Pela primeira vez desde o início da guerra, em 7 de outubro, o líder do Hamas, Yahya Sinwar falou publicamente. Na mensagem, ele afirmou que o grupo enfrenta uma “batalha violenta e sem precedentes” e disse que eles não desistirão.

Segundo Sinwar, o grupo extremista está prestes a derrotar as Forças de Defesa de Israel (FDI) e que o Hamas não se submeterá às “condições de ocupação”. O líder também afirmou que as Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, mataram mais de mil soldados israelenses. De acordo com as Forças de Israel, os militares foram mortos em uma operação terrestre em Gaza e que os números citados por Yahya são exagerados.

O grupo disse na última semana que acredita ser um “passo insuficiente” a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para ajustar a situação na região, já que não estabelece uma solução internacional para resolver a guerra.

As forças israelenses estão intensificando as operações na Faixa de Gaza e lutarão até o final para derrotar o Hamas, assim disse o primeiro-ministro Benjamin Natanyahu em um comunicado.

Número de mortes

Até o momento foram registradas mais de 20 mil mortes em Gaza desde o início da guerra no dia 7 de outubro. Dados do Ministério da Saúde de Gaza, mostram que em média quase 300 pessoas são mortas por dia. Grande parte das mortes registradas incluem mulheres e crianças, e segundo a ONU, Gaza se tornou “o lugar mais perigoso do mundo e um cemitério para os jovens”.

_{Sinwar faz criança segurar fuzil em pronunciamento (Foto: reprodução/O Antagonista)}

História de Sinwar

Foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, é responsável pela construção do braço militar do Hamas. Desde que se tornou líder do grupo extremista, ele foi considerado um terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e recentemente foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.

Foto Destaque: líder do Hamas se pronuncia pela primeira vez desde o início da guerra (Reprodução/The Times Of Israel)

O FBI é acionado junto com autoridades policiais para investigar ameaças feitas contra os juízes da Suprema Corte do Colorado após decidirem remover Donald Trump das eleições presidenciais de 2024. A decisão sem precedentes, que deixou o ex-presidente inelegível, aconteceu na última terça-feira (19) com quatro votos a favor e três contra.

Declaração das autoridades

“Prosseguiremos com as investigações de qualquer ameaça ou uso de violência cometido por alguém que usa pontos de vista extremistas para justificar as suas ações, independente da motivação”, afirma Vikki Migoya, oficial de relações públicas do FBI, em um comunicado à CNN.

Um porta-voz do Poder Judiciário do Colorado achou melhor não dar informações sobre as ameaças recebidas. Gary Cutler, porta-voz da Patrulha Estadual do Colorado, disse que qualquer tipo de ameaça feita contra os juízes será tratada pelas autoridades locais.

Monitoramento 

As autoridades estaduais e locais, responsáveis pela aplicação da lei e grupos de investigação não governamentais estão monitorando mensagens deixadas em fóruns extremistas online em busca de sinais de ameaças aos funcionários públicos. O nome dos quatro juízes que decidiram desqualificar o ex-presidente, Donald Trump para as eleições do próximo ano aparecem frequentemente em postagens com ameaças de expor dados pessoais dos juízes.

Ainda não encontraram ameaças específicas aos juízes, as investigações continuam para tentar prevenir qualquer tipo de violência que possa acontecer de surpresa. Um usuário de extrema direita, defensor de Trump postou em site: “todos os ratos vestidos devem ser enforcados”, a afirmação faz referência aos juízes do Colorado.

_{Donald Trump saindo da Suprema Corte após votação (Foto: reprodução/Brasil Paralelo)}

A votação

Na semana passada, o Supremo Tribunal do Colorado votou e decidiu por quatro votos aa três que Trump não deveria ser um candidato elegível por conta da “proibição insurreccionista” da 14º Emenda. A decisão será suspensa até o dia 4 de janeiro, enquanto o recurso de Trump à Suprema Corte dos EUA é avaliado.

O ex-presidente atacou seus adversários no tribunal quando um caso separado era decidido e foi proibido de falar sobre testemunhas, bem como os promotores, funcionários do tribunal e familiares.

