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A Rússia lançou um ataque com mísseis balísticos de cruzeiro nesta segunda-feira (11) em direção à capital da Ucrânia, Kiev, com o objetivo de atingir estruturas energéticas do país, assim como foram feitos nos anos anteriores de conflito quando chega o inverno. Na ofensiva de hoje, segundo o governo ucraniano, quatro pessoas ficaram feridas com destroços dos projéteis, após o sistema de defesa ter interceptado oito mísseis.
Primeiro grande ataque do inverno
Segundo a agência de notícias Reuters, foram escutados antes das sirenes de alerta tocarem, explosões em regiões de Kiev, mas o sistema de defesa conseguiu interceptar e abater oito desses projéteis.
Assim como no ano passado, quando o conflito teve, início em fevereiro de 2022, a Rússia realiza ataques contra as estruturas energéticas da Ucrânia no inverno, a fim de que a população sofra com a falta de energia para uso de aquecedores, pois nessa época há um aumento no uso de energia.
Pessoas feridas
Segundo a administração militar de Kiev, quatro pessoas teriam ficado feridas por estilhaços e tiveram atendimento médico imediato no distrito de Darnitskyi, que fica no sudeste da capital ucraniana. Ainda segundo o governo local, em outra região, mais a sudoeste, em Holosiivskyi, um incêndio foi controlado pelos bombeiros, após um desses destroços de mísseis atingirem um telhado de um prédio onde civis estavam, sem deixar feridos neste local.
Defesa aérea da capital ucraniana interceptou oito mísseis lançados pela Rússia (Foto: reproduçãop/X/@TRTWorldNow)
Aumento dos ataques noturnos
Nas últimas semanas a Rússia tem deferido uma série de ataques com mísseis balísticos de cruzeiro, que são mais velozes e difíceis de abater, e com drones, em diversas áreas da Ucrânia. Essas ofensivas têm acontecido principalmente no período da noite, tornando mais perigoso para a população ucraniana.
Reforço na defesa
Kiev afirma que com ajuda do ocidente, através de armas, inteligência e baterias antiaéreas, a capital tem mais condições de se defender dos eminentes ataques russos, porém autoridades militares afirmam que é preciso mais auxílios para proteger outras áreas vulneráveis do país.
Existe uma expectativa por parte do governo da Ucrânia de que a Rússia aumente nas próximas semanas ataques à estruturas energéticas do país, podendo deixar milhares de pessoas sofrendo com o frio do inverno que se aproxima no Hemisfério Norte. O país costuma sofrer com temperaturas negativas nessa estação do ano.
A Rússia não comenta sobre ataques deferidos contra a Ucrânia e muito menos confirma que pretende disparar uma ofensiva mais forte como foi feito no ano passado durante o mesmo período. Os russos apostam na maior capacidade de envio de tropas e armas para aumentar os danos nessa etapa do conflito.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky irá se reunir nessa semana com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden com a finalidade de negociar mais uma ajuda econômica dos estadunidenses. O governo de Kiev alega que após o conflito de Israel com o Hamas, o Ocidente não se preocupa mais com o conflito no leste europeu e teme-se que não haja mais auxílio à Ucrânia.
Foto Destaque: o ataque com mísseis vindo da Rússia foi interceptado pela defesa ucraniana, mas deixou quatro pessoas feridas. (Reprodução/Valentyn Ogirenko/X/@REUTERS)
Neste sábado, um dia depois do voto de veto dos Estados Unidos quanto à uma resolução de cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza. De acordo com as autoridades locais, os bombardeios israelenses deixaram pelo menos seis mortos em Khan Younis e Rafah.
Em resposta às ofensivas israelenses, o Hamas reivindicou a autoria de ataques ao sul de Israel com foguetes. Além disso, o grupo declarou que Sahar Baruch, um de seus reféns, foi morto durante uma tentativa israelense de libertá-lo. Já o Fórum Israelense para Reféns e Familiares Desaparecidos respondeu que o refém foi assassinado pelo grupo.
Veto dos Estados Unidos na ONU
Na última sexta-feira, os Estados Unidos realizaram o veto de uma resolução que buscava um cessar-fogo imediato, proposta na ONU. O veto foi aprovado por representantes israelenses, que defendem a continuidade da guerra.
“Aprecio muito a postura correta adotada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas […] Por isso, Israel vai continuar sua guerra justa para eliminar o Hamas e conquistar o restante dos objetivos da guerra”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu em um pronunciamento.
