Ataque aéreo em campo de refugiados de Jabaliya: mortes e tensão elevada

No campo de refugiados de Jabaliya, localizado na Faixa de Gaza, sete reféns encontraram a morte após um ataque israelense na última terça-feira. Entre os mortos, três possuíam passaportes estrangeiros, conforme anunciado pelas Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo Hamas. A nacionalidade das vítimas, no entanto, permanece desconhecida. O ataque gerou repercussão e intensificou as tensões na região.

Contexto do ataque

O campo de Jabaliya é o maior entre os oito campos de refugiados presentes na Faixa de Gaza. Antes do início do conflito, a ONU registrava cerca de 116 mil refugiados residindo no local, onde também se encontram três escolas administradas pela organização. Atualmente, essas instituições de ensino servem como abrigo para as famílias deslocadas devido à guerra.

A resposta de Israel e as vítimas

A ofensiva israelense ao campo resultou em um saldo trágico de 50 mortos, incluindo ao menos 25 civis, conforme relatado pelo Crescente Vermelho Palestino. As Forças de Defesa de Israel (IDF) justificaram o ataque alegando que os alvos eram terroristas. Entre as vítimas, estava Ibrahim Biari, um comandante do Hamas, responsável por diversos ataques ao longo dos últimos 20 anos, incluindo o ataque terrorista do dia 7 de outubro que resultou na morte de mais de mil israelenses e marcou o início do atual conflito.


Os ataques do Estado de Israel se intensificam e deixam milhares de civis mortos (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)


Impacto e consequências

O ataque israelense ao campo de Jabaliya intensificou as tensões na região e trouxe à tona a questão da segurança e da proteção aos civis em zonas de conflito. A morte dos reféns estrangeiros, em particular, destaca a gravidade da situação e a urgência em buscar soluções para a crise humanitária que assola a Faixa de Gaza.

A ação militar israelense no campo de refugiados, ao mesmo tempo que visava eliminar ameaças terroristas, deixou um rastro de destruição e luto, evidenciando a complexidade e os desafios para alcançar a paz e a estabilidade na região. O mundo observa atentamente os desdobramentos desse trágico episódio, na esperança de que soluções pacíficas prevaleçam e a dignidade humana seja preservada.

Foto Destaque: Ataque israelense em Gaza. Reprodução/Evelyn Hockstein/Reuters

Segundo paciente morre após transplante de coração de porco

Na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, Lawrence Faucette, um homem de 58 anos portador de doença cardíaca em fase terminal, se submeteu a um transplante experimental de coração de porco no dia 20 de setembro. Ele se tornou a segunda pessoa no mundo a passar por esse procedimento. Após seis semanas, Faucette veio a falecer, apresentando sinais de rejeição ao órgão transplantado. A equipe médica havia descartado essa possibilidade anteriormente, pois até então o paciente apresentava progressos significativos.

Avanços e desafios do transplante experimental

Após a cirurgia, os médicos observaram avanços no estado de saúde de Faucette. Ele participava de sessões de fisioterapia e passava tempo com a família. Um mês depois, sua função cardíaca estava excelente e ele não necessitava mais de medicamentos para apoiar o funcionamento do coração. Mesmo assim, os médicos decidiram tratar o paciente com um tratamento experimental de anticorpos para suprimir o sistema imunológico e tentar prevenir a rejeição do órgão. Apesar desses esforços, a rejeição de órgãos permanece como um grande desafio nos transplantes, inclusive nos que envolvem órgãos humanos.


Veja o primeiro caso de transplante de coração de um porco para um Ser humano (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)


A esperança de Lawrence e o futuro dos transplantes

Faucette expressou sua esperança na técnica experimental como sua única chance real de sobrevivência, e sua esposa Ann destacou o desejo de passar mais tempo juntos, mesmo que fosse realizando atividades simples. O procedimento realizado em Lawrence abre caminhos para futuros transplantes e oferece esperança para mais de 113 mil pessoas nos Estados Unidos que aguardam por um órgão. Diariamente, 17 pessoas morrem à espera de um transplante.

