Polícia confirma que crime na casa de Bruna Biancardi foi planejado

Eduardo Vasconcelos, vizinho de 20 anos que participou do assalto à casa da família de Bruna Biancardi, nesta terça-feira (7), teria planejado o crime e também que se mudado para o condomínio em Cotia, Grande São Paulo, em menos de uma semana, de acordo com a Polícia Civil.

O jovem foi preso em flagrante pelas autoridades após tentar fugir do local do crime a pé. Foi constatado que Eduardo utilizou o carro de seu padrasto para efetuar o crime com a ajuda de seus comparsas, que fugiram com o veículo após o assalto. Vasconcelos foi autuado e detido por roubo, ele confessou a sua participação no crime.

Flagra por câmeras

Os criminosos foram filmados por câmeras de segurança do condomínio em Cotia. As imagens foram analisadas pelas autoridades e foi possível identificar o rosto de pelo menos dois dos suspeitos, sendo um deles o próprio Eduardo, que dirigia o carro usado para a entrada e fuga do grupo.


Suspeitos foram flagrados pelas imagens das câmeras de segurança (Foto/reprodução/TV Globo/G1)


Mesmo após terem identificado dois dos autores do crime, a policia também confirmou a presença de mais um suspeito não identificado. A Secretaria Pública informou, em nota, que os dois foragidos ainda estão sendo procurados pelos policiais.

O crime

O assalto aconteceu na madrugada desta terça, por volta das 3 horas da madrugada. Além de Eduardo, outros dois homens participaram da invasão na casa de Bruna Biancardi. Foram roubados joias, relógios, dinheiro e bolsas de grife.

Bruna e Mavie, filha de seu relacionamento com Neymar, não estavam na casa, pois, além de não morarem mais naquela residência, estavam comemorando o primeiro mês de vida da pequena. Porém, os pais da influenciadora estavam na casa quando o crime aconteceu e foram rendidos e amarrados em um dos quartos.

Os pais, de 50 e 52 anos, não se feriram e estão bem, segundo Bruna Biancardi, que também afirmou que espera que todos os envolvidos sejam encontrados.

Foto destaque: Bruna Biancardi e família estão bem e aguardam investigação da polícia (Reprodução/Instagram/@brunabiancardi)

Especialistas alertam que cidades brasileiras precisam se adaptar aos eventos climáticos extremos

O Brasil enfrenta uma série de desafios para lidar com os impactos do aquecimento global, que tem provocado fenômenos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, alagamentos e ventanias. Segundo especialistas, as cidades brasileiras estão atrasadas na busca pela resiliência climática, que é a capacidade de resistir e se recuperar dessas situações.

Carlos Nobre, pesquisador especialista em climatologia do Instituto de Estudos Avançados da USP, afirma que os eventos que já estão ocorrendo no mundo são consequência de um aumento de 1,2º C a 1,3º C na temperatura média do planeta. Ele alerta que, se as metas do Acordo de Paris forem cumpridas e o aquecimento for limitado a 1,5º C, esses fenômenos serão ainda mais frequentes do que agora.

“Praticamente todas as cidades do Brasil, as grandes cidades, estão muito atrasadas. Nós temos realmente que tornar as populações brasileiras muito mais resilientes a esses extremos que não tem mais volta”, explica Nobre. Ele ainda sugere que é preciso fazer grandes investimentos dos governos em criar condições para as pessoas residirem em áreas sem risco, aumentar a quantidade de árvores para baixar a temperatura e reduzir as inundações, e diminuir as emissões de carbono, com o uso de energia renovável.

O coordenador do MapBiomas, Tasso Azevedo, explica que os casos de hoje são consequências de ações do passado e que é preciso se preparar para um futuro de mais eventos extremos, mais frequentes e mais impactantes. 

“Se a gente zerasse as emissões de gases de efeito estufa, se parasse de acumular, digamos, poluição na atmosfera, ainda demoraria muitos anos até que os efeitos climáticos deixassem de ser sentidos. Então, é muito importante essa preparação para lidar com um futuro que será de mais eventos extremos, mais frequentes esses eventos extremos e cada vez mais impactantes”, explica Tasso.

