O presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou que, após o término do conflito entre Israel e o Hamas, é fundamental que a Faixa de Gaza seja incorporada a um Estado palestino independente e soberano. Além disso, ele deixou claro que a Turquia não endossará quaisquer planos que possam resultar na gradual eliminação dos palestinos da história.

Medida da Turquia

A Turquia tem aumentado significativamente suas críticas a Israel à medida que a crise humanitária em Gaza se agravou. O país defende a solução de dois Estados e, ao contrário dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países ocidentais, não rotula o Hamas como uma organização terrorista. Além disso, a Turquia instou fortemente a implementação imediata de um cessar-fogo e ofereceu-se para coordenar a criação de um sistema para garantir a sua eficácia.

_{As consequências de um ataque ao campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, no início desta semana. (Reprodução: foto/divulgação/Reuters).}

Comunicado

Em uma entrevista com jornalistas durante um voo de retorno do Cazaquistão na sexta-feira (3), Erdogan reiterou suas críticas aos países ocidentais por seu apoio a Israel, destacando que a confiança de Ancara na União Europeia havia sido fortemente abalada.

Erdogan expressou sua visão de que, após o término dos acontecimentos em Gaza, o desejo é que Gaza se torne uma região pacífica integrada a um Estado palestino independente, de acordo com as fronteiras de 1967, mantendo sua integridade territorial e tendo Jerusalém Oriental como sua capital. Ele mencionou seu apoio a abordagens que promovam a paz e estabilidade na região, enquanto enfatizou sua oposição a planos que contribuam para o obscurecimento da situação dos palestinos e seu desaparecimento gradual da história.

Ele também mencionou que seu chefe de inteligência, Ibrahim Kalin, estava mantendo comunicação com autoridades israelenses, palestinas e até mesmo com membros do Hamas. No entanto, Erdogan destacou que não considera o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como uma contraparte, pois o responsabiliza como a única autoridade por trás da situação em Gaza.

Foto Destaque: Presidente da Turquia em conferência internacional. Reprodução: foto/divulgação/Reuters.

Uma situação de emergência está se desenrolando na maior metrópole do Brasil, à medida que milhões de moradores de São Paulo enfrentam mais de 20 horas de cortes de energia elétrica. O problema teve início na tarde de ontem (3), quando um forte temporal atingiu várias áreas do estado deixando muitas famílias sem eletricidade. 

A forte tempestade desencadeou uma série de problemas para os moradores da cidade. Além dos impactos imediatos do temporal, como inundações e quedas de árvores, a falta de energia elétrica que persiste por mais de 20 horas tem criado desafios adicionais para a população.

_{Àrvore que caiu sobre a fiação elétrica na rua Manoel Moraes Ponte, na Zona Norte de SP (Foto: Reprodução/Acervo pessoal do G1)}

Uma das consequências imediatas deste blecaute prolongado é a interrupção no abastecimento de água. A Sabesp, a empresa de saneamento básico do estado de São Paulo, depende da eletricidade para operar suas estações de tratamento de água e bombeamento. Com a falta de energia, o fornecimento de água e outros serviços foram prejudicados, deixando os moradores em uma situação precária.

Outra preocupação é a conectividade à internet, uma necessidade cada vez mais importante em um mundo altamente digitalizado. A falta de energia elétrica afetou a infraestrutura de telecomunicações, resultando em interrupções no acesso à internet e na comunicação em uma época em que muitas pessoas dependem da internet para trabalhar, estudar e se manter informadas.

Ainda sem previsão de retorno

A Enel Distribuição São Paulo, a concessionária de energia elétrica da região, está trabalhando incansavelmente para resolver o problema, mas a restauração do serviço tem se mostrado um desafio complexo devido à necessidade de reconstruir o trecho da rede danificada. Para registrar falta de luz, a Enel orienta que os moradores deem prioridade aos canais digitais oficiais da companhia (app agência virtual do site).

_{Posicionamento oficial da Enel nas redes sociais (Foto: Reprodução/Twitter (X)/EnelClientesBR)}

As chuvas causaram 6 mortes

O temporal que durou mais de 17 horas, causou muitos estragos e a morte de 6 pessoas, entre elas um jovem de 21 anos, na tarde desta sexta-feira (3). A Defesa Civil recebeu mais de mil chamados para quedas de árvores, dois chamados para enchentes e 46 para desabamento/desmoronamento na região metropolitana. Os seis óbitos estão relacionados justamente às causas da chuva, como queda de árvores, muros e paredes.