Em janeiro de 2022, a Universidade de Maryland realizou a primeira cirurgia do tipo em David Bennett, de 57 anos, que faleceu dois meses após o procedimento. Embora Bennett não tenha apresentado sinais de rejeição nas primeiras semanas, uma autópsia revelou que ele morreu de insuficiência cardíaca devido a uma série de fatores complexos. Esse caso, assim como o de Lawrence Faucette, fornece dados valiosos para futuras pesquisas e avanços na medicina transplantadora.

Foto Destaque: Lawrence Faucette, o segundo paciente a receber um coração de porco no mundo. (Reprodução/University of Maryland School of Medicine/CNN)

Saída de estrangeiros é iniciada em Gaza com auxílio das autoridades egípcias

Enquanto as tensões entre Israel e o Hamas continuam a afetar a Faixa de Gaza, uma oportunidade se abre para estrangeiros e indivíduos feridos em busca de saída. Hoje (01),  as autoridades permitiram a evacuação de quase 500 pessoas através da passagem de Rafah, a única fronteira terrestre que não leva a Israel. Nacionais de países como Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca, bem como membros de organizações humanitárias, foram incluídos na lista.

Entretanto, em meio a essa oportunidade de escapar da violência, os brasileiros na Faixa de Gaza encontram-se excluídos dessa primeira leva. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias, está ciente das preocupações das famílias brasileiras e trabalha para assegurar a inclusão de brasileiros nas listas subsequentes.


Foto: palestinos e estrangeiros fazem fila para sair através da passagem de Rafah (Reprodução/SAID KHATIB/AFP)


Força Aérea Brasileira (FAB) está a postos para resgatar brasileiros em Gaza

A Embaixada do Brasil na Palestina mantém um olhar atento sobre a situação de 34 pessoas, incluindo 24 brasileiros e 10 palestinos, que solicitaram assistência para deixar a Faixa de Gaza. Paralelamente, o governo brasileiro está colaborando com autoridades egípcias e israelenses para garantir a partida segura deste grupo. Um avião da Força Aérea Brasileira já se encontra em território egípcio, pronto para transportar os brasileiros de volta ao Brasil.

Nesse cenário delicado, a preocupação e a revolta entre os brasileiros retidos em Gaza são evidentes. O desafio agora é garantir que todos os brasileiros tenham a oportunidade de deixar a região e retornar à segurança de suas casas. Enquanto os esforços diplomáticos continuam, a situação em Gaza permanece tensa, com cortes intermitentes nas comunicações e uma população que enfrenta dificuldades crescentes devido à escassez de suprimentos essenciais.

Ajuda humanitária é a rota de fuga do conflito

Além dos estrangeiros que buscam sair de Gaza, uma situação igualmente urgente envolve palestinos em estado crítico de saúde que precisam de cuidados médicos especializados. O Egito respondeu a essa necessidade, estabelecendo um hospital de campanha na fronteira, pronto para atender àqueles que já cruzaram a fronteira em ambulâncias. Essa iniciativa é um testemunho da importância da ajuda humanitária em meio a um conflito devastador.

A passagem de Rafah, por muito tempo, permaneceu fechada pelo governo do Egito, sendo raramente aberta para a passagem de civis. Durante as semanas do conflito, o governo do Cairo bloqueou qualquer tentativa de atravessar essa fronteira. No entanto, com o mediador do Catar e o esforço coordenado entre as partes envolvidas, agora surge a oportunidade de aliviar o sofrimento dos que estão presos em Gaza.

Foto reprodução: Gaza em ruínas (Reprodução/Agência Brasil/REUTERS)

TSE torna ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível pela segunda vez

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, por cinco votos a dois, na última terça-feira (31) o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice nas últimas eleições, Walter Braga Netto (PL). Os dois foram condenados por abuso de poder político, uso indevido dos meios de comunicação e conduta vedada a autoridades nas eleições. Com a decisão ambos ficaram inelegíveis até o ano de 2030. Além disso, os dois teram que pagar multas de R$ 425,6 mil e R$ 212,8 mil.

Segundo a maioria da corte, o ex-presidente da república usou intencionalmente a celebração dos 200 anos da independência do país no ano passado para transformar em um ato político oficial, em um evento de campanha à reeleição, que foi custeado e organizado pelo governo federal. 