Cerca de 321 municípios do Brasil participam de uma iniciativa das Nações Unidas que visa tornar as cidades mais resilientes até meados de 2030.


Cidades brasileiras sofrem com mudanças climáticas extrema (Foto: reprodução/Rede Globo/Jornal Nacional)


Em São Paulo, as chuvas dos últimos dias causaram oito mortes, alagamentos, quedas de árvores e falta de luz em mais de 30 mil endereços. 

“A gente não está pedindo para eles fazer de graça. A gente paga pelo serviço, existe um contrato. Eu preciso que eles atendam esse contrato que eles fazem com a população”, relata Amélia de Jesus Santos, doméstica afetada pelas chuvas intensas.

Moradores de um bairro da Zona Sul protestaram contra a demora no restabelecimento da energia. Tasso Azevedo afirma que uma cidade resiliente precisa ter um sistema de energia que consiga ser religado rapidamente, o que não aconteceu na capital paulista.

Especialistas climáticos destacam a necessidade de um plano de ação mais ágil e eficaz para lidar com eventos climáticos fortes. Eles enfatizam que a transformação do cenário atual envolve a redução das emissões de carbono, investimentos em energia renovável, aumento do número de árvores para diminuir a temperatura e minimizar inundações, além de realocar pessoas que residem em áreas de risco.

Foto Destaque: Fortes chuvas causam oito mortes em São Paulo. (Reprodução/Rede Globo/Jornal Nacional)

Em clima de incerteza, brasileiros aguardam evacuação na Faixa de Gaza

A situação dos 34 brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza continua incerta, apesar das promessas de evacuação. Um grupo destes brasileiros afirma ter recebido uma mensagem da embaixada do Brasil na Palestina, que indica que a saída do território pode ocorrer nessa quinta-feira, 9 de novembro. No entanto, o embaixador brasileiro que está no local não confirmou essa informação.

Mensagem da embaixada brasileira indica possível saída

Desde o início dos conflitos entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, nenhum brasileiro pôde deixar a Faixa de Gaza. As esperanças foram levantadas na sexta-feira, 3 de novembro, quando o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o chanceler israelense autorizou que os brasileiros deixassem a Faixa de Gaza até quarta-feira, 8 de novembro.

No entanto, a 5ª lista de estrangeiros autorizados a sair, divulgada na terça-feira (7), feita pelas autoridades egípcias e israelenses, não incluiu os brasileiros.

A lista abrangeu 605 estrangeiros, com a maioria sendo de descendência alemã, seguidos por nacionais da Romênia, Ucrânia, Canadá, França, Moldávia, Filipinas e Reino Unido.

Expectativas frustradas e desafios na fronteira de Rafah

A expectativa do Itamaraty era que os brasileiros fossem incluídos na lista seguinte, publicada na quarta-feira (8), conforme prometido pelo ministro Mauro Vieira. No entanto, os nomes dos brasileiros não foram incluídos.

Eles aguardam na Faixa de Gaza com algumas dificuldades devido ao cerco imposto por Israel, por exemplo a falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios na região.


Foto: fronteira egípcia sofre constantes fechamentos e aberturas (Foto: reprodução/EFE/EPA/STRINGER)


A fronteira de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, é a única rota de saída para estrangeiros e palestinos feridos. Após seu retorno ao funcionamento em 6 de novembro, a fronteira foi reaberta, mas a incerteza continua a pairar sobre a situação dos brasileiros.

Até que sejam autorizados a deixar a região, permanecem na expectativa e aguardam notícias sobre sua evacuação.

Foto destaque: Gaza destruída e residentes desorientados pelo conflito. Reprodução/UNRWA

Justiça determina vigilância na gestão das Lojas Americanas

A loja Americanas S.A. enfrentará uma supervisão especializada, conforme a decisão da Justiça do Rio de Janeiro emitida na última terça-feira (07), às 19h57. O tribunal autorizou a contratação de um observador externo, conhecido como watchdog, para monitorar a gestão da empresa em recuperação judicial. Este fato ocorre após a varejista, que se encontra em crise financeira desde janeiro de 2023 devido a um déficit contábil de mais de R$ 20 bilhões, não divulgar seus balanços financeiros desde o ano passado. A sede da Americanas, localizada na capital fluminense, será o centro das atenções do observador contratado.