Resposta do Hamas
Escombros deixados por ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza em 15 de novembro. (Foto: reprodução/O Globo)
Enquanto isso, o Hamas condenou a posição estadunidense, considerando-a “imoral e desumana”. Segundo o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, os EUA são responsáveis “pelo derramamento de sangue de crianças, mulheres e idosos palestinos na Faixa de Gaza pelas mãos das forças de ocupação israelenses”.
De acordo com o Ministério de Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, o número de vítimas da guerra no enclave palestino alcançou as marcas de 17.700 mortos e 48.780 feridos.
Foto Destaque: bombardeio israelense contra a cidade de Khan Younis, em Gaza. (Reprodução/O Globo)
Na última sexta feira (7), o Departamento de Justiça de Porto Rico deu uma atualização sobre a acusação de agressão sexual contra o cantor Ricky Martin em 2022. A investigação foi conduzida pela Promotoria e a Polícia de San Juan, capital de Porto Rico, devido uma acusação de agressão sexual que Dennis Yadiel Sánchez Martin, sobrinho de Rick Martin, contra o próprio cantor.
Acusação de agressão sexual contra Rick Martin é arquivada (Foto: reprodução/LOIC VENANCE/AFP/O Globo)
Provas não condizem com agressão sexual
Em comunicado, a assessoria de imprensa da Promotoria informa que “a formulação de acusações contra Enrique Martin Morales, conhecido publicamente como Ricky Martin, não é apropriada em decorrência de uma denúncia de agressão sexual apresentada contra ele em setembro de 2022”, a promotoria ainda divulga que as provas coletadas pelo Ministério Público e pela Polícia de San Juan não faz referências a acusaão de agressao sexual, sendo assim não sendo utilizadas para andamento do processo. “Diante disso, a Promotoria de San Juan está impedida de iniciar um processo penal na Justiça”, complementa o comunicado
O advogado de defesa do cantor, José Andreu Fuentes, explicou à CNN que a falta de credibilidade das alegações que, segundo o ele, não se fundamentam em fatos concretos foram base para a decisão do Departamento de Justiça.
Helga García, relações-públicas do cantor, afirmou que nos próximos dias o cantor porto-riquenho publicará declarações sobre o caso e a decisão do Departamento de Justiça. A CNN tentou obter uma resposta dos advogados de Sánchez Martin, mas até o momento de fechamento dessa matéria, não houve retorno.
Entenda a origem da acusação
Martin esteve sob os holofotes da mídia devido a uma ordem de proteção temporária relacionada a uma suposta violência doméstica. A acusação foi feita por seu sobrinho de 21 anos em julho de 2022, acusação que o cantor sempre negou. Durante uma sessão judicial que ocorreu em 21 de julho do mesmo ano, o juiz optou por não prorrogar a ordem de proteção temporária em favor de Martin. Isso ocorreu porque o sobrinho do cantor pediu que o caso fosse encerrado.
Depois da audiência, foi anunciado pela Polícia de Porto Rico que a ordem de proteção contra Martin seria descartada, já que não existiam questões criminais pendentes. A confirmação veio através do porta-voz da polícia, Axel Valencia.
No mês de setembro de 2022, Martin iniciou um processo legal no Tribunal de Primeira Instância de San Juan, a acusação se dá contra o sobrinho devido às alegações sofridas pelo cantor como: extorsão, processo mal-intencionado, abuso de direitos e danos.Martin está em busca de uma indenização financeira de no mínimo 30 milhões de dólares, já que todas as alegações de Sánchez resultaram no cancelamento de contratos rentáveis e projetos artísticos presentes e futuros. Segundo Andreu Fuentes, advogado de Martin, o caso está atualmente em fase de descoberta.
Foto destaque: promotoria de San Juan arquiva acusação por falta de provas não apropriadas (Reprodução/John Phillips/Getty Images/Dona Carmelita/Twitter/Montagem Sportskeeda)
O setor de turismo no Brasil está em alta, com previsões de que o faturamento na temporada de novembro a fevereiro será o maior dos últimos 12 anos. A cidade de Fortaleza é um exemplo de como o turismo tem prosperado, com a presença constante de visitantes durante todo o ano.
Ivana Bezerra é vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará e observa um aumento significativo no número de turistas este ano. Ela relatou ao G1 que “é uma coisa que sentimos que intensificou realmente esse ano em grande quantidade…A gente vê hoje as pessoas vindo com a esposa, com filhos, muitas vezes até com a sogra, ou seja, é uma oportunidade de a família toda viajar.”
