Rio de Janeiro registra o dia mais quente do ano

Nesta quinta-feira (16), a temperatura subiu ainda mais no estado do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima registrada na estação da Marambaia foi de 40,6ºC. Já no último domingo (12), na área da Vila Militar, o recorde era de 40,4ºC.

As ondas de calor que vem atingindo o Brasil são responsáveis pelas altas temperaturas, no entanto, um outro fator que está sendo relacionado ao calor é o aquecimento global e a acentuação do El Niño intenso.

Rio 50°C

Sobre a sensação térmica, que leva em consideração a temperatura e umidade do ar, e normalmente é maior do que as temperaturas registradas no termômetro, também estão mais altas. De acordo com o Alerta Rio, a sensação térmica registrada em Guaratiba foi de 50,6°C. Vale ressaltar que sensação térmica e temperatura são fatores divergentes. A primeira é uma junção de muitas variáveis que abrange a temperatura, vento e a umidade relativa do ar.


Onda de calor bate recorde no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/@TomazSilva/AgênciaBrasil)


À Globo, o meteorologista Guilherme Borges, do Climatempo, destacou que as ondas de calor estão atingindo regiões além da capital, como nos munícipios fluminenses. Ele informa que o Rio é uma das regiões mais quentes do Brasil nos últimos dias. Para ele, o clima pode sofrer uma alteração no sábado com a aproximação de uma frente fria, pois, quando elas chegam conseguem empurrar o ar mais quente e as temperaturas se tornam potencializadas.

Probabilidade de chuva

É esperado para a próxima sexta-feira (17), que o tempo fique mais estável, com a máxima de 41ºC e mínima de 22ºC. Já no sábado há previsão de chuvas em áreas isoladas na parte da tarde. No domingo, as temperaturas podem cair com a máxima de 32ºC e a mínima de 18ºC, também com possibilidade de pancadas de chuva mais para à tarde.

 

Foto destaque: Capital carioca sofre com o calor e registra 40,6ºC (Reprodução/TomazSilva/AgenciaBrasil)

Repatriado sofre preconceito no Brasil após deixar a Faixa de Gaza

Hasan Raabe, brasileiro-palestino que ficou conhecido por mostrar vídeos sobre os conflitos na Faixa de Gaza retornou ao Brasil, na última segunda-feira (13), no entanto, ele alega que está recebendo ameaças desde o seu retorno ao país.

Ameaças e pressão

O brasileiro-palestino chegou à São Paulo junto à sua família na última quarta-feira (15), mas ele disse que está com medo de sair de casa e até mesmo de usar as redes sociais devido as ameaças que está recebendo. De acordo com a CNN, Hasan afirmou que são mais de 200 mensagens com ameaças, chamando-o de terrorista e pelo fato de Raabe ter aparecido ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A gente saiu da guerra, fugiu da morte. Chegou aqui e encontrou outra guerra com ameaça e pressão”, disse Hasan à CNN.

Arrependimento


Advogada Talitha Camargo da Fonseca disse à CNN que são mais de 200 ameças recebidas (Foto: reprodução/CNN)


Ao chegar no país, o comerciante disse que está arrependido de ter feito os vídeos, pois, para ele, acabou colocando a família em risco. Ele disse que ainda não conseguiu sair com as filhas por medo de ser surpreendido nas ruas. Hasan também disse a CNN que a esposa está com medo de sair, de fazer coisas mais básicas como ir ao shopping.

Hasan acredita que o preconceito não se dá apenas por ser palestino, mas por agradecer ao presidente do Brasil pelo apoio que recebeu ao sair da área de conflito. De acordo com Talitha Camargo da Fonseca, a advogada que tem oferecido assistência ao comerciante, Raabe mostrou o conflito em Gaza, através dos vídeos, como forma de ajudar outras pessoas a saberem o que estava acontecendo e não em benefício próprio.

À CNN, a advogada disse que está preparando uma petição ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, para pedir uma escolta ao palestino e família. Além disso, ela fará um boletim de ocorrência em relação as ocorrências de ameaças que ele tem recebido. Segundo a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública as denúncias estão sendo apuradas e serão encaminhada à Polícia Federal para investigação.