Crise financeira provoca mudança

Os credores da Americanas, preocupados com a falta de transparência nas informações fornecidas até o momento, solicitaram a intervenção de um observador externo. As partes interessadas argumentam que os relatórios mensais do administrador judicial não oferecem dados suficientes para análise. A desembargadora Leila Santos reconheceu o apelo e determinou a contratação do Observador Judicial CCC Monitoramento. A Americanas, que tem entre seus acionistas, três dos homens mais ricos do Brasil, arcará com os custos, desembolsando R$ 300 mil mensais em honorários.

O processo de venda da Hortifruti Natural da Terra foi interrompido pela varejista. A decisão foi tomada para que a empresa se concentre na elaboração do balanço atrasado. A expectativa é que os resultados financeiros de 2022 sejam anunciados na próxima segunda-feira (13), após vários adiamentos.


Entenda melhor a crise nas Lojas Americanas e suas consequências (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


Assembleia de credores e expectativas futuras

A Assembleia de credores está agendada para o dia 19 de dezembro, onde será discutido o plano de recuperação da empresa. A permanência do observador será limitada até a decisão da assembleia poder rever a contratação. A medida busca oferecer maior transparência e prevenir fraudes durante o processo de recuperação.

A iniciativa de solicitar a supervisão partiu do Special Renda Fixa Referenciado DI Fundo de Investimento, administrado pelo Banco Itaú, entre outros credores. Eles acreditam que a atuação do observador será essencial para garantir a integridade do processo.

 

Foto Destaque: Fachada de uma das lojas da rede Americanas. (Reprodução/Divulgação/iSardinha)

Fies: renegociações de dívidas com descontos para estudantes entram em vigor

Os estudantes ou ex-estudantes que quiserem renegociar suas dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) já podem aderir ao projeto que entrou em vigor na última terça-feira (7). O valor de desconto pode chegar até 99% do débito. Com isso, cerca de 1.240 milhões de pessoas podem ser beneficiadas com essa medida. 

A medida havia sido aprovada pelo Congresso e depois disso, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na semana passada. O projeto de lei n° 4.172/2023 altera a Lei do Fies e muda as regras de dívidas dos estudantes, além de instituir o Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas.

Os interessados terão que procurar o banco responsável pelo financiamento. O contato com o banco pode ser feito tanto presencialmente, pelo telefone ou por meio de um aplicativo. O Fies é oferecido pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. 

O Ministério da Educação estimou que 1.240 milhões de pessoas estão devendo ao Fies. Em média, cada uma deixou de pagar R$ 44 mil e, somando todas, as dívidas chegam a cerca de R$ 54 bilhões.

O presidente Lula afirmou que esse seria um “Desenrola” para estudantes com o nome sujo por conta do financiamento do Fies. “O importante não é a dívida, o importante é que você volte a estudar pagando o mínimo que for necessário. Volte a estudar, tire o diploma e nós ficamos muito agradecidos”, afirmou o presidente. 

Vantagens da nova lei

A nova lei beneficiará os contratos que foram assinados até 2017. As condições variam de acordo com a situação da dívida em 30 de junho de 2023:  

  1. Se as parcelas não pagas tiverem vencido há mais de 90 dias, o beneficiário poderá parcelar a dívida em até 150 vezes com abatimento total de juros e multas. Se o pagamento for à vista, o estudante ainda terá desconto de até 12% no valor principal.
  2. Se as parcelas não pagas tiverem vencido há mais de 360 dias, o parcelamento pode ser em até 15 vezes, com desconto de até 77% do valor consolidado, inclusive o principal. Se o estudante inadimplente for inscrito no CadÚnico – o cadastro de programas sociais do governo – o desconto pode chegar a 92%.
  3. Se a última parcela não paga estiver vencida há mais de cinco anos, o desconto pode ser de até 99%.
  4. E quem estiver com o pagamento em dia também poderá ser renegociado pelo valor total da dívida com desconto de 12%.

