No dia 15/11, feriado nacional, muitos cariocas aproveitaram para se refrescar em meio a uma intensa onda de calor que acomete o estado. Contudo, a polícia militar do Rio de Janeiro precisou intensificar o patrulhamento das praias cariocas resultando na detenção de mais de 100 pessoas que estavam causando desordem e realizando atos criminosos. 

A situação caótica exigiu uma resposta robusta da polícia militar que em suas ações contou com helicópteros, drones, quadriciclos, cães e cavalos. A Operação Verão, antecipada na praia do Leme, zona sul carioca, não impediu as ações contra a ordem pública exigindo respostas severas e recursos mais especializados. 

_{Passageiros no teto do ônibus na Zona Sul do Rio. (Reprodução/Hermes de Paula/Agencia O globo)}

Transtornos no transporte público 

Os transtornos se estenderam também aos transportes públicos, a superlotação dos pontos de ônibus, os veículos sem refrigeração e em condições precárias resultaram em confusões generalizadas. 

Na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, pelo menos quatro ônibus tiveram suas estruturas destruídas ou ameaçadas por vândalos. 

A polícia prontamente realizou o acompanhamento dos coletivos que deixavam a zona sul, medida tomada a fim de evitar roubos, depredações e brigas. Como exemplo temos a linha 474 que foi escoltada por policiais para evitar vandalismo e depredação dos coletivos. 

De acordo com informações do Rio Ônibus, somente no ano de 2023, 135 ônibus foram sequestrados, 25 incendiados e cerca de 2.350 mil ônibus vandalizados. Resultando em um prejuízo de cerca de R$850 mil. 

O cenário no Leme 

As operações aconteceram em todo o litoral carioca a fim de atender a necessidade do mantimento do controle perante o gigantesco fluxo de pessoas nas áreas litorâneas. Contudo, analisando o cenário específico do Leme, diversas rodas de brigas recreativas entre os banhistas geraram um desafio para as autoridades. Que dividiram seus agentes em terra, mar e ar para tentar conter as ações. A polícia militar contou com o reforço dos batalhões de choque, controle de multidão e também de rondas especiais.

Foto Destaque: Tumulto na Praia do Leme. (Reprodução/Hermes de Paula/Agencia O globo)

Nesta quarta-feira, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o homem filmado apontando uma arma para um jovem negro em frete a estação Carandiru é investigador da polícia civil, mas seu nome não foi divulgado. Nas filmagens, uma mulher que o acompanha, chama-o de Paulo ao defender o jovem. O policial foi identificado pela delegacia que atendeu à ocorrência, e Corregedoria da Polícia Civil investigará a conduta do investigador.

A SPP também informou que a policial militar no local e se negou a prestar atendimento ao presenciar a ação, responderá criminalmente por omissão, e diz que atitude da policial é grave. “Segundo o procedimento operacional padrão, ela deveria proteger a vítima, identificar a vítima e o autor, e encaminhá-los ao distrito policial”. A secretaria também acrescentou que “a inação dela foi muito grave e a própria repercussão do vídeo mostra isso”.

_{Toda a ação foi filmada pelo repórter fotográfico. (Reprodução/Ponte Denúncia)}

Entenda o caso

No último domingo, (12), um repórter fotográfico filmou um homem apontando uma arma e ameaçando um jovem em frete à estação de metrô Carandiru, na zona norte de São Paulo.

Segundo o repórter, que preferiu não se identificar, o jovem foi acusado de roubo pelas pessoas presentes no local, e um tumulto se iniciou com algumas pessoas cercando o jovem. Então surge o homem identificado como investigador da Polícia Civil, com uma arma apontada para o garoto.  

O policial estava acompanhado por uma mulher e duas crianças, que presenciaram toda a ação. A mulher chega a se colocar entre a arma e o garoto, tentando impedir que o homem atirasse.

PM uniformizada presenciou ação e negou atendimento

O repórter avistou uma policial militar uniformizada assistindo à ação com os braços cruzados. Ao abordá-la pedindo ajuda para conter a situação, a policial faz um gesto com a mão aconselhando-o a ligar 190, e diz que está de folga.