 

Foto destaque: Hasan Rabee diz que as ameças também se tratam de um jogo político (Reprodução/Poder360)

Incêndios florestais atingem a área da rodovia Transpantaneira, no interior do Mato Grosso

Um incêndio com muita fumaça se alastra pelo Pantanal e chega à rodovia Transpantaneira, a principal via de acesso ao bioma no Mato Grosso, trazendo grande preocupação para os fazendeiros, ambientalistas e as pessoas que vivem do turismo na região. A região do Pantanal registra um recorde de focos de incêndio no mês de novembro. Em apenas 15 dias, são três mil focos, o que corresponde a 30% a mais do que o recorde já registrado para o mês inteiro.

Desde segunda-feira (13), o fogo vem encobrindo a região norte do Pantanal do estado do Mato Grosso, que já consumiu um milhão de hectares do Pantanal em 2023, triplo do registrado em todo o ano de 2022. Com isso, os governos de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul decretaram situação de emergência em razão dos incêndios nas áreas atingidas. A medida irá viabilizar a participação do Governo Federal em áreas estaduais, além da transferência de recursos para desenvolver ações de combate aos incêndios florestais e atuar junto aos municípios atingidos pelo desastre.


 

Aproximadamente 200 servidores estaduais e federais atuam no combate ao fogo no estado do MS (Foto: reprodução/Instagram/Mayke Toscano/Secom MT)


Diversos agentes estão trabalhando dia e noite para limpar as áreas próximas aos focos de incêndio, a fim de impedir a propagação do fogo. As altas temperaturas, que chegam a ultrapassar 40°C, e os ventos fortes estão fazendo as chamas avançarem. Atualmente, aproximadamente 256 pessoas estão envolvidas no combate ao incêndio

A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), confirma a ação em conjunto para combater os incêndios no Pantanal: “Estamos agindo de forma integrada, concentrando esforços nas áreas de maior risco e não somente para combater as chamas, mas também para preservar a fauna e a flora do Pantanal”, disse a secretária Mauren Lazzaretti, que acrescentou que serão investidos mais R$ 6,4 milhões em ações na região. Mauren também destacou que 2023 pode ser considerado um ano atípico devido ao prolongado período de estiagem e às fortes ondas de calor.

Causas

No dia 21 de outubro, o Parque Nacional do Pantanal foi atingido por três raios, que atingiram a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dorochê e uma propriedade particular próxima, dando início a incêndios.

A preocupação aumenta devido à extensão do período seco no bioma e às dificuldades de acesso a áreas com incêndios florestais. As equipes precisaram ser reforçadas. Também há previsão de aumento da temperatura nos próximos 15 dias nas regiões afetadas.

Desde o início de 2023, o governo federal vem trabalhando na elaboração de um plano de prevenção e combate a incêndios no bioma. No mês de maio deste ano, foi lançado o Plano de Ação para o Manejo Integrado do Fogo no Pantanal, com a participação de representantes da sociedade civil e dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

Frentes de combate

O Governo Federal e o estado do Mato Grosso vêm trabalhando em conjunto para combater os incêndios no Pantanal. No momento, existem oito frentes de combate aos incêndios, localizadas no Parque Estadual Encontro das Águas, na bacia hidrográfica do Rio Sararé, na região de Mimoso, na comunidade São Pedro de Joselândia, na Fazenda Alvorada do Pantanal, na fronteira com a Bolívia/San Matías, e nas áreas federais do Parque Nacional do Pantanal/Reserva do Dorochê e na Terra Indígena Portal do Encantado.

Na região do Pantanal mato-grossense, cerca de 100 bombeiros de Mato Grosso estão atuando, principalmente no Parque Estadual Encontro das Águas, com 60 bombeiros. Essa ação conta com o apoio de três aviões da Defesa Civil do Estado, helicópteros do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) e do Ibama, além de 11 barcos, viaturas e caminhões-pipa, conforme informações da assessoria de comunicação do estado

Foto destaque: Governo de Mato Grosso anunciou plano de trabalho integrado com o Governo Federal para a preservação da fauna e flora do bioma no MS (Reprodução/Arquivo/Mayke Toscano/Secom MT)

“Carros voadores”: veja como foram os primeiros testes em Nova York

Os primeiros testes de eVTOLs (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical), também conhecidos como “carros voadores”, foram feitos em Nova York, nos Estados Unidos.

Os testes começaram no último domingo (12), com o veículo projetado pela Joby Aviation, e continuaram na segunda-feira (13), com a aeronave da Volocopter.


Vídeo mostra primeiros testes de “carros voadores”. (Vídeo: Reprodução/X/@jobyaviation).