Foto destaque: ex-presidente Trump está inelegível em 2024 e as ameaças estão sendo investigadas (Reprodução/SBT News)

Em reportagem exibida no domingo (23) pelo Cidade Alerta Minas, Inês Oliveira falou pela primeira vez sobre a morte da filha, Jéssica Vitória Canedo, vítima de um caso de fake news nas redes sociais. Apontada como affair do influencer Whindersson Nunes, a jovem de 22 anos começou a sofrer ataques na internet que iam desde ameaças a ofensas contra a aparência da menina. Em entrevista, Inês pediu por justiça e relatou como foi para a filha lidar com o caso.

“Ela chegava aqui chorando: “/mamãe, pede eles para pararem. Faz alguma coisa, mamãe.”/ Eu só fiz um vídeo pedindo para eles pararem. O que eu poderia fazer? Se eles tivessem parado, talvez ela ainda estivesse aqui. Tudo que eu quero é que alguém faça justiça, para que nenhuma mãe passe pelo o que eu estou passando.”

^{Inês Oliveira gravou um vídeo emocionada pedindo para pararem com os ataques (Foto: reprodução/TV Paranaíba)}

Inês conta que a filha já enfrentava um quadro depressivo. “Ela já não estava bem, isso aí encarrilhou a última mesmo. Ela não suportou”. A menina estava em tratamento e saía de casa apenas para eventuais consultas médicas de acordo com a família. A mãe da jovem conta que passava noites sem dormir, vigiando para que Jéssica não fizesse nada contra si mesma.

A cerca de um mês, Jéssica se mudou para uma nova cidade na tentativa de recomeçar e melhorar o tratamento de saúde. Na sexta-feira (22), a jovem foi encontrada morta na casa da família.

O caso

No início da última semana, a página de fofoca intitulada “Choquei” publicou uma série de prints de uma suposta conversa entre Jéssica e Whindersson. Após a divulgação do conteúdo, os dois se pronunciaram e rapidamente negaram a existência das mensagens. O humorista disse que não conhecia a jovem da foto.

Pelas redes sociais, Jéssica se manifestou pedindo que parassem com as agressões que vinha sofrendo após a divulgação da notícia. “Eu pergunto: por quê? Qual a intenção por trás de tudo isso? […] E eu quero fazer uma pergunta diretamente para quem está fazendo isso: o que ou quanto você está ganhando? […] Pensem nas consequências do que estão fazendo”, escreveu a jovem.

O relato de Jéssica foi ironizado por um dos administradores da página Choquei, que comentou: “Avisa pra ela que a redação do Enem já passou. Pelo amor de Deus!”

Após a trágica morte da jovem, Whindersson apareceu em novo vídeo nas redes sociais se solidarizando com a família de Jéssica. Na publicação, o humorista mandou uma mensagem direta para Inês Oliveira: “Eu sinto demais a senhora ter que passar por uma coisa que eu passei por poucas horas com meu filho. Sei que não consigo nem mensurar o tamanho disso, mas se eu puder fazer alguma coisa, de alguma forma…”

^{Whindersson Nunes diz que grandes veículos precisam ter canal de atendimento (Vídeo:reprodução/Instagram/@hugogloss)}

Pronunciamento da Choquei

Em uma nota divulgada nas redes sociais, a Choquei, por meio de uma advogada, ausentou-se da responsabilidade do caso, alegando que os atos foram praticados mediante “boa-fé e cumprimento regular das atividades propostas”. De acordo com o veículo, as publicações foram feitas com base nos dados disponíveis no momento. 

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Araguari para entender se houve algum tipo de indussão ou auxílio na morte da vítima. Em vídeo feito para o Cidade Alerta Minas, o chefe de polícia alertou que independentemente das punições aplicadas, é preciso que os veículos tenham responsabilidade civil ao divulgarem informações falsas. 

Foto destaque: Jéssica tirou a vida após ser vítima de fake news (Reprodução/G1)

Cento e vinte e três municípios de Minas Gerais enfrentam atualmente uma situação crítica devido à prolongada seca, com destaque para a região norte, onde não há chuvas regulares há quase um ano. O cenário de escassez de água tem impactado severamente a vida rural, com prejuízos expressivos nas atividades agrícolas e na pecuária.

Desafios na pecuária e migração populacional

A situação tem levado produtores a percorrer longas distâncias em busca de alimento para o gado. Muitas fazendas já não dispõem mais de recursos alimentares adequados. Em Pai Pedro, por exemplo, a população está em declínio, com uma redução de quase 6,5% desde o Censo de 2010. Produtores locais têm optado por vender seus rebanhos, fonte de renda, para evitar a perda dos animais.

