População argentina faz paralisação contra “decretaço” de Milei

Nesta quarta-feira (24), o governo de Javier Milei enfrenta uma paralisação convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior sindical do país para questionar as decisões feita pelo presidente de alterar as leis econômicas e sindicais no país. O movimento tem o lema “O país não está à venda”. 

A paralisação 

O movimento foi aderido por diversos setores, aeroporto, bancos não funcionarão e transportes públicos irão funcionar em horário reduzido. Ao menos 33 voos foram cancelados pela Gol e Latam, o que prejudica o turismo do país. Além disso, os caminhoneiros também resolveram aderir a paralisação. 

As mudanças propostas por Milei foram chamadas de “decretaço” e estão sendo protestadas por conta das modificações que irá causar nos direitos trabalhistas, na economia e outros setores. A “lei ómnibus” é uma das questões principais que faz argentinos irem para as ruas, pois ela proporciona ao governo liberdade de punição as pessoas que fizerem protestos e paralisações. 


População argentina faz paralisação contra “decretaço” de Milei (Foto: reprodução/Valor Econômico)


Resposta do governo Milei 

Uma das manifestações está sendo realizada em frente ao Congresso para pressionar os deputados e senadores a não votar a favor das modificações nas leis propostas por Milei. A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich disse que vai voltar a empregar a mesma tática testada em dezembro de 2023, “protocolo antipiquetes”, que visava manter a população nas calçadas, sem bloquear as vias. No fim do ano passado, essa tática não funcionou, os manifestantes bloquearam a passagem dos automóveis e a polícia de Buenos Aires precisou intervir causando confronto com a população.  

Manuel Ardoni, porta-voz do governo Milei disse que não entende o motivo da população fazer greves, de acordo com ele, nos últimos anos os trabalhadores tinham menos direitos do que a proposta que está em vigor. 

O governo argentino afirmou que os funcionários públicos que participarem da paralisação terão o pagamento descontado. Esse desconto não será imposto em todos os lugares, em Buenos Aires, o governo de esquerda de Axel Kicillof disse que vai respeitar o direito de greve da população. 

 

Foto destaque: argentinos fazem protestos nesta quarta-feira (Reprodução/Diário Causa Operária)

Estados Unidos e outros 24 países apoiaram a ofensiva do Reino Unido contra os Houthis

O governo do Reino Unido divulgou um comunicado conjunto na última terça-feira (23), afirmando que 24 países, entre eles incluiam Estados Unidos, Alemanha e Austrália, que deram suporte para os ataques contra oito alvos em regiões do Iêmen que estão sob controle do grupo radical Houthis. 

O ataque britânico foi em resposta aos ataques dos Houthis contra navios cargueiros que transitam no Mar Vermelho. Ele foi feito pelas Forças Armadas do Reino Unido e dos Estados Unidos que foram apoiados pelas forças armadas da Austrália, Bahrein, Canadá, Holanda e Nova Zelândia, segundo um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro britânico. 

Este foi o oitavo ataque que os EUA conduziram contra alvos dos Houthis em janeiro e o segundo que foi realizado em conjunto com o Reino Unido. Segundo o comunicado em conjunto dos países que realizaram o ataque da última segunda-feira (22): ”teve como alvo específico um local de armazenamento subterrâneo dos houthis”, além de locais que estavam associados com o lançamento de mísseis e a vigilância aérea do grupo.  

Estes ataques foram feitos para impactar e degradar a capacidade dos Houthis de continuarem os seus ataques ao comércio global e aos marinheiros inocentes de todo o mundo, evitando, ao mesmo tempo, a escalada [do conflito]”, afirmaram os países por meio do comunicado em conjunto. 

Estados Unidos afirmam que os ataques foram “bem-sucedidos”

De acordo com um militar sênior americano e um oficial de defesa sênior, os últimos ataques realizados contra alvos dos Houthis no Iêmen foram “bem-sucedidos” e que eles destruíram mísseis, locais de armazenamento de armas e sistemas de drones. Na última terça-feira (23), autoridades americanas afirmaram que destruíram ou degradam mais de 25 instalações de lançamentos de mísseis dos Houthis e mais de 20 mísseis dentro do Iêmen desde que os ataques foram iniciados. 