As cidades históricas de Minas Gerais, como Ouro Preto, também estão atraindo um grande número de visitantes. Patric de Sá, gerente de um hotel local, revelou ao Jornal Nacional que a ocupação do hotel já está quase completa para o Natal, Ano Novo e Carnaval.
A fisioterapeuta Meliza de Oliveira, que está visitando Ouro Preto, compartilhou suas impressões ao G1: “a cidade é linda, tem umas histórias muito profundas e eu estou amando conhecer.”
Expectativas altas do setor de turismo para o período de novembro a fevereiro (Foto: reprodução/TV Globo/G1)
Expectativa de faturamento
A alta temporada, que vai de novembro a fevereiro, promete impulsionar ainda mais o setor de turismo. Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), durante o período citado se espera um faturamento de R$ 155,87 bilhões, sendo considerado assim um aumento de 5,6% comparado ao período semelhante ao do ano passado. Este é o melhor resultado desde 2011.
Com o aumento do fluxo de turistas, outros setores da economia também estão se mobilizando para ampliar a oferta de produtos e serviços. A pesquisa da CNC indica uma estimativa de 85 mil pessoas devem conseguir uma oportunidade profissional durante as festas de final de ano.
Danilo Santiago, que conseguiu uma vaga de garçom, expressa sua satisfação: “final do ano tem bastante conta pra pagar, tem festas e tudo mais. E já começar o ano com o pé direito, né?.”
Previsões de especialista
O economista Fabio Bentes, da CNC, atribui a retomada do turismo à queda na inflação, ao aumento do emprego e à redução da taxa de juros: “ela começou a cair muito recentemente, agora em agosto, mas o que a gente já observa é um declínio já há quatro, cinco meses dos juros na ponta ao consumidor. Isso facilita também a venda de serviços turísticos. Boa parte desses serviços são vendidos de forma parcelada”, explica o exonomista.
Helen Rodrigues, engenheira civil, resume bem o sentimento de muitos brasileiros, ela relatou ao Jornal Nacional o quanto o país é lindo e que possui muitos lugares para explorar e visitar.
Foto Destaque: queda na inflação pode ser aliado do setor de turismo, impulsionando comércios locais e cidades turísticas (Reprodução/Nilton Alves/Diário do Nordeste)
Durante a noite do último sábado (9), um tornado fora de época deixou seis pessoas mortas, incluindo um bebê, e dezenas de feridos no estado de Tennesse, localizado ao norte dos Estados Unidos. Além das vítimas, imóveis e veículos foram danificados devido à passagem do tornado.
Região atingida
Entre as cidades onde foi registrado a passagem do tornado, constam Clarksville, Montgomery e Hendersonville.
Montgomery conta com um abrigo, instalado em uma escola e os residentes locais tiveram a recomendação de que estejam permanecendo em casa para que se mantenham protegidos.
Tornado atinge o estado do Tennessee no último sábado (Foto: reprodução/Metrópoles)
Joe Pitts, prefeito de Clarksville manifesta solidariedade aos habitantes, por meio de um comunicado, “Esta é uma notícia devastadora e nossos corações estão partidos pelas famílias daqueles que perderam entes queridos”, lamenta.
Bill Lee, governador do estado de Tennesse, também afirma estar intercedendo pelas vítimas e familiares atingidos pelo tornado, “Maria e eu estamos rezando por todos os tenessienses que foram impactados pelo tornado que passou pelo estado nesta noite”, escreveu. “Nós lamentamos as vidas perdidas, e pedimos para que todos continuem seguindo as orientações dos oficiais locais e estaduais, enquanto continuamos a monitorar e contabilizar o dano”, manifestou.
Para além da nota, o governador faz apelo à comunidade que continue seguindo às orientações para maior segurança.
Fenômeno ocorrido em período inusitado
O tornado ocorreu em estação atipica. O mais comum é que a formação de tornados aconteçam ao final da primavera (entre os meses de maio e junho) no Hemisfério Norte, e a condição para que ocorra sua formação, é de um solo que esteja mais aquecido em relação ao de costume, porém, vale lembrar que nos últimos dois anos, a região foi atingida por diversos tornados neste mesmo período, o que provocou 81 mortes em Kentucky.
