Anatel autoriza o uso da faixa do 5G em mais 623 municípios brasileiros

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que, a partir desta segunda-feira (04), mais 623 cidades do país estão autorizadas a receber o 5G. As prestadoras de serviços de telefonia que adquiriram lotes na faixa de 3,5 GHz – frequência do sinal da tecnologia – já podem solicitar à agência o licenciamento e ativação de estações de 5G puro (standalone). A decisão foi tomada na última quarta-feira (29) pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções (GAISPI).

Lugares beneficiados

Segundo dados concedidos pela Anatel, a liberação ocorreu em cidades de 18 estados diferentes: Acre (02), Alagoas (62), Amazonas (06), Bahia (13), Ceará (67), Espírito Santo (16), Goiás (02), Maranhão (41), Minas Gerais (09), Mato Grosso do Sul (02), Mato Grosso (15), Pará (07), Paraíba (06), Pernambuco (03), Rio Grande do Norte (41), Roraima (04), Sergipe (02) e São Paulo (325).

Assim, um total de 3.079 dos 5.570 municípios do país estão aptos a disponibilizar a tecnologia aos moradores. Com isso, por volta de 172 milhões de brasileiros vivem em localidades com permissão para que a quinta geração de internet móvel funcione, o equivalente a 81% da população. 


Sinal 5G promete conexões mais estáveis que o 4G (Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


Além disso, o planejamento estabelecido pela Anatel no Edital do 5G indica o objetivo de que o país chegue em junho de 2024 com 3.678 municípios habilitados para a utilização da tecnologia, o que corresponde a quase 66,1% do total.

A agência ressaltou, entretanto, que a liberação da faixa não garante que as estações de 5G sejam de fato instaladas imediatamente nos locais contemplados. Para isso, é necessário que as cidades utilizem a chamada “Lei Geral das Antenas”, de maneira que as operadoras de telefonia saibam onde os novos equipamentos podem ser instalados e invistam na infraestrutura adequada.

Mudança das antenas parabólicas

As pessoas que recebem as transmissões da TV aberta pela antena parabólica tradicional precisam trocar o aparelho para o digital. Esse procedimento é essencial pois, até o final do ano que vem, o sinal dessas antenas será desativado para evitar interferências com o 5G.

Os cidadãos que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) podem ter acesso à antena digital sem custos caso solicitem o kit gratuito para adaptação do equipamento no site da Siga Antenado, seguindo o passo a passo indicado para realizar o requerimento.

 

Foto destaque: Ícone do 5G no iPhone. Reprodução/James Yarema/Unsplash

Israel bombardeia sul de Gaza e cerca cidade de Khan Younis

Na madrugada desta segunda-feira (04), Israel iniciou uma ofensiva massiva contra o Sul da Faixa de Gaza, onde estão milhares de refugiados que saíram do Norte no início do conflito, e começou uma nova fase da guerra contra o Hamas. Segundo relatos de jornalistas que cobrem a guerra e de representantes oficiais do governo israelense, tanques de guerra e retroescavadeiras adentraram na cidade de Khan Younis e foram relatados fortes bombardeios durante a noite.

Israel deu fim neste fim de semana ao cessar-fogo negociado com o Hamas que durou cerca de uma semana e recomeçou os ataques à Faixa de Gaza e à alvos do grupo armado fundamentalista Islâmico Hamas. Segundo o governo israelense os alvos seguem sendo o alto escalão do grupo e suas infraestruturas no território de Gaza.

Ordem para saída

Antes do bombardeio que aconteceu nesta segunda-feira (04), Israel ordenou para que os refugiados que estavam na cidade de Khan Younis e seus arredores, deixassem seus abrigos fossem para outros locais. A maioria da população que está na região são de pessoas que foram obrigadas a sair do Norte de Gaza e que agora se veem obrigadas a novamente procurar algum outro ponto seguro.

Pior bombardeio da guerra

O porta-voz da UNICEF, órgão da ONU que promove o bem-estar e os direitos das crianças e adolescentes no mundo, James Elder, publicou em sua conta oficial no X, ex-Twitter, afirmando que esse bombardeio é o pior desde o início do conflito e que tem visto muitas crianças sendo mortas e feridas. No fim de seu relato, ele pede consciência aos envolvidos e que salvem todas as crianças e adolescentes.

Elder afirma que no hospital da região, o Centro Médico de Nasser, há um aumento no pânico nunca visto nesse conflito e que crianças chegam a todo momento feridas por queimaduras, estilhaços de bombas e que não é um lugar para crianças se recuperarem.


