Autoridades encontraram o corpo de Diego Braga Alves, um respeitado lutador e professor de MMA de 44 anos, na noite desta segunda-feira (15), no Morro do Banco, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A trágica descoberta ocorreu após seu desaparecimento durante a madrugada, quando tentava recuperar sua moto furtada na comunidade vizinha da Muzema.

Com o corpo localizado, a Delegacia de Homicídios assumiu a investigação. A principal hipótese sugere que Diego Braga tenha sido confundido com um miliciano por traficantes enquanto buscava recuperar sua moto. Homens do Bope e do 31º Batalhão de Polícia Militar estiveram envolvidos nas operações de busca que culminaram na descoberta no Morro do Banco.

Relato do filho

Segundo seu filho, também lutador, Gabriel Braga, seu pai dedicou a manhã inteira à busca pela moto furtada na Muzema, subindo sozinho a comunidade sob controle do tráfico. Diante da demora, amigos tentaram acompanhá-lo, mas foram impedidos de prosseguir. Mais tarde, um amigo informou que o corpo havia sido deixado em uma praça, mas, ao chegar ao local, a presença policial já restringia o acesso.

Imagens de um circuito de segurança registraram o momento em que dois homens retiravam a moto da garagem do prédio de Diego Braga. Surpreendentemente, o lutador não registrou o furto na delegacia, adicionando um elemento intrigante à trágica narrativa.

_{Gabriel Braga juntamente com seu pai, Diego Braga (Foto: reprodução/Instagram/@iegobraga13)}

Diego Braga Alves

Diego Braga, aos 44 anos, construiu uma carreira notável como lutador profissional de muay thai e MMA. Estreando no MMA em 2003, enfrentou nomes de destaque como Charles do Bronx, Miltinho Vieira, Adriano Martins e Iliarde Santos, todos com histórico no UFC. Além de treinar com figuras renomadas como os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, assim como Anderson Silva, encerrou sua carreira em 2019 com 23 vitórias, oito derrotas e um empate.

Nos últimos anos, Diego Braga concentrou-se no ensino de artes marciais e treinamento, sendo proprietário da academia Tropa Thai. Seu filho, Gabriel Braga, alcançou a final do torneio peso-pena da PFL no ano passado, representando o legado familiar nas artes marciais.

Tráfico e milícia

A Muzema, antes dominada por milicianos até 2023, testemunhou a invasão de traficantes do Comando Vermelho em novembro do mesmo ano. O Morro do Banco, comunidade vizinha, também está sob o controle do tráfico. Investigações da Polícia Civil apontam Pedro Paulo Guedes, um dos principais criminosos do CV e líder do Complexo da Penha, como uma figura influente na Muzema desde a invasão.

Com a investigação da Delegacia de Homicídios em andamento, a trágica morte de Diego Braga Alves lança luz sobre a complexidade e violência que persistem nas comunidades do Rio de Janeiro. O episódio destaca a interseção perigosa entre o crime organizado e indivíduos comuns, ressaltando a necessidade contínua de esforços para conter a violência e garantir a segurança nessas áreas.

Foto destaque: Diego Braga, que é professor, treinador e ex-lutador de MMA. (Reprodução/Instagram/@iegobraga13.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, proferiu um discurso nesta terça-feira (16), lançando um alerta contundente, declarando que, mesmo que a Coreia do Norte não esteja ativamente buscando a guerra, caso haja uma ocasião que ele considere necessária, o líder não pretende evitá-la. As declarações aconteceram durante uma sessão especial da Assembleia Popular Suprema, o Parlamento oficial do país, onde Kim também propôs uma emenda constitucional visando alterar o status da Coreia do Sul, separando-a como um Estado independente.