Foto destaque: Tempestade em São Paulo deixa moradores sem energia elétrica por mais de 20h (Reprodução/Imagem ilustrativa)

Os esforços para assegurar uma passagem segura para cidadãos estrangeiros presos na Faixa de Gaza têm sido frustrados pelo Hamas e enfrentado desafios logísticos significativos, agravando uma terrível situação humanitária na região. Isso foi confirmado por um alto funcionário dos Estados Unidos que destacou as dificuldades enfrentadas no processo.

Hamas impede saída de estrangeiros

O Hamas, um grupo radical islâmico que controla a Faixa de Gaza, tem se recusado a permitir que qualquer pessoa deixe a área, conforme informado pelo funcionário da administração dos EUA. Isso desencadeou uma série de negociações lideradas pelo Embaixador David Satterfield.

Negociações para aliviar a crise humanitária

Em meio à crescente crise humanitária, o Hamas expressou a disposição de permitir que cidadãos estrangeiros deixassem Gaza, desde que alguns palestinos feridos também pudessem sair. No entanto, cerca de um terço dos palestinos feridos identificados foram associados ao Hamas no processo de verificação, o que foi considerado inaceitável pelo Egito, Israel e pelos EUA.

Após novas rodadas de negociações, um acordo foi alcançado para garantir que os civis palestinos feridos que partiam com os estrangeiros não fossem combatentes do Hamas, mas sim civis afetados pela tragédia.

Passagem de Rafah e desafios logísticos

Finalmente, nesta terça-feira (31), houve um avanço significativo, permitindo que portadores de passaportes estrangeiros e um grupo de civis gravemente feridos deixassem Gaza pela passagem de fronteira de Rafah, com o primeiro grupo partindo na quarta-feira (01).

No entanto, a passagem de Rafah para o Egito, que não é a principal rota de trânsito de civis, apresentou desafios adicionais que exigiram colaboração com os egípcios e a ONU para implementar os mecanismos necessários. Detalhes finais foram acertados durante ligações entre o presidente Joe Biden, o presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

_{Hamas diz que pretende liberar estrangeiros reféns (Foto: Reprodução/Youtube)}

Libertação de Reféns: um desafio complexo

Paralelamente, esforços intensos estão em andamento para garantir a libertação segura de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, após um bem-sucedido resgate de dois reféns no mês passado. No entanto, as negociações para a libertação de um grande número de reféns exigiriam uma pausa significativa nas hostilidades, e as autoridades israelenses estimam que o Hamas mantém cerca de 240 reféns na Faixa de Gaza.

Foto Destaque: Palestinos com dupla nacionalidades atravessam a passagem de Rafah de Gaza com o Egito (Reprodução/CNN)

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, realizou uma importante reunião na Jordânia no último sábado. Esta reunião marcou a segunda visita de Blinken ao Oriente Médio desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.

Durante sua estadia, Blinken se encontrou com o Primeiro-Ministro do Líbano, Najib Mikati, e com os Ministros das Relações Exteriores da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. A agenda central deste encontro em Amã era a necessidade urgente de aumentar a ajuda humanitária à população civil em Gaza.

_{Mapa da região de conflito. (Reprodução/simnoticias)}

EUA tenta evitar aumento do conflito

Os Estados Unidos estão empenhados em evitar a expansão do conflito, seja por meio da intervenção de outros países ou organizações, como o grupo xiita Hezbollah, que tem sua base no Líbano e é uma das principais preocupações americanas.

Ao término da reunião, o Secretário de Estado dos EUA afirmou que também foram discutidas as negociações para a criação de um estado palestino. Foi alcançado um consenso de que o Hamas não pode continuar no controle da Faixa de Gaza.

Segundo a Associated Press, as autoridades egípcias relatam um consenso entre os governos árabes envolvidos nas discussões com os Estados Unidos de resistir a “quaisquer conversas” sobre um período pós-guerra em Gaza antes do estabelecimento de um cessar-fogo.

O Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, de acordo com a agência, comunicou que as autoridades árabes debateram “o chamado árabe pelo fim das operações militares” e “a entrega imediata de ajuda humanitária” para a Faixa de Gaza, além da “restauração da estabilidade e o caminho para a paz”.