Porta voz da UNICEF em Gaza pede consciência para aqueles que fazem a guerra (Foto: reprodução/X/@1james_elder)


Incursão na Cisjordânia

Em outra frente da guerra, Israel fez mais uma incursão na noite do último domingo (03) na região da Cisjordânia. A rede árabe Al Jazeera afirmou que 60 palestinos foram presos e que na cidade de Jenin atiradores de elite foram avistados em coberturas de prédios e casas, além de 30 veículos blindados com apoio de um drone, realizaram reconhecimento da área.

Aumento de doenças contagiosas

Segundo a Al Jazeera, houve um aumento de nas doenças como infecções de pele, diarreia e surtos de hepatite A em abrigos da ONU. Ainda segundo o veículo de imprensa, somente um hospital na região está recebendo emergências complexas e realizando cirurgias. Só nesse domingo (03), segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, 316 pessoas morreram e 664 pessoas ficaram gravemente feridas em Gaza.

 

Foto Destaque: Israel começa a expansão do conflito pelo Sul de Gaza após o cessar fogo de uma semana. (Reprodução/X/@RFI_Br)

 

Mercado de trabalho aumenta 15% de trabalhadores com ensino superior

De acordo com os dados levantados pelo Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicíliod Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e analisados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, referem-se aos anos de 2019 a 2022, porém, estes 15,5% de trabalhadores com ensino superior completo não estão atuando em suas áreas de formação, pois as vagas preenchidas por eles não exigem tal nível de escolaridade.

Motivos do aumento

Acredita-se que tal fenômeno se dê por conta do aumento da escolarização no Brasil, devido à facilidade de acesso, principalmente ao ensino privado, pelos programas federais de financiamento. Há também o fato de que o mercado de trabalho parece não acompanhar a oferta de tais, assim como o aumento considerável de vagas nos setores de comércio e de serviços – que não necessitam de uma formação específica. 

Ou seja, o sonho de uma melhor colocação no mercado de trabalho através do ensino, já não é mais uma garantia de sucesso profissional na área em que se deseja.


Maior escolaridade entre os concorrentes (Foto: reprodução/Portal Iede)


Atuação entre classes sociais

E o acesso ao ensino superior não foi capaz de diminuir as desigualdades sociais no país. Segundo os dados levantados, os trabalhadores de níveis de renda mais baixos, mesmo com formação superior, continuam a ocupar posições condizentes com seu nível social, ou seja, não alcançaram cargos que exigem tais formações.

Estes, continuam a ser ocupados pelos mais abastados financeiramente, ou seja, o quadro geral do mercado de trabalho não se alterou com a maior escolarização de um número maior de brasileiros.

Segundo o diretor técnico do DIEESE, Fausto Augusto Junior, o que se constata é que o nível de formação, ou qualidade do ensino, não é o que garante uma boa posição profissional, mas o “QI”. Em putras palavras, sua “rede de contatos” é que definirá o quão bem-sucedido profissional e financeiramente você será.

O que, possivelmente, pode desmotivar as pessoas de classes mais baixas a seguirem para a formação superior, uma vez que não se tem o resultado esperado, depois de tanto esforço.

Segundo o relatório final elaborado pelo DIEESE, a problemática está na “baixa capacidade da economia brasileira” de incorporar estes profissionais com formação superior, o que visa a necessidade de uma reorganização de seus “sistemas e cadeias” de produção.

 

Foto destaque: aumento no mercado de trabalho (Reprodução/Jornal UFG)

Satélite espião da Coreia do Norte inicia operações

Lançado em 21 de novembro de 2023, o satélite espião, de reconhecimento militar, da Coreia do Norte inicia suas operações neste domingo (3), segundo a agência de notícias coreana KCNA.

Objetivo

O objeto norte-coreano foi lançado ao espaço visando coletar informações para a Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte que, segundo os serviços secretos sul-coreanos, tiveram o auxílio da Rússia na ação, tem o intuito de preparar o país para possíveis guerras contra inimigos do Estado e  estar em constante monitoramento de posições militares da Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ), ao sul.