Entenda o eVTOLs

Apesar de ser apelidado de “carro voador”, o eVTOL se assemelha a um helicóptero, porém com inovações – principalmente ecológicas. Diferente do irmão que funciona a base de querosene ou gasolina de aviação, a aeronave em testes possui um motor elétrico. Este garante que os voos sejam mais silenciosos e diminui a emissão de gases poluentes.

“Esta é uma visão nova e ousada sobre o que queremos alcançar como cidade. Sabemos como é importante reduzir também o ruído (das aeronaves) e, como acabei de aprender, até onde o ruído pode viajar”, afirmou o prefeito de Nova York, Eric Adams.

Além disso, enquanto os helicópteros são utilizados para viagens de média distância, os eVTOLs atenderam somente percursos curtos na própria cidade ou para outras mais próximas.

Competição entre empresas

Tanto empresas internacionais, como brasileiras tem investido nos eVTOLs. Nos Estados Unidos, a Joby Aviation e a Volocopter estão à frente na corrida pela implementação destas aeronaves.

A Aviation afirmou que irá realizar as primeiras viagens comerciais com seu eVTOL em 2025, além de possuir parceria com a Delta Airlines, uma empresa de taxi aéreo que irá utilizar o novo tipo de helicóptero. Já a Volocopter aguarda certificação para iniciar os voos comerciais com o veículo apelidado de VoloCity.

No brasil, as companhias aéreas Gol e Azul irão receber os seus eVTOLs, produzidos por empresas europeias, em 2025, enquanto a fabricante de aeronaves, Embraer, planeja apresentar o “carro voador” em 2026.

Foto destaque: “carro voador” projetado pela fabricante chinesa XPeng AeroHT. (Reprodução/ XPeng AeroHT).

Brasileiros estão mais conectados à internet e diversificando seu uso, diz pesquisa

Nesta quinta-feira (16), uma pesquisa dirigida pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), mostrou que 88% da população brasileira com 10 anos ou mais tem utilizado a internet, seja para entretenimento, informação ou comunicação. Esses números são superiores aos da última pesquisa encomendada em 2022, que mostravam 87,2% de brasileiros conectados à rede mundial de computadores.

Números de pessoas ouvidas

A pesquisa escutou cerca de 21 mil brasileiros e brasileiras, consultando também 24 mil residências em todo território nacional, entre os meses de março e julho de 2023. Foram analisados apenas pessoas a partir de 10 anos de idade, desconsiderando os menores.

Indicadores

O número de pessoas que falaram que usam a internet no seu dia a dia foi de aproximadamente 156 milhões de brasileiros, porém, esse número não mostra a realidade, porque na pesquisa, cerca de 7,4 milhões de pessoas declararam usar ou ter usado algum aplicativo em seu smartphone que necessitem de conexão com a rede, portanto, chegamos a 88% de brasileiros que fazem uso da internet, em torno de 164 milhões.

Compartilhamento de sinal de internet

Segundo a Cetic.br, foi revelado que 16% das residências brasileiras dividem a internet com o vizinho, no entanto, ao observar entre as classes, principalmente nas D e E, esses indicadores sobem para 25%, pois nessa faixa de renda, a população encontra mais dificuldades financeiras e impedimentos técnicos por conta das operadoras de internet.

Também foi apurado que a faixa padrão de conexão de internet de banda larga nas residências brasileiras é de 50 Mega (Megabits por segundo), onde são encontrados os planos mais básicos das operadoras. Apenas 29% tinham velocidade acima de 50 Mega, 18% não souberam responder e 27% afirmaram que não tinham conexão fixa em sua residência, apenas móvel.


Muitos brasileiros utilizam a internet também para estudar (Foto: reprodução/X/@mctic)


Acesso por dispositivos

Um número que chamou a atenção dos pesquisadores pela sua diminuição, foi o de acesso apenas pelo celular, que caiu 62% em 2022, para 58% na pesquisa desse ano, mostrando que os usuários estão utilizando cada vez mais outros dispositivos além do smartphone. Os computadores estão sendo mais usados, mas ainda existe uma discrepância entre as classes mais abastadas, das mais pobres. As classes com maior poderio aquisitivo possuem pelo menos um computador, enquanto nas mais pobres esse número é de apenas 11%.

O que os brasileiros consomem na internet

A pesquisa mostrou como os brasileiros usam a internet, e a maioria, ou seja,  73% dos entrevistados, usa  para acessar serviços dos governos. Os que usam com aplicativos de bancos, seja para fazer consultas ou realizar pagamentos,  a 54% dos entrevistados. Além disso, foi registrado um aumento nas pessoas que utilizam também a internet para estudar, seja cursos livres, faculdades ou mesmo a nível escolar.