_{Líder da Coreia do Norte Kim Jong-un (Foto: reprodução/KCNA/Reuters)}

Rejeição à unificação e acusações contra Seul

Kim Jong-un enfatizou que chegou à conclusão de que a unificação com o Sul não é mais uma possibilidade realista. Além disso, o líder norte-coreano acusou severamente Seul de buscar ativamente o colapso do regime norte-coreano, visando uma unificação por meio de absorção. Suas palavras foram enfáticas ao afirmar que não deseja uma guerra, porém ele informa que se houver uma tentativa de iniciar um conflito, não irá evitar e pretende revidar, conforme relatado pela agência de notícias estatal KCNA. Nesse contexto, Kim anunciou o encerramento de três organizações dedicadas à unificação e ao turismo inter-coreano. 

O panorama na Península Coreana tem sido marcado por uma escalada de tensões, evidenciada por uma série de testes de mísseis conduzidos pela Coreia do Norte, juntamente com uma crescente pressão para reconfigurar décadas de política na relação com o Sul. Analistas especulam que o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano pode assumir o controle das relações com Seul, possivelmente preparando o terreno para justificar o uso de armas nucleares em um eventual conflito.

Possível risco de guerra na Península Coreana

Kim Jong-un solicitou que a Constituição norte-coreana para que eles considerassem a Coreia do Sul como o inimigo número um. Ao mesmo tempo, o líder norte-coreano alertou que uma guerra resultaria na completa destruição da Coreia do Sul e, consequentemente, os Estados Unidos teriam que lidar com esta derrota. Em recente relatório do projeto 38 Norte, que é um um site estadunidense dedicado a análises sobre a Coreia do Norte, dois especialistas declararam que a situação na Península Coreana é a mais perigosa desde o início de junho de 1950 e que isso pode acarretar em grandes preocupações para outros países. Porém, indo contra o pensamento de que as mudanças que Kim propôs podem causar um desastre, alguns observadores da política coreana creem que isso pode acarretar e representar uma adaptação à realidade geopolítica e, eventualmente, contribuir para a normalização das relações entre as duas Coreias.

Foto Destaque: Kim Jon-un fazendo pronunciamento (Reprodução/CNN Brasil)

Na esteira de sua recente vitória nas prévias de Iowa, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcou presença em um tribunal de Nova York nesta terça-feira (16), dando continuidade a um desdobramento do processo movido pela escritora E. Jean Carroll. A autora alega ter sido vítima de abuso sexual por parte do ex-presidente durante a década de 1990.

Trump vs Carroll

O primeiro julgamento de Trump referente ao caso, ocorrido em maio, resultou na concessão de uma indenização de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 24,5 milhões) a Carroll. O júri concluiu que o ex-presidente a agrediu sexualmente no camarim de uma loja de departamentos em 1996 e a difamou em 2022, alegando que a história era inventada. No entanto, na ocasião, a questão de uma nova indenização por comentários feitos por Trump enquanto ainda ocupava a presidência foi deixada em aberto.

_{O caso ganhou mais um capítulo recente (Foto: reprodução/Kena Betancur e Andrew KELLY/AFP/Contacto)}

Julgamento mais recente

Na manhã de hoje, o ex-presidente adentrou o tribunal em meio a expectativas, marcando o início de um julgamento que se prevê prolongado. Embora tenha optado pelo silêncio diante da imprensa, Trump expressou anteriormente seu desejo de testemunhar durante a audiência. Restrições, contudo, foram impostas ao seu depoimento, limitando-o exclusivamente à questão do valor que ele deve a Carroll, conforme estipulado pelo juiz Lewis A. Kaplan.

Trump tem reiteradamente afirmado que Carroll fabricou a história com o intuito de promover seu livro de memórias. O magistrado responsável pelo caso proibiu o ex-presidente e sua defesa de discutir publicamente os “relacionamentos românticos passados e experiências sexuais anteriores” de Carroll, bem como de sugerir que Trump não a agrediu sexualmente ou que sua motivação para processá-lo é guiada por “uma agenda política, interesses financeiros ou doença mental.“

É importante ressaltar que tais restrições não se aplicam fora do ambiente do tribunal, conferindo a Trump liberdade para abordar esses temas em suas redes sociais.