Ministro da Educação, Camilo Santana, durante um discurso (Foto: reprodução/Ed Alves/CB/DA.Press)


Outros pontos da lei e do contrato

Além desse ponto, a lei também estabeleceu um teto de contribuição ao Fundo Garantidor do Fundo de Financiamento Estudantil (FG-Fies), de 27,5%. Ele refere aos aportes sobre as obrigações financeiras das universidades que aderem voluntariamente ao programa, após o quinto ano de sua adesão. 

E também, os contratos poderão ser renegociados com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil a partir da última terça-feira (7).

 

Foto Destaque: Celular com o site do Fies aberto. (Foto: divulgação/Agência Brasil)

Moradores da Zona Sul de São Paulo interditam vias após 4 dias sem energia

Moradores da Vila Andrade/Morumbi na Zona Sul de São Paulo bloquearam totalmente a Avenida Giovanni Gronchi nesta terça-feira (07). O ato é em protesto contra a falta de energia elétrica após um temporal na última sexta-feira (03). 

Em imagens, é possível ver que os protestantes atearam fogo em objetos na via. A Polícia Militar acompanhou a movimentação e conseguiu apartar os protestos com a ajuda do BAEP (Batalhão de Ações Especiais da Polícia). 

Protestos movimentam a grande São Paulo

Na tarde de terça-feira, na Rodovia Régis Bittencourt, moradores de Embu das Artes começaram a interditar o trecho com pneus incendiados. A Polícia Rodoviária foi até o local e o que se soube sobre a região, é que um funcionário da Enel havia informado a alguns moradores que a energia seria restabelecida em até 5 dias, o que acabou causando a situação. 

Na Rodovia Raposo Tavares, outro grupo interdita a via em protesto contra a falta de luz. Em Cotia, moradores estão sem energia elétrica há mais de quatro dias, desde o temporal que atingiu São Paulo. 


Enel é a responsável pela distribuição de energia em SP. (Foto: reprodução/Refinitiv/Reuters)


Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), os protestos começaram por volta das 16hrs. Houve pelo menos três quilômetros de congestionamento. 

A Enel, responsável pela distribuição de energia na área, informou que em Cotia 15 mil unidades estão sem energia elétrica em Cotia. As escolas não funcionam desde segunda-feira (06), mas a prefeitura espera que até quarta-feira as aulas retornem. 

Um policial ficou ferido

Nos protestos na Zona Sul de São Paulo, um policial foi baleado na perna por um suspeito, mas foi encaminhado para o hospital e passa bem. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a bala atravessou a perna do PM e que ele teve o devido atendimento médico.

As equipes que estavam no local tentaram identificar a liderança do movimento com objetivo de liberar a via por meio do diálogo. Os policiais receberam relatos de que alguns manifestantes portavam coquetéis molotov“, disse a SSP. 

Enel também  informou que 30.200 imóveis estão sem energia desde o temporal de sexta-feira, o que é 1,43% do total de moradores afetados.

 

Foto destaque: temporal na grande São Paulo. (Reprodução/Julio Zerbatto/Myphoto Press)

Operadora da Starbucks Brasil obtém proteção judicial temporária

No dia 7 de novembro de 2023, a Justiça de São Paulo concedeu à SouthRock Capital, operadora da rede Starbucks no Brasil, a antecipação dos efeitos da recuperação judicial. O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências, determinou a proteção temporária de parte do patrimônio da empresa. Esse evento ocorreu em São Paulo, especificamente em um contexto onde R$ 5 milhões haviam sido bloqueados após o pedido de recuperação da companhia, destacando a urgência da medida.

Detalhes da decisão judicial

A decisão visa suspender qualquer ato que represente constrição patrimonial sobre os bens da SouthRock até a resolução do processo. Ainda que não signifique uma aceitação da recuperação judicial, o magistrado ressaltou a existência de uma “probabilidade concreta” para o deferimento do pedido. Segundo Brenno Mussolin Nogueira, especialista em insolvência, o valor bloqueado fica agora em uma conta judicial, disponível para discussões entre as partes envolvidas.