Mais cedo neste ano, no mês de junho, a corte já tinha declarado que o ex-mandatário a inelegibilidade, por conta de uma reunião promovida por ele com embaixadores estrangeiros em julho de 2022, nesta reunião o ex-presidente mentiu sobre o sistema eleitoral e atacou as instituições. 

Walter Braga Netto

O TSE aplicou a inelegibilidade pela primeira vez ao candidato a vice Walter Braga Netto. Até antes deste julgamento ele havia sido absolvido em outros processos deste tipo. Agora, assim como Bolsonaro, ele também não poderá se candidatar a cargos políticos até 2030. 

Inelegibilidade 

O conceito de inelegibilidade é diferente, tendo em vista que ela atinge a capacidade dos políticos de disputarem cargos políticos por um determinado período de tempo. Ela não restringe ou suspende os direitos políticos. 

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impede que Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto se candidatem a cargos eletivos até o ano de 2030. Essa decisão não cassa, suspende ou provoca a perda dos direitos políticos dos dois. 

Apesar desta nova condenação, o prazo de inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto não será alterado, tendo em vista que as penas impostas pela Corte Eleitoral não são somadas. No entanto, a decisão da última terça-feira dificulta ainda mais a reversão do prazo de inelegividade. 


Ministro do TSE durante a votação na última terça-feira. (Reprodução: Antonio Augusto/TSE)


Inelegibilidade não se somam 

As condenações por inteligibilidades foram aplicadas ao ex-presidente e seu candidato a vice na última eleição não se somam, então não é possível dizer que os dois não poderão concorrer a cargos políticos por 16 anos. 

Recursos das defesas 

As defesas de Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto podem recorrer tanto das multas que foram aplicadas aos dois – R$ 425,6 mil para Bolsonaro e R$ 212,8 mil para Braga Netto – quanto à punição de não poder concorrer a cargos eleitorais até o ano de 2030. 

Neste caso cabe dois tipos de recursos: 

O primeiro são os chamados embargos de declaração. Eles funcionam  dentro do próprio TSE três dias depois da decisão do colegiado. Este recurso questiona os pontos que segundo ele não foram suficientemente esclarecidos, têm omissões ou contradições entre os votos que foram apresentados no julgamento. 

Já o segundo recurso é o chamado recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso os advogados entendam que existem normas constitucionais a serem discutidas com a corte. Embora o recurso seja apresentado ao TSE, ele pode ser direcionado para o STF e passar por uma análise de admissibilidade que é feita pelo presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Morais.

Ambos os recursos têm um prazo de três dias, mas a apresentação dos embargos irá suspender o prazo para o recurso extraordinário ao STF.

Foto destaque: Bolsonaro e Braga Netto foram condenados em votação do TSE na última terça-feira. (Reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil)

Testes toxicológicos não indicam uso de fentanil e metanfetamina em caso da morte de Matthew Perry

Segundo o site TMZ, a causa da morte do ator Matthew Perry não teria sido pelo uso do fentanil ou metanfetamina, os testes toxicológicos para essas substâncias deram negativo. O astro da série Friends foi encontrado morto no sábado (28) e as causas da morte ainda estão em fase de análise. 

Entretanto, o site ainda afirma que mais testes deverão ser realizados para analisar a possível existência de outras substâncias ilícitas no sangue do ator. Além das substâncias ilícitas, se há a possibilidade de níveis elevados de medicamentos prescritos. 

O que se sabe sobre a morte do ator

Matthew Perry foi encontrado morto na banheira de hidromassagem em sua casa, em Los Angeles, nos EUA. A causa da morte ainda não foi revelada, pois é necessário uma série de exames para descobrir a principal circunstância. Alguns sites de notícias especulam um possível afogamento, e que os socorristas atenderam um pedido de socorro por conta de uma parada cardíaca.

Na cena do episódio, não havia drogas e nenhum indício de crime, o que levou ao descarte de um homicídio. De acordo com o veículo CBS News, uma autópsia foi concluída no domingo, e segundo o Gabinete do Examinador Médico de Los Angeles, era necessário esperar os resultados dos laudos toxicológicos. 