Outro número que mostrou crescimento desde a última pesquisa foi os que utilizam para fazer compras, chegando a 50% dos entrevistados. As atividades de entretenimento também foram auditadas, mostrando que 65% dos brasileiros escutam música online, 64% veem filmes, séries e outros tipos de vídeos e, em relação aos podcasts, o levantamento mostrou que 29% escutam esse tipo de programa. Todos esses registros aumentaram desde 2022.

Os dados foram considerados bastante positivos, pois mostra que cada vez mais o país se conecta à  internet. Segundo o coordenador da pesquisa, Fabio Storino, as mudanças são consideradas boas, pois a diminuição do uso da rede somente pelo celular e o aumento do uso nos computadores, demonstra que o brasileiro está criando habilidades digitais, gerando um desenvolvimento maior nas classes mais pobres.

 

Foto Destaque: Aumenta o número de brasileiros com acesso à internet, em dispositivos móveis ou em computadores. (Reprodução/pvproductions/Freepik)

 

Nova operação de resgate em Gaza não será fácil, afirmam autoridades brasileiras

Os brasileiros resgatados de Gaza, que chegaram na última segunda-feira (13) a Brasília, tiveram que esperar sete listas de estrangeiros autorizados a deixar o território palestino para serem repatriados ao Brasil. De acordo com as autoridades do Itamaraty, uma nova operação de resgate, prometida pelo presidente Luiz Inácio da Silva, deve ser ainda mais difícil de conseguir.

Lula, a primeira-dama, Janja da Silva, e outras autoridades do país encontraram o grupo de 32 pessoas assim que chegaram à Base Aérea de Brasília. Na capital, o presidente afirmou que tentaria uma segunda lista para trazer ao Brasil os familiares dos repatriados, além de outros brasileiros.

“Mesmo que seja nascido lá, que seja palestino de origem, a gente vai buscar. Se os parentes estiverem aqui e pedirem, a gente vai tentar trazer, é um compromisso que nós fizemos”, declarou Lula.

De acordo com a CNN, cerca de 50 pessoas – incluindo brasileiros e familiares – solicitaram a saída de Gaza. No entanto, segundo fontes do Itamaraty à CNN, as negociações com autoridades no comando de Gaza não serão simples – principalmente pelo fato da maioria dos parentes dos repatriados serem palestinos, sem cidadania local.


Jovem repatriada afirma que quer ajudar brasileiros e familiares a deixar Gaza. (Vídeo: Reprodução/Youtube/UOL).


Primeira operação de resgate

Os 32 repatriados esperaram por 31 dias até serem autorizados a deixar Gaza. Para isso, o governo brasileiro negociou com Israel, Egito e Hamas. O grupo, que contava com 22 brasileiros e 10 palestinos, foi dividido em dois: 16 ficaram instalados em Rafah, no Sul de Gaza, e o restante foi alocado em Khan Yunis.

Enquanto esperam autorização para sair do território palestino, os representantes do Brasil garantem, além de um seguro local, recursos aos repatriados, como: alimentos, medicamentos, gás, água potável e atendimento médico e psicológico online.

Dois após a liberação da saída do grupo, no domingo (12), eles atravessaram a fronteira para o Egito e seguiram para o Cairo, onde embarcaram em um voo diretamente para Brasília.

Onde o grupo permanecerá no território brasileiro

O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, afirmou que “alguns brasileiros já têm destino certo porque têm familiares aqui, então serão deslocados para esses locais” , mas quase metade do grupo não tem onde se estabelecer no país. Esta parcela, a partir de iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social, será acolhida em um local no interior de São Paulo.

De acordo com Botelho, o grupo de 22 pessoas ficará num abrigo especializado em receber refugiados. A localização deste centro de acolhimento não foi revelada por motivos de segurança.

Foto destaque: primeira lista de autorizados a sair de Gaza chega a Brasília. (Reprodução/REUTERS/Ueslei Marcelino).

Tempestade solar pode gerar um apagão na internet no próximo ano

Um estudo realizado pela Universidade George Mason, no estado da Vírgínia, nos Estados Unidos, emitiu um alerta para meados do próximo ano, a possibilidade de haver uma tempestade solar que pode gerar possíveis danos à internet e toda a tecnologia mundial que conhecemos. O evento, segundo o cientista responsável pela pesquisa, Peter Becker, poderá causar um apagão, podendo durar alguns dias a meses, afetando o desenvolvimento mundial.

