Um estudo recente, divulgado na revista científica Biomedicine & Pharmacotherapy, trouxe à tona uma conexão alarmante entre o uso da cloroquina no tratamento da COVID-19 e cerca de 17 mil mortes registradas durante a primeira onda da pandemia em 2020. A pesquisa abrangeu seis países, como Bélgica, França, Itália, Espanha, Turquia e Estados Unidos.

Sob a liderança de cientistas de Lyon, na França, uma equipe de pesquisadores conduziu uma análise abrangente, examinando 44 estudos de coorte realizados no período de março a agosto de 2020. Utilizando dados de hospitalizações por COVID-19, a taxa de prescrição de cloroquina e o número total de mortes, a pesquisa visava calcular o potencial impacto do uso desse medicamento.

Impacto global subestimado

Os resultados apontam para uma estimativa de 16.990 mortes associadas ao uso da hidroxicloroquina durante esse período, sinalizando que esses números podem ser apenas a “ponta do iceberg”. É crucial destacar que o estudo excluiu países como Brasil e Índia, que também adotaram amplamente o uso off-label da cloroquina.

O professor Jean-Christophe Lega, responsável pela pesquisa, ressalta a importância de reconhecer que essa estimativa de 16.990 mortes associadas ao uso de hidroxicloroquina durante esse período é aproximada. Ele enfatiza que o número total de mortes, ao longo de toda a pandemia, provavelmente é significativamente mais elevado.

A cloroquina emergiu como uma potencial opção de tratamento para a COVID-19, impulsionada por líderes como o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Contudo, pesquisas subsequentes levantaram dúvidas sobre sua eficácia, levando as agências de saúde a removerem o medicamento dos protocolos de tratamento.

_{Ex-presidente Bolsonaro foi um dos líderes a indicar o uso de hidroxocloroquina no tratamento da COVID-19 (Foto: reprodução/Carolina Antunes/PR)} 

Alerta para regulação rigorosa no futuro

O estudo sublinha a importância de uma regulamentação rigorosa no acesso à prescrição off-label em futuras pandemias. A pesquisa ressalta que este resultado enfatiza a importância de regulamentar rigorosamente o acesso às prescrições off-label em futuros cenários pandêmicos.

O debate em torno do uso da cloroquina persiste, e este estudo contribui de maneira significativa para argumentos contra sua eficácia e segurança no tratamento da COVID-19. À medida que a comunidade científica continua a explorar terapias para a doença, a cloroquina permanece como um exemplo dos desafios enfrentados ao lidar com emergências de saúde globais.

Foto Destaque: hidroxicloroquina, remédio que está atrelado a cerca de 17 mil mortes em seis países na primeira onda da COVID-19 (Reprodução/Fernando Moreno/AFP)

Nessa sexta-feira (5), a Suprema Corte dos EUA, declarou que revisará a decisão da Corte do Colorado, que pede a ilegibilidade do ex-presidente Donald Trump, das próximas eleições no estado. Estão marcadas para 08 de fevereiro, as sustentações orais contra Trump. Após o ex-presidente recorrer a decisão que cabia apenas a Suprema Corte do estado do Colorado, o que o impede de se candidatar novamente no estado.

A forma que Donald Trump reage a sua possível inegibilidade é dizendo: “Os lunáticos estão desesperados”.

Outros estados

A questão é tão muito séria, e abriu precedentes no país. Embora nos EUA as leis são para cada estado individualmente, e que após a decisão do estado Colorado se aplique apenas a esse estado, os tribunais de várias outras unidades federativas também analisaram as contestações à elegibilidade de Trump. Ainda que, até o momento nenhum outro estado tenha chegado até o ponto da Suprema Corte dos EUA, precisar avaliar a questão.

Nos estados de Arizona e Michigan, por exemplo, o processo foi recusado na primeira estância, mas teve uma apelação. A segunda corte ainda deve decidir sobre o assunto, se segue ou não para a Suprema Corte americana decidir.

A equipe de Trump também recorreu a decisão no do secretário estatual do Maine, no tribunal do estado, semana passada. Que impede Trump de participar das eleições no estado neste ano de 2024.

A Suprema Corte do Oregon também poderá em breve decidir sobre uma tentativa de tornar Trump inelegível, e ressaltam a necessidade de os juízes da Suprema Corte tomarem uma decisão.