Carreira de sucesso e luta contra as drogas

Matthew Langford Perry nasceu em 1969 em Massachusetts, e ficou conhecido por seu personagem Chandler, na série de comédia da Warner “Friends”. A série foi ao ar de 1994 até 2004, e alcançou um sucesso expressivo. 


Matthew Perry ficou conhecido pelo seu personagem Chandler na série Friends. (Foto: reprodução/IMDb)


Com a fama, Perry teve altos e baixos em sua carreira e vida pessoal. No final do ano passado, o ator lançou um livro de memórias Friends, Lovers, and the Big Terrible Thing, e conta que quase morreu aos 49 anos pelo uso de opioides, que são substâncias sintéticas.

Tive que esperar até ter certeza de que eu estava sóbrio e longe da doença ativa do alcoolismo e do vício para escrever tudo. E o mais importante, eu tinha certeza de que isso ajudaria as pessoas”, disse o ator sobre o livro.

Matthew Perry tinha 54 anos, não havia se casado e não tinha filhos, mas deixou diversos fãs e familiares. 

 

Foto destaque: o ator Matthew Perry. (Reprodução/Shutterstock/ABC)

Lula assina decreto que eleva imposto sobre armas de fogo e munições

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, na última terça-feira (31), um decreto que restabelece as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre a comercialização de armas de fogo e munições. A partir de agora, as taxas terão uma variação entre 25% e 55%. O documento começa a ter validade efetiva em fevereiro de 2024.

Novas regras

O decreto atual, publicado no Diário Oficial da União (DOU) e elaborado em parceria com o Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, vai contra as políticas de flexibilização adotadas pelo governo anterior e realiza mudanças na tabela aprovada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em julho de 2022. Nela, o imposto previsto sobre os produtos era de 29,25%.

Agora, segundo a medida assinada por Lula, para itens como revólveres, pistolas, espingardas e carabinas de caça ou de tiro ao alvo, armas de fogo carregáveis exclusivamente pela boca e sprays de pimenta, a alíquota passará de 29,25% para 55%. Além disso, o imposto sobre cartuchos de munição teve a taxa elevada de 13% para 25%.


Imposto sobre armas de fogo e munições sofre reajuste (Foto: Reprodução/Shutterstock)


Expectativas do governo

A iniciativa, conforme a gestão atual, está em consonância com o objetivo de dificultar o acesso da população civil às armas de fogo e munições, contribuindo para o desarmamento, assim como tem o propósito de promover o recadastramento de armas em circulação e o combate à criminalidade. 

Ainda, de acordo com estimativas, o Governo Federal projeta arrecadar cerca de R$ 1,1 bilhão em um período de três anos, sendo R$ 342 milhões no ano que vem, R$ 377 milhões em 2025 e R$ 414 milhões em 2026.

Anteriormente, em 01 de janeiro deste ano, quando foi empossado, o presidente também assinou outro decreto, que previa a redução da quantidade de armas que um cidadão pode adquirir, incluindo os Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs).

 

Foto destaque: Lula durante discurso. Reprodução/Sérgio Lima/Poder360

Israel afirma que matou líder do Hamas e assume ataque à campo de refugiados

Nesta terça-feira (31), militares israelenses não somente declaram que mataram um dos líderes do Hamas, como assumiram responsabilidade pelo ataque ao campo de refugiados, no norte da Faixa de Gaza.

De acordo com o porta-voz tenente-coronel, Richard Hecht, além do comandante do Batalhão Central Jabaliya do Hamas Biari, Ibrahim Biari, as Forças de Defesa de Israel (FDI) mataram “muitos terroristas do Hamas” no ataque ao maior campo de refugiados de Gaza.

“Biari foi um dos líderes responsáveis por enviar agentes terroristas ‘Nukbha’ a Israel para assassinatos e terror em 7 de outubro. Numerosos terroristas do Hamas foram atingidos no ataque”, explicaram as FDI.

Os israelenses anteriormente disseram que as Forças de Defesa de Israel buscavam encontrar “um comandante muito graduado do Hamas” na região do campo de refugiados.

No comunicado desta terça-feira (31), o porta-voz Hecht pontou que o ataque foi realizado contra “terroristas” e “infraestruturas terroristas” pertencentes ao Batalhão Central Jabalya. Após a operação, militares israelenses obtiveram domínio sobre os prédios, além de terem destruído túneis utilizados pelo Hamas.