Contexto econômico e recuperação judicial

A recuperação judicial da SouthRock, iniciada em 31 de outubro de 2023, com dívidas somando R$ 1,8 bilhão, reflete um cenário de desafios exacerbados pela crise econômica e pela pandemia de Covid-19. A empresa, que enfrentou uma redução drástica nas vendas desde 2020, aponta a instabilidade econômica e a volatilidade do mercado como fatores impactantes em seu desempenho. A reestruturação em curso busca adaptar o modelo de negócios à nova realidade econômica, incluindo ajustes em sua rede de lojas e relações com fornecedores e stakeholders.


Saiba mais do processo de falência da operadora do Starbucks no Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/Nanda Guardian)


Futuro da SouthRock e comprometimento

Apesar das mudanças estratégicas e dos desafios econômicos, a SouthRock se mantém firme em seu compromisso com a operação das marcas que representa no Brasil. A empresa afirma estar trabalhando em colaboração com parceiros comerciais para assegurar o desenvolvimento contínuo e a expansão de suas atividades no país, mantendo o foco em oferecer produtos exclusivos e experiências únicas aos seus consumidores.

Foto Destaque: Copo de café da rede internacional, Starbucks. Reprodução/Saul Loeb/AFP

Brasileiros podem deixar Gaza nesta quarta-feira

Dois brasileiros que solicitam repatriação afirmaram à CNN que foram avisados sobre a possibilidade de atravessarem a fronteira com o Egito nesta quarta-feira (8).

De acordo com Alajrami Ahmed, que está em Rafah, o grupo – composto por 24 brasileiros e 10 palestinos familiares próximos – em busca de repatriação foi informado pela Embaixada que deveria “ficar atento”, pois poderia deixar Gaza até amanhã. Além de Ahmed, o comerciante Hasan Rabee, atualmente em Khan Younis, também confirmou a informação através das redes sociais.

“Acabei de receber a notícia que grande chance de a gente viajar amanhã. Reza para gente”, publicou Rabee.

Na semana passada, o chanceler de Israel, já havia afirmado o ministro Mauro Vieira que os brasileiros poderiam sair até quarta-feira.  O Itamaraty, contudo, ainda não confirmou se o grupo sairá de Gaza nesta data.

Hamas fecha passagem de Rafah


Palestinos se reúnem na passagem de fronteira de Rafah com o Egito. (Foto: Reprodução/REUTERS).


Após o bombardeio israelense contra um comboio de ambulâncias na última sexta-feira (07), a fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza e permite a saída de estrangeiros do território palestino, foi fechada. De acordo com militares do Estado Judeu, o veículo transportava militares do Hamas.

No entanto, sob a condição do grupo extremista de que ambulâncias com feridos pudessem sair de Rafah, a área foi aberta nesta segunda-feira (06).

Brasileiros fora da lista de autorizados a deixar Gaza

Após a abertura da passagem de Rafah, nesta terça-feira (07), foi divulgada a 5ª lista com estrangeiros autorizados a deixar Gaza. A lista é composta de 605 estrangeiros – dentre eles alemães, ucranianos, canadenses, ingleses e franceses -, mas não contemplou os brasileiros.

No entanto, na segunda-feira (06), o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou que a liberação para a saída dos brasileiros deveria chegar nos próximos dias.

De acordo com o Itamaraty, o governo do Brasil já providenciou um ônibus que buscará as famílias que estão em Khan Yunis para levá-las até a passagem de Rafah. Em seguida, estas serão encaminhadas ao Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) espera para trazê-las de volta ao país.

Foto destaque: primeiro avião trazendo 211 brasileiros de Israel em 11 de outubro. (Reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil).

Guerra entre Israel e Hamas provocou morte de 89 membros da ONU

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que 89 colaboradores da entidade que atuavam na região de Gaza morreram desde o início do conflito em 7 de outubro. Outros 26 membros ficaram feridos em razão dos confrontos na região.

Somam-se a esses números os familiares dos funcionários que residiam na região.

Nota de pesar de Guterres

Guterres fez uma postagem nas redes sociais, na qual lamentou a morte dos funcionários da ONU e prestou solidariedade aos familiares que perderam seus entes queridos. Ressaltou ainda que as perdas jamais serão esquecidas, além de destacar que o número é maior do que em qualquer outro período na história da Organização.