A decisão partiu do ataque ao Capitólio

Vários processos foram abertos nos EUA, e parece para alguns eleitores que Trump se recusa a aceitar os resultados das eleições de 2020. Principalmente após o ataque contra o Capitólio. Que é o que deu início aos pedidos de inegibilidade do ex-presidente, após seu papel na insurreição de 6 de janeiro de 2021.

Se essa lei se aplica a Donald Trump, ainda será validada pela 14ª emenda, mesmo que essa ainda não avalie casos da presidência. E neste entendem como prioridade.

O que dizem os demais presidenciáveis

Ainda adversários do Trump, desejem ver o partido renovado, e alguns entendem que não caberia a 14ª emenda a decisão, candidatos da oposição dão discursos sobre os fatos.

Nick Hailey diz: “Não precisamos que juízes tomem essa decisões, e sim eleitores”.

O Governador da Florida, também fez declarações: “A esquerda invoca a democracia para justificar o poder para remover um candidato das células”.

Joe Biden disse que não comentaria do aspecto legal do caso: “Bem, eu acho que algumas coisas são evidentes, agora se a 14ª emenda se aplica ou não, vou deixar eles decidirem”.

A lei da 14ª emenda ainda apura o caso, e deve afirmar a decisão após a reunião do dia 08 de janeiro. 

Foto destaque: Donald Trump (Reprodução/Poder 360)

Nesta sexta-feira (05), o ministro do governo boliviano, Eduardo del Castillo, anunciou a maior apreensão de cocaína da história do país, totalizando 8,7 toneladas. A droga foi encontrada numa estrada andina com destino ao Chile e tinha como objetivo ser levada para a Holanda. 

Em um post no X (Antigo Twitter), o presidente da Bolívia, Luis Arce, comentou sobre a operação e o impacto do crime no país destino, visto que a carga avaliada no mercado europeu ultrapassa os 526 milhões de dólares. Além disso, destacou que as investigações continuam e que o governo está comprometido com a Pátria.

_{Declaração do presidente da Bolívia nas redes sociais após a operação (Foto: reprodução/X/LuchoXBolivia)}

Entenda a operação

A operação policial responsável pela apreensão da cocaína foi realizada no dia 30 de dezembro, segundo o ministro Del Castillo. Contudo, as autoridades optaram por não divulgarem informações sobre a ação da polícia para não alertarem os envolvidos. Ao todo quatro pessoas foram presas, incluindo um colombiano, nove batidas foram realizadas e quatro imóveis foram apreendidos. 

A carga estava dentro de um caminhão de grande porte originário da cidade de Santa Cruz, segunda maior cidade do país, e teria como destino o Chile. O veículo transportava 22 toneladas de madeira, e a droga estava camuflada em telhas desse material.

Narcotráfico na Bolívia

Segundo um relatório divulgado pelas Nações Unidas, a Bolívia é o terceiro maior produtor mundial de coca e cocaína, após a Colômbia e Peru. No país, o plantio de coca e a comercialização da sua folha são permitidos para a realização de rituais religiosos e fazer infusões. Contudo, uma parte é desviada para a fabricação de cocaína.

O governo boliviano realiza operações para eliminar o alto cultivo de coca desde a década de 1980. As autoridades têm se esforçado para mostrar bons resultados no combate ao tráfico de drogas após fortes acusações da existência de proteção aos traficantes de cocaína no país feitas pelo ex-presidente Evo Morales. 

Foto Destaque: pacotes de cocaína (Reprodução/AriesOnline)

Segundo levantamento do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) o índice de desmatamento na Amazônia Legal caiu quase pela metade, na comparação com 2022. Porém, no Cerrado, a notícia não é positiva, porque houve um aumento de 43% na perda de vegetação nativa.

Registros na Amazônia

Conforme os registros do INPE, a área de desmatamento registrada foi de 5.152 km², até 29 de dezembro de 2023, quase a metade dos 10.278 km² no mesmo período em 2022. 

Os números são os melhores desde 2018, quando a área foi de 4.951 km². Nos quatro anos do governo Bolsonaro, por sua vez, o desmatamento cresceu de maneira expressiva, com o índice mais alto em 2022.

