. O alto lucro que atrai comerciantes para o mercado clandestino.


A ativista pelo direito dos animais Han Jiali mostra aos repórteres fotos do transporte e abate ilegais de gatos na China (Foto: reprodução/Wang Yuxin/thepaper.cn) 


A carne dos animais seria transportada para Guangdong e outras províncias do sul, e vendida como carne de porco e cordeiro. De acordo com Gong Jian, a carne dos gatos era vendida por ¥ 4,5 o jin (aproximadamente meio quilo), enquanto a carne de cordeiro é vendida por cerca de ¥ 30 o jin. O alto lucro atrai comerciantes para o mercado clandestino.

Ilha dos Gatos promete ser refúgio para animais resgatados

Após a apreensão, os gatos resgatados foram encaminhados para o abrigo Mengtai Qi Cat Dog Garden, em Taicang, onde receberam tratamento veterinário sendo colocados para adoção. 


Ilha dos Gatos, em Taicang, promete ser refúgio para gatos que precisam de ajuda (Foto: reprodução/Wang Yuxin/thepaper.cn)


Gong Jian, que participou da operação, é um dos investidores da Ilha dos Gatos, um refúgio de aproximadamente 100 acres e 400 m², cercado por água. O objetivo do projeto é acolher e colocar para adoção gatos que precisam de ajuda.

Na China, gatos e cachorros não são classificados como animais domésticos. A primeira lei que proibiu o consumo de carne de gato e cachorro foi aprovada em 2020, em Shenzhen, cidade no sul da China. No entanto, não existe lei em âmbito nacional que proíba o consumo dos animais.

 

Foto destaque: cerca de mil gatos foram apreendidos em caminhão pela polícia de Zhangjiagang, no leste chinês (Reprodução/Wang Yuxin/thepaper.cn.)

Macron propõe incluir Hamas em coalização internacional que combate o Estado Islâmico

O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs na última terça-feira (24) a criação de uma coalizão internacional que lute contra o grupo terrorista Hamas. Horas mais tarde, sem dar mais detalhes sobre a coalizão que conta com centenas de países e é liderada pelos Estados Unidos, o mandatário francês propôs também que a coalizão que luta contra o grupo estado islâmico na Síria e o Iraque seja ampliada para combater também o Hamas. 

“A França está pronta para que a coalizão internacional contra o Daesh (Estado Islâmico) , da qual participamos para operações no Iraque e na Síria, lute também contra o Hamas”, afirmou o mandátario francês a repórteres, se-referindo ao Estado Islâmico.

A coalizão que luta contra o Estado Islâmico foi formada em setembro de 2014. Ela inicialmente era uma grande operação militar que ajudou a derrotar o Daesh no Iraque e na Síria. No momento, ela age aconselhando e fornecendo assistência a parceiros locais, fazendo o reconhecimento e inteligência, visando garantir que o grupo não possa mais operar nos lugares que perdeu.

Isso aconteceu durante a chegada do presidente francês a Tel Aviv, onde ele se encontrou com famílias de vítimas francesas do ataque terrorista de 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas. Ao todo, 30 cidadãos franco-israelenses foram mortos no atentado do Hamas e outros nove estão desaparecidos.


Emmanuel Macron comprimentando um cidadão franco-israelense. (Foto: reprodução/AFP Photo)


Viagem de Macron a região

A ida de Macron a Israel tem como objetivo fazer propostas para evitar que o conflito tenha uma escalada, e também para pressionar por uma trégua humanitária. Nesta viagem, o mandatário francês ainda irá para Amã, capital da Jordânia, onde se reunirá com outros líderes do Oriente Médio para discutir o assunto. 

Porém, Emmanuel Macron perdeu sua credibilidade no mundo árabe após adotar uma política de proibição geral de protestos pró-palestina na França, que depois foi derrubada pelos tribunais do país. Após isso, o mandatário francês afirmou que está em busca de uma solução entre os dois estados. 