O jovem corre na direção da policial pedindo ajuda, e ela o afasta com um chute na barriga. A todo momento o homem se mantém com a arma apontada para o garoto.

Segundo a SSP, a conduta da policial, registrada pelas imagens, é “considerada grave, uma vez que não condiz com as expectativas da sociedade e muito menos com as responsabilidades do profissional de segurança pública, que deve agir prontamente sempre que presenciar um crime, estando ou não em serviço”. Atitude da policial pode resultar em sua prisão, ou expulsão da corporação.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram uma operação militar nesta quarta-feira (15), no interior do hospital Al-Shifa em Gaza, com base em informações de inteligência e uma necessidade operacional. Segundo as IDF, o grupo radical islâmico abrigava um centro de comando no local.

Na operação, as FDI neutralizaram 5 combatentes do Hamas e encontraram vastos armamentos de guerra no interior da unidade, sendo este o maior complexo de saúde.

Segundo informações das Forças de Israel, a operação contou com equipes médicas, falantes de árabe com treinamento prévio para adentrar ambiente complexo e sensível com o objetivo de não causar danos aos civis que estão servindo como escudos humanos pelos terroristas.

_{Esforço das IDF para coordenar a transferência de incubadoras (Foto: reprodução/Forças de Defesa de Israel)}

Os militares israelenses disseram que as forças foram atacadas com explosivos e vários terroristas foram neutralizados no confronto.

Hospital Shifa

As Forças de Defesa de Israel fizeram diversos alertas públicos denunciando que o Hospital Shifa estava sendo utilizado pelo Hamas. Segundo as IDF, essa utilização do hospital pelos terroristas coloca em risco o status de proteção do local, sob o direito internacional.

O diretor-geral do ministério da saúde controlado pelos terroristas do Hamas, Munir al-Bursh, relatou à TV Al Jazeera que acreditava ter ouvido uma explosão durante a incursão das forças israelenses.

Operação do Hamas

Durante entrevista a uma rede de televisão americana, o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense, disse que o complexo hospitalar era utilizado como uma central de operação do Hamas e que, talvez, pudesse ser o “coração pulsante de um centro de gravidade” dos extremistas.

Os Estados Unidos apoiaram as conclusões de Israel devido ao cruzamento de informações de inteligência americano. Contudo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse não apoiar um ataque aéreo contra o hospital e nem ver tiroteios no local.

Após o atentado do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, durante um festival nas proximidades da Faixa de Gaza, na região Sul de Israel, onde havia milhares de jovens, sendo centenas deles assassinados pelos terroristas no local, Israel jurou destruir o grupo terrorista Hamas.

Foto destaque: Hospital Shifa, em Gaza (Reprodução/X/@ValeriaBnews).

Morreu em São Paulo, nesta terça-feira (14), Paulo César Roberta, também conhecido como Paulo Hesse. O ator estava com 81 anos e não foi revelada a causa do falecimento do artista. A notícia foi divulgada pela família.

Paulo nasceu em 1942, na cidade de Caçapava. O velório e enterro do ator serão no bairro Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, mais especificamente no Cemitério da Paz. Segundo informações dos responsáveis pelo cemitério, a despedida do ator Paulo Hesse terá início às 9 horas da manhã, desta quinta-feira (16).

Carreira de Paulo Hesse

A carreira de Paulo Hesse ganhou notoriedade do público por seus trabalhos em novelas da Rede Globo, como Rabo-de-Saia (1984), Selva de Pedra (1986), O Cravo e a Rosa (2000) e Paraíso Tropical (2007).

Além de trabalhos realizados para a TV Globo, Paulo Hesse também esteve presente em obras de outras emissoras da televisão brasileira. Ele atuou também pelo SBT, Record TV, TV Tupi, Bandeirantes e TV Cultura. Seu último papel foi em uma novela da Bandeirantes, Água na Boca, quando representou o personagem Abilio. 