Jean Carroll, que já está presente no tribunal, planeja testemunhar sobre os danos causados à sua carreira e reputação em decorrência das declarações públicas de Trump. Sua busca por justiça envolve uma solicitação de US$ 10 milhões em indenizações compensatórias, além de quantias substanciais em indenizações punitivas.

Foto destaque: Trump perdeu o primeiro julgamento na ação movida contra Carroll (Reprodução/Ed Jones/AFP/Folha de Pernambuco)

Foram divulgadas, nesta terça-feira (16), às 9h, as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, realizado em novembro. Os 2,7 milhões de estudantes que fizeram a prova já podem conferir os resultados de cada competência – Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Redação – no site do Inep.

Apesar das notas de Redação já estarem disponíveis, os alunos só terão acesso ao espelho da prova após 90 dias. Com o documento em mãos, os participantes conseguem saber em quais competências perderam pontos. Segundo o MEC, os avaliadores consideram domínio da escrita formal, compreensão do tema, argumentação, coesão e respeito aos direitos humanos na definição das notas. Desrespeito aos direitos humanos e/ou fuga do tema levam a nota a zero.

Conhecido por uma correção que utilizada a Teoria da Resposta do Item (TRI), que se baseia no desempenho dos próprios alunos para classificar a dificuldade das perguntas e definir o peso da questão, a nota não corresponde ao percentual de acertos. Podem ocorrer também diferenças nos critérios de relevância estabelecido por cada instituição de ensino superior.

Como visualizar as notas

Os participantes podem visualizar as notas por meio do site do Inep, clicando na aba “Página do Participante”. Em seguida, o estudante deverá efetuar o login único na plataforma gov.br, informando CPF e senha. Na sequência, basta clicar em “Resultado 2023”, página onde serão exibidas as notas de cada competência, inclusive da redação.

^{Notas do Enem 2023 foram divulgadas neste terça-feira (Foto: reprodução/X/@inep)}

Caso você tenha esquecido a senha de acesso, não precisa se desesperar: é possível recuperá-la. O site fornece algumas maneiras de recuperação, basta preencher os campos solicitados e criar nova chave.

Inscrições para o Sisu

De segunda a quinta-feira da próxima semana, entre os dias 22 e 25 de janeiro, os estudantes poderão se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O resultado da classificação está previsto para o dia 30 de janeiro.

^{Alunos chegando no local de prova, em novembro (Foto: reprodução/ Maria Isabel Oliveira/ Agência O Globo)}

Neste ano, 264 mil vagas serão disponibilizadas em instituições públicas de ensino superior de todo o país e haverá somente uma etapa de inscrição válida para cursos com início previsto no primeiro ou no segundo semestre. No mesmo portal, também será possível tentar vagas em instituições privadas através do Programa Universidade para Todos (ProUni). Neste caso, as inscrições ficarão abertas entre 22 e 25 de fevereiro.

Foto destaque: estudantes podem visualizar as notas do Enem pelo site do Inep (reprodução/Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil)

O ex-presidente Donal Trump venceu, nesta segunda-feira (15), a primeira prévia para as eleições presidenciais de 2024. A votação aconteceu no estado de Iowa, onde os “caucuses” deram ao republicano um número expressivo de votos, proporcionando uma vitória esmagadora e uma prova concreta do domínio de Trump sobre o Partido Republicano.

Não se pode dizer, no entanto, que o resultado foi uma surpresa: pesquisas de intenção de voto já indicavam uma folgada vitória do republicano. Iowa, localizado no centro-oeste do EUA, tem números significativos de votantes rurais, conservadores, evangélicos e da classe trabalhadora, ou seja, grupos que compõem a base do eleitorado de Trump e lhe garantiram a vitória em quase todos os condados do estado.

Com 99% dos votos apurados, o ex-presidente já somava 51% dos votos. Atrás, com distância de 30 pontos, veio Ron DeSantis com 21%, seguido de Nikki Haley, com 19%. Esta é a primeira etapa do longo e complexo processo eleitoral estadunidense.