Foto destaque: Tornado atingiu o Tennessee em época atípica (reprodução/G1)
No domingo (3), Javier Milei, o presidente eleito da Argentina, assume o cargo para um mandato de quatro anos, levantando a questão crucial: qual faceta de Milei guiará seu governo? Será o “utópico” influencer ultraliberal e libertário, reconhecido por seu discurso antipolítica, ou uma abordagem mais pragmática que envolverá concessões e negociações com representantes de diferentes correntes ideológicas para obter aprovação de reformas no Congresso?
As indicações são contraditórias: durante a campanha, Milei se retratava como um político de direita não convencional que criticava fervorosamente a “casta” política. No entanto, após sua eleição, Milei se aproximou de figuras do establishment, formando uma equipe que inclui tanto ex-membros do governo de Maurício Macri, de tendência de direita, quanto do governo de Alberto Fernández, de orientação esquerdista.
Opinião dos especialistas
Federico Zapata, diretor da consultoria argentina Escenarios, observa que não têm certeza sobre como o governo de Milei se desdobrará, destacando uma transição significativa em estilo e agenda durante o período do segundo turno.
Segundo o analista, Milei surpreendeu ao formar um governo mais diversificado do que inicialmente se pensava. Além de membros do partido de Macri, o Proposta Republicana, inclui alguns peronistas não-kirchneristas, como é o caso de Daniel Scioli, o embaixador da Argentina em Brasília, que permanecerá no cargo.
Zapata enfatiza que os eleitores de Milei não devem abandoná-lo devido a essas nomeações, mesmo que o novo presidente opte por não cumprir algumas das promessas de campanha, como a dolarização da economia argentina e o fechamento do Banco Central.
O consultor afirma que os eleitores não se sentirão traídos, pois possuem uma relação afetiva sólida com Milei. Ele acredita que Milei tem a habilidade de fidelizar seus apoiadores e realizar mudanças de direção, se necessário.
Javier x Jair
Jair Messias Bolsonaro agraciando multidão à sua espera. (Foto: reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro)
Sergio Morresi, autor de “A nova direita argentina e a democracia sem política” e professor na Universidad Nacional de General Sarmiento, argumenta que, apesar de manter suas raízes radicais, Milei tem adotado uma postura mais moderada em comparação com seu discurso de campanha.
Morresi observa uma aproximação entre a direita tradicional e a direita antissistema na Argentina, mas destaca que a tendência do movimento é rumo ao extremo, não em direção ao centro.
Quanto ao governo do presidente Jair Bolsonaro no Brasil, ele percebe distinções significativas. No Brasil, havia a expectativa de que o presidente moderasse sua abordagem ao longo do mandato, mas isso não aconteceu. Além disso, Bolsonaro contava com um apoio sólido nas Forças Armadas e conquistou uma parcela do empresariado. Por outro lado, na Argentina, as Forças Armadas não possuem a mesma influência e poder que no Brasil, e Milei não conseguiu atrair a mesma quantidade de empresários que Bolsonaro.
Negociação com o legislativo
O partido de Milei não detém maioria nem na Câmara dos Deputados nem no Senado, necessitando, portanto, do apoio de outras legendas. Essa dinâmica assemelha-se à do Brasil, mas a estrutura política argentina apresenta notáveis diferenças em relação à nossa.
Uma distinção crucial é que, na Argentina, as eleições legislativas seguem o sistema de lista fechada, onde os líderes partidários têm controle sobre a composição da lista, decidindo quem ocupará as posições mais altas e mais baixas. Na prática, os líderes partidários nas províncias argentinas possuem uma influência significativa nas negociações com o Executivo nacional.
Morresi comenta que o presidente é compelido a negociar com governadores, e é precisamente isso que Milei está realizando. Ele destaca a necessidade de negociação com as lideranças do peronismo não kirchnerista e da direita tradicional, ressaltando também a importância de negociar com os governadores.
De acordo com o pesquisador, a estratégia de Milei envolve inicialmente recusar recursos federais para obras nas províncias, para então negociar essa questão em troca de apoio parlamentar. Em outras palavras, ele declara que não será destinado financiamento federal para projetos locais como uma maneira de iniciar as negociações.
O professor menciona a crença de alguns apoiadores de Milei de que a vitória no segundo turno foi tão impactante que os legisladores hesitarão em se opor às políticas do novo presidente, alinhando-se por essa razão. Morresi, no entanto, considera essa possibilidade pouco provável.
O partido de Milei, Liberdade Avança (LLA), possui 40 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e 7 dos 72 assentos do Senado. O peronismo, por sua vez, detém 105 deputados e 33 senadores. Entre os possíveis aliados de Milei na Câmara estão o partido do ex-presidente Mauricio Macri, com 40 cadeiras, e, talvez, a União Cívica Radical, com 35.