Os telespectadores da TV Globo poderão rever o trabalho de Paulo Hesse na novela Paraíso Tropical, que será reprisada no programa “Vale a Pena Ver de Novo”, que substituirá a obra Mulheres Apaixonadas, que está em exibição atualmente na emissora.

Despedida de amigos

_{Daliléa Ayala se despediu de Paulo Hesse em suas redes sociais (Foto/reprodução/Facebook/Daliléa Ayala)}

Nas redes sociais, amigos e colegas de trabalho realizaram algumas homenagens para se despedir do ator Paulo Hesse. Amiga e também atriz, Daliléa Ayala declarou em seu Facebook o carinho pelo ator, o descrevendo como um amigo de palcos e da vida, além de ter sido um grande profissional. “Amigo, você não perdeu a vida. Foi a vida que te perdeu! Você era forte, lindo e claro como o sol. Continue a sorrir, esse teu sorriso contagiante! Encontre-se com Deus e descanse em seus braços“, publicou Daliléa.

“Adeus ao ator Paulo Hesse que nos deixou ontem e com quem Isabel Ribeiro atuou na novela Gaivotas (1979). Meus sinceros sentimentos aos amigos, fãs e familiares. Descanse em paz! Muita luz na sua caminhada”, escreveu o perfil de Isabel Ribeiro.

A amiga de Paulo Hesse, e também a atriz e diretora teatral, Barbara Bruno, se despediu do ator o celebrbando em suas redes sociais, desejando que ele vá em paz.

Foto destaque: Paulo Hesse atuando em novela da TV Globo (Reprodução/Globoplay/G1)

Depois de um período de instabilidade climática na última terça-feira (14), o Rio de Janeiro voltou ao Estágio de Normalidade às 6h da manhã desta quarta-feira (15), segundo o Centro de Operações Rio (COR). A previsão indica um alívio no feriado de Proclamação da República e nos próximos dias em relação às condições adversas que afetaram a cidade.

Estabilização climática após período de alerta no Rio

Na última terça-feira, a cidade entrou em estágio de mobilização, com previsão de chuvas moderadas a fortes, especialmente na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.

O estágio é o segundo nível em uma escala de cinco e indica a possibilidade de ocorrência de alto impacto na cidade. Houve relatos de chuvas intensas, bolsões d”/água e quedas de árvores, e os moradores chegaram a registrar granizo em pontos isolados da Zona Oeste, região mais afetada. No entanto, conforme informado pelo COR, o município retornou ao Estágio de Normalidade às 6h desta quarta-feira (15).

Feriado de Proclamação da República e próximos dias

Segundo o Alerta Rio, a previsão do tempo para esta quarta-feira é de um dia de calor, com temperaturas variando entre uma mínima de 22°C e uma máxima de 38°C, e possibilidade de pancadas isoladas de chuva moderada a forte à noite. Essa condição de chuva se manterá durante a noite, parando na madrugada de quinta-feira (16).

_{Previsão do tempo para esta quarta-feira, feriado de Proclamação da República (Foto: reprodução/COR)}

As temperaturas, embora altas, caem um pouco em comparação com a última terça-feira.

Não há expectativa de chuva para a quinta-feira (16) e sexta-feira (17), mas a partir do sábado (18) há pancadas de chuva durante a tarde e noite, estendendo-se por todo o domingo (19).

_{Pancadas de chuva são esperadas a partir de sábado (Foto: reprodução/COR)}

A umidade relativa do ar pode variar de 21% a 30% durante a tarde em alguns pontos, e as temperaturas têm uma máxima de 42 °C na quinta-feira e uma mínima de 18 °C no domingo.

Foto Destaque: temperaturas caem um pouco no feriado desta quarta-feira no Rio (Reprodução/X/@OperacoesRio)

Os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris tem uma preparação para deixar o evento marcado na história, que é a competição de natação no Rio Sena, um dos cartões postais de Paris e impróprio para banho há 100 anos. A aposta para tornar a preparação uma realidade está em um reservatório de água com mais de 30 metros de profundidade.