A Amazônia Legal compreende uma área que ocupa nove Estados, sendo eles: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão. O Pará registrou a maior área de desmatamento, com mais de 2 mil quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso, com cerca de 1400 km².

Aumento do desmatamento no Cerrado

O Cerrado, bioma de extrema importância para o fornecimento de água, em especial para a região Nordeste, por outro lado, registrou recorde de desmatamento em 2023, com uma área total de 7.828 km².

_{Vegetação do cerrado brasileiro(Foto: reprodução/Chris Diewald/Pensamento Verde)}

Maranhão, Bahia, Tocantins e Piauí são os Estados que lideram os registros com maiores áreas desmatadas. 

Suely Araújo, coordenadora de políticas do Observatório do Clima, analisa que esse aumento se deve em grande parte às autorizações de entes estaduais e municipais para exploração de áreas, sem o devido estudo ambiental. 

Na Amazônia, ao contrário, o sucesso na redução do desmatamento, tem como principal fator o trabalho do IBAMA, que promove a fiscalização de atividades ilegais, como garimpo e extração de madeira não autorizados. Além disso, o plano de preservação da Amazônia prevê o incentivo a práticas sustentáveis, como o extrativismo realizado por comunidades locais.

Foto Destaque: floresta Amazônica (Reprodução/Unsplash)

O Ministério Público recusou o pedido de busca e apreensão solicitado por Alexandre Correa, pai do filho de Ana Hickmann, no contexto da atual disputa judicial entre os dois. Entretanto, a instituição propõe uma multa de R$5 mil por dia, caso a apresentadora não cumpra a decisão judicial referente à guarda compartilhada do filho Alezinho, de 9 anos. Ana Hickmann se defende das acusações de alienação parental, acusando o ex-marido de coação.

O impasse teve início quando Alexandre Correa pediu a prisão de Ana Hickmann por não seguir a decisão judicial da guarda compartilhada do filho. A apresentadora afirma que a decisão judicial especificava o período de visita, “se nada fosse programado anteriormente”. Os advogados das partes, por telefone, acordaram a transferência do período para os dias 9 a 17 de janeiro, devido às férias programadas da ex-modelo entre os dias 3 e 7 de janeiro.

Determinações do juiz e boletim de ocorrência

O juiz estabeleceu que o filho permaneceria com o pai entre os dias 3 e 10 de janeiro, a menos que houvesse compromissos ou acordos previamente assumidos. O conflito entre os pais não envolveu Alezinho, e a decisão judicial assegura a guarda compartilhada, com as visitas sendo intermediadas pelos avós paternos. Alexandre Correa registrou um boletim de ocorrência, alegando que não conseguiu buscar o filho para uma viagem, o que Ana Hickmann contesta. 

O promotor do caso, Marco Antonio Martins Fonte Custodio, enfatizou que a decisão imediata de busca e apreensão do filho é uma medida apressada, pois “não há evidências nos documentos que desabonem a integridade moral da genitora, Ana Hickmann”. Em outras palavras, a possível violação do regime de visitação fixado de forma sumária não foi comprovada nos autos.

Em novembro, Alexandre ingressou com um processo contra Ana Hickmann, alegando alienação parental e argumentando que a apresentadora estaria “impedindo-o de conviver com seu filho”. O advogado de Correa, Enio Murad Martins, também solicitou o direito ao convívio familiar com base no artigo 2º da Lei 12.318/2010. Na ocasião, a equipe de assessoria da apresentadora afirmou que Hickmann já havia prestado todos os esclarecimentos necessários e confiava no devido processo conduzido pela Justiça.

_{Alexandre Correa, Ana Hickmann e filho (Foto: reprodução/Metrópoles)}

Defesa de Ana Hickmann 

Ana Hickmann rebateu as acusações de alienação parental feitas por Alexandre Correa. Em nota oficial, ela alega que o ex-marido está utilizando a Lei 12.318/2010, sobre alienação parental, de forma coercitiva. A apresentadora acusa Correa de coação psicológica e destaca que todas as visitas estão sendo rigorosamente cumpridas.

Foto destaque: Alexandre Correa processa a ex-esposa por alienação aprental (Reprodução/Revista Quem)

Uma das metas do governo Lula para 2024 é manter o crescimento da economia acima da média prevista. De acordo com a estimativa do Banco Central, o aumento esperado deve ser de 1,7%, enquanto o Ministro da Economia, Fernando Haddad, projeta pelo menos 2%. 