Previsões adiantadas

Segundo Peter a tempestade solar estava prevista para acontecer apenas no ano de 2025, porém as recentes atividades solares mostram que esse evento climático poderá ocorrer um ano antes, em meados de 2024. Essa revisão feita por Becker indica que a maior intensidade será mesmo no ano que vem e que poderá causar um colapso na internet.

Alerta

Peter alerta para que, se realmente acontecer como as previsões têm demonstrado, com a imensa massa solar indo em direção ao nosso planeta, o Sol emitirá um alerta com talvez 18 ou 24 horas de antecedência, até que frações das explosões solares cheguem até a Terra e iniciem a modificar o seu campo magnético.

Tecnologias afetadas

Becker avisa que o evento climático poderá causar danos não somente à internet, mas a uma série de outros equipamentos tecnológicos e de comunicação ligados a eletricidade, à sistemas de GPS e podendo durar de alguns dias a meses, assim podendo colapsar toda a infraestrutura interligada à internet e seus dependentes. 


O evento climático deve ocorrer em meados de 2024 (Foto: reprodução/rawpixel.com/Freepick)


Última tempestade solar

No ano de 1859 uma tempestade solar de magnitude gigantesca atingiu também a Terra e ficou conhecido como “Evento Carrington”, que leva esse nome por causa do astrônomo que registrou o acontecimento. Nesse ano a tecnologia da época foi bastante afetada, principalmente os telégrafos, pois esses eram interligados à eletricidade. Devido a variação do magnetismo da Terra, os cabos aos quais eram interligados acabaram por dar choques em operadores dos telégrafos.

Em 2012 uma tempestade solar de força análoga a que se é prevista para o próximo ano, também aconteceu, porém ela não atingiu nosso planeta por apenas nove dias de distância, o que na astronomia é bem pouco. Se ela atingisse a Terra poderia causar sérios danos aos sistemas globais de internet e suas tecnologias.

 

 

Foto Destaque: Tempestade solar poderá atingir a Terra em 2024, alerta estudo. (Reprodução/Freepik)

Após temporal, moradores de São Paulo passam noite do feriado sem energia

A capital paulista ficou mais um dia sem energia neste mês de novembro. Nesta quarta-feira (15), a temperatura era de 36,7ºC durante o dia, e com a chegada de um forte temporal, os bairros da Zona Norte acabaram passando a noite do feriado sem luz.

A Enel Distribuição São Paulo emitiu uma nota esclarecendo a pausa no fornecimento de energia. Segundo a distribuidora, rajadas de vento de até 55 km/h atingiram a central de concessão da empresa e por esse motivo interromperam a distribuição para alguns clientes. A região Norte, os municípios de Osasco, Cotia e Santo André foram os mais afetados. Logo no início da noite, o corpo de bombeiros já tinha recebido 25 chamados para quedas de árvores e quatro para desabamentos.


Árvores caídas após temporal em São Paulo. (Foto: reprodução/ Abraão Cruz/ G1)


Alertas

De acordo com a Defesa Civil, a população deve ficar em alerta para a chegada de fortes ventos entre sexta-feira (17), e domingo (19). A umidade, o calor e a passagem da frente fria podem influenciar a formação de granizo nas precipitações.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE), pode ocorrer a chegada de ventos de mais de 60 km/h no sábado (18), após a chegada da frente fria. Com a previsão de chuva, a prefeitura alerta para a queda de árvores no domingo (19).

Temporal do início do mês

No dia 3 de novembro, a cidade de São Paulo passou por um forte temporal, com ventos de mais de 100 km/h e uma chuva que acarretou em uma falta de energia em vários bairros da cidade e também nos municípios da Região Metropolitana. Os moradores destas regiões ficaram uma semana sem luz por conta da tempestade.

Alguns deles ainda estão em dificuldades desde o início do mês. Moradores dos bairros da Zona Oeste da capital reclamam da falta de pressão de água para poder lavar roupas. Os habitantes dos bairros Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra, alegam estarem sem água essa semana.

 

Foto destaque: capital paulista sem luz depois de uma forte tempestade (Reprodução/Julio Zerbatto/Fundação Perseu Abramo)

Estudo aponta alto índice de intervenção policial em mortes de pessoas negras

De acordo com uma pesquisa feita pela Rede de Observatórios em oito estados diferentes, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Ceará, revelou que das 3.171 mortes registradas pelos pesquisadores no último ano, 2.770 são negros. Bahia e Rio de Janeiro lideram a lista com mais casos envolvendo pessoas negras.

