Exército de Israel divide Faixa de Gaza em duas áreas

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Peter Lerner, afirmou à CNN que os soldados do Estado Judeu cercaram a cidade de Gaza há dois dias e dividiram o território palestino em norte e o sul.

De acordo com Lerner, Gaza – descrita como “a fortaleza das atividades terroristas do Hamas” – foi cercada no último domingo (05). O porta voz afirma que as FDI querem destruir o grupo extremista.

Gaza dividida

Antes de Peter Lerner, o porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagar, havia dito que os militares israelenses dividiram a cidade de Gaza em duas áreas, além de afirmar que as forças devem entrar no território palestino entre segunda-feira (06) e terça-feira (07).

Segundo as Forças de Defesa de Israel, por meio do X, foi aberto um corredor entre as regiões para a evacuação da população em direção ao sul, já que os ataques israelenses estão focados no norte de Gaza. O porta-voz Daniel Hagar, no entanto, afirma que o Estado Judeu continuará atacando “com força” o território palestino.

“As Forças de Defesa de Israel apelaram repetidamente aos residentes da Cidade de Gaza para que evacuassem a área e continuam a instá-los a fazer isso. Não estamos em guerra com o povo de Gaza”, concluíram as FDI.


Forças de Defesa de Israel anunciam divisão de Gaza. (Vídeo: Reprodução/X/@IDF


Ordem de evacuação

Em 12 de outubro, Israel direcionou à ONU e ao Departamento de Segurança e Proteção em Gaza uma ordem de evacuação dos palestinos do norte da Faixa de Gaza. De acordo com a porta-voz da Cruz Vermelha em Gaza, Nebal Farsakh, não há como deslocar os mais de 1 milhão de residentes de Gaza.

“Esqueça a comida, esqueça a eletricidade, esqueça o combustível. A única preocupação agora é se você vai conseguir, se vai viver”, afirma Farsakh.

Segundo a porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, a organização acredita que a ordem do Estado Judeu não poderá ser cumprida “sem consequências humanitárias devastadoras”. Em 27 de outubro, a Liga Árabe – que reúne 22 nações do Oriente Médio – também se mostrou contrária à ordem, ao formular um projeto de resolução que pedia pelo fornecimento imediato de recursos à Faixa de Gaza, além solicitar que o Estado Judeu anule o pedido de evacuação.

Foto destaque: palestinos caminham em destroços de prédios destruídos por Israel em Gaza. (Reprodução/REUTERS/Mohammed Salem).

Cerca de metade dos bares e restaurantes de SP tem prejuízos por falta de energia

Após as fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo na última sexta-feira (03), estabelecimentos comerciais e moradores sofrem com mais de 50 horas de falta de energia e também de água, resultando em perdas de mercadorias, mantimentos, medicamentos e itens básicos.

Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), 49% dos bares e restaurantes de SP relataram algum tipo de prejuízo.

Impactos da interrupção de serviços em estabelecimentos de SP

O prejuízo foi grande. De acordo com Percival Maricato, diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), as perdas vão desde a conservação dos produtos até o não atendimento dos clientes, afetando não só os proprietários mas também os atendentes e garçons, que deixam de receber gorjetas. Em entrevista à CNN, Maricato mencionou que desastre naturais são inevitáveis, mas que o conserto e suporte rápido aos afetados devem ser priorizados. 


Bares e restaurantes estimam perdas entre leves e moderadas (Foto: reprodução/G1)


Para Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, a perda de uma empresa é ainda maior quando o cliente do estabelecimento vai até o concorrente que não foi afetado pela falta de energia ou de água para adquirir o produto ou o serviço. Diante disso, a FecomercioSP vai questionar juridicamente a própria Enel, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital, sobre medidas a serem tomadas frente aos transtornos causados. 

O que diz a Enel 

A empresa emitiu uma nota sobre as orientações, quanto às indenizações, às pessoas que tiveram algum tipo de prejuízo pela falta de luz ocasionada e sobre o procedimento que deve ser tomado. 

“A distribuidora acrescenta que, de acordo com a resolução, o cliente pode realizar sua solicitação via aplicativo, site, contato com a Central de Relacionamento ou comparecer em uma loja da Enel. É possível ingressar com a solicitação no prazo máximo de até 5 anos a contar da data provável da ocorrência do dano elétrico no equipamento”

Os consumidores e empreendedores só poderão solicitar a indenização mediante comprovação de que foram prejudicados pela queda de energia. 