A ideia é que esse reservatório armazene o transbordo do sistema de esgoto de Paris. Até o momento foi um investimento de 1,5 bilhões de euros e está em obra há quatro anos, com previsão para inauguração no segundo trimestre de 2024. 

O que acontece com o Rio Sena

Atualmente, o rio mais famoso de Paris é uma válvula de escape para os esgotos da cidade, porque em épocas de grandes chuvas, os túneis de despejos residenciais e industriais não contem a quantidade de água necessária. 

Por isso, a ideia central do reservatório é desviar os resíduos e só chegará ao rio Sena após a água ser tratada. Com isso, a poluição e nível de bactérias reduzirão a ponto de ser próprio para banho. 

^{Rio Sena tem previsão para ser limpo até Olimpiadas de 2024. (Foto: reprodução/PublicDomain/Pixabay)}

Por ano, 360 toneladas de lixo são retiradas do rio Sena. Na região de Ile-de-France, 30 mil casas despejam águas usadas no rio Marne, que é o principal afluente do Sena. Além disso, há os poluentes químicos das indústrias e produções agrícolas da cidade. 

O comitê olímpico de 2024 também se preocupa com as grandes quantidades de bactérias no rio Sena. Essa quantidade não pode ultrapassar o limite máximo permitido pelas entidades da União Europeia. 

Testes já foram cancelados esse ano

Para realizar as provas de natação nas Olimpíadas do ano que vem, Paris vem fazendo testes desportivos para a realização do evento. Em agosto, uma prova de triatlo foi cancelada e teve que ser transformada em uma prova de duatlo. 

Segundo Pierre Rabadan, vice-presidente da Câmara Municipal de Paris, não houve uma explicação para a deterioração da qualidade da água. “Foi observada com duas medições que apresentaram discrepâncias. Como dissemos anteriormente, está em andamento uma investigação para tentar entender a origem dessa deterioração“, comunicou. 

Porém, as autoridades de Paris e o comitê olímpico garantem que até 2024 vai haver novas infraestruturas e o problema será resolvido. 

Foto destaque: rio Sena em Paris. (Reprodução/139904/Pixabay)

Na última quarta-feira (08), tanques israelenses entraram no maior complexo hospitalar de Gaza, o Al-Shifa, conforme reportado por Khader Al Za’anoun, jornalista da agência de notícias palestina Wafa. A invasão, segundo o repórter, incluiu tanques apontando canhões para o hospital, embora não fosse claro se soldados israelenses estavam dentro dos edifícios. Tiros foram ouvidos no local, e algumas janelas do complexo estavam abertas, adicionando tensão ao cenário já crítico.

Operação militar e acusações cruzadas

As Forças de Defesa de Israel declararam que a ação era uma “operação precisa e direcionada” no hospital. O governo israelense alega que o Hamas, acusado de usar o hospital como centro de comando e controle, recebeu tempo suficiente para cessar suas atividades no local. Essas alegações, no entanto, foram rejeitadas pelos funcionários do hospital. Este cenário complicado se agrava com a presença de centenas de funcionários e pacientes ainda no hospital, além de milhares buscando abrigo.

Em paralelo, os Estados Unidos apontaram que o Hamas estaria utilizando o hospital para armazenar armas e realizar operações. A tensão aumenta com o relato de que palestinos cavaram uma vala comum no complexo para enterrar pacientes mortos. Estes desenvolvimentos ocorrem em meio a um conflito que já resultou em um número significativo de baixas de ambos os lados, de acordo com fontes do governo do Hamas.

_{Há um mês, o Estado de Israel atacava o primeiro hospital na faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/Brasil Urgente)}

Contexto internacional e repercussões

A situação em Gaza chamou atenção internacional. O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu proteção ao hospital Al-Shifa, enquanto autoridades israelenses sustentam que o Hamas utiliza hospitais como escudos. A crise foi agravada com a chegada de repatriados em Brasília, incluindo Shahed al-Banna, que expressou alívio ao chegar ao Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com a perda de contato com médicos do hospital Al-Shifa, visto como um indicativo da gravidade da situação. Adicionalmente, Israel anunciou uma operação contra o Hamas dentro do hospital e aprovou combustível para caminhões da ONU em Gaza, em um esforço para mitigar as consequências do conflito.