Líder norte-coreano, Kim Jong-Un (Foto: reprodução/KCNA/Reuters)


Após o lançamento do Malligyong-1, quando ainda estava em fase de testes, no dia 28 de novembro passado, a KCNA informou que a Coreia já havia recebido material relacionado a prédios importantes americanos, como fotografias do Pentágono, de uma base da Marinha e até mesmo da Casa Branca. O que irritou os Estados Unidos, levando a condenar a ação e proferir críticas contra o novo “brinquedinho” de Kim Jong-un, assim como seus aliados, que consideraram uma “violação descarada” das sanções estabelecidas pela ONU, e também agravou a tensão já conhecida entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

Consequências

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias Yonhap, um dia após o lançamento do Malligyong-1, Coreia do Sul suspendeu parte do acordo militar assinado em 19 de setembro de 2018 entre Jong-un e o então presidente Moon Jae-in, que ajudavam a reduzir as tensões entre os dois países e, imediatamente, redobrou a vigilância na fronteira com a Coreia do Norte, assim como fez Kim Jong-un, que decidiu suspendê-lo por completo e ainda afirmou que “nunca mais voltaria a estar vinculado”.

Desde então, a possibilidade de os exercícios de artilharia próximo à fronteira marítima ao largo da costa oeste da península coreana devem ser retomados, assim como as manobras de inverno deverão ser ainda maiores que anteriormente.

E, desta forma, em plena situação de guerra entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas, o mundo aguarda pela possibilidade de que um novo conflito se inicie entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, o receio deste, é o de uma guerra que envolva também armamento nuclear.

 

Foto Destaque: lançamento do  Malligyong-1 (Reprodução/Korean Central News Agency/Korea News Service)

Votação dos venezuelanos para anexar 70% do território da Guiana ocorre hoje

Neste domingo (03), os venezuelanos participam de um referendo, no qual responderão se desejam que a região de Essequibo seja anexada ao país. Atualmente esse território pertence à Guiana. 

A votação teve início às 6h no horário local e seguirá até as 18h. Enquanto isso, o Ministério da Defesa do Brasil aumentou a concentração militar na fronteira, e afirmou que acompanha as discussões. 

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que o “bom senso prevaleça”, e que essa região não precisa de conflito. Já o presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse que planeja estabelecer bases militares com suporte estrangeiro. 


Cidadão venezuelano participando do referendo consultivo com relação ao território de Essequibo. (Foto: reprodução/g1)


Origens da disputa

Essequibo, o território em disputa, vem sendo alvo de conflito entre a Venezuela e a Guiana há mais de um século. A Guiana, porém, o controla desde o final do século 19, representando 70% do país e contando com 125 mil habitantes.

Ambos os países afirmam serem proprietários legítimos desse território, com base em documentos internacionais distintos. A Guiana usa como base um laudo feito em Paris em 1899, no qual foram estabelecidas as fronteiras.

Já a Venezuela tenta legitimizar sua causa a partir de um acordo firmado em 1966, antes da independência da Guiana (antiga colônia do Reino Unido), no qual o laudo mencionado fora anulado e um novo acordo foi feito com o próprio Reino Unido. 

Importância da região

Apesar da região de Essequibo ser composta por matas densas, em 2015 foi revelada a presença de petróleo no território. Estima-se que lá hajam reservas de aproximadamente 11 bilhões de barris de petróleo, apesar de a maior parte estar localizada no mar. Essa descoberta incentivou ainda mais o desejo da Venezuela pela posse da região. 

Foto Destaque: venezuelanos em fila organizada pelas Forças Armadas, para participarem da votação. (Reprodução/g1)

Hamas mantém posição firme nas negociações de reféns com Israel

No último sábado (2), Saleh Al-Arouri, vice-chefe do gabinete político do Hamas, reafirmou a posição do grupo radical islâmico, declarando que não participará de negociações para a libertação de reféns com Israel até que um cessar-fogo seja estabelecido em Gaza. A recusa do Hamas ocorre em meio às crescentes tensões na região, onde Israel insiste na libertação de 17 mulheres e crianças mantidas pelo grupo, alegando que o Hamas as considera soldados.

Recusa de negociações

Al-Arouri, em entrevista à Al Jazeera, enfatizou que “não há negociações agora” e que qualquer troca de prisioneiros está condicionada ao fim da “agressão terrorista sionista“. Ele esclareceu que reféns do sexo masculino, todos com histórico militar, agora estão sujeitos a padrões diferentes por parte do Hamas, acrescentando que “não haverá negociações a respeito deles até ao final da agressão“.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, por sua vez, destacou a recusa do Hamas em liberar 17 mulheres e crianças, sublinhando a dificuldade nas negociações. O impasse nas conversas entre Israel e o Hamas, que fracassaram no sábado, amplia a complexidade do cenário, uma vez que ambas as partes mantêm posições divergentes sobre a libertação dos reféns.