Medidas para alavancar a economia

Entre as medidas do governo para atingir essa meta, estão a redução da taxa de juros, bem como o aumento do acesso ao crédito. Aliás, o programa Desenrola Brasil, implementado em 2023, permitiu que muitas pessoas pudessem renegociar dívidas e assim retirar registros nos órgãos de restrição ao crédito.

Aliado a isso, o aumento do salário mínimo, que entrou em vigor em 1º de janeiro, deve ajudar a aumentar o poder de compra do brasileiro e com isso movimentar a economia.

Outra medida que deve impactar no mercado é o pagamento previsto de R$ 95 milhões em precatórios, anunciado pelo Governo.

_{Presidente Lula em evento com a cúpula do Mercosul (Foto: reprodução/Instagram @lulaoficial)}

Desafios para o governo

O presidente Lula deve enfrentar alguns entraves para colocar em prática todas as mudanças que idealizou para a economia. Uma delas, é a aprovação da Medida Provisória editada pelo Ministro da Fazenda, que prevê a reoneração gradual da folha de pagamento, limitação da compensação de tributos e os benefícios concedidos ao setor de eventos.

As medidas tiveram resistência no Congresso, por isso, o presidente deve se reunir com o senador Rodrigo Pacheco para discutir a questão e tentar chegar a um acordo. Esse ponto é crucial para atingir a meta do governo, que quer zerar o déficit na arrecadação e manter o orçamento equilibrado.

Outro ponto que vai requerer a atenção de Lula nas primeiras semanas de 2024 é a indicação do novo Ministro da Justiça, após a aprovação de Flávio Dino para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Entre as especulações, o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, é bem cotado para assumir a posição.

Foto Destaque: Fernando Haddad e Lula (Reprodução/Instagram @fernandohaddadoficial)

Christian Oliver, o talentoso ator reconhecido por seus papéis em filmes como “Speed Racer” e “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, perdeu a vida aos 51 anos em um acidente aéreo na região de Granadinas, no Caribe, na última quinta-feira (04). O artista estava acompanhado de suas filhas, Madita Klepser, de 10 anos, e Annik Klepser, de 12 anos, que também não sobreviveram à tragédia.

Tragédia nas alturas

O acidente ocorreu quando Christian Oliver e suas duas filhas estavam a bordo de um pequeno avião que enfrentou dificuldades e pousou no mar, de acordo com informações da polícia de São Vicente e Granadinas. O ator, cujo nome real era Christian Klepser, estava acompanhado pelo piloto da aeronave, identificado como Robert Sachs, que também perdeu a vida no trágico incidente.

Investigação em curso

A Força Policial Real de São Vicente e Granadinas confirmou que o avião, um monomotor, havia decolado de Bequia, uma ilha turística em São Vicente e Granadinas, com destino a Santa Lúcia. Onde enfrentou dificuldades durante o voo, culminando na queda no oceano. Pescadores, mergulhadores e a Guarda Costeira local realizaram operações de busca e, posteriormente, encontraram os corpos das vítimas no oceano. As circunstâncias que levaram ao acidente serão minuciosamente investigadas.

Além do ator, Christian Oliver e suas duas filhas, frutos de seu relacionamento com Jessica Mazue, o piloto e proprietário da aeronave, Robert Sachs, também perdeu a vida no acidente. As circunstâncias exatas do acidente permanecem sob investigação.

Na última publicação nas redes sociais, o ator compartilhou momentos das celebrações de fim de ano na região e escreveu: “Deixe o amor mandar“. Fãs expressaram mensagens de condolências na postagem, desconhecendo que seria seu último registro.

_{Foto postada por Christian em sua rede social (Foto: reprodução/Instagram/@christianoliverofficial)}

Trajetória artística e legado cinematográfico

Nascido em Celle e criado em Frankfurt, na Alemanha, Christian Oliver buscava o sucesso no meio artístico e, para isso, mudou-se para Nova York, nos Estados Unidos. Além de seus papéis marcantes em “Speed Racer” e “Indiana Jones”, o ator participou de produções como “O Segredo de Berlim” (2006), “Operação Valquíria” (2008), “Os três mosqueteiros” (2011) e da série “Sense8” (2015).