Houthis ataca navios no Mar Vermelho 

Desde novembro do ano passado, os Houthis vêm atacando navios comerciais no Mar Vermelho para demonstrar seu apoio aos palestinos e ao Hamas. Os constantes ataques do grupo radical iemenita fizeram algumas empresas de navegação mudarem sua rota para evitar passar pelo Mar Vermelho. 


Rebeldes Houthis durante um ataque a um navio no Mar Vermelho (Foto: reprodução/Ansarullah Media Center/AFP/Getty Images)


O nome Houthis tem origem de um grupo que está localizado na região norte do Iêmen e que pertence ao segmento xiita da religião muçulmana. Ele é apoiado pelo governo iraniano. Ambos se consideram integrantes do “Eixo de resistência”, que também inclui o Hamas. Desde 2015 os Houthis estão em guerra com o governo iemenita. 

Foto Destaque: Caça americano decolando do porta aviões americano Dwight D. Eisenhower (Reprodução/X/US CENTRAL COMMAND)

Disparos de mísseis de cruzeiro foram realizados pela Coreia do Norte, afirma militares sul-coreanos

Por volta das 7h da manhã (19h de terça, no horário de Brasília) de quarta-feira (24), a Coreia do Norte realizou disparos de um navio de cruzeiro, de acordo com militar sul-coreanos. Os mísseis caíram no Mar Amarelo e os lançamentos estão sendo analisados pela inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. 

Tensão na Península da Coreia 

Na quinta-feira (18), o país confirmou que havia testado armas nucleares subaquáticas e nesta quarta-feira (24), a Coreia do Norte realizou o primeiro disparo de mísseis de cruzeiro desde setembro de 2023. O governo norte-coreano afirmou que os disparos feitos na última quinta-feira (18) foram em resposta aos movimentos militares realizados em conjunto pelos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. 


Coreia do Norte dispara mísseis no mar amarelo (Foto: reprodução/CNN Brasil)


As tensões na península da Coreia aumentaram nos últimos anos após a relação entre os países, Coreia do Sul e Coreia do Norte se desgastar, e os movimentos militares, como disparos de mísseis e testes com armas nucleares crescessem. Enquanto a Coreia do Sul realiza exercício em conjunto com outros dois países, a Coreia do Norte mostra estar se preparando para uma guerra. 

Declarações norte-coreanas 

No ano de 2023, após exercícios militares dos três países em conjunto, o líder norte-coreano, Kim Jong-un tratou a situação como uma provocação e resolveu apressar seu exército para se preparar para uma possível guerra. Há duas semanas atrás, a irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong disse que qualquer provocação feita contra a Coreia do Norte resultaria em uma resposta com “batismo de fogo”. “Nosso exército lançará imediatamente um batismo de fogo em caso de qualquer provocação que seja pequena”, afimou ela. 

No início deste ano, entre os dias 5 e 7 de janeiro, a Coreia do Norte realizou disparos na região fronteira com a Coreia do Sul e assustou a população sul-coreana que foi aconselhada a deixar o local e buscar abrigo para fugir de um possível acidente.  

Foto Destaque: governo de Kim Jon-un faz disparos de mísseis de cruzeiro (Reprodução/Revista Oeste)

Trump vence primária do Partido Republicano em New Hampshire

Donald Trump venceu as primárias em New Hampshire, derrotando sua única concorrente, a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley. Com a segunda vitória consecutiva nas primárias deste ano, ele se torna o primeiro pré-candidato republicano a vencer as corridas de Iowa e New Hampshire, traçando um caminho aparentemente tranquilo para se consolidar como o candidato de oposição na disputa pela Casa Branca.

A votação ocorreu nesta terça-feira (23) em todo o estado, e as urnas fecharam às 20h do horário local (22h pelo horário de Brasília). Quando 91% dos votos estavam apurados, Trump somava 54,6% dos votos ou 11 delegados, enquanto Haley tinha 43,2% ou 8 delegados.

Pressão para Haley desistir

Única concorrente que permaneceu na disputa – os outros candidatos, como Ron DeSantis e Vivek Ramaswamy desistiram e declararam apoio a Trump – Haley parabenizou o adversário e confirmou que seguirá nas primárias mesmo com a derrota, como havia dito na manhã de terça-feira (23).