_{Seca no norte de Minas (Foto: reprodução/G1)}

Ações governamentais e projeções climáticas

Diante dos desafios, o governo de Minas Gerais tem tomado medidas para mitigar os impactos da seca, incluindo a distribuição de mais de 10 mil cestas básicas, a aquisição de cisternas e a recuperação de poços utilizados pelos moradores. A seca já afetou a vida de 326 mil produtores rurais, resultando em prejuízos de R$ 1,8 bilhão, segundo dados da Emater-MG.

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais também tem desempenhado um papel crucial. Medidas como a destinação de recursos, assistência técnica e emissão de laudos de perdas estão sendo adotadas. Na última sexta-feira (22), o governo autorizou a Emater-MG a investir R$ 2 milhões na aquisição de sementes de feijão, visando beneficiar agricultores familiares nas áreas afetadas pela seca.

Segundo a meteorologia, dois fatores principais contribuem para a atual situação: o aquecimento global e o fenômeno El Niño. A expectativa é que, a partir de janeiro, o El Niño enfraqueça, e as chuvas aumentem entre 30 a 40%, aliviando a seca nas regiões norte, nordeste e leste do estado.

Foto Destaque: Seca no norte de Minas (Reprodução/G1)

Um grupo, de aproximadamente 60 personalidades do mundo da cultura, assinou uma carta de apoio ao renomado ator francês Gérard Depardieu, atualmente no centro de um escândalo que envolve acusações de estupro e comportamento inadequado. A manifestação de apoio foi publicada na segunda-feira (25) à noite, em um site do jornal “Figaro”.

Divisões em torno do ator 

Gérard Depardieu, aclamado como o ator mais destacado da França, está enfrentando controvérsias após revelações recentes sobre acusações de assédio sexual e comentários inapropriados sobre uma criança de 10 anos. Além disso, uma segunda acusação de violação foi recentemente divulgada.

De acordo com informações do “/Le Figaro”/, o ator de 74 anos optou por se estabelecer em Mont-Saint-Aubert, uma cidade belga próxima à fronteira, onde acompanha os desdobramentos do escândalo que afeta sua carreira.

Manifesto e defesa artística

Entre os signatários do manifesto estão nomes proeminentes como o diretor Bertrand Blier, as atrizes Nathalie Baye, Carole Bouquet e Charlotte Rampling, os atores Jacques Weber, Pierre Richard e Gérard Darmon, além dos cantores Roberto Alagna, Carla Bruni, Arielle Dombasle e Jacques Dutronc.

No texto, afirmaram: “Gérard Depardieu é provavelmente o maior dos atores. O último monstro sagrado do cinema. Não podemos mais ficar calados diante do linchamento que cai sobre ele, diante da torrente de ódio que se derrama sobre sua pessoa, sem nuances, na mais completa fusão e desafiando uma presunção de inocência da qual teria beneficiado, como todos os outros, se não fosse o gigante do cinema que é”.

_{Gérard Depardieu (Foto: reprodução/Zendy Times)}

Desdobramentos e posicionamentos oficiais

Após as recentes acusações, a ministra da Cultura francesa, Rima Abdul Malak, declarou que as ações de Gérard Depardieu são “uma vergonha para a França” e anunciou um processo disciplinar para suspender ou retirar a medalha da Legião de Honra que foi concedida ao ator na década de 90. No entanto, o presidente francês, Emmanuel Macron, assegurou que a distinção não será retirada, enfatizando a presunção de inocência.

O grupo France Télévisions autenticou um documentário que mostrava comportamentos questionáveis de Gérard Depardieu nos bastidores. Enquanto isso, o ator enfrenta repercussões, sendo removido da Ordem Nacional de Québec e perdendo títulos honorários em Estaimpuis, Bélgica. A estátua de cera de Depardieu também foi retirada do roteiro turístico do museu Grévin em Paris.

Foto destaque: Gérard Depardieu (Reprodução/Revista Monet)

O Ministério da Saúde de Gaza apontou nessa sexta-feira (21) que mais de 20.000 palestinos foram mortos na guerra entre Israel e Palestina, desde do dia sete de outubro. Palestinos que ainda vivem na Faixa de Gaza, segundo o relatório das Nações Unidas, passam extrema fome e necessidade de água à medida em que o conflito intensifica-se. O Ministério da Saúde complementou que mais de 50.000 pessoas estão feridas devido aos ataques de Israel.