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No caucus de Iowa, que há mais de 50 anos marcam a abertura oficial do calendário eleitoral dos EUA, Trump conseguiu eleger 20 delegados; Ron DeSantis, 8; Nikki Haley, 7; e Vivek Ramaswamy, que se uniu ao ex-presidente após o resultado, 3.  

Discurso da vitória e processos na justiça

No discurso, Trump agradeceu aos votantes, parabenizou – em um tom atipicamente otimista e amigável – os companheiros de partido Ron e Nikki e sugeriu uma possível união entre conservadores, liberais e republicanos. O empresário também criticou Joe Biden, atual presidente do país: “Nós eramos uma grande nação há três anos, e hoje as pessoas estão rindo de nós”, disse.

Outro tema abordado pelo pré-candidato foi a questão imigratória, uma das pautas mais importantes para seu governo e para os eleitores do estado. Segundo ele, para conter as “invasões” que o país vem sofrendo é preciso realizar deportações. Nas eleições passadas, Trump ficou conhecido pelo slogan “Make America great again” (“Faça a América grande de novo”) ao defender uma nação anti-imigrantista. Na época, ele sugeriu a construção de um muro para separar Estados Unidos e México.

Apesar de ser réu em quatro processos na Justiça norte-americana, dos quais será julgado em breve, 63% dos eleitores que participaram dos caucus em Iowa defenderam que Trump poderia governar mesmo se fosse condenado como indica pesquisa realizada pelo Instituto Edison Research. De acordo com a legislação do país, isso é possível.

O sistema de votação norte-americano

Ao contrário do Brasil, as eleições estadunidenses são definidas por votação indireta. Ou seja, os delegados, como são chamados os representantes dos pré-candidatos, são escolhidos nos caucus, que funcionam como assembleias realizadas em todo o estado em escolas e locais públicos.

_{Eleitores enfretam baixas temperaturas em dia de votação (Foto: reprodução/Maansi Srivastava/The New York Times/Instagram/@sfloresjr)}

Durante o encontro, os delegados fazem os discursos em defesa de determinado candidato e participam de debates. Em seguida, através de cédulas de papel, os eleitores votam no delegado que representará o pré-candidato que desejam na Casa Branca. São esses delegados que participarão das convenções do partido e votarão nos candidatos que representam.

Neste primeiro momento, o caucus do Partido Democrata em Iowa fará apenas o debate. A votação para escolha dos delegados ocorrerá em março, mas Biden aparece como favorito nas pesquisas de intenção de voto.

As eleições presidenciais estão marcadas para o dia 24 de novembro.

Foto destaque: Donald Trump vence primárias em Iowa (Reprodução/Reuters/Evelyn Hockstein)

Dias Toffoli, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o inquérito para investigação do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da República do Paraná. A solicitação foi concedida após requerimento da Polícia Federal (PF). O processo trata-se de quando os supostos envolvidos atuaram em conjunto em delação premiada na operação Lava Jato. Sergio Moro atuava como juiz na Vara Federal de Curitiba.

_{Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/Poder 360)}

O processo causador do inquérito

Após investigações, a Polícia Federal (PF) entendeu a urgência de averiguar a verdade sobre o veredito do caso Consórcio Nacional Garibaldi, no início dos anos 2000. Tony Garcia, ex-deputado estadual do Paraná, era o principal envolvido no processo e foi convocado pela PF para fazer declarações sobre o julgamento da época em que Moro era o juiz responsável. Segundo o relato de Tony Garcia, neste processo houve um acordo de colaboração premiada firmado em 2004, depois da sua condenação na prisão pela Polícia Federal, e que a chantagem que ocorreu em seu processo, supostamente, teria ocorrido na Operação Lava Jato tempos depois. A decisão da retomada dessa investigação foi dada pelo ministro Dias Toffoli. As informações foram reveladas pela Globonews e boa parte do processo permanece em sigilo. 