Essa reunião aconteceu um dia depois de Antony Blinken, principal diplomata do governo Joe Biden, pedir a Israel que interrompa temporariamente a ofensiva militar na Faixa de Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária. Blinken enfatizou que, sem abordar a atual crise humanitária, será difícil encontrar parceiros para a paz.

Rejeitada a possibilidade de cessar-fogo

O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou rapidamente qualquer possibilidade de cessar-fogo enquanto reféns mantidos pelo Hamas não forem libertados.

Durante a reunião com o Secretário de Estado dos EUA no sábado, autoridades do Egito, em coordenação com o Catar, propuseram pausas humanitárias nos combates de seis a 12 horas por dia, a fim de permitir a entrega de ajuda humanitária, evacuações de feridos para o Egito e a entrada de combustível.

Antony Blinken tem programada uma viagem para a Turquia no domingo, onde se reunirá com o Presidente Recep Tayyip Erdogan. No sábado, a Turquia seguiu o movimento da Jordânia e anunciou a retirada de seu embaixador em Israel devido ao agravamento da situação em Gaza. A situação no Oriente Médio permanece como uma preocupação internacional significativa, e os esforços diplomáticos continuam para abordar a crise humanitária e buscar um caminho em direção à paz.

Foto destaque: Antony Blinken e Mohammed bin Abdulrahman Al Than. (Reprodução/REUTERS)

Cientistas recentemente fizeram uma descoberta fascinante que acrescenta um novo capítulo à nossa compreensão da formação da Lua e da Terra. De acordo com uma teoria publicada na revista Nature em 1º de novembro deste ano, os restos do antigo planeta Theia, que colidiu com a Terra há bilhões de anos e formou a Lua, podem não ter se misturado completamente no núcleo da Terra, como se pensava anteriormente.

Nova hipótese 

Essa nova hipótese desafia a ideia convencional de que tudo o que restou de Theia se fundiu no núcleo terrestre. Em vez disso, os cientistas sugerem que partes de Theia, que formaram a Lua, sobreviveram e permanecem parcialmente intactas, enterradas profundamente sob nossos pés, no manto terrestre a cerca de 2.900 km abaixo da superfície.

_{Ilustração de Theia (Foto: Reprodução/Hernán Cañellas)0}

Essa teoria não apenas complementa a Hipótese do Impacto Gigante, explicando mais detalhes sobre a formação da Lua, mas também lança luz sobre as misteriosas Grandes Províncias de Baixa Velocidade (LLVPs) no manto da Terra. Essas massas incrustadas, que têm uma densidade de ferro superior à do manto circundante, foram detectadas nas profundezas da Terra na década de 1980, mas sua origem tem sido um enigma.

Teoria enfrentou resistência 

O geofísico Qian Yuan, autor principal do estudo, propôs pela primeira vez essa ideia ousada em 2021, mas enfrentou resistência, sendo rejeitado três vezes. No entanto, pesquisas subsequentes confirmaram sua teoria, fornecendo modelagens detalhadas que sugerem que Theia não derreteu completamente o manto da Terra após o impacto, permitindo que partes de seu material se solidificassem e formasse estruturas sólidas nas profundezas da Terra.

Essa teoria desafia nossa compreensão do manto terrestre, que, ao contrário do que muitos imaginavam, não é uma rocha sólida, mas sim um magma de alta pressão com viscosidade semelhante à manteiga de amendoim, fervendo em um fogão muito quente. Portanto, a densidade do material deixado por Theia é crucial, e essa pesquisa avançada e modelos de alta definição sugerem que ele pode corresponder à densidade das misteriosas LLVPs.

Essa descoberta não apenas expande nosso conhecimento sobre a história da Terra e da Lua, mas também destaca como a ciência continua a evoluir e desafiar preconceitos estabelecidos, desvendando segredos profundos enterrados sob nossos pés por bilhões de anos. É um lembrete da incrível capacidade da ciência para nos surpreender e nos levar a novas descobertas sobre o nosso planeta e o universo em constante evolução.

Foto Destaque: Ilustração de Theia colidindo com a terra. (Reprodução/Hernán Cañellas)

As chuvas fortes, que duraram mais de 17 horas, ocasionaram na morte de 6 pessoas, entre elas um jovem de 21 anos, na tarde desta sexta-feira (3). Segundo um levantamento da Defesa Civil, houve mais de mil chamados para quedas de árvores na região metropolitana, dois chamados para enchentes e 46 para desabamento/desmoronamento. Os seis óbitos estão relacionados justamente às causas da chuva, como queda de árvores, muros e paredes. 