^{Beira da Faixa de Gaza (Foto/reprodução/ SAID KHATIB)}

Noite de ataques

Na noite da véspera de Natal (24), a Faixa de Gaza recebeu ataques de bombardeio, foi informado que 70 pessoas foram mortas no campo de refugiados de Al-Maghazi. O médico Ashraf al-Qudra, do Ministério da Saúde, diz que os números de feridos comunicados podem possivelmente aumentar devido a grande quantidade de famílias concentrada no local. O médico também afirma que a maioria dos mortos foram mulheres e crianças. A área atacada tratava-se de uma região pacífica de segurança para os palestinos. 

Foi requerido pelo Alto Comissário das Nações Unidas, Filippo Grandi, e o líder religioso Papa Francisco, o cessar-fogo e a libertação dos reféns feitos ao longo dos meses. A mobilização de discursos pacificadores dos líderes internacionais é constante dentro do cenário atual  da guerra.

Festividades canceladas

Devido a alta tensão perto dos feriados cristãos de fim de ano, os religiosos cancelaram as festividades tradicionais em solidariedade com as vítimas do confronto. Na cidade de Belém, Cisjordânia, que representa o local em que Jesus Cristo – principal símbolo religioso do cristianismo – nasceu, as ruas encontram-se vazias, os turistas são escassos.

Apesar da comoção global para o fim da guerra, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que: “Não vamos parar. Continuaremos lutando e intensificaremos os combates nos próximos dias. Será uma guerra longa que está longe de acabar.” A expectativa para os próximos meses permanece de medo e apreensão para o povo palestino. 

Foto destaque: Faixa de Gaza (foto/reprodução: Mohammed Saber/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK)

Claudia Alencar, atriz de 73 anos internada devido a uma infecção bacteriana, apresentou “significativa melhora”, segundo boletim médico divulgado nesta segunda-feira (25) pela Clínica de São Vicente, no Rio de Janeiro. Ela está internada desde o dia 17 de dezembro, após ser readmitida devido a uma infecção grave causada pela bactéria Staphylococcus aureus, diagnosticada após uma cirurgia na coluna vertebral que realizou em novembro.

_{Atriz faz sucesso na TV desde a década de 80 (Foto: reprodução/Instagram/@claudiaalencaroficial)}

Médicos investigam origem da infecção da atriz

Para analisar a secreção cirúrgica e identificar a origem da infecção, foi realizada outra cirurgia no último domingo (24). Segundo boletim assinado pelos médicos Sergio Gurgel Fernandes e André Caetano Barbosa Campos, o procedimento foi bem-sucedido. Contudo, a atriz continuou sedada e em ventilação mecânica, pois seu quadro clínico piorou nas últimas 24 horas.

O boletim desta segunda-feira (25) trouxe boas notícias, com melhora significativa do quadro clínico da atriz. Planeja-se reduzir a sedação e, eventualmente, remover a ventilação mecânica.

Carreira de Claudia Alencar e projetos para 2024

Claudia iniciou sua carreira na TV Tupi e, posteriormente, na Rede Globo, onde se destacou como um dos símbolos sexuais das décadas de 80 e 90. 

Entre seus papéis memoráveis, destaca-se Laura, da novela “Tieta”, baseada na obra de Jorge Amado e escrita por Aguinaldo Silva. Para 2024, a atriz já era presença confirmada em “Beleza Fatal”, produção da HBO, e no filme “Caindo na Real”, de André Pellenz.

Foto destaque: Cláudia Alencar continua bela e atuando aos 73 anos (Reprodução: Instagram/@claudiaalencaroficial)

Na manhã de ontem (24), a atriz Claudia Alencar, internada por conta de uma infecção bacteriana na região da coluna, foi submetida a uma cirurgia de reavaliação do quadro clínico. A partir do procedimento, que durou quase quatro horas, os médicos conseguiram retirar a secreção que causou a infecção e descobrir a extensão e gravidade do problema. De acordo com a assessoria da artista, a operação foi bem-sucedida.

No entanto, a atriz de 73 anos precisou ser sedada e está em ventilação mecânica em virtude de uma piora no quadro e do procedimento cirúrgico, de acordo com as informações do boletim emitido pelos médicos Sergio Gurgel Fernandes e André Caetano Barbosa Campos.

“Devido ao procedimento cirúrgico e à piora clínica nas últimas 24h, com achados compatíveis com septicemia e instabilidade hemodinâmica, permanecerá sedada, em ventilação mecânica e antibioticoterapia de amplo espectro.”, disseram os profissionais. 