“Há conversas de que essa corrida terminou. Eu tenho notícias: New Hampshire é o primeiro (estado) na nação, não o último. Essa corrida está longe do fim, há dezenas de estados ainda. O próximo é o meu, da Carolina do Sul.”, disse.


Nikki Haley garante que não vai desistir da disputa (Foto:reprodução/Charles Krupa/AP)


Betsy Ankney, gerente de campanha de Haley, endossou as palavras da pré-candidata. Em comunicado enviado para doadores, apoiadores e jornalistas, ela disse que era cedo demais para abandonar a disputa. “A classe política e a mídia querem coroar Donald Trump. Dizem que a corrida acabou. […] Não é assim que funciona”, argumentou.

Trump, em contrapartida, adotou o seu já conhecido tom debochado no discurso, zombando de Haley e a chamando de impostora: “Ela está fazendo um discurso como se tivesse vencido. Ela perdeu. Ela teve uma noite muito ruim”, disse o ex-presidente que parecida irritado com o fato de Haley não ter desistido das primárias”, disse o ex-presidente. 

Perfil dos eleitores

Pesquisas já previam a vitória de Trump também em New Hampshire, mesmo o estado sendo considerado um local de eleitores independentes e moderados.

As áreas onde o ex-presidente obteve os resultados que lhe garantiram a vitória foram nas cidades menores, também mais conservadoras. De acordo com o G1, Trump conquistou cerca de 7 em cada 10 eleitores republicanos identificados como conservadores. Segundo a AP, Haley liderou nas cidades e vilas de tendência democrata, como Concord e Portsmouth.


Trump acena para apoiadores (Foto:reprodução/Doug Mills/The New York Times)


As primeiras prévias para a disputa pela Casa Branca começaram no dia 15 de janeiro e seguem até meados de junho. Em setembro, com os candidatos de ambos os partidos definidos, iniciam-se os debates da corrida presidencial. A eleição será no dia 5 de novembro.

Foto Destaque: Donald Trump tem segunda vitória consecutiva na primeira fase da disputa pela Casa Branca (reprodução: Doug Mills/The New York Times)

 

 

EXCLUSIVA: Com relatos de hipotermia e acidentes elétricos, 10ª edição do Festival Saravá é cenário de desastre

Relatos de hipotermia, acidentes elétricos, falta de acessibilidade e segurança marcaram a 10ª edição do Festival Saravá que aconteceu nesta segunda-feira (20), na Arena Império das Águias, em Florianópolis, Santa Catarina.

O evento, que contou com apresentações de Alcione, Djonga, Gilsons, Rachel Reis, Johnny Hooker, Letrux, Jesus Lumma e Getúlio Abelha, prometia um “festival único, lugar lindo e arborizado”, além de “acessível”.

No entanto, de acordo com a declaração da empreendedora da área de tecnologia, Raíza Terra, que compareceu ao Festival Saravá, o evento “foi um caos”, pois não estava devidamente preparado para as condições climáticas do dia.

“Caiu uma tempestade. Sendo que a prefeitura de Florianópolis já havia avisado que ia acontecer isso [chuvas fortes] (…) O pessoal levou choque. Teve gente com hipotermia. Eu tive que salvar várias pessoas. Não tinha segurança. Não tinha nada lá”, informou em entrevista.

Ainda segundo a empreendedora, a tempestade e a falta de estrutura do festival também afetaram a locomoção de parte do público PCD, além de tornar o evento “insalubre”.  

“Tinha um pessoal que não conseguia se locomover, porque não aterraram o terreno. Virou um manguezal (…) Pessoa cega com cão guia sem conseguir se locomover”, relatou com exclusividade ao portal Lorena R7.

Público reclama nas redes sociais

Nas redes sociais do Festival Saravá, o relato de Raíza Terra é repetido em centenas de comentários. A maioria das críticas ressalta o “despreparo” da organização evento, além de declarações de pessoas que afirmam ter “passado fome” e dificuldade de acessar os banheiros.

“Vocês não entregaram acessibilidade, não entregaram visibilidade, não entregaram UMA tenda. Entregaram lama, caos, comida molhada e condições insalubres de se manter. Parabéns por fazerem feio demais”, comentou um internauta.