Reféns mantidos pelo Hamas

Autoridades dos EUA e de Israel acreditam que o Hamas se recusa a liberar mulheres na faixa dos 20 e 30 anos, retiradas durante o festival de música Nova, argumentando que são consideradas soldados, uma alegação negada por Israel.


Tanques israelenses atuam em Gaza em ofensiva contra o Hamas (Foto: Reprodução/CNN)


Este cenário de estagnação nas negociações aprofunda as tensões na região, enquanto líderes buscam soluções para encerrar o conflito em Gaza. O impasse destaca a complexidade das negociações e a dificuldade em alcançar um consenso que promova a estabilidade e o cessar das hostilidades. O foco internacional permanece na busca de uma resolução que leve à pacificação da região, embora as esperanças de um acordo futuro permaneçam incertas diante das atuais divergências entre as partes envolvidas.

 

Foto Destaque: Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse no sábado (2) que o grupo radical islâmico se recusa a libertar 17 mulheres e crianças (Foto: Reprodução/CNN)

Kamala Harris reforça compromisso dos EUA: Nenhuma realocação forçada em gaza e apoio a objetivos de Israel

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, declarou durante uma reunião com o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi, no último sábado (2), que os EUA não permitirão a realocação forçada de palestinos ou qualquer redesenho das atuais fronteiras da Faixa de Gaza. O posicionamento foi enfatizado pela vice-presidente, que está participando da COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e tem desempenhado um papel destacado nos esforços diplomáticos dos EUA na região.

Diplomacia em Dubai

Harris expressou apoio aos “objetivos militares legítimos” de Israel em Gaza, mas também destacou a preocupação com o elevado sofrimento civil no enclave palestino. Durante uma conferência de imprensa em Dubai, ela ressaltou a escala devastadora do sofrimento e lamentou as perdas de vidas inocentes entre os palestinos.

A campanha militar de Israel em Gaza, visando destruir o grupo militante islâmico Hamas, foi mencionada como resposta aos ataques terroristas de 7 de outubro, que resultaram em mais de 1.200 mortes de israelenses e 240 reféns. No entanto, líderes regionais, incluindo o rei Abdullah II da Jordânia, expressaram preocupações de que Israel pudesse aproveitar o conflito para tomar partes de Gaza ou expulsar residentes palestinos.

O papel futuro de Israel após o conflito permanece incerto, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sugerindo um “envelope militar avassalador e abrangente” em Gaza pós-guerra, sem detalhar especificamente o significado dessa abordagem.


Vice-presidente se reuniu com o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi no sábado (2) e afirmou que não serão aceitos o cerco ou o redesenho das fronteiras da faixa (Foto: Reprodução/CNN)


Incógnita pós-conflito

Durante a reunião com Al-Sisi, Harris discutiu ideias para o planejamento pós-conflito em Gaza, abordando questões como reconstrução, segurança e governança. Ela enfatizou a necessidade de um horizonte político claro para os palestinos em direção a um Estado próprio, liderado por uma Autoridade Palestina revitalizada, contando com amplo apoio da comunidade internacional e dos países da região.

Negociações Estagnadas

Além disso, Harris realizou conversas com o emir do Catar após aparentes falhas nas negociações entre Israel e o Hamas sobre a retomada de uma pausa nas hostilidades. O comunicado oficial destaca os esforços contínuos dos EUA para mediar a situação, incluindo numerosas ligações entre o presidente Joe Biden, o primeiro-ministro israelense e líderes regionais. No entanto, as negociações pareceram atingir um impasse, com a equipe de negociadores israelense sendo chamada de volta, anunciando um “beco sem saída” nas negociações no sábado.

Foto Destaque: Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos da América, fala durante o segundo dia do segmento de alto nível da COP28, em 2 de dezembro de 2023 (Foto: Reprodução/CNN)

Em descoberta rara, dente de megalodonte é encontrado em praia da Flórida

A aposentada Beth Orticelli fez uma descoberta impressionante durante um passeio na praia de Venice, na Flórida. Ela encontrou um dente de megalodonte, um tubarão pré-histórico que dominou os oceanos entre 2,6 e 20 milhões de anos atrás. O dente, do tamanho da palma da mão de Beth, é considerado uma raridade, já que a maioria dos fósseis de dentes de tubarão são encontrados no fundo do mar, não em praias.