Foto destaque: Christian Oliver (Reprodução/Devhardware)

A Coreia do Sul ordenou, nesta sexta-feira (5), a evacuação de moradores em duas ilhas próximas à fronteira com a Coreia do Norte, em resposta ao lançamento de cerca de 200 projéteis por parte do regime norte-coreano em direção ao mar. O incidente eleva as preocupações sobre a estabilidade na península e destaca a complexidade das relações entre as duas nações.

As forças militares sul-coreanas confirmaram que os projéteis norte-coreanos atingiram as águas na Linha de Limite Norte, demarcando a fronteira marítima. Pyongyang alegou que esses disparos eram uma resposta aos exercícios militares conjuntos conduzidos pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul na mesma data. A China, principal aliada da Coreia do Norte, apelou à moderação e ao diálogo, enfatizando a importância da estabilidade regional.

Alertas e evacuações

As ordens de evacuação foram direcionadas às ilhas de Yeonpyeong e Baengnyeong, habitadas por aproximadamente 7 mil pessoas. Os avisos de emergência foram emitidos após um alerta das forças militares sul-coreanas sobre a iminência de ataques marítimos. O governo sul-coreano classificou os disparos como “um ato de provocação que intensifica a tensão e ameaça a paz na península coreana“. A Coreia do Sul, em resposta, realizou um exercício militar para manter a prontidão em sua fronteira marítima.

_{Blindado sul-coreano efetuando disparo (Foto: reprodução/X/@ROK_MND)}

A Linha de Limite Norte foi estabelecida no final da Guerra da Coreia na década de 1950. Ao longo dos anos, tornou-se palco de confrontos entre as duas Coreias. Em 2010, um ataque norte-coreano atingiu Yeonpyeong, resultando na morte de dois militares sul-coreanos e dois civis. As ações recentes reacendem as preocupações quanto à estabilidade na região e destacam a disputa histórica entre as nações.

China Chama ao Diálogo

A China, como principal aliada da Coreia do Norte, instou ambas as partes a exercerem moderação e retomarem o diálogo. Enquanto isso, Pyongyang ameaçou com “respostas sem precedentes” às ações que considera provocativas. A situação atual reflete a delicada dinâmica geopolítica na península coreana e a importância de esforços diplomáticos para evitar uma escalada.

A Coreia do Norte suspendeu unilateralmente um acordo militar com o Sul, agravando as relações. Analistas ponderam que a retirada formal do acordo pode ter pouco impacto, dado o histórico de violações norte-coreanas nos anos anteriores. O regime de Pyongyang afirmou anteriormente estar fortalecendo seu arsenal militar em preparação para possíveis conflitos, aumentando a incerteza na região.

Foto destaque: Retomada do treinamento de tiro marítimo pela Unidade da Ilha Noroeste sob a supervisão do Ministro da Defesa Nacional da Coreia do Sul. (Reprodução/X/@ROK_MND.

Em 2023, o Brasil enfrentou uma crise sem precedentes no que diz respeito ao trabalho escravo e situações análogas à escravidão. Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania revelam um aumento significativo de 61% nas denúncias em comparação com o ano anterior, totalizando 3.422 casos. Este número representa um recorde desde a criação do Disque 100 em 2011, demonstrando a urgência de enfrentar essa realidade perturbadora.

As denúncias de trabalho escravo constituíram 19% do total de violações de direitos humanos informadas ao serviço. Isso significa que, a cada cinco denúncias protocoladas em 2023, uma referia-se a condições de trabalho análogas à escravidão. O Código Penal brasileiro, no artigo 149, define trabalho análogo à escravidão como a submissão de alguém a trabalhos forçados, jornadas exaustivas ou condições degradantes, muitas vezes vinculadas a dívidas com o empregador.

_{Brasil resgatou 3.422 trabalhadores escravizados em 2023 (Foto: reprodução/Agência Brasil/Ministério do Trabalho)}

O governo destaca um aumento contínuo nas denúncias desde 2021, com 1.915 casos naquele ano, 2.119 em 2022 e o pico de 3.422 em 2023. Essa sequência evidencia a gravidade persistente dessa violação aos direitos humanos.