“Mostra-se necessária a instauração de inquérito neste Supremo Tribunal Federal para investigação sobre os fatos narrados, nos exatos termos em que pleiteados, na medida em que demonstrada a plausibilidade da investigação de condutas, em tese, tipificadas como crime”, pronunciou Toffoli.

Moro nega as irregularidades apontadas

Sergio Moro negou as acusações feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF): “Não houve qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás”. Tony Garcia disponibilizou um longo relato detalhado sobre os processos e aponta sobre a chantagens e fraudes cometidas por Moro durante as investigações. O ex-deputado Garcia entregou para Moro uma grande lista de informações e afirmou para os policiais que trabalhava como “agente duplo” dentro do meio político enquanto ocorria o seu julgamento.

Foto em destaque: Sergio Moro (Reprodução/ Agência Brasil)

Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nessa segunda-feira (15), a Lei 14.811/2024 eleva a pena de crimes contra crianças e adolescentes e inclui bullying e cyberbullying no Código Penal. O texto também classifica como hediondos os crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (8.069/1990).

A legislação estabelece medidas de proteção em ambientes educacionais e cria a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente.

Com alterações no Código Penal, a lei prevê multa para casos de bullying e reclusão, além de multa, para o cyberbullying, com pena de dois a quatro anos. Crimes como indução ou auxílio ao suicídio pela internet, sequestro e cárcere privado de menores de 18 anos, e tráfico de pessoas contra crianças ou adolescentes entram na lista de hediondos pela Lei dos Crimes Hediondos (8.072/1990).

A pena por homicídio de criança menor de 14 anos aumenta em 2/3 se ocorrer em uma escola, e no caso de indução ou auxílio ao suicídio, a pena dobra se o autor for líder ou administrador de grupo virtual. Em crimes hediondos, não há opção de pagar fiança, receber anistia, graça ou indulto, sendo necessário cumprir a pena inicialmente no regime fechado.

_{Lula sanciona lei que criminaliza bullying e cyberbullying  (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNbrasil)}

Bullying e Cyberbullying

A norma, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), define bullying como uma intimidação sistemática, intencional, repetitiva e sem motivação evidente, praticada mediante violência física ou psicológica. Os atos podem envolver humilhação, discriminação e outras ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais, com pena de multa, caso não constitua crime mais grave.

O cyberbullying, versão virtual dessa intimidação, promovida em ambientes digitais, recebe pena de dois a quatro anos de prisão e multa. A legislação inclui ainda na Lei dos Crimes Hediondos condutas como agenciamento, recrutamento, intermediação ou coação de menores para registros ou gravações pornográficas; exibição ou transmissão digital de pornografia infantil; compra, posse ou armazenamento de pornografia infantil; tráfico de pessoas menores de idade; sequestro e cárcere privado de menores; e induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou à automutilação por meios virtuais.

Dados no Brasil

Um levantamento do instituto de pesquisa Ipsos revelou que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de cyberbullying. A pesquisa, que entrevistou mais de 20 mil pessoas em 28 países, indicou que 30% dos pais ou responsáveis brasileiros têm conhecimento de que seus filhos estiveram envolvidos em casos de cyberbullying pelo menos uma vez, ficando atrás apenas da Índia.

Além disso, uma pesquisa da Intel Security, vinculada à Intel, realizada com 507 crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos, apresentou dados preocupantes sobre o cyberbullying no Brasil. Cerca de 66% presenciaram agressões online, 21% afirmaram ter sido vítimas de cyberbullying, e 24% admitiram realizar atividades consideradas cyberbullying. As justificativas para tais ações incluem defesa própria, antipatia pela pessoa afetada e influência de outros praticantes de comportamentos agressivos.

Foto destaque: ilustração de uma mão segurando um celular com emojis ao redor representando ataques virtuais (Reprodução/pplware)

As chuvas que atingiram o estado do Rio de Janeiro na noite do sábado (13) e na madrugada do domingo (14) deixaram até agora 11 mortos e uma pessoa desaparecida. Todas as ocorrências aconteceram em bairros da zona norte da capital e na Baixada Fluminense. Além disso, diversas áreas ficaram alagadas. O Centro de Operações da Prefeitura do Rio, decretou situação de emergência no município, colocando a cidade em nível 4 de atenção. 