 

Ida de Macron a Palestina 

Após visitar Tel Aviv e Jerusalém, Macron também foi a Palestina. Ele foi até Ramallah, na Cisjordânia. Lá ele se enctrou com o presidente Mahmoud Abbas e afirmou que não haverá paz duradoura sem a implementação da solução de dois Estados – com Israel em segurança ao lado do estado palestino. O presidente francês também afirmou no encontro que o grupo terrorista Hamas não representa todos os palestinos.

Foto destaque: Emmanuel Macron comprimentado o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu (Reprodução/Christophe Ena / POOL / AFP)

EUA e aliados ampliam investigação sobre carteira bilionária do Hamas

Na última terça-feira (24), representantes dos Estados Unidos, junto a membros da Arábia Saudita, Qatar e outras nações do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), intensificaram as investigações sobre uma suposta carteira de investimentos secretos do Hamas, que, segundo estimativas, vale pelo menos US$ 1 bilhão. A mobilização conjunta emergiu como resposta aos recentes ataques terroristas do Hamas a Israel.

Esforços conjuntos contra o financiamento do terror

O Departamento do Tesouro americano, em colaboração com as nações aliadas, dedica esforços para desvendar e combater a referida carteira de investimentos, conforme informou um oficial dos EUA. A iniciativa parte do Centro de Combate ao Financiamento do Terrorismo (TFTC), entidade criada em 2017, que agora dirige a atenção para perseguir, além do Hamas, o Hezbollah e outros grupos militantes alinhados ao Irã, mediante o compartilhamento de informações relevantes entre os países membros do conselho.

Na semana passada, autoridades americanas impuseram sanções a indivíduos identificados como gestores dos ativos na misteriosa carteira do Hamas. A descoberta revela um montante avaliado entre US$ 400 milhões e US$ 1 bilhão, segundo informes do Tesouro dos EUA, que supõe a geração de receitas significativas para o grupo.


Conheça mais sobre o partido político, Hamas e suas demandas (Vídeo: reprodução/YouTube/BBC News Brasil)


Ações recentes e impactos na região

A pasta de investimentos abrange empresas operando sob fachada de legalidade em diversos países, como Sudão, Argélia, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, salientou a intolerância dos EUA quanto à exploração do sistema financeiro por organizações terroristas, instigando as nações do Golfo a compartilharem mais dados sobre as operações financeiras do Hamas.

Nelson condenou as práticas do Hamas, evidenciando como tais ações exacerbam as dificuldades econômicas enfrentadas pelos palestinos na Faixa de Gaza, desviando recursos de ajuda humanitária para financiar atividades terroristas. Ressaltou-se a necessidade de uma atuação conjunta e decidida dos países membros do TFTC para neutralizar as ameaças e desmantelar as estruturas financeiras que apoiam o terrorismo na região.

Foto Destaque: Soldados do Izz al-Din al-Qassam, braço armado do Hamas (Reprodução/Yousef Masoud/CNN)

Cientistas revelam rosto de múmia Inca sacrificada há 500 anos

Na última terça-feira (24), um grupo de cientistas do Peru e da Polônia desvendou o rosto de uma jovem sacrificada durante o Império Inca há mais de 500 anos, cuja múmia foi descoberta nas proximidades de um vulcão nos Andes peruanos há quase três décadas. O processo se deu através de tecnologia tridimensional que, após 20 anos de análise da estrutura craniana e do corpo mumificado, permitiu a reconstituição minuciosa dos traços desta jovem que viveu durante uma época tumultuada.

 

Revelação de um rosto do passado

O corpo da menina, encontrado em 1995, 6.400 metros acima do nível do mar, na província de Caylloma, região de Arequipa, permaneceu congelado, o que auxiliou na preservação dos elementos necessários para o estudo. Conhecida como Senhora de Ampato ou, de forma coloquial, como Juanita, esta jovem se tornou um símbolo da cultura e da história inca. 