_{Temporal em São Paulo derruba árvores, suspende voos e provoca mortes (Vídeo: Reprodução/YouTube/SBT News)}

As rajadas de vento chegaram a 151 km/h na região de Santos e, ainda de acordo com a Defesa Civil, várias quedas de árvores por todo estado causaram muitos estragos, como uma morte na cidade de Suzano, duas mortes na Zona Leste de São Paulo e uma morte na região de Limeira.

Um jovem de 21 anos morreu após uma árvore atingir o veículo onde a vítima estava e um outro óbito aconteceu por causa da queda de uma parede do 18º andar de um prédio em construção na região do Grande ABC, em Santo André. Ao todo, foram registradas 120 quedas de árvores na capital paulista e na região metropolitana. Pouco antes, o Instituto Nacional de Meteorologia havia emitido alerta de tempestades para diversas regiões do estado de São Paulo com previsões de chuvas e ventos, de até 100 quilômetros por hora, assim como queda de granizo. 

Aeroportos

Por causa das chuvas, o Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, sofreu uma queda de energia no terminal de passageiros  e teve que ser fechado após fortes rajadas de vento que teriam causado danos a um hangar. Um avião de pequeno porte parou na pista principal por causa de problemas com o sistema de freios durante a aterrissagem, porém, não houve feridos.

Segundo a concessionária Aena, que administra o aeroporto, os pousos e decolagens da pista principal ficaram suspensos por cerca de uma hora, quando a situação foi normalizada. Diante da instabilidade, 12 voos foram cancelados e 14 desviados para outros aeroportos. 

Já em Guarulhos, a concessionária GRU Airport não registrou nenhum dano por causa do temporal. No entanto, sete voos foram alternados para outros aeroportos por causa das condições do tempo e, no começo da noite, o aeroporto internacional funcionava normalmente para pousos e decolagens. 

_{Avião que saiu da pista na tarde desta sexta-feira (03), no aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (Foto: Reprodução/Acervo pessoal do G1)}

Falta de energia

Já são mais de 20 horas sem energia na capital paulista. O abastecimento de água também está comprometivo, após danos provocados pelas fortes chuvas, as regiões mais afetadas foram as zonas Sul e Oeste. A companhia de distribuição de energia, Enel, disse que reforçou as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle, mas que ainda não há um prazo para voltar à normalidade.

A Enel é uma empresa privada que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás que atende a 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista. 

_{Posicionamento oficial da Enel nas redes sociais (Foto: Reprodução/Twitter (X)/EnelClientesBR)}

Previsão para os próximos dias

Durante o decorrer deste sábado (4), o céu estará com poucas nuvens e essa frente fria que atingiu São Paulo será rápida, deixando o final de semana sem previsão de novos temporais. Neste domingo (5), o sol deve predominar ao longo do dia e não há previsão de chuva. As temperaturas variam entre mínima de 13ºC na madrugada e a máxima deve atingir 26°C nas primeiras horas da tarde. 

Foto destaque: Temporal em São Paulo deixa 6 mortos e provoca alagamentos e até chuva de granizo (Reprodução/Julio  Zerbatto/MyPhoto Press/Estadão Conteúdo)

Os moradores do sul de Tocantins sofreram, na sexta-feira (3) com tempestades que causaram transtornos e estragos. Já no sábado (4), as condições climáticas devem permanecer semelhantes por conta da publicação de dois alertas de tempestades pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Sinal de alerta grave

Na região sul do estado, há um alerta com grau de severidade de perigo: com previsão de  até 100 milímetros de chuva e ventos com alta intensidade, entre 60-100 km/h. O aviso também comunica a possibilidade de cortes de energia, alagamentos e/ou quedas de árvores.

No município de Dueré, localizado na região sul, a duração de quase uma hora de chuva, na manhã do dia, provocou uma enxurrada que invadiu uma casa e, felizmente, não houve nenhum ferido.

Já nas regiões central e norte do Tocantins, o segundo alerta comunica que há um perigo em potencial, mas a população deve estar atenta na hora da chuva.