Propostas lembradas
De acordo com analistas políticos, algumas mudanças econômicas na Argentina, como a reforma da moeda, seriam implementadas independentemente de quem assumisse a presidência.
Zapata sugere que a sociedade está disposta a conceder um período para que o presidente efetue reformas. A incerteza reside na obtenção de uma maioria legislativa por parte dele e na eficácia dessas reformas para consolidar seu poder político.
Antes de ingressar na política, quando atuava como influencer ultraliberal, Milei defendia a dolarização e o fechamento do Banco Central. Morresi contextualiza essa perspectiva.
No que diz respeito à dolarização, o posicionamento tradicional de Milei em relação ao dólar não implica necessariamente na imposição de uma conversão fixa entre o peso e o dólar, nem na adoção do dólar como moeda corrente, como ocorre no Equador, por exemplo. A proposta é desbloquear transações envolvendo o dólar, pois atualmente existem diversas proibições legais na Argentina, conhecidas como “cepo”, que restringem o uso do dólar como referência de valor. Contratos em dólar, por exemplo, são proibidos.
A visão de Milei é remover essas restrições, permitindo que as pessoas pensem e fixem preços em dólares. Na prática, a expectativa é que a economia se encaminhe para uma maior aceitação e utilização do dólar.
De acordo com o pesquisador Sergio Morresi, Milei verdadeiramente sustenta a ideia de fechar o Banco Central, como expresso em seus livros e artigos mais antigos. No entanto, há uma nuance importante nessa proposta. A intenção, acima de tudo, é eliminar as funções de regulamentação do mercado financeiro atribuídas aos Bancos Centrais. Em linhas gerais, a visão de Milei é promover um cenário financeiro mais livre, com a circulação de diversas moedas e menos intervenção no sistema financeiro.
O pesquisador comenta que, quando Milei abordava essa questão em um contexto mais utópico, tratava-se de um ideal. Entretanto, desde que ingressou na política, ele continua abordando o assunto, mas sua posição parece oscilar entre diferentes direções.
Foto Destaque: até então candidato, saiu do veículo que o trazia, seus apoiadores começaram a cantar “parabéns”, já que era é o aniversário de 53 anos do libertário (Reprodução/AFP)
As próximas eleições americanas, que elegerá o próximo presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro de 2024, trarão novamente uma disputa pelo controle da Casa Branca entre Joe Biden (atual presidente) e Donald Trump (antecessor de Biden). E, segundo dados levantados pelo Wall Street Journal divulgados ontem (9), se o pleito fosse hoje, Trump sairia vencedor.
Rejeição de Biden
Desde o início de seu mandato, Joe Biden, não chegou a atingir 50% de aceitação de seu governo, mais da metade da população americana não se convence de que o atual presidente consiga resolver os problemas que o país enfrenta.
Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução//Leah Millis/Reuters)
Economia, crise inflacionária, alto custo de vida, desemprego e questões ligadas a imigração, são alguns dos desafios enfrentados por Biden e que, a maioria dos eleitores americanos não acredita que ele vá conseguir superar com um novo mandato.
Possível retorno de Trump
E, neste cenário, Donald Trump, derrotado por Biden nas últimas eleições nos Estados Unidos, vislumbra seu possível retorno a Casa Branca em 2025. A pesquisa realizada por Wall Street Journal mostra, novamente, o país divido entre os dois candidatos, porém, Trump se encontra na frente com o possível voto de 47% dos eleitores, enquanto Biden, aparece em segundo lugar, com apenas 43%, 10% dos entrevistados ainda se declararam indecisos quanto a quem eleger.
O ex-presidente americano mantém o apoio de 94% de seus eleitores das eleições de 2021, segundo a mesma pesquisa – realizada em 29 de novembro e 4 de dezembro, com cerca de 1500 americanos aptos a votar. E Biden, não ultrapassa o número de 87% de apoio dos seus. No entanto, a porcentagem de indecisos, demonstrou-se inclinada e pender para o seu lado quando chegar a hora.
Desta forma, o atual presidente parece ainda ter uma chance de “virar o jogo” daqui a um ano, tudo dependerá do que ainda irá realizar neste mandato e, se conseguirá passar mais segurança de que é capaz de resolver as questões que tanto estão incomodando o eleitorado americano.