Desaceleração do movimento turístico


As fortes chuvas deixaram milhares sem luz e água, situação que se estendeu até o início da semana. (Foto: reprodução/G1)


O número de turistas também diminuiu devido às chuvas. O movimento, que estava previsto com cerca de 2 milhões de turistas, devido ao feriado, também sofreu impacto. A FecomercioSP ainda segue apurando os prejuízos, mas para a Abrasel, 49% dos bares e restaurantes calculam seus prejuízos sendo leves e moderados pela falta de energia.

Foto destaque: bares e restaurantes têm prejuízos devido à falta de energia (Reprodução/CNN Brasil)

Deputados da bancada ruralista querem anulação de questões do ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio, que teve seu primeiro dia de provas no último domingo (05), já conhecido por tratar temas atuais em suas questões, se tornou alvo de questionamento por deputados que compõem a bancada do agro.

Para os parlamentares, três questões do exame têm um viés ideológico, e associam questões como o desmatamento e violência ao agronegócio.

Frente parlamentar

A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) levantou a discussão sobre três questões do exame. A primeira delas é a de número 89, sobre a atuação do agronegócio no Cerrado brasileiro. 

A questão faz menção a vários problemas, como as chuvas de veneno, a exploração de mão-de-obra e também a violência. Todas as alternativas disponíveis ressaltavam pontos negativos relacionados à atividade.

Outra questão que causou polêmica foi a de número 70, que traz a afirmação de que o desmatamento da Amazônia se funda em três aspectos principais, que são a ação de grileiros, madeireiros e pecuaristas.


Logotipo de ENEM e apostilas com temas para estudo (Foto: reprodução/divulgação/Jovem Pan)


A pergunta 71 traz uma reflexão sobre viagens espaciais e a tecnologia. Nesse contexto, deixa uma crítica, ao pontuar que poucas pessoas teriam acesso a recursos para fazer uma viagem pelo espaço, por exemplo. O texto tinha o complemento de uma charge com um índio avisando a um alienígena para não confiar nos humanos bilionários.

Próximos passos

Os deputados pediram ao governo uma explicação e a anulação das questões destacadas. Além disso, os parlamentares pretendem convocar o Ministro da Educação, Camilo Santana, para prestar esclarecimentos no Congresso.

Nota do MEC

Em nota oficial, o Ministério da Educação informou que as questões são criadas por uma banca de professores independentes. Todos eles são selecionados por meio de chamada pública. 

O processo de confecção da prova abrange as etapas de pesquisa e revisão, bem como avaliação por uma comissão. 

A edição de 2023 do ENEM teve mais de 13 milhões de inscritos, com índice de cerca de 28% de abstenção no primeiro final de semana. O exame é a principal porta de entrada para o ensino superior, uma vez que a nota vale para participar de programas como o FIES e Prouni.

Foto Destaque: Provas do ENEM (Reprodução/Guia do Estudante)

Grupo Houthis do Iêmen faz nova investida contra Israel

O grupo do Iêmen, Houthis, que declarou apoio ao Hamas no confronto contra Israel, realizou um ataque com drones contra alvos sensíveis em território israelense nesta segunda-feira (06).

De acordo com o pronunciamento oficial dos líderes do Houthis, a ação levou à paralisação de atividades nos aeroportos e bases que foram alvo. 

Adesão do Houthis

Semanas depois do primeiro ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, quando se deflagrou o conflito na Faixa de Gaza, o grupo Houthis declarou seu apoio aos terroristas. 

Os ataques contra o território israelense abriram uma nova frente de atuação do Houthis, que atualmente já está em conflito com um grupo do Iêmen, apoiado pela Arábia Saudita em uma região próxima ao Golfo.


Grupo Houthis no Iêmen (Foto: reprodução/Getty Images/CNN Brasil)


Os sauditas, inclusive, apontam que o grupo conta com o apoio do Irã para receber arsenal para os ataques, o que inflama ainda mais os ânimos na região. Os Houthis, no entanto, negam tal informação e afirmam que as armas utilizadas são fabricadas por eles mesmos.

Ainda assim, eles direcionaram um grande número de mísseis e drones contra Israel, na tentativa de enfraquecer as tropas do inimigo. Isso porque, o grupo se opõe aos governos ocidentais, como Estados Unidos e ao povo judeu e alcançar a vitória do islã.

Sistema anti mísseis

As informações do Houthis não foram confirmadas pelo exército israelense, que destacou que o sistema de defesa, o Arrow, interceptou mísseis disparados na região do Mar Vermelho. 