Bahia e Rio de Janeiro

O estudo registrou 1.121 mortes de pessoas de pele negra na Bahia, apenas em Salvador, foram 394 mortes das 438 analisadas. A maioria das vítimas, 74,21%, tinha idade entre 18 e 29 anos. O aumento da violência policial no Estado também chamou a atenção, o Rio de Janeiro que tinha a maior incidência de casos desse tipo, agora ocupa o segundo lugar no ranking com 1.042 mortos.

Um caso de maio de 2022 na capital carioca foi o do jovem Ruan Nascimento, de 27 anos que foi baleado por policiais quando estava indo cortar o cabelo. A mãe do garoto contou sobre sua deficiência intelectual e a crueldade dos policiai. “A polícia vem aqui e faz o que faz achando que todos nós somos bandidos, traficantes”.

Estado de São Paulo

No Estado de São Paulo, os estudos mostraram uma redução de quase metade das mortes comparadas ao ano de 2021, que foram 867. Em 2022, a Rede de Observatórios apontou 419 casos, sendo destes, 63,90% são pessoas negras. Santos é a segunda cidade com maior número de casos, com 16 vítimas, ficando atrás apenas da capital, com 157 mortes.

Outros Estados

A pesquisa diz que o Maranhão não inclui esses dados desde 2020. No Ceará, os registros feitos foram com base em 30,26% do total e no Pará, em 33,75%. Isso ocorre por conta da subnotificação e pela falta de detalhes sobre raça.

Nos casos que tinham dado no Ceará mostra que 80% das mortes foram de pessoas negras. No Pará, a omissão racial foi de 66,24%, mas nos casos em que são identificados, 93,30% das mortes envolveram pessoas negras por intervenção policial.


Policiais observando duas jovens negras andando pela rua. (Foto: reprodução/Tomaz Silva/EBC/RBA)


O Piauí teve 39 mortes analisadas, 22 foram na capital e mais da metade delas envolviam policias. No total das mortes, 88,24% eram negras.

Em Pernambuco, dos mortos registrados em Recife no ano passado, todos eram negros. A pesquisa mostra que 67% das vítimas no Estado tinham idade entre 12 e 29 anos. 

 

Foto destaque: movimento contra violência de pessoas negras (Reprodução/Nós)

Duas famílias e um homem repatriados de Gaza deixam o abrigo no interior de São Paulo

Nova pessoas – sendo duas famílias e um homem – que foram repatriados da Faixa de Gaza deixaram o abrigo concedido pelo governo federal na noite de quarta-feira (15) após a chegada de 22 brasileiros e palestinos. 

Ualid Rabah, presidente da Fepal, declarou que as acomodações no centro de São Paulo já estariam disponíveis para eles desde suas chegadas no país, que ocorreu na segunda-feira (13/11). Contudo, foi um desejo do grupo se acomodar, primeiramente, no abrigo do interior preparado pelo governo.

Declarou Rabah: “O local preparado pelo governo é mais distante, em área semirrural. Parte deles já morou em São Paulo e preferiu já vir para a capital logo e aproveitar os dias úteis para recomeçar a vida após o que passaram” 


Embarque no VC-2, na Base Aérea de Brasilia, dos repatriados da Faixa de Gaza (Reprodução/Tom Costa/MJSP)


Assistência por tempo indeterminado

O hotel que irá abrigar o grupo a partir de agora foi providenciado pela ONG Refúgio Brasil e pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e fica localizado na região do Cambuci, zona sul de São Paulo. 

A Secretaria Nacional de Justiça declarou: “Todos serão assistidos pelo governo federal pelo tempo que for necessário e não há prazo limite fixado. Nove pessoas de três famílias optaram por deixar o abrigo. Elas receberam convite de estadia de famílias palestinas em São Paulo e decidiram aceitar”. Confirmando que o grupo continuará tendo o suporte necessário independente de onde estejam.

O abrigo

O abrigo que recebeu 22 pessoas na tarde de quarta-feira (15) é especializado em refugiados e tem capacidade para 160 pessoas, atualmente atende 119 afegãos. O espaço conta com salas de aula, áreas de lazer, refeitório e alojamento. 

Um dos principais fatores que contribuíram para a saída do grupo do local teria sido as condições de saúde, uma vez que entre os que decidiram estão famílias com crianças e uma grávida.

Foto Destaque: brasileiros repatriados de Gaza chegam a abrigo no interior de SP (Reprodução/CNN)