Foto Destaque: Donald Trump, ex-presidente americano e candidato a reeleição em 2024 (Reprodução/Canaltech)
A cena dentro da enfermaria de UTI do hospital Al-Nasr é arrepiante. Os minúsculos corpos de bebês, vários deles ainda presos a fios e tubos destinados a mantê-los vivos, se decompondo em suas camas de hospital. Mamadeiras e fraldas extras ainda próximas a eles nos lençóis.
As cenas perturbadoras, registradas em um vídeo datado de 27 de novembro pelo repórter de Gaza, Mohamed Baalousha, do canal de notícias Al Mashhad com base nos Emirados Árabes Unidos, foram compartilhadas sem desfoque com a CNN. O vídeo revela os restos mortais de pelo menos quatro crianças, sendo que três delas ainda estão visivelmente conectadas a dispositivos hospitalares.
Os corpos dos bebês, claramente afetados pela decomposição, exibem tonalidades escuras e estão em processo de desintegração, deixando pouco mais do que esqueletos em algumas das camas. A presença notória de moscas e vermes rastejando sobre a pele de uma das crianças acentua a angústia da situação retratada.
As circunstâncias envolvendo um dos vídeos mais chocantes da guerra em Gaza permanecem envoltas em incerteza. Após dias de meticulosa coleta de informações, incluindo entrevistas, declarações públicas e vídeos disponíveis, uma imagem caótica emerge, retratando funcionários hospitalares em uma luta desesperada para proteger seus pacientes mais vulneráveis durante uma violenta batalha, aguardando ajuda que nunca chegou.
Evidência em reportagem
A CNN conseguiu localizar o vídeo no hospital Al-Nasr, situado no norte de Gaza. Esta região tem se mostrado praticamente inacessível para os jornalistas nas últimas semanas devido à intensificação dos combates. No entanto, durante uma trégua de sete dias, Baalousha relata ter conseguido entrar no hospital para registrar o que restava da situação.
Hospital Al Shifa em Gaza. (Foto: reprodução/Ahmed El Mokhallalati/Reuters)
Desde o início de novembro, os hospitais infantis Al-Nasr e Al-Rantisi, ambos parte do mesmo complexo, tornaram-se o epicentro dos confrontos entre as forças israelenses e o Hamas. De acordo com declarações públicas e entrevistas, vários profissionais médicos e autoridades de saúde do Al-Nasr afirmaram ter evacuado o hospital às pressas em 10 de novembro, seguindo as orientações das forças israelenses. A equipe médica relata a difícil decisão de deixar crianças pequenas na UTI, pois não dispunham de meios seguros para removê-las.
Um médico ligado ao hospital, que optou por não se identificar, informou à CNN que duas crianças, uma de dois anos e um bebê de nove meses, faleceram pouco antes da evacuação. No entanto, três crianças sobreviveram, ainda conectadas aos respiradores. Um dos sobreviventes tinha apenas dois meses. Conforme relatado pelo médico, vários bebês na UTI sofriam de doenças genéticas.
Estado de saúde dos sobreviventes
A condição dos sobreviventes, tanto durante a chegada dos combates ao hospital quanto durante a evacuação, permanece incerta. Em um vídeo de 9 de novembro, o chefe dos hospitais pediátricos Al-Nasr e Al-Rantisi, Dr. Mustafa al-Kahlout, disse que o hospital Al-Nasr foi “atingido duas vezes”, sofrendo “muitos danos”. Kahlout alertou que o oxigênio para a UTI “foi cortado” e relatou que pelo menos um paciente morreu como resultado, com outros correndo o risco de morte.
Não está claro se os cilindros de oxigênio, vistos ao lado de alguns dos leitos no vídeo do hospital, estavam funcionando ou se os suprimentos acabaram. Kahlout expressou preocupação, afirmando que a situação era extremamente grave, com o hospital cercado e as ambulâncias incapazes de alcançá-lo devido a ataques. Ele apelou às organizações internacionais, incluindo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), para intervenção urgente, visando a proteção da equipe médica e dos pacientes na UTI.
O vídeo, divulgado nas redes sociais em 9 de novembro e confirmado pela CNN, foi capturado no interior do hospital Al-Nasr, revelando as repercussões do impacto contra o edifício. Em outro vídeo datado de 10 de novembro, um tanque das Forças de Defesa de Israel (FDI) foi registrado nas proximidades do Al-Nasr, indicando a presença das FDI na região. Um terceiro vídeo, também do mesmo dia, exibiu civis segurando improvisadas bandeiras brancas enquanto tentavam fugir do hospital entre disparos, sendo obrigados a retornar apressadamente para o interior. A autoria dos disparos não pode ser determinada pelo conteúdo do vídeo.