O sistema antimíssil de Israel é considerado um dos mais modernos do mundo, e tem como objetivo evitar que os disparos atinjam regiões habitadas.

Preocupação

O apoio de grupos como o Houthis aos integrantes do Hamas é visto com preocupação tanto por autoridades israelenses, como por outros países próximos, que temem uma escalada do conflito para uma dimensão regional.

 

Foto Destaque: Porta-voz do grupo iemenita Houthis (Reprodução/AFP/Getty Images/Monitor do Oriente)  

Ibama afirma que realiza perícias sobre queimadas no Amazonas

Nesta segunda-feira (06), o Ibama informou que está realizando perícias nas áreas onde ocorreram incêndios florestais no Amazonas. O estado enfrentou, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de 15 mil focos nos últimos três meses.

O Amazonas atingiu, somente em outubro, quase 4 mil focos de incêndios – o pior índice desde 1998 -, o que resultou em cidades cobertas por uma camada de fumaça. Manaus foi um dos municípios, com o ar da região sendo considerado um dos piores do mundo.

Agentes públicos, como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima, afirmam que as queimadas não possuem causa natural e são resultado de desmatamentos. O Ibama, no entanto, informou ao g1 que realiza perícias nas áreas de incêndios para obter o real motivo destes.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, os dados coletados pela perícia serão encaminhados aos órgãos competentes, a fim de realizar uma “apuração de responsabilidade”. Além de averiguar a causa dos incêndios, o Ibama afirma que tem atuado, principalmente no estado do Amazonas e do Para, para eliminar o fogo.

O instituto também oferta um curso de brigada para a população das cidades de Autazes, Careiro da Várzea, Careiro, Iranduba e Manaquiri, que estão, em decorrência da fumaça, em estado de emergência ou de alerta.

Três fatores como responsáveis pelos incêndios 

Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a principal causa dos incêndios no Amazonas é o desmatamento. Em coletiva de imprensa, Silva afirmou que “o fogo ou é feito propositalmente por criminosos, ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo”.

Incêndios são frequentemente feitos na Amazonia como forma de “limpar” o solo para posterior uso de agricultores ou pecuários.

A representante do meio ambiente, no entanto, explica que, além do desmatamento, o fogo no Amazonas também é provocado pela “grande estiagem proveniente do El Niño” e pela “matéria orgânica em grande quantidade ressecada”.

Fumaça deve continuar


Vídeo mostra fumaça escondendo o céu de Manaus. (Vídeo: Reprodução/Youtube/Itatiaia).


De acordo com o secretário de meio ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, a camada de fumaça que cobre Manaus, assim como o período de seca, deve continuar até dezembro.

Foto destaque: queimadas na terras do produtor rural José Silva de Souza, em Santo Antônio do Matupi, no sul do Amazonas. (Reprodução/Gabriela Biló/Estadão Conteúdo).

Ciclone marinho gerou ondas que invadiram orla do Rio de Janeiro

A invasão das ondas na orla do Rio de Janeiro no último domingo (05) teve sua origem em uma combinação de elementos. As águas avançaram pelo calçadão e invadiram as pistas das avenidas próximas, e as imagens das ondas surpreendendo os banhistas rapidamente se espalharam.

Essa ocorrência foi desencadeada pela chegada de uma frente fria à cidade entre sexta-feira (03) e sábado (04). Associada a essa frente fria, veio um ciclone extratropical, localizado a certa distância no oceano. De acordo com a meteorologista do Climatempo, Hana Silveira, essa conjunção de fatores é relativamente comum.


Onda atingindo os banhistas em praia do Rio de Janeiro. (Vídeo: reprodução/Choquei/X)


Ressaca no Rio de Janeiro

A meteorologista explicou que o ciclone extratropical causou a intensificação e persistência dos ventos em uma área no mar, conhecida como pista. Isso resultou na formação de grandes ondas que atingiram o litoral do Rio de Janeiro, configurando a ressaca, que é quando as ondas chegam a partir de 2,5 metros na costa. Ela comparou a situação a um ventilador numa piscina, onde as ondas se ampliam naquele espaço, como aconteceu em maior proporção no mar.

A Marinha do Brasil prevê que a ressaca no mar se estenderá até às 18h desta segunda-feira (6), com ondas alcançando até 3,5 metros de altura. Contudo, isso não indica que o mar ficará calmo a partir desse momento, e a agitação marítima continuará na terça-feira (07).