^{Claudia em imagem postada recentemente no Instagram (Foto:reprodução/Instagram/@claudiaalencaroficial)}

No último sábado (23), a atriz que se destacou com personagens nas novelas Tieta (1998) e Fera Ferida (1993), já havia passado por uma transfusão de sangue para cuidar de uma anemia.

Internação

A atriz está internada desde o dia 17, na Clínica São Vicente, localizada na Gávea, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. 

Yann Hatchuel, filho de Claudia, deu detalhes da situação da mãe em conversa com o gshow: “A situação é grave. Minha mãe está internada desde domingo com uma infecção bacteriana barra pesada. Infelizmente ainda não tenho novas atualizações do quadro clínico. Está difícil, mas ela é uma guerreira”.

^{Claudia com o filho Yann, ativista pelos direitos LGBTQIA+ (Foto:reprodução/Instagram/@yannhatchuel)}

O rapaz mora nos Estados Unidos e está tentando voo para voltar ao Brasil e poder acompanhar a mãe de perto.

A bacteria responsável pela infecção

Estafilococos, bactéria responsável pela infecção de Cláudia, estão presentes na superfície da pele e são mais comuns do que se imagina. Em entrevista para o G1, o médico infectologista e professor na Faculdade de Medicina do ABC Juvêncio Furtado explicou que “o que está na nossa pele geralmente não causa doenças, exceto em pessoas que tenham a imunidade muito comprometida”.

Contudo, pessoas que passam mais de 72 horas em hospitais podem ser colonizadas por estafilococos mais resistentes, como é o caso de Cláudia: “a mesma bactéria, em ambientes diferentes, pode adquirir características de resistência maior”,  disse Furtado.

A infecção tem rápida capacidade de desenvolvimento. Por isso, é importante estar atento aos primeiros sintomas de infecção, como febre; mal-estar; dores no corpo; cansaço excessivo; e vômitos.

Foto destaque: Claudia Alencar em atuação para a novela Cara e Caroa (Reprodução: Nelson Di Rago/TV Globo)

O grupo extremista Hamas afirma que um ataque aéreo israelense matou pelo menos 70 pessoas no campo de refugiados Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, na madrugada do último domingo (24). O número de vítimas foi divulgado pelo ministério da saúde do território palestino que é administrado pelo Hamas. Israel por sua vez afirmou que vai “investigar o incidente”. 

Após o bombardeio dezenas de feridos foram encaminhados do campo de refugiados Al-Maghazi para o hospital mais próximo, que nesse caso é o Al-Aqsa. O Hamas afirma que o ataque israelense ainda atingiu três casas e uma área populosa foi destruída. O porta voz do ministério da saúde do território palestino, Ashraf al-Qudra afirma que o está aconteendo em A-Maghazi é um massacre: “O que está acontecendo no campo Maghazi é um massacre que está sendo em uma praça residencial lotada”, afirmou o porta voz por meio de um comunicado no Telegram. 

Resposta das Forças de Defesa de Israel (FDI) 

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ao canal CNN que receberam relatos de um incidente no campo, que ele estava analisando. Afirmando: “Apesar dos desafios colocados pelos terroristas do Hamas que operam em áreas civis em Gaza, as FDI estão comprometidas com o direito internacional, incluindo a tomada de medidas viáveis para minimizar os danos aos civis”, afirmou as Forças de Defesa de Israel. 

O FDI também afirmou que o o Hamas esconde infraestruturas terroristas dentro e à volta de instituições civis em Gaza, isso inclui campos de refugiados e hospitais, e negou que tenha civis com alvos. 

_{O ataque israelense nesta madrugada deixou pelo menos 70 pessoas mortas. (Foto: reprodução/EPA)}

Conflito Israel e Hamas

O conflito entre Israel e Hamas chegou ao seu 80º dia e a 11 semanas de duração. A guerra fez com que cerca de 85% da população da Faixa de Gaza – cerca de 1,9 milhões de pessoas deixassem a região, segundo as Nações Unidas.

Isso começou no dia 7 de outubro após membros do Hamas invadirem Israel e matarem 1.200 pessoas e fazerem 240 reféns. Até agora cerca de 100 reféns foram libertados. O ataque do Hamas fez com que Israel fizesse uma retaliação o que culminou com um dos períodos mais sangrentos  do longo conflito entre Israel e Palestina.