Análises de imagens de satélite, conduzidas pela CNN a partir de 11 de novembro, identificaram grandes crateras nas imediações do complexo hospitalar, evidenciando os impactos de bombardeios que dificultaram a evacuação. Contudo, em uma gravação de áudio de uma conversa entre um funcionário graduado do hospital Al-Rantisi e um oficial do COGAT, responsável pela coordenação das atividades do governo israelense nos territórios palestinos e em Gaza, sugere que as forças israelenses deram instruções para a evacuação dos pacientes e da equipe hospitalar.
Segundo uma gravação, ele expressou o desafio emocional de testemunhar seus pacientes morrendo diante de seus olhos, destacando a dificuldade indescritível da situação. Ele mencionou a angústia de não poder ajudar ou evacuar as crianças na UTI do hospital Al-Nasr, ressaltando a condição de civis e equipe médica deslocados.
Ao longo da última semana, a CNN tentou contatar a equipe médica e os funcionários do hospital Al-Nasr, mas eles se recusaram a falar, citando medo ou inacessibilidade. O diretor dos hospitais de Gaza no Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, Dr. Mohammad Zaqout, afirmou que as FDI forçaram a saída das pessoas hospitalizadas, explicando que a falta de evacuação médica segura resultou na difícil decisão de deixar pacientes para trás. As FDI negaram veementemente qualquer responsabilidade pelas mortes na UTI do Al-Nasr, classificando as alegações como falsas e exploratórias.
Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. (Foto: reprodução/Mahmoud Issa/Reuters)
Em resposta a questionamentos da CNN sobre a falta de ambulâncias para evacuação, as FDI não abordaram diretamente a questão, enquanto o porta-voz das FDI, Doron Spielman, rejeitou a história como um “rumor” durante uma sessão de perguntas e respostas online. É importante notar que Israel acusa o Hamas de usar hospitais como centros de comando e até mesmo como locais para manter reféns. Zaqout nega a alegação e apelou repetidamente a “entidades neutras, organizações de direitos humanos e meios de comunicação social para entrarem nos hospitais e verificarem por si próprios que são utilizados exclusivamente para fins civis e humanitários”.
A CNN não pode confirmar de forma independente em que estado as crianças se encontravam quando foram deixadas no hospital. Mas Stefan Schmitt, cientista forense da Universidade Internacional da Flórida, revisou o vídeo para a CNN e disse que o nível de decomposição das crianças estava avançado. Schmitt disse acreditar que o local não foi mexido desde que as crianças foram deixadas. “Esses restos mortais se decompuseram in situ, o que significa que se decompuseram ali naquelas camas”, disse ele. “Você pode ver isso pelos fluidos corporais que vazaram durante o tempo de decomposição”.
Schmitt também disse que um dos cadáveres parecia estar envolto em tecido, possivelmente uma mortalha, observando que não havia nenhum equipamento médico preso ao corpo, sugerindo que já poderia estar morto ou gravemente ferido. O quarto parecia ter sido abandonado às pressas, continuou Schmitt, notando a cadeirinha infantil e o que parece ser uma sacola preparada para uma das crianças ao lado de sua cama.
Uma declaração do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, emitida em resposta ao vídeo dos restos mortais dos bebês, disse que a equipe de enfermagem do Al-Nasr foi ordenada a sair pelas FDI, que lhes disse que o CICV estava vindo para evacuar os pacientes.
“Em vez disso, seus corpos decompostos foram encontrados em suas camas”, diz o comunicado. “Esses bebês deram seus últimos suspiros sozinhos e morreram sozinhos”.
O CICV disse à CNN que recebeu “vários pedidos” de evacuação de hospitais no norte de Gaza, mas devido à “situação de segurança não esteve envolvido em quaisquer operações ou evacuações, nem as equipes se comprometeram a fazê-lo”. O CICV acrescentou que as imagens das crianças falecidas eram uma “tragédia indescritível”.
Com informações de Gianluca Mezzofiore, Nic Robertson, Celine Alkhadi, Katie Polglase, Mostafa Salem, Sahar Akbarzai, Florence Davey-Attlee e Mihir Melwani, da CNN.
Foto Destaque: exterior do hospital Al Shifa, em Gaza, durante operação israelense (reprodução: foto/Ahmed El Mokhallalati/Reuters).