A ressaca ocorre devido à elevação acentuada da superfície do mar na costa, resultado da interação de três elementos: o acúmulo de água impulsionado pelo vento, a ação das ondas e as variações da maré. As ondas no oceano são produzidas pela força dos ventos, sendo que ventos mais fortes geram ondas mais altas. Portanto, durante episódios de ressaca, a intensidade do vento desempenha um papel crucial. Adicionalmente, as mudanças na maré também exercem uma influência significativa.

Buscas e limpeza

Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros persiste nas buscas por um adolescente de 16 anos que desapareceu em Ipanema, na Zona Sul, no domingo (05). O jovem, que está desaparecido, participava de uma excursão ao litoral do Rio de Janeiro. Além dos guarda-vidas, equipes estão mobilizadas, utilizando uma aeronave, motos aquáticas e drones na busca.

A empresa de limpeza urbana do Rio de Janeiro, Comlurb, está em processo de remoção da areia que foi depositada nas pistas e no calçadão devido à força das águas. Os garis estão empregando máquinas para liberar as pistas. Na tarde desta segunda-feira (06), duas faixas da Avenida Delfim Moreira já foram desobstruídas.

Foto Destaque: praia do Rio de Janeiro (Reprodução/Diário Carioca)

Ventos fortes provocam “tempestade de areia” e deixam prédios encobertos em Manaus

Manaus, a capital do Amazonas, foi submersa por uma densa nuvem de areia no último domingo, dia 5. O impressionante fenômeno foi testemunhado por moradores dos bairros localizados nas zonas oeste e sul da cidade, e as imagens revelam uma verdadeira “cortina” de poeira, obscurecendo prédios e criando um cenário de tempestade de areia. Esse incidente representa mais um episódio dos desafios naturais que Manaus tem enfrentado ultimamente.

A administração municipal de Manaus precisou mobilizar equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para lidar com as consequências da tempestade de areia, incluindo o destelhamento de casas causado pelos fortes ventos. Além disso, a cidade já estava sofrendo com a histórica seca que aflige a região, tornando a situação ambiental ainda mais crítica.



Desmatamento x Agronegócio

A chegada da fumaça proveniente das queimadas que assolam diversas áreas do Norte do Brasil também tem agravado a situação. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, somente no mês de outubro, foram registrados 506 focos de incêndio no estado do Amazonas, sendo 258 deles em Autazes, uma cidade situada a 112 quilômetros de Manaus, conhecida por abrigar a maior bacia leiteira do estado.

Esses incêndios, em sua maioria, ocorreram em áreas de desmatamento recente ou já consolidado. A prática comum de utilizar o fogo para a renovação de pastagens na pecuária tem sido apontada como uma das principais causas desses incêndios.


Área desmatada ilegalmente na Floresta Amazônica. (Foto:Reprodoção/Marcio Isensee/Shutterstock.com)


Segunda pior cidade do mundo em poluição

Relatórios do Ibama revelaram que desde 2005, o município de Autazes perdeu pelo menos 580 hectares de floresta, equivalente a aproximadamente 540 campos de futebol. Essas áreas foram convertidas em pastagens que atualmente sustentam um rebanho de 96 mil bois e búfalos, resultando em uma densidade de aproximadamente 13 animais por quilômetro quadrado, uma taxa 13 vezes maior que a média estadual. 

No último mês de outubro, Autazes conquistou a liderança no ranking nacional de focos de incêndio nos dias 9 e 10, mantendo-se entre os 10 municípios do Amazonas com o maior número de queimadas consecutivas por um período de 12 dias. Durante esse intervalo, a fumaça gerada por esses incêndios afetou drasticamente a qualidade do ar em Manaus, elevando a cidade à preocupante posição de segunda mais poluída do mundo em termos de poluição atmosférica.

Foto destaque: Manaus enfrenta densa “tempestade de areia”, mobilizando Defesa Civil e Bombeiros após destelhamento por ventos. (Foto:Reprodução/Pim Amazônia)

Moradores da Grande São Paulo protestam por falta de energia após temporal

Na noite de domingo (05), a Avenida Engenheiro Thomaz Magalhães foi bloqueada por moradores na Vila Califórnia, na Zona Leste de São Paulo, em protesto contra a falta de energia. Em Taboão da Serra, também houve protestos no último domingo e nesta segunda-feira (06). A situação afetou cerca de 700 mil imóveis na Grande São Paulo, segundo a Enel.