_{Alerta na região sul do Tocantins. (Foto: reprodução/Inmet)}

Previsão do tempo

A previsão de Palmas, capital do estado, é de tempo fechado para este sábado (4). De acordo com o Inmet, as condições climáticas podem esperar muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas e, no período noturno, trovoadas isoladas. As temperaturas variam entre: mínima até 21°C e máxima de 31°C.

No sul do Tocantins, na cidade de Gurupi, as previsões também possuem chuvas. Porém, as temperaturas são diferentes: a máxima pode chegar a 32°C e a mínima a 23°C.

No município de Araguaína, no norte do estado, a previsão de temperatura é mais elevada do que em outras regiões, com variações entre mínima de 25°C e máxima de 37°C. Também há expectativa de chuvas e trovoadas isoladas.

Foto destaque: Alagamento na região norte de Tocantins, na cidade de São Miguel do Tocantins. Reprodução/Prefeitura de São Miguel do Tocantins

Na sexta-feira (3), São Paulo sofreu com fortes chuvas e rajadas de vento, que causaram estragos em partes da cidade. O Parque Ibirapuera, localizado na Zona Sul da cidade, foi um exemplo disso e teve que ser interditado neste sábado (4), forçando a 35ª Bienal de São Paulo a parar suas atividades.

Notas sobre o fechamento

De acordo com uma nota divulgada pela organização da mostra de arte, a Bienal ficará fechada “devido à interdição do Parque Ibirapuera, para o restabelecimento das condições de visitação após as fortes chuvas e rajadas de vento desta sexta-feira.“

O aviso não indica uma data de retorno da exposição ser reaberta e não diz se alguma obra de arte foi afetada. A nota comunica que espera a volta dos seus visitantes quando a situação estiver normalizada. 

A empresa que administra o Parque Ibirapuera, Urbia, também divulgou uma nota dizendo que o parque foi fechado a partir de uma autorização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. De acordo com o aviso, os funcionários tiveram que fazer uma interdição no local, na tarde desta sexta-feira (3), devido às condições climáticas e a instabilidade no tempo.

_{Chuva na cidade de São Paulo. (Foto: reprodução/Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)}

A Urbia também comunicou a abertura ou fechamento de outros parques que administra. “Além do Ibirapuera, dos parques administrados pela Urbia, apenas o Parque Eucaliptos está fechado no momento. Os demais Parques Tenente Brigadeiro Faria Lima, Jacintho Alberto, Jardim Felicidade e Lajeado permanecem abertos“, informa a nota.

Ferimentos graves e mortes

Nesta sexta-feira (3), três pessoas morreram devido às fortes chuvas e rajadas de vento que provocaram estragos no estado de São Paulo.

Na cidade de Osasco, segundo a Defesa Civil, um homem de 21 anos morreu depois de um muro desabar na Avenida Luis Rink. Segundo a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo (SSP), uma árvore caiu, devido a chuva forte, atingiu o muro que desabou e a construção atingiu o jovem que estava andando pela avenida.

Outro homem faleceu depois de uma estrutura, que estava em construção, se soltar de um prédio devido as rajadas de vento. O caso aconteceu entre as cidades de Santo André e São Caetano, no ABC, onde também houve uma explosão e outro homem acabou ferido. Ambas as vítimas trabalhavam no local.

Já no interior do estado, na cidade de Limeira, um homem de 27 anos morreu após uma parede de uma obra desabar em cima dele, no bairro Marajoara.

Foto destaque: 35ª Bienal de Arte de São Paulo. Reprodução/Jornal Nacional/TV Globo

Mauro Vieira, representante do Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores do Brasil, afirmou nesta sexta-feira (3) que Eli Cohen, chanceler de Israel, deu garantias de que os brasileiros, ainda em Gaza, terão passagem por Rafah para entrar no Egito, e então retornar ao país até quarta-feira (8).

Conversa de Mauro Vieira com Eli Cohen

Segundo o ministro brasileiro, os dois tiveram uma quarta conversa telefônica, no mesmo dia de sua declaração, onde ficou não só acordado, como garantido pelo chanceler israelense que até quarta-feira da próxima semana (8), todos os brasileiros presos em Gaza poderão voltar para casa, e que Cohen ainda prometeu tentar antecipar a saída.

Finalmente a passagem por Rafah, que leva até o Egito, onde os aviões da FAB estão a espera dos cidadãos brasileiros, foi liberada por Israel. E as embaixadas brasileiras em Ramallah, na Palestina, e no Egito, é que ficarão responsáveis pelo embarque. 