Entendo o caso

A professora comenta que estava caminhando com seu marido por Manasota Key, quando encontraram o dente que estava parcialmente escondido na areia, nesse momento ela comentou ao Jornal Newsweek que estavam gritando como se estivessem ganhado na loteria. Quando removeram da areia, se surpreenderam com o estado que se encontrava o objeto.


Peça exposta no Museu de História Natural de Nova Iorque mostra a dentição de um megalodon (Foto: reprodução/Museu de História Natural de Nova Iorque/ O Globo)


O Museu da Flórida explica ao Newsweek, que fósseis de dentes de tubarão podem ser encontrados em todo o estado pois a Flórida já esteve submersa por milhões de anos. O museu ainda complementou que fósseis podem ser encontrados em praias e córregos da região. No entanto, a descoberta de Beth é considerada uma “/anomalia”/. As teorias sugeridas nas redes sociais incluem a possibilidade de um mergulhador ter encontrado o fóssil e o perdido antes de chegar à terra, ou que o dente tenha sido desenterrado de um sítio arqueológico próximo e levado até a praia por tempestades e furacões.

Conheça o megalodonte

Podendo chegar a 18 metros de comprimento, o tubarão pré-histórico conhecido como megalodonte era um predador imponente que se alimentava de baleias, tartarugas gigantes e focas. Acredita-se que a espécie tenha entrado em extinção devido à competição com novos predadores, como a cachalote e parentes das orcas.

Foto Destaque: o dente encontrado por Beth é estimado por profissionais com idade em 2 a 24 milhões de anos (Reprodução/Metrópole)

Alerta máximo em Maceió: mina pode colapsar a qualquer momento

Na madrugada de sábado (2), foi registrado um temor de terra de magnitude de 0,89 em Maceió. Somente neste mês de novembro, cinco abalos sísmicos foram registrados na região. Como informou à CNN o coronel Moisés Melo, coordenador da Defesa Civil de Alagoas, a mina 18 subiu em direção a superfície e pode colapsar a qualquer momento.  Até o início da tarde de sexta-feira (1), o solo afundava a uma velocidade de aproximadamente 2 centímetros por hora.


Região da mina 18 da Braskem corre risco de colapso iminente (Reprodução:CNN Brasil)


Ao todo, são 35 minas operadas pela Braskem. A mina 18, localizada no Bairro Mutange, fica a cerca de cinco quilômetros do centro da cidade e às margens da Lagoa Mandaú – uma das lagoas responsáveis pelo nome do estado, Alagoas.

De acordo com Melo, o esperado é que a cratera seja imediatamente preenchida pela água da Lagoa Mandaú. “Acreditamos que vai surgir uma cratera. […] Não vai ser uma cratera no meio da cidade, não vai gerar terremoto, tsunami, nada disso. Essa cratera será na sua maioria submersa, preenchida de imediato pela água da lagoa.”, explica o coronel.

A ruptura da mina também poderá afetar serviços como abastecimento de água e fornecimento de energia e gás.

Cidade decreta estado de emergência

Na sexta-feira (1), o governo federal reconheceu estado de emergência em Maceió. Em publicação feita no aplicativo X (antigo Twitter), o vice-presidente Geraldo Alckmin escreveu: “O governo federal está de prontidão para adotar medidas emergenciais assistindo as famílias e cooperando com a @PrefMaceio e o @GovernoAlagoas para reconstruir os bairros atingidos”.


Vídeo mostra bairros afetados (Reprodução: X/@UOLNoticias)


A prefeitura da cidade está atuando com ações emergenciais, abrigando moradores das áreas de risco em escolas municipais e fornecendo kits de higiene, cesta básica e água.

Em entrevista cedida à CNN Brasil, ministro de Turismo Renan Filho, afirmou que o mais importante no momento é que não haja perda de vidas humanas. “No momento, estamos trabalhando para que não haja perda de vidas humanas. Um desastre ambiental dessa magnitude precisa ser sanado completamente”, declarou Renan.

O ministro defende a implementação de uma CPI para que a atuação da Braskem seja investigada. A extração agressiva deixou mais de 14 mil imóveis desocupados, e mais de 55 mil pessoas afetadas pela situação.

 Atuação da Braskem

Atuando na região desde 1970, o desastre ambiental é consequência da excessiva extração de sal-gema (matéria-prima para a fabricação de soda cáustica e PVC) operada pela empresa Braskem. Segundo informou a gestão municipal, “até 2019, a empresa fazia extração de maneira inadequada”.