Segundo a prefeitura, houve um registro recorde de chuva, no bairro de Anchieta, na zona norte da capital, onde em 24 horas choveu 259,2 milímetros. O governo municipal montou um centro de crise no bairro da Pavuna, também na zona norte da cidade. 

Não deve chover na capital fluminense nos próximos dias. Segundo o site da prefeitura do Rio de Janeiro, “Alerta Rio”, entre segunda-feira (15) e a quarta-feira (17), não haverá redução de nebulosidade sobre a cidade e não terá previsão de chuva. Já na quinta-feira (18), fará calor, e a noite terá previsão de chuva para áreas isoladas. 

Estágio 4 de alerta

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio, decretou que a cidade está em nível 4 de atenção (em uma escala de 5). Isso significa que uma ou mais ocorrências graves estão impactando a cidade. Esse nível de alerta também pode ser estabelecido quando acontece uma incidência de maneira simultânea de diversos problemas de médio ou alto impacto em diversos pontos da cidade. Além disso, ele também pediu para as pessoas se manterem em lugares seguros e evitarem deslocamentos.

Chuva deixou 11 pessoas mortas e uma pessoa desaparecida 

Até o momento, as chuvas no estado do Rio de Janeiro deixaram 11 pessoas mortas. Os casos ocorrem na zona norte da capital e na Baixada Fluminense entre a noite do sábado (13) e a madrugada do domingo (14).  Além das mortes, uma mulher segue desaparecida, na cidade de Belford Roxo, após cair com o carro dentro do Rio Botas. 

Alagamentos 

Além das mortes, as fortes chuvas também provocaram a interdição de vias expressas importantes – como a Avenida Brasil e a Rodovia Washington Luís (BR-040). A segunda foi alagada,  na altura da Reduc, na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no sentido Rio. Motoristas chegaram a ficar dez horas parados. 

_{Rodovia Washington Luís alagada no sentido Rio de Janeiro. (Foto: repordução/Patrícia Albuquerque/g1)}

Além disso, as estações da linha 2 do metrô operaram apenas entre as estações Colégio e General Osório/Ipanema. As estações  Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari e Fazenda Botafogo e Coelho ficaram temporariamente fechadas. 

Foto Destaque: Imagem Aérea da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução/TV Globo)

O Vale das Lágrimas, local em que um avião transportando 45 pessoas caiu no Chile, recebe, ao longo dos anos, várias expedições de turistas de todo o mundo. Os aventureiros buscam recriar e explorar o mesmo caminho que sobreviventes da tragédia trilharam para encontrar ajuda. Durante esses 51 anos, vários pertences foram localizados, mas muitos objetos ainda estão desaparecidos em meio à neve.

Em razão das condições extremas e os vários desafios presentes ao longo do percurso, objetos pessoais das vítimas e peças do avião permanecem no local.

Objetos encontrados 

Todos os itens localizados pelas Forças Armadas ou pelas pessoas durante as expedições são destinados ao Museu dos Andes, no Uruguai. Ao longo dos anos, foram encontrados parte dos assentos, objetos de vestuário, como camisas e calças, capas dos assentos, entre outros. 

_{Restos do avião que ficaram presos no gelo (Foto: reprodução/Wunabbis/ Wikimedia Commons/Aventuras na História)}

Ricardo Peña, guia mexicano, comentou ao jornal Clarín que, em 2005, localizou o blazer de Eduardo Strauch, um dos sobreviventes, e também descobriu uma bolsa com US$ 100 e um passaporte. 

Grande parte da fuselagem do avião permanece no local, assim como o trem de pouso dianteiro e partes da hélice e janelas, que ficaram enterrados no gelo.