Foto destaque: Palestinos andando no meio dos escombros deixados pelo ataque israelense. (Foto: reprodução/ HATEM ALIP/AP)

Awni Eldous postou um vídeo em agosto de 2022. O menino segurava um microfone, enquanto falava sobre o que pretendia em seu canal de games no YouTube. No ano seguinte, Awni foi uma das primeiras crianças palestinas mortas na guerra.

“Pessoal, vou me apresentar para vocês: sou um palestino de Gaza, tenho 12 anos. O objetivo deste canal é chegar a 100 mil inscritos, ou 500 mil, ou um milhão”, afirmava com entusiasmo e sorriso no rosto. Ao finalizar o vídeo, dizia “paz” aos milhares de inscritos do período de postagem.

Atualmente, o vídeo de Awni possui milhões de visualizações, assim como outras postagens feitas enquanto o menino jogava videogame. O perfil conta com 1,5 milhão de inscritos, com grande potencial de maior crescimento.

Explosão leva Awni e familiares à morte

Familiares contam que a casa do menino foi atingida durante um ataque israelense no mês de outubro deste ano, algumas horas depois de homens armados do Hamas terem cruzado a fronteira com Israel, tirando a vida de 1,2 mil pessoas.

Ala’a, tia de Awni, conta sobre ter imaginado uma bomba atingindo a casa da família em Gaza. Na mesma noite, às 20h20, a familiar recebeu diversas mensagens de amigos, contando sobre o ataque que atingiu a casa da família de Awni, que morava com os pais e quatro irmãos.

^{Awni e seus familiares na casa (foto: reprodução/G1)}

“Duas bombas caíram repentinamente no edifício e o destruíram. Minha mulher e eu tivemos sorte de sobreviver. Estávamos no andar de cima”, afirmou Mohammed, tio de Awni.

A ONG Anistia Internacional foi responsável pela documentação do ataque.

O sonho de Awni era ter seguidores

A tia de Awni encontrava-se desacreditada nas mensagens recebidas, porém, ao conseguir conexão, verificou que um amigo da família compartilhou em redes sociais, a foto do pai do menino com a legenda “descanse em paz”.

Ala’a conta em uma mensagem via Facebook, que pediram a identificação dos corpos, mas o marido se recusou, pois queria que permanecesse a lembrança deles vivos. A mensagem foi enviada do Sul de Gaza, região para onde a tia do menino teria seguido em fuga. Naquela noite, 15 membros da mesma família foram mortos.

A tia faz uma descrição do menino como uma criança calma e prestativa. No facebook da escola, há várias fotos do menino vencendo prêmios. Após a morte, um de seus professores o homenageou com uma foto, descrevendo o sorriso perene de Awni.

Hobbies de Awni

Um dos hobbies do menino era mexer em computadores e videogames. Awni costumava admirar youtubers que seguiam carreira. “Ele queria ser como eles: ter seguidores e fãs”, conta Ala’a.

O canal de Awni foi criado em 2020, nele, o menino postava vídeos jogando Pro Evolution Soccer e Counter-Strike, fazendo longas descrições dos jogos. Ashraf Eldous, familiar distante do menino, que trabalha com programação e auxilia no gerenciamento de diversos canais do YouTube, fala que Awni costumava pedir conselhos.

“A ambição dele era ser um concorrente ou colega meu”, diz Ashraf. “Ele tinha criado seu canal de YouTube. Não era muito grande, com muitas visualizações. Todo começo é difícil”, conta o parente.

Após a morte, o canal de Awni passou a chamar a atenção de youtubers famosos, como o gamer. AboFlah, que postou um vídeo demonstrando emoções, ao descobrir que o menino já havia lhe enviado mensagens em redes sociais, enfatizando o gamer como uma inspiração.

“Nada se compara ao inverno palestino em Gaza. A atmosfera é lendária. Bebemos sahlab (bebida de leite adocicado), é tão bom. Também comemos castanhas assadas. Espero que você venha à Palestina. Com muito amor”, dizia Awni, em uma das mensagens.

“Eu falei de coração. Não consegui conter as lágrimas”, afirma o youtuber admirado por Awni, dizendo ainda, ter falado de coração.

Durante o ataque, todo o círculo familiar de Awni foi a óbito, incluindo os pais e os quatro irmãos. Parentes que sobreviveram falam sobre o orgulho da fama alcançada pelo menino.

Foto destaque: menino palestino viraliza no seu canal do YouTube após a morte (Reprodução/BBC)