Declaração após o evento 

Após o evento, nesta segunda-feira (23), o Festival Saravá compartilhou em seu Instagram um texto, no qual afirmava que “o toró d’água que caiu na noite de sábado, não era previsto e choveu o esperado para muitos dias, tornando todo o processo de trabalho e para o público curtir o festival, delicado e cuidadoso”. No post, contudo, o festival não citou quaisquer dos problemas citados por Raíza Terra.


Postagem do Festival Savará após o evento. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@festivalsarava).


“Vocês não entregaram um festival como está descrito nesse post. Nem perto disso! Eu paguei pra ver show e não consegui ficar porque estava INSALUBRE. Esse texto todo e nenhum desculpa com o público de vocês. Péssima organização e péssimo posicionamento”, dizia um dos comentários da postagem.

O portal Lorena R7 está aberto para caso a organização do Festival Saravá queira se pronunciar quanto as denúncias feitas contra a sua 10ª edição.

Foto destaque: Festival Saravá. (Reprodução/nsctotal).

Casal descobre câmera espiã em hospedagem de Porto de Galinhas

Um casal de São Paulo que encontrou uma câmera espiã em um flat em que estava hospedado em Porto de Galinhas, Pernambuco, irá processar os responsáveis pelo local. A situação ocorreu na praia de Muro Alto, no litoral sul do estado, em um flat no OAK Beach Residence.

Casal paulista irá processar responsáveis pelo crime

O casal disse que a câmera foi descoberta após ouvirem um barulho que vinha de uma tomada que ficava abaixo de uma TV. O aparelho estava de frente para a cama em que dormiam. Após tentar encaixar um carregador de celular na tomada, sem sucesso, o casal fez uma análise mais minuciosa e descobriu que se tratava de uma câmera.


Câmera descoberta em hospedagem em Porto de Galinhas (Foto: reprodução/Revista Fórum)


Segundo o advogado que representa o casal, Roque Henrique Campos, seus clientes optaram por abrir uma ação civil no estado de São Paulo, de onde são, e onde foi feita a reserva da hospedagem. Ao fim das investigações pela Polícia Civil será proposta também uma ação criminal.

O advogado afirmou ainda que todos os envolvidos na negociação e contrato firmado para a hospedagem serão indiciados no processo, o que inclui a empresa Carpe Diem, responsável pela OKA Beach Residence, onde fica o flat, e o site Booking, onde estava sendo anunciada a hospedagem.

Especialistas recomendam cuidados para evitar espionagem

A situação vivida pelo casal paulista fez com que o tema da privacidade em hospedagens de curta temporada voltasse à tona. Há algum tempo, esse assunto se tornou viral com usuários compartilhando nas redes sociais suas experiências, porém, com predominância de relatos em outros países. Essa é a primeira vez que uma situação do tipo viraliza no Brasil.

Especialistas recomendam tomar algumas medidas para garantir que não está sendo espionado em instalações temporárias, como procurar por luzes piscando, verificar tomadas, observar fios e desconectar dispositivos suspeitos. Caso seja confirmada a suspeita de espionagem, deve-se prestar um boletim de ocorrência e solicitar uma perícia o mais rápido possível.

Foto destaque: OAK Beach Residence (Reprodução/Booking)

Ataque russo contra Kiev e Kharkiv, na Ucrânia, mata 4 pessoas e deixa dezenas de feridos

A Ucrânia foi alvo de uma série de ataques aéreos, na manhã desta terça-feira (23), desferidos pelas forças russas, resultando em um cenário de devastação e perdas humanas. Os principais alvos foram as cidades de Kiev e Kharkiv, onde quatro pessoas perderam a vida e mais de 60 ficaram feridas, de acordo com as autoridades locais.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, o ataque deixou 42 pessoas feridas, enquanto a capital regional registrou três mortes. A cidade, situada a cerca de 30 quilômetros da fronteira com a Rússia, sofreu danos significativos em 30 edifícios residenciais, com quase mil janelas de apartamentos estilhaçadas em meio a temperaturas gélidas de -7º.