Moradores fecham vias na capital e na Grande São Paulo por falta de energia

Os ventos fortes, que ultrapassaram 100 km/h, foram descritos pela Enel como os mais fortes dos últimos anos. Segundo dados da Defesa Civil, 7 pessoas morreram em decorrência da tempestade que atingiu todo o estado. As zonas Sul e Oeste foram as mais afetadas na capital.


Tempestade na sexta-feira (3) deixou destruição no estado e resultou em corte de energia em várias regiões. (Reprodução/X/@inmet_)


Moradores da Vila Califórnia na Zona Leste de São Paulo realizaram na noite de domingo um protesto, fechando a Avenida Engenheiro Thomas Magalhães.


Moradores do Condomínio Serra Verde protestaram hoje no Parque Pinheiros, em Taboão da Serra. (Foto: reprodução/SP Repórter)


Nesta segunda-feira, moradores do Condomínio Serra Verde fecharam a Avenida Paulo Ayres no Parque Pinheiros, em Taboão da Serra, Grande São Paulo, bloqueando o acesso à Rodovia Régis Bittencourt. Moradores do bairro Jardim São Judas também realizaram no domingo outro protesto em Taboão da Serra.

Enel diz não haver previsão para normalização do serviço

Em um comunicado no último domingo, a concessionária explicou as dificuldades para o reestabelecimento da energia:

Aumentamos nossas equipes em campo para reconstruir a rede e normalizar o fornecimento o mais rápido possível para todos os clientes. Nossas equipes atuam em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, já que as árvores precisam ser removidas antes da realização dos reparos.
Nos trechos mais atingidos, o trabalho de recuperação está sendo complexo, pois exige a substituição de postes quebrados ou tombados, e cabos arrebentados.
Seguiremos trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, para reestabelecer a energia para todos os nossos clientes.

Nesta segunda, a Enel afirmou ter reestabelecido a energia para 76% dos clientes afetados. Em resposta ao deputado Guilherme Boulos no X, a empresa também afirmou ter triplicado o número de equipes, mas disse não haver previsão para normalização do fornecimento de energia.

 

Foto Destaque: moradores do Parque Pinheiros fizeram protesto hoje em Taboão da Serra (Reprodução/Jornal Na Net)

São Paulo às escuras: 500 mil imóveis e 40 escolas estão sem energia

No início da segunda-feira (6), a Enel divulgou que cerca de 500 mil residências na Grande São Paulo ainda estavam enfrentando a falta de energia elétrica, mesmo três dias após a tempestade severa que afetou diversas cidades do estado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) indicou que, dentre esse contingente, aproximadamente 413 mil residências encontram-se na cidade de São Paulo. Como consequência da falta de energia, 12 escolas da rede municipal não conseguiram funcionar, e 77 semáforos continuam inoperantes.

A prefeitura também informou que é necessário desenergizar 125 árvores caídas antes que as equipes de remoção possam atuar. Em entrevista ao “Bom Dia SP”, o prefeito Ricardo Nunes responsabilizou a Enel pela demora na resolução do problema, destacando a situação desafiadora com 413 mil consumidores sem energia na cidade de São Paulo. Ele afirmou que a prefeitura faz podas regulares, mas a cidade foi atingida por rajadas de vento inesperadas. 

Queda de árvores

Das sete vítimas dos temporais, pelo menos quatro foram fatalmente atingidas pela queda de árvores. Especialistas consultados pelo portal G1 apontaram várias questões relacionadas à administração municipal, incluindo negligência na manutenção, falta de planejamento, plantio irregular de árvores e práticas inadequadas de poda.

Em resposta a esses eventos, o prefeito Ricardo Nunes pediu à Enel um plano de contingência para prevenir desastres decorrentes das mudanças climáticas. Ele destacou que a prefeitura não tem autoridade para impor às concessionárias, como a Enel e outras empresas de telecomunicações, a obrigação de enterrar cabos, referindo-se a uma decisão judicial que restringiu tal exigência por parte do município.


Árvore caída na zona oeste de São Paulo. (Foto: reprodução/Julia Corradi de Sá/Estadão)


Reabastecimento 

Em relação ao restabelecimento da energia, a Enel informou que já normalizou o serviço para mais de 76% dos clientes afetados após o vendaval da última sexta-feira. Cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado de um total de cerca de 2,1 milhões afetados. No entanto, a recuperação continua de forma gradual devido à complexidade do trabalho para reconstruir a rede afetada por quedas de árvores.