Foto Destaque: Soldados israelenses avançando sobre Gaza. Reprodução/Reuters/CNN

O Brasil enfrenta uma onda de calor histórica, com cidades registrando temperaturas acima dos 40ºC. Agências meteorológicas alertam para “grande perigo” em 15 estados e no Distrito Federal. O fenômeno, influenciado por fatores como El Niño, “domo de calor”, e mudanças climáticas, sugere um futuro de eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos.

Impacto da onda de calor nas cidades

Relatórios do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia indicam recordes de temperaturas nos últimos meses. Estes eventos não são isolados, estando conectados a um padrão global de aquecimento. Estudos apontam para o aumento na frequência e intensidade das ondas de calor no Brasil e em todo o mundo.

Os efeitos das mudanças climáticas são evidentes na alteração dos padrões de temperatura e precipitação. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) destaca o aumento de eventos climáticos extremos no Brasil desde 1960. Análises revelam elevações significativas nas temperaturas máximas, especialmente no Nordeste, e mudanças nos regimes de chuvas em várias regiões.

_{Entenda melhor a onda de calor que assola o Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/GeoBrasil)}

Recordes de temperatura e análises científicas

Especialistas apontam para a necessidade urgente de discussões sobre planos de mitigação e adaptação a estes eventos climáticos extremos. A transição para fontes de energia menos poluentes e a preservação de florestas tropicais são essenciais para combater o aquecimento global. Além disso, é necessário repensar o planejamento urbano, aumentando a vegetação e melhorando a infraestrutura para enfrentar as altas temperaturas.

A Rádio Amazônica obteve áudios de um aplicativo de conversas no celular de um dos adolescentes encontrados na casa de Walhederson Barbosa, técnico de vôlei suspeito de estuprar adolescentes. Segundo a polícia, os áudios possuiam um convite para um  encontro com uma das vítimas. Não há datas específicas que ocorreram a troca de mensagens, mas a defesa de Walhederson disse que não teve acesso ao material e por enquanto não irá se pronunciar. 

Operação Bloqueio

As investigações seguiram com a Operação Bloqueio, feita por policiais civis da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca). Walhederson foi preso em casa no início da manhã desta terça-feira (14), na Zona Oeste de Manaus. No momento da prisão, o técnico foi encontrado dormindo com dois atletas, os dois com 15 anos. 

Até o momento, 12 vítimas foram identificadas pela polícia, mas o número pode crescer com o decorrer das investigações. 

^{Técnico foi preso em casa. (Foto: reprodução/Rede Amazônica)}

De acordo com a polícia, os abusos aconteciam há pelo menos 20 anos. Segundo a delegada titular da Depca, Joyce Coelho, outros rapazes de mais de 20 anos de idade denunciaram  o técnico e disseram que foram abusados durante a infância e adolescência. “O crime ainda não prescreveu, então as vítimas podem ir à unidade especializada e relatar todos os ocorridos. Agora chegou o momento de ele responder à criminalidade por todos os danos causados à integridade e segurança dos adolescentes“, disse a delegada em comunicado. 

Além disso, também é investigado uma possível negligência dos pais dos atletas. Um dos adolescentes mora com Walhederson desde os 11 anos, e não há convivência com a maioria dos pais das vítimas. 

Omissão e pronunciamento de entidades

A delegada Joyce Coelho também disse que pode haver uma possível omissão por parte da Federação Amazonense de Voleibol. Houve denúncias formais feitas por várias vítimas, porém a Federação apenas abriu sindicâncias internas, e não chegou a afastar Walhederson do cargo de técnico, o que facilitou o acesso aos jovens.

A Federação Amazonense de Voleibol disse em nota que não tolera qualquer tipo de crime que o técnico esteja envolvido. A instituição também disse que os profissionais precisam ter uma conduta pessoal e que Walhederson está suspenso de todas as atividades da federação. 