Bombardeios na Faixa de Gaza

Desde que o grupo terrorista Hamas atacou o território israelense em 7 de outubro, Israel iniciou uma resposta armada contra a Faixa de Gaza. Os bombardeios aéreos atingiram prédios civis, além de hospitais e escolas. 


Palestinos em escombros após bombardeio em Gaza (Foto: reprodução/Mahmud Hams/AFP/Correio Brasiliense)


As tropas se deslocam também por terra com tanques e há registros de confrontos com integrantes do Hamas por terra.

Milhares de palestinos tiveram que se deslocar para a região ao sul do território, na tentativa de fugir do conflito e aguardando ajuda humanitária. Por ora, apenas parte dos estrangeiros conseguiu atravessar a fronteira com o Egito, deixando um enorme contingente de pessoas à espera de ajuda.

Em 30 dias de conflito, estima-se que haja mais de 11 mil mortos. Cerca de 100 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas por conta dos intensos bombardeiros.

Esforços para levar ajuda humanitária

Mesmo organizações como a Cruz Vermelha enfrentam problemas para acessar a região e levar alimento e remédios aos refugiados pela guerra. O problema ocorre em razão da recusa dos envolvidos em estabelecer um cessar-fogo para permitir que as equipes se desloquem pelo território.

Em condições precárias, atendimentos médicos complexos, como cirurgias e até mesmo amputações precisam ser realizados sem anestesia em instalações na Faixa de Gaza.

Foto Destaque: prédio em chamas após bombardeio (Reprodução/Poder 360)

Presidente da Enel discute cobrar taxa dos paulistanos para enterrar fios após chuvas

A cidade de São Paulo está um caos. Após a forte tempestade da última sexta-feira (03), diversos setores foram danificados. Vários lugares ficaram sem luz por dias devido aos fios arrebentados, além da questão das árvores e enchentes que deixaram danos severos. Por conta dos estragos, o presidente da Enel, Max Xavier Lins, afirmou nesta terça-feira (07) que há a possibilidade de uma nova taxa sobre os paulistanos ser criada com o intuito de financiar as operações responsáveis por enterrar os cabos de energia.

Nunes quer cobrar nova taxa

A ideia de enterrar os fios de eletricidade não é nova. Há cerca de um ano ela já havia sido apresentada pelo prefeito de São Paulo e voltou a ser discutida por conta do forte temporal da semana passada.

Sem saber como a cobrança funcionaria, Ricardo Nunes afirmou, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, que pretende enterrar a rede elétrica a partir do financiamento gerado pela criação de uma nova taxa sobre os paulistanos:

“A taxa, pela regulação, uma possibilidade de fazer a cobrança de um a taxa de serviço, taxa de melhoria, contribuição de melhoria, a gente tem conversado com a Enel, desde o ano passado estamos tratando disso.”


Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo (Reprodução/X/@choquei)


Presidente da Enel apoia Nunes

Em entrevista à GloboNews, o presidente da Enel Max Xavier Lins admitiu que tem discutido com o prefeito Ricardo Nunes a possibilidade de enterrar os fios elétricos da cidade de São Paulo:

Nós sentamos em outubro do ano passado com o prefeito Ricardo Nunes para discutir algumas alternativas. Em alguns casos a solução do enterramento pode e deve ser analisada.”

No entanto, o presidente da Enel comentou que o principal impeditivo para a concretização desta obra de grande proporção é o preço. Segundo ele, o preço do enterramento de 1 km da rede elétrica custa de 8 a 10 vezes mais do que os fios que ficam no ar. E considerando que a cobrança seria igual para todos, algumas pessoas não teriam condições financeiras de pagar tal imposto.

Segundo a Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecom Competitivas (TelComp), a capital paulista tem cerca de 20 mil km de fios, mas menos de 0,3% da rede está totalmente subterrânea.

Em 2017, o ex-prefeito João Doria prometeu enterrar 52 km de fios no Centro de São Paulo. A meta era concluir a obra até julho de 2018.

Foto Destaque: Presidente da Enel, Max Xavier Lins (Reprodução/educationbiznewsupdate/TV Globo)