Conheça mais sobre uma das múmias mais preservadas do mundo (Vídeo: reprodução/YouTube/Fatos Desconhecidos)


O legado de Juanita

Os estudos indicam que Juanita, com idade estimada entre 14 e 15 anos, foi oferecida em sacrifício aos deuses incas em uma tentativa de aplacar desastres naturais que assolavam a região na época, como secas, inundações e erupções vulcânicas. A análise da múmia revelou que a morte de Juanita provavelmente se deu por um forte golpe na cabeça, enquanto estava ajoelhada, causando uma hemorragia interna grave.

Os cientistas da Universidade Católica de Santa Maria e da Universidade de Varsóvia continuam a estudar Juanita e seu contexto histórico, proporcionando uma visão fascinante sobre as práticas e crenças da civilização Inca. As imagens do rosto reconstituído de Juanita, agora reveladas ao público, servem como uma janela para o passado, unindo a tecnologia moderna e a história antiga em uma narrativa cativante e educativa.

 

Foto Destaque: Juanita, a múmia Inca reconstruída digitalmente (Reprodução/Reuters, Universidade Católica de Santa Maria/CNN)

Departamento de justiça americano autoriza FBI a colaborar com a PF no caso da venda de joias

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos autorizou o pedido de colaboração policial internacional para investigar a tentativa do esquema ilegal de vendas de jóias e relógios do acervo presidencial do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foram recebidas por ele durante seu mandato. A informação foi divulgada pelo jornalista César Tralli, do Grupo Globo. O caso da venda de jóias ilegais, foi primeiramente publicado pelo jornal Estado de São Paulo, em março deste ano. 

A solicitação de cooperação internacional havia sido enviada pela Polícia Federal por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, em agosto deste ano. Com isso, a equipe de investigadores brasileiros pode acompanhar presencialmente as diligências solicitadas em território americano. Isso também autoriza a participação do FBI, a polícia federal norte-americana, em apurações brasileiras de crimes como lavagem de dinheiro e falso testemunho. A direção da PF está realizando os últimos acertos sobre a equipe do órgão que irá embarcar para o país em breve, para acompanhar e dar apoio ao trabalho do FBI. 

Pedido de colaboração prevê 

O pedido de colaboração entre as polícias brasileira e americana prevê a quebra de sigilos bancários da ex-primeira dama Michelle e do tenente-coronel Mauro Cid, além de diligências em joalherias em dois estados norte-americanos, Flórida, Nova York e Pensilvânia. Os agentes ainda irão colher depoimentos de testemunhas e suspeitos de participação no suposto esquema ilegal.    

O esquema da venda de joias e relógios, que a Polícia Federal está investigando, envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, assessores e aliados políticos que eram próximos ao ex-mandatário. Durante seu governo ele recebeu os objetos presentes de outros países. Depois disso, supostamente os presentes foram vendidos e tiveram sua origem, localização e valores das negociações provenientes ocultados.  

Investigações da PF

Até o momento, as investigações feitas pela Polícia Federal apontam duas hipóteses para explicar o esquema, as duas apontam o papel do ex-presidente no esquema ilegal. A conduta que foi descrita pela investigação sustenta que houve uma clara utilização do Estado para obter vantagens. 

De acordo com a PF, durante os anos de 2019 e 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid (então assessor especial da presidência), Marcelo Costa Câmara (então assessor), Osmar Crivelatti (braço-direito de Cid), Marcelo Vieira da Silva (então chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência) e outros envolvidos se uniram com o objetivo de desviar dinheiro, em benefício do então presidente. 


Bolsonaro e Mauro Cid são investigados pela Polícia Federal. (Foto: reprodução/Alan Santos/PR)


Após os conjuntos serem apropriados, eles foram transportados aos Estados Unidos, de maneira oculta, no dia 22 de dezembro de 2022, levados por um avião presidencial. Após chegar ao país, eles foram levados para joelheiras na Flórida, em Nova York e na Pensilvânia, para serem avaliados e depois vendidos. O dinheiro depois ficaria sob a responsabilidade do pai de Mauro Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, depois disso ele seria transferido em espécie para o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Foto destaque: Joias que foram recebidas pelo governo Bolsonaro dadas pelo governo da Arabia Saúdtia (Reprodução/O Globo)