Morte de líder do Hamas como justificativa

Para o porta-voz Hazem Qassem, o governo Israelense utilizou da suposta presença de um líder do Hamas para cometer um “crime hediondo contra civis, crianças e mulheres seguras no campo de Jabalya”.

Em comunicado publicado em seu canal no Telegram, Qassem negou a presença de um líder do grupo extremista na região do campo de Jabalya.

Ataque israelense à campo de refugiados


Corpos de palestinos mortos após explosão em Jabalya. (Foto: Reprodução/Fadi Whadi/Reuters).


De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, a explosão no campo de refugiados nesta terça-feira (31) deixou ao menos 50 mortos e 100 feridos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros em Ramallah, no entanto, estima que o número de mortos e feridos ultrapassasse os 400.

Foto destaque: campo de refugiados de Gaza após ataque de Israel (Reprodução/Anas al-Shareef/Reuters).

Ministro afirma que prejudicados com local de prova do Enem farão novamente em dezembro

Aproximadamente 50 mil estudantes estão enfrentando o problema de local de realização das provas do Enem 2023. O que receiam é que, conforme o cronograma, eles só poderão solicitar a nova data depois que o Enem já tiver ocorrido. Ou seja, eles terão faltado nas provas de 5 e 12 de novembro sem ter a confirmação de seus pedidos.

Porém, o Ministro da Educação, Camilo Santana, assegurou, nesta terça-feira (31), que os prejudicados iram, sim, fazer as provas.


Prova Enem 2023 (Foto: Reproduçã/cearaagora)


Prejudicados

O Ministro da Educação, Camilo Santana, assegurou que os cerca de 50 mil candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 serão guiados e designados para realizar a prova a uma distância superior a 30 km de suas residências não serão prejudicados e terão a opção de fazer o exame em dezembro, caso queiram.

Os estudantes foram prejudicados por terem alguns casos, a distância excede os 100 quilômetros, embora, conforme o contrato com a empresa responsável, não devesse ultrapassar 30 quilômetros.

Segunda oportunidade

Com a recente declaração do ministro, ocorreu durante um evento do Ministério em Brasília e representa sua primeira resposta pública às queixas de diversos candidatos. O governo responsável pelo acompanhamento da educação reconheceu que a empresa que estava encarregada da aplicação do Enem descumpriu o contrato nesse aspecto e reiterou o compromisso do Ministério com aqueles que foram afetados.

Manuel Palacios, presidente do Inep, afirmou que somente terão o direito de solicitar uma nova data de aplicação aqueles que tenham sido prejudicados pelo erro da empresa. Ou seja, os candidatos que, por engano, escolheram um local de prova a uma distância superior a 30 km de seu endereço, não poderão requerer uma nova data.

Os estudantes aguardam a instruções dos próximos passos para não perderem novamente as provas.

Foto destaque: Ministro da Educação, Camilo Santana (Reprodução/metro1)

Por conta de ataques em Gaza, diretor da ONU renuncia o cargo

Nesta terça-feira (31), Craig Mokhiber, diretor do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU em Nova York, renunciou ao seu cargo através de uma carta enviada ao chefe dos direitos humanos da ONU em Genebra, Volker Turk. Explicando o motivo de sua renúncia, o agora ex-diretor afirmou que os ataques israelenses na Faixa de Gaza pretendem fazer um “genocídio” dos palestinos e culpa os países do Ocidente por isso. 

Motivo da renúncia

Mokheiber começou dizendo na carta que essa seria sua última declaração ofícial como diretor da área de direitos humanos da ONU, e afirmou que o que está ocorrendo na Faixa de Gaza é um “clássico caso de genocídio”. Depois de testemunhar o que ocorreu em Ruanda, na Bósnia e com os civis Rohingya em Mianmar, este seria um novo episódio em que a ONU estaria falhando em conter um potencial genocídio.  