Walhederson Barbosa era técnico da Seleção Amazonense de volei sub-16.

Foto destaque: momento da prisão de Walhederson Barbosa. (Reprodução/Rede Amazônica)

O número de mortes causadas pelo calor extremo podem aumentar cinco vezes mais (cerca de 370%) até o ano de 2050, é o que prevê o relatório Lancet Countdown, uma publicação científica que é dedicada para a saúde humana. O relatório também cita que o uso crescente de combustíveis fósseis no mundo ameaça a saúde humana. O estudo, que foi publicado na última terça-feira (14), estimou que mais 525 milhões de pessoas deverão ainda passar por insegurança alimentar moderada ou severa durante esse período. 

A pesquisa foi fruto da colaboração de 114 cientistas e 52 centros de pesquisa e agências da ONU ao redor do mundo e eles monitoram os impactos das mudanças climáticas na saúde e publicam o que eles levantaram anualmente na revista científica The Lancet. O estudo identificou que existem “poucos sinais de progresso” desde o ano passado. E também denuncia a “negligência” de governos, grandes empresas e bancos que continuam a investir em combustíveis fósseis (petróleo e gás), apesar de saberem que a mudança de clima pode custar vidas. 

Um fracasso evidente 

Os autores do estudo fala em um “fracasso” da mudança climática até o momento, além de ser algo que ficou evidente no ano de 2023. Neste ano, as temperaturas globais foram as mais altas dos últimos 100 mil anos, tendo recordes de temperaturas sendo registrados em todos os continentes. 

O estudo aponta que as mortes relacionadas ao calor em pessoas com mais 65 anos aumentaram cerca de 85% entre os anos de 2013 até 2022 (em comparação com a década de 1991-2000). Se as temperaturas não tivessem aumentado na média global de 1,14ºC durante esse período, estima-se que ela teria subido em torno de 38% levando em conta apenas as alterações demográficas. 

_{A última segunda-feira (13) ficou marcada como o segundo dia mais quente da história de São Paulo (Foto: divulgação/Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)}

A fome e as doenças infecciosas

O relatório apurou que no ano passado, as pessoas de todas as partes do mundo ficaram expostas a uma média de 86 dias de temperaturas potencialmente fatais. Em possível cenário que o mundo venha a aquecer em mais dois graus celsius até o final deste século (atualmente caminha para ser 2,7ºC), as mortes causadas pelo calor extremo foram projetadas em aumentar cerca de 370% até 2050. Isso representa um aumento de 4,7 vezes mais. O estudo também revelou que mais de 520 milhões de pessoas poderão sofrer com a insegurança alimentar moderada ou grave até o final do século. 

Além disso, o estudo revelou que neste período, as doenças infecciosas que são transmitidas por mosquitos continuarão a se espalhar pelo mundo. A transmissão da dengue, por exemplo, pode aumentar em cerca de 36% em um cenário de aquecimento de 2°C. Além disso, mais de um quarto das cidades que foram analisadas pelos pesquisadores afirmaram estar preocupadas com o fato das mudanças climáticas sobrecarregarem sua capacidade de resposta. 

Secretário-geral da ONU responde ao relatório 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, respondeu ao relatório afirmando que a humanidade está diante de um futuro intolerável. Ele também afirmou que “já estamos vendo uma catástrofe humana se desenrolando, com a saúde e os meios de subsistência de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo ameaçados por um calor recorde, secas que provocam perdas de colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas e tempestades e inundações mortais”, comentou secretário-geral da ONU por meio de um comunicado. 

No mesmo dia que o estudo foi publicado, a ONU alertou que o compromisso atual dos países é de reduzir as emissões globais de carbono em apenas 2% até o ano de 2030 em relação aos níveis apresentados em 2019 – que está muito menor do que os 43% necessários para limitar o aquecimento a 1,5ºC.

Foto Destaque: Pessoas se protejendo do calor enquanto assistiam ao show da banda Imagine Dragons, em Chambord, na França. (Foto: reprodução/AFP)