O governador regional Oleh Syniehubov destacou que uma seção inteira de um edifício residencial foi completamente destruída, gerando preocupações sobre possíveis vítimas presas nos escombros. As equipes de resgate estão mobilizadas para realizar buscas meticulosas.

Impactos na capital

Na capital ucraniana, Kiev, o prefeito Vitali Klitschko atualizou os números, informando que 20 pessoas ficaram feridas, com 13 delas hospitalizadas, incluindo três crianças. Este dado representa uma revisão dos balanços iniciais que apontavam duas mortes.

A cidade de Kiev, palco de ataques aéreos, testemunhou a destruição de edifícios e a perda de vidas. Os impactos atingiram quatro distritos da capital, ferindo não apenas corpos, mas também deixando marcas visíveis na paisagem urbana.

Arsenal de mísseis

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Valeriy Zaluzhny, revelou que a Rússia lançou 41 mísseis contra a Ucrânia, variando desde os modelos S-300 até os Iskander. Este ataque aéreo de grande escala evidencia a intensidade do conflito. Contudo, a defesa antiaérea ucraniana conseguiu destruir 21 desses mísseis, mitigando parte do impacto.


A operação de resgate continua após outro ataque russo (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)


As informações detalhadas sobre os tipos de mísseis empregados fornecem uma visão mais clara da magnitude do ataque, destacando a complexidade do cenário militar atual.

Inverno russo

Analistas observam que os ataques aéreos durante o inverno russo estavam previstos, com a Rússia armazenando mísseis no final do ano passado. O impacto desses eventos adiciona uma camada de complexidade ao conflito, enquanto as forças ucranianas enfrentam desafios estratégicos.

A estagnação na frente de batalha, com a linha de frente de 1.500 quilômetros praticamente inalterada, indica uma dinâmica de guerra de trincheiras e artilharia. A incapacidade de ambos os lados de alcançar uma vitória decisiva prolonga o conflito, gerando incertezas sobre seu desfecho.

Cenário diplomático

No cenário diplomático, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, desafiou os Estados Unidos e outros apoiadores da Ucrânia em uma reunião da ONU. Suas declarações, classificando as forças ucranianas como “um fracasso total” no campo de batalha, evidenciam a tensão entre as nações envolvidas.

O recente episódio de acusações entre Moscou e Kiev, envolvendo alegações de bombardeios ucranianos em Donetsk, agravou ainda mais as relações. O Kremlin rotulou o incidente como um “ato terrorista monstruoso”, enquanto as forças ucranianas negam qualquer envolvimento.

Ajuda militar

As mortes de civis ucranianos durante os ataques intensificaram a indignação internacional em relação à invasão russa. As autoridades ucranianas aproveitam essa indignação em seus esforços para garantir mais ajuda militar de seus aliados. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, anunciou um novo pacote de ajuda, incluindo um empréstimo para aquisição de armas e cooperação na fabricação conjunta.

No entanto, a dificuldade dos Estados Unidos, principal fornecedor de armas à Ucrânia, em enviar munições devido a entraves burocráticos, destaca os desafios logísticos enfrentados pelos aliados da Ucrânia.

Em meio a essa escalada de violência, o futuro do conflito permanece incerto. A complexidade das dinâmicas militares, aliada aos desafios diplomáticos e logísticos, apresenta uma narrativa desafiadora. O mundo observa atentamente enquanto os eventos se desdobram na Ucrânia, ciente dos desafios persistentes que moldam o cenário atual.

 

Foto destaque: A Rússia realizou um ato de terror deliberado contra prédios de apartamentos comuns em Kiev, Kharkiv e Pavlohrad. Reprodução/X/@ZelenskyyUa

Entenda o caso da menina morta no trânsito na Região Metropolitana de BH

No último domingo (21), Melissa Maria Ribeiro, de 6 anos, foi morta por um tiro na cabeça em trecho da rodovia Fernão Dias, entre Contagem e Betim, cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O caso aconteceu por volta das 17h daquele dia, quando a família, após sair de um almoço, foi atingida por tiros vindos de um veículo modelo Uno de cor branca. Melissa e seus pais seguiam em direção a Raposos, cidade também na região, onde residiam, quando houve o ataque.

Motivações

Segundo o depoimento dos que estavam no veículo