_{Mapa da região do conflito. (Foto: reprodução/The Conversation)}

A única saída de Gaza

Após os primeiros ataques do Hamas a Israel, soldados israelenses fecharam as duas passagens que davam acesso a Faixa de Gaza, para tentar conter os ataques e impor um cerco ao grupo terrorista, bloqueando a chegada de suprimentos a região, restando apenas uma passagem de entrada e saída, pelo Rafah, que dá no Egito.

Desde então, Israel e Egito são pressionados pelas forças humanitárias a liberarem a passagem pela região, tanto para entrada de suprimentos, como para a saída de refugiados. Porém, o Egito se preocupa que, com a liberação da passagem, acabasse por permitir aos palestinos a criação de um Estado no seu território, mesmo que negue o impedimento do acesso a Rafah.

_{Portões de Rafah (Foto: reprodução/Said Khatib/AFP )}

Em pronunciamento, o Egito afirmou que, solidário aos vizinhos, permite que a passagem seja utilizada, tanto para entrada de suprimentos em Gaza, quanto para saída da população civil, que Israel é que precisa garantir a segurança na região, constantemente atacada por suas forças militares, mas salientou que sua ajuda “tem limites”, que não podem suportar que muitos “fiquem”, para que não lhes falte o necessário, uma vez que já acolhem cerca de 9 milhões de migrantes, e que por isso, irão encaminhar os chegados de Gaza ao Sinai. Também colocou que, a seu ver, a saída de toda a população da região Palestina pode pôr fim a “sua causa”, e que deveriam permanecer “de pé em sua terra” ou, o mais próximo dela, uma vez que já a perderam para Israel e já são refugiados na Faixa de Gaza.

Cerca de 1500 estrangeiros já saíram da região até sexta-feira (3), e mais 571 já têm seus nomes na última lista liberada, porém, nenhum brasileiro ainda foi autorizado a sair até então.

Foto Destaque: Estrangeiros deixando a Faixa de Gaza rumo ao Egito pela passagem de Rafah (Reprodução/MOHAMMED ABED/AFP)

O Atlas Intel, instituto de pesquisa, apontou a vitória de Javier Milei (Liberdade Avança), representante da direita, no segundo turno das eleições para presidente da Argentina com 52% dos votos, enquanto o peronista de Sergio Massa (União pela Pátria) ficaria em segundo lugar, com 48%. Ainda de acordo com o instituto, Milei teria 48,5% dos votos totais, contra 44,7% de Massa. A margem de erro é de 1.7 ponto percentual. 

Primeiro turno

Massa venceu o primeiro turno, que aconteceu no dia 22 de outubro, por 32% dos votos válidos, enquanto Milei pontuou 29,98%. Como nenhum dos candidatos alcançou 45% dos votos válidos, a disputa entre os dois melhores colocados será definida no segundo turno, que acontecerá em 19 de novembro. 

O candidato de direita tem o apoio de parte do eleitorado que o considera mais preparado para lidar com as questões pertinentes ao bem-estar da população, como combate à violência, corrupção e ampliar as oportunidades de emprego. Já o peronista tem a confiança dos que acreditam em sua luta pelos direitos humanos e às instituições democráticas. 

_{Em cenário equilibrado e próximo a empate técnico nas pesquisas, os presidenciáveis disputarão segundo turno no próximo dia 19 (Foto: reprodução/Tomas Cuesta/POOL/AFP)}

A visão das pesquisas

Para o presidente do institulo Atlas, Andrei Roman, a diferença entre ambos é a menor registrada desde o início das pesquisas, mas o cenário de incerteza ainda impede o apontamento de um provavel vencedor.

 “Não é o mais provável por conta da polarização, mas pode virar até a eleição. A diferença a favor de Milei é pequena o suficiente para o Massa ganhar por uma margem estreita”, afirmou em entrevista à CNN Brasil. 

Os dados foram apurados a partir da opinião de 1.954 argentinos entrevistados no período de 23 a 25 de outubro e o nível de confiança da pesquisa é de 95%, com 2,4% de margem de erro. 

Foto Destaque: Sergio Massa e Javier Milei disputam a presidencia da Argentina (Reprodução/Foto/Tomas Cuesta/Agustín Marcarian/Pool/Getty Images)