Neste domingo (10), a Força Espacial dos Estados Unidos, em inglês United States Space Force (USSF), continuará com sua sétima missão espacial secreta do veículo orbital X-37B. Essa é a segunda vez que a equipe espacial estará a bordo de um foguete da empresa de Elon Musk, SpaceX.
A nave e a missão espaciais
A nave espacial da SpaceX é semelhante a uma versão menor dos antigos Ônibus Espaciais, porém este veículo traz uma missão mais secreta do que os responsáveis pelas tarefas em órbita baixa da Terra.
De acordo com a Força Espacial, essa missão possui um conjunto amplo com objetivo de teste e experimentação, que consistem em operar novos regimes orbitais, testar novas tecnologias de reconhecimento do domínio espacial e estudar as consequências da radiação nos equipamentos da NASA.
O esperado para o lançamento de domingo é que o X-37B transporte cargas mais pesadas, devido a sua potência alta, e poderá alcançar ainda órbitas maiores.
Espaçonave da SpaceX na Lua. (Foto: reprodução/Olhar Digital/NASA)
Escolha do transporte
O governo americano disse, em 2017, que o X-37B foi escolhido para experimentar os sistemas de navegação, controle e direção avançada no espaço. Uma das razões da decisão é que a nave possui o recorde de maior duração em dias consecutivos de voo em volta da Terra.
Esse período foi alcançado em outubro de 2019, quando ocorreu a missão anterior, com um cálculo de 780 dias em órbita. Ao todo, a nave já soma 3.774 dias, cerca de mais de dez anos.
As missões anteriores, segundo os Estados Unidos, tiveram bons resultados nos testes da tecnologia do Laboratório de Pesquisa Naval, que foi desenhada para ter benefícios da energia solar ao transmiti-la como energia ao solo.
Do mesmo modo, a tarefa verificou as consequências da exposição espacial em um longo período nos materiais orgânicos e possibilitou a chance de um lançamento de uma espaçonave desenhada e operada por alunos da Academia da Força Aérea dos EUA.
Na noite de sexta-feira (8), o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) decidiu que um dos investigados por garimpo ilegal, Matheus Possebon, poderia ser concedido ao habeas corpus. O empresário solto pela justiça trabalha com o cantor Alexandre Pires.
Prisão em ação da PF
A Polícia Federal de Santos, no litoral de São Paulo, prendeu Matheus Possebon preventivamente depois do empresário desembarcar do cruzeiro de Alexandre Pires. Agora liberto, o empresário deverá seguir algumas regras impostas pela justiça, como a presença periódica em juízo para informar e justificar suas atividades e também estar presente a todos os atos do processo.
De mesmo modo, Matheus Possebon deve comunicar à justiça caso altere o seu endereço. Se o empresário venha a descumprir as normas, ele poderá ser preso preventivamente de novo.
Segundo a polícia, além dele, outros empresários e garimpeiros estão presentes em investigações da polícia por suspeita de movimentação de dinheiro em transações de minérios extraídos ilegalmente na Terra Indígena Yanomami.
Policiais em frente ao cruzeiro de Alexandre Pires, em que esperam o empresário Matheus Possebon. (Foto: reprodução/PF)
O minério possivelmente extraído, que se chama cassiterita, é utilizado para produzir fungicida, tintas e plásticos. A partir disso, são fabricadas ligas para serem usadas na produção de latas de alimentos, vidros, acabamento de carros e até mesmo presentes em tela dos celulares.
Investigação da polícia
A Polícia Federal continua investigando sobre o garimpo ilegal na operação Disco de Ouro. No dia 4 de dezembro, os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão, em que foram aprisionados mais de R$130 milhões.
Também foram cumpridos dois mandados de prisão. As ações ocorreram nas cidades de Boa Vista e Mucajaí – em Roraima, São Paulo e Santos, Santarém – no Pará, Uberlândia, e Itapema – em Santa Catarina.
Sobre a investigação, a desembargadora do caso, Maria do Carmo Cardoso, afirmou que há “diversas situações fáticas que ainda merecem esclarecimentos“.
Mesmo com um conjunto de informações que ajudaram na prisão de Matheus Possebon, a desembargadora apontou fragilidades na comprovação da periculosidade dos suspeitos e na contínua repetição dos crimes investigados.
Foto destaque: empresário investigado por garimpo ilegal Matheus Possebon. Reprodução/Flickr