A Sabesp também informou que seus reservatórios nas áreas afetadas iniciaram o processo de recuperação com o restabelecimento da energia elétrica. A previsão é que o abastecimento seja normalizado ao longo do dia, embora possa se estender até amanhã, especialmente em áreas mais críticas. A empresa recomenda que os clientes priorizem o uso da água para higiene e alimentação até que o abastecimento esteja totalmente normalizado.

 

Foto Destaque: tempo fechado na cidade de São Paulo. Reprodução/Climatempo

Prazo para a emissão da nova carteira de identidade é prorrogado

O Governo Federal anunciou a prorrogação do prazo para que os estados e o Distrito Federal comecem a emitir a nova Carteira Nacional de Identidade (CNI). Agora, os cidadãos terão até o dia 11 de janeiro de 2024 para obter o novo documento, que unifica o Registro Geral (RG) e o Cadastro de Pessoa Física (CPF). O modelo anterior continuará válido até o dia 28 de fevereiro de 2032.

A medida visa simplificar a vida dos brasileiros, eliminando a necessidade de carregar documentos separados, bem como melhorar a segurança e a eficiência na identificação dos cidadãos. Com a nova CNI, as informações pessoais, fotografia e impressão digital estarão consolidadas em um único documento.

Tanto a solicitação inicial quanto a renovação da nova identidade são isentas de custos. Assim como ocorre com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), a nova identidade estará disponível em formatos físico e digital. Segundo o Ministério da Gestão, mais de 460 mil CINs físicas foram emitidas e mais de 330 mil baixadas no aplicativo ‘gov.br’, até abril de 2023.


Modelo na nova carteira de identidade (Foto: Divulgação/Câmara Legislativa)


Motivos para o fim do RG

Essa medida de unificação de documentos permite que as entidades governamentais acessem informações de um cidadão a partir de uma única combinação numérica, o CPF, evitando a necessidade de manter e renovar documentos separados.

Com essa mudança, o CPF se tornará uma peça central em praticamente todos os documentos, possibilitando o acesso às informações de maneira eficiente como CNH, título de eleitor, carteira de trabalho e muito mais.

No dia 30 de agosto, a deputada Flávia Morais (PDT-GO), solicitou à Comissão de Direitos Humanos um pedido para realização de uma audiência pública para debater o Programa de Identificação do Brasil.  “O Brasil é o único país da América Latina e das 20 maiores economias do mundo, com exceção dos Estados Unidos e Reino Unido, que não possui um programa e estrutura de identificação civil. Até países com PIB menores que o Brasil, como Indonésia, Angola e Moçambique, estruturaram seus programas de identificação civil para erradicar as mazelas mencionadas”, lamentou a deputada.


Novo modelo de identidade começa a ser emitida na próxima semana (Vídeo: Reprodução/YouTube/Record TV Brasília)


Principais mudanças com a nova Carteira Nacional de Identidade

Unificação de RG e CPF: Uma das mudanças mais significativas é a fusão do RG e do CPF em um único documento. Isso simplificará a vida dos cidadãos, reduzindo a necessidade de portar documentos separados.

Tecnologia de Ponta: A nova CNI incorpora tecnologia de ponta para garantir a segurança e autenticidade do documento. Inclui elementos de segurança como holografias, marca d”/água e QR code, que podem ser facilmente verificados.

Padronização Nacional: A padronização da nova CNI em nível nacional garantirá maior confiabilidade e facilitará a identificação dos cidadãos em todo o país.

Facilidade de Emissão: A emissão da nova Carteira Nacional de Identidade será facilitada, com processos mais ágeis e integrados nos órgãos estaduais responsáveis.

Inclusão da Diversidade: Com o objetivo de promover a inclusão da comunidade LGBTQIA+, a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) não incluirá a indicação de “sexo” nem fará distinção entre “nome” e “nome social”. 

O prazo de validade do novo documento varia conforme a idade da pessoa, sendo que de 0 a12 anos incompletos, a validade é de 5 anos. Para as pessoas com idade de 12 a 60 anos incompletos, a validade é de 10 anos e para as pessoas acima de 60 anos, a validade da CNI é indeterminada. Dentre as novidades presentes na CIN, destaca-se a adição do QR Code, que proporciona uma alternativa de verificação simples e confiável para órgãos de Segurança Pública e instituições de atendimento, tanto públicas quanto privadas.

Foto destaque: Prazo para a emissão da nova carteira de identidade é prorrogado (Divulgação/Governo Federal)