População protesta contra atuação da Braskem (Reprodução: Instagram/@midianinja)


O risco de afundamento, no entanto, foi alertado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) há mais de uma década. A primeira rachadura na superfície foi observada em 2018, quando a Defesa Civil do município evacuou a população do entorno.

Em nota, a empresa informou que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.

Foto destaque: áreas interditadas deixam aspecto de “cidade fantasma” (Reprodução: Instagram/ @midianinja)

Governo brasileiro demonstra preocupação com disputa territorial envolvendo Guiana e Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se posicionou com relação à questão mal resolvida envolvendo Guiana e a Venezuela, e que a América do Sul não precisa de confusão. Já indicado ao prêmio Nobel da Paz, o presidente brasileiro segue defendendo a oposição à guerra, afirmando que mais vale uma conversa do que um confronto, e que prevaleça o bom senso de ambos os lados. O presidente brasileiro acrescentou que é preciso pensar nos povos e não numa guerra. “Se tem uma coisa que estamos precisando para crescer e para melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo, e não ficar pensando em briga, não ficar inventando história”, afirma.

Venezuelanos votam

Neste domingo (03), os eleitores da Venezuela devem votar em um referendo que propõe a posse da região de Essequibo, atualmente pertencente à Guiana.

O referendo em questão, conta com cinco perguntas, incluindo a rejeição da fronteira atual; o Acordo de Genebra de 1966; Posição da Venezuela de não reconhecer a jurisdição do Corte Internacional de Justiça; Sobre a discordância com relação à Guiana usar uma região marítima na qual não há a existência de limites estabelecidos e a criação do estado Guiana Essequiba, com um plano de atenção à população territorial, incluindo a consessão de cidadania venezuelana.


Venezuelanos na disputa por território predominantemente pertencente à Guiana (Foto: reprodução/Estadão)


Irfaan Ali, o presidente da Guiana pretende estabelecer bases militares sob apoio estrangeiro e o general Vladimir Padrino, ministro da Defesa venezuelano critica ao presidente guiano, “Com esses estilos e formas de “/valentão de bairro”/, não vamos resolver essa questão. Essa disputa não é assim, não é convocando o Comando Sul (exército dos EUA) para estabelecer uma base de operações nesse território, com essa arrogância (que se resolve)”.

Questões geopolíticas e a raiz da tensão

O professor e pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), Ronaldo Carmona, pontua que o problema deveria se resolver pelos sul-americanas e o conflito é justificado com questões externas. Segundo o pesquisador, a Guiana se sente ameaçada, razão pela qual pretende instalar bases militares estrangeiras.

Essequibo é uma área maior de maior extensão equiparada à Grécia, e a disputa territorial existe há mais de um século. A região atualmente representa 70% do território da Guiana, abrangendo 125 mil habitantes.

Quanto à parte que engloba a Venezuela, a área é chamada de Guiana Essequiba. Trata-se de uma região de mata densa, e em 2015 foi localizado petróleo no local. Devido à existência de petróleo, a Guiana é o país que mais cresceu nos últimos anos. Documentos internacionais apontam que ambos os países possuem direito sobre o território.

Preocupação do governo brasileiro

De acordo com Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, está sendo acompanhado e conversado com a Guiana, e sobre a ida do embaixador Celso Amorim a Caracas para reunião com o governo, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma avaliação brasileira de que a ação da venezuela com relação à anexação de Essequibo, teria ultrapassado limites, afirmou Reuters, fonte que acompanha os diálogos.

O governo brasileiro não solicitou o cancelamento do referendo venezuelano, mas pediu a Nicolás Maduro, que amenizasse o tom da campanha, dando vez a uma resolução mais pacífica. Na próxima sexta, Lula também terá uma reunião com Irfaam Ali, presidente da Guiana.

Em uma reunião da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que ocorreu na semana passada, em Brasília, os representantes dos países envolvidos discutiram em tom de provocações, sendo necessário a intervenção de outros países, “Semana passada os dois países sentaram… e devo dizer ali teve uma energia, uma linguagem um pouco mais elevada por parte da Venezuela, mas eles têm sentado sem qualquer problema na OTCA cooperando na questão da Amazônia sem qualquer problema”, afirmou Gisela.

O esperado pelo governo brasileiro é que a anexação vença o referendo, pelo fato de ser um dos poucos assuntos que une governo e oposição venezuelana, porém, é imprevisível a pretensão do presidente da Venezuela mediante resultado.

Foto destaque: presidente Luiz Inácio Lula da Silva (reprodução/Metrópoles)