Face humanitária

Paralelamente ao aumento nas denúncias, o Ministério do Trabalho e Emprego registrou o maior número de resgates em situações análogas à escravidão dos últimos 14 anos. Entre janeiro e dezembro de 2023, 3.151 trabalhadores foram resgatados, destacando a necessidade urgente de intervenção e proteção dessas vítimas.

A região Sudeste liderou os resgates, com 1.129 trabalhadores retirados de situações de violação de direitos, seguida pelo Centro-Oeste, com 773 resgates. Os estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Piauí foram os mais afetados, destacando-se as atividades rurais, como lavouras de café e cana-de-açúcar, como os principais cenários de exploração.

Trabalho análogo à escravidão

A legislação brasileira define o trabalho análogo à escravidão como a submissão a trabalhos forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes e restrições à locomoção por dívidas contraídas com o empregador. Essa definição é crucial para compreender as práticas que violam os direitos fundamentais dos trabalhadores.

Relatos recentes de trabalhadores resgatados em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, descrevem um cenário de violência cotidiana, condições degradantes de vida e violações aos direitos humanos básicos. Esses trabalhadores eram espancados, agredidos com choques elétricos e spray de pimenta, evidenciando a face brutal do trabalho forçado.

Resposta governamental

O Código Penal, aliado à Portaria 1.293 de 2017 do Ministério do Trabalho e Previdência, define os termos que caracterizam o trabalho análogo à escravidão, como trabalho forçado, jornada exaustiva, condição degradante, restrição de locomoção e vigilância ostensiva. A legislação estabelece penas para quem submete alguém a essa condição e para quem atua para restringir o direito de ir e vir do trabalhador.

Frente a esse cenário alarmante, o governo disponibiliza o Sistema Ipê, um canal específico para denúncias de trabalho análogo à escravidão. O anonimato do denunciante é protegido, permitindo que informações essenciais sejam fornecidas para investigações subsequentes.

Foto destaque: Falta de auditores fiscais dificulta combate ao trabalho escravo. (Reprodução/Agência Brasil/MPT.

Nesta sexta-feira (5), os destroços do avião da companhia Japan Airlines (JAL Airbus) começam a ser retirados para análise para determinar a causa do acidente que ocorreu no aeroporto de Haneda, em Tóquio, na terça-feira (2).

Até o dia 7 de janeiro a aeronave passará por um processo de desmontagem para investigação conduzida pelo Departamento de Polícia de Tóquio. As circunstâncias do acidente levaram ao gravador de voz da cabine do avião JAL Airbus, o que pode fornecer dados importantes sobre o ocorrido, mas ainda não foi encontrado.

_{Destroços do avião JAL Airbus depois de colisão com aeronave da Quarda Costeira (Foto: reprodução/Reuters/Kelly Ng/BBC News)}

Acidente em Aeroporto  

O avião da companhia Japan Airlines estava transportando 379 passageiros, tendo partido do aeroporto de New Chitose, perto da cidade de Sapporo na ilha de Hokkaido as 16h (horário local). O destino do avião JAL Airbus era o aeroporto de Haneda, em Tóquio. O avião pegou fogo ao colidir com um avião menor ao pousar no aeroporto era um turboélice da guarda costeira japonesa, que estava sendo utilizado para auxiliar as pessoas afetadas pelo terremoto de segunda-feira (1/1).    

Evacuação bem sucedida

Rigoroso treinamento da tripulação foi muito necessário para a evacuação dos 379 passageiros a bordo do avião JAL Airbus. As orientações foram dadas por megafones e gritos, já que o sistema de comunicação interna da aeronave apresentou defeitos, instruções foram dadas aos passageiros se dirigissem as saídas de emergências e saírem do avião por um escorregador inflável para fora do avião em chamas.

“Devo dizer que foi incrível. Acho que o que aconteceu neste caso foi que o treinamento surtiu efeito. Numa situação dessas, não há tempo para pensar, então você apenas faz aquilo que foi treinado“, diz um piloto de uma companhia aérea Sudeste Asiático.

Para uma aeronave ser conhecida internacionalmente, precisa se certificar que todos os passageiros a bordo sejam capazes de deixar o avião com o máximo de tempo de 90 segundos. A investigação do acidente continua em andamento.

Foto Destaque: Aeronave com 379 passageiros pega fogo no aeroporto de Hadena  (Reprodução/ CNN Brasil)