Além disso, ele declarou que esta é uma espécie de guerra pessoal para ele, já que que viveu na região, trabalhando na área de direitos humanos para as Nações Unidas nos anos 1990:

“Escrevo em um momento de grande angústia para o mundo, inclusive para muitos de nossos colegas. Mais uma vez, estamos assistindo a um genocídio se desenrolar diante de nossos olhos, e a organização a que servimos parece impotente para impedi-lo. Como alguém que investiga os direitos humanos na Palestina desde a década de 1980, viveu em Gaza como conselheiro de direitos humanos da ONU na década de 1990 e realizou várias missões de direitos humanos para o país [EUA] antes e depois, isso é profundamente pessoal para mim.”


Primeira parte da carta de Craig Mokhiber (Reprodução/X/@Raminho)


Culpa do Ocidente

O ex-diretor aproveitou a oportunidade e culpabilizou os países do Ocidente pelos ataques de Israel, já que, segundo ele, EUA e Reino Unido não cobram os israelenses como deveriam e acobertam política e diplomaticamente as “atrocidades” ocorridas na Faixa de Gaza:

“Nas últimas décadas, partes importantes da ONU renderam-se ao poder dos EUA e ao medo do lobby de Israel para abandonar esses princípios [dos direitos humanos] e se afastar do próprio direito internacional. Perdemos muito com esse abandono, inclusive nossa própria credibilidade global.”

“Mas nós [Organização das Nações Unidas] não enfrentamos o desafio. O poder de proteção do Conselho de Segurança da ONU foi novamente travado pela intransigência dos EUA”, completou.

Após pedir demissão, Mokhiber irá se aposentar, de acordo com o secretário de imprensa do secretário-geral da ONU.

 

Foto destaque: Craig Mokhiber, diretor do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU em Nova York (Reprodução/X/@DD_Geopolitics)

Ataque à Israel: rebeldes Houthis do Iêmen anunciam entrada no conflito com Hamas

Nesta terça-feira (31), os Houthis anunciariam sua entrada no conflito entre Israel e o Hamas, após declararem que foram os responsáveis pelo ataque com misseis e drones ao Estado Judeu.

Em comunicado transmitido pela TV Al-Masirah, o porta-voz militar Houthi, Yahya Saree, afirmou que o grupo de rebeldes lançou diversos mísseis balísticos e drones contra Israel, além de declarar que ataques voltarão a acontecer “para ajudar os palestinos à vitória”. Saree também afirmou que a ação foi motivada “pelas demandas do povo iemenita”.

Grupos apoiadores do Hamas


Houthis armados tomam capital regional no Iêmen. (Foto: Reprodução/REUTERS/Khaled Abdullah).


Os Houthis, classificados como uma organização política e militar xiita, são apoiados pelo Irã – assim como o Hamas e o libanês Hezbollah. Estas, além de outras milícias regionais, fazem parte do Eixo de Resistência, um grupo de aliados iranianos em meio aos conflitos da Síria e Iêmen, e na luta contra o Estado Islâmico no Iraque.

Segundo a diretora do Middle East Institute, Lina Khatib, o eixo é utilizado pelo Irã para impulsionar seus “objetivos políticos”, além de proporcionar aos apoiadores do país árabe “apoio logístico, econômico e ideológico”. Por este motivo, além dos rebeldes Houthis, o grupo libanês Hezbollah, que tem bombardeado a fronteira norte de Israel, e milícias da Síria também poderão entrar no conflito do Hamas contra Israel.

Terceiro ataque, mas não o último 

De acordo com Yahya Saree, este ataque contra Israel foi o terceiro orquestrado em apoio aos palestinos. No entanto, o porta-voz militar Houthi antecipa que haverá novos, caso a “agressão israelense” continue.

Em 19 de outubro, um navio americano interceptou os primeiros misseis enviados ao Estado Judeu pelo grupo xiita. O governo dos EUA, há época, avisou que as milícias regionais não deveriam entrar no conflito entre Israel e o Hamas.

No entanto, atentados por parte dos aliados do Irã voltaram a ocorrer e, nesta terça-feira (31), militares israelenses informaram que um ataque aéreo no Mar Vermelho – o qual os Houthis assumiram a responsabilidade – foi interceptado pelo sistema de defesa chamado “Arrow”.

Foto destaque: porta-voz militar Houthi, Yahya Saree, assumindo a responsabilidade pelo ataque a Israel. (Reprodução/Houthi Media Center).