Relembrando a tragédia

Em 13 de outubro de 1972, um avião uruguaio transportando o time de rugby com destino a Santiago, no Chile, despencou em uma região remota na cordilheira dos Andes. A aeronave levava 45 pessoas, e devido à queda, 12 pessoas morreram. O acidente foi ocasionado pelas péssimas condições climáticas e pelas decisões erradas tomadas pelos pilotos, que realizaram a descida antes do previsto. 

Durante dez semanas, as vítimas da queda tiveram que lutar pela sua sobrevivência. Infelizmente, as condições extremas e a falta de suprimentos levaram 17 pessoas a não resistirem. Após alguns dias, os jovens conseguiram ligar um rádio e descobriram que as buscas estavam encerradas, pois as autoridades acreditavam que não havia sobreviventes. Parrado, um dos sobreviventes, decidiu que para salvar o restante do grupo era necessário que eles se deslocassem em busca de ajuda. Por isso, Canessa e Parrado percorrem 38 quilômetros para chegar a um vilarejo.

As autoridades resgataram os jovens após 72 dias da queda do avião, e 16 vidas foram salvas.

Foto Destaque: partes do avião e sobreviventes no filme “A sociedade da Neve” (Reprodução/Divulgação/Netflix/Correio24horas)

Na última quinta-feira (11), o Ministério da Saúde divulgou que ainda existem regiões onde o garimpo impede a atuação dos profissionais da saúde. Além disso, fiscais do Ibama realizaram uma ação para fechar novamente um ponto de garimpo ilegal. Esse local já havia sido desativado em uma operação em 2023. 

Quase um ano após a última ação do governo federal para acabar com a tragédia humanitária nas terras indígenas Yanomami, a região ainda sofre com as ações dos garimpeiros. A visita do Ibama revelou que o acampamento encontrado possuía mantimentos, instrumentos de localização, celulares, combustíveis e grande quantidade de bebida alcoólica. 

Tragédia humanitária nas terras indígenas 

Em janeiro de 2023, o presidente Lula decretou emergência em saúde pública nas terras indígenas. O objetivo era restaurar os serviços de saúde e socorrer os Yanomamis que estavam sofrendo desnutrição extrema provocados pela falta de alimentação e doenças provenientes do garimpo.

_{Equipe do SUS prestando assistência a uma família indígena (Foto: reprodução/Igor Evangelista/Ministério da Saúde/Unb Notícias)}

No ano passado, 345 indígenas morreram na região de janeiro a novembro, sendo que 308 das mortes eram crianças com até 4 anos de idade. A maioria dos casos era de Malária, doença transmitida pela mobilidade que os garimpeiros, que se deslocam entre regiões com o vírus, muitas vezes sem realizar o tratamento adequado, acabando por transmitir para os Yanomamis.

O Ministério da Saúde afirmou, na quinta-feira, que ampliou de 690 para 960 o número de profissionais atuando no território Yanomami. Além disso, investiu mais de R$ 220 milhões para reestruturar a saúde nas terras indígenas. 

Garimpo ilegal na região

As operações para a retirada dos garimpeiros ilegais do território Yanomami estão se tornando mais violentas. No ano passado, fiscais foram atacados a tiros. O procurador da República MPF-RR, Alisson Marugal, comentou que o perfil dos garimpeiros são de pessoas mais audaciosas, ousadas e que estão ligadas a grupos criminosos. 

Na terra Yanomami estão em andamento mais de 400 investigações da Polícia Federal contra o garimpo, e o Ibama já destruiu 35 aviões e helicópteros dos criminosos. 

Pertencente aos Yanomamis desde 1922, o território destinado exclusivamente para os indígenas vem sofrendo com ação ilegal de garimpeiros que destroem o meio ambiente e causam o extermínio do povo indígena. Na terça-feira (9), o presidente Lula anunciou que as forças de segurança vão se instalar e ficar nas terras Yanomami, sendo uma abordagem diferente da realizada em 2023.

Foto Destaque: um dos locais de garimpo ilegal nas terras Yanomami (Reprodução/Chico Batata/Greenpeace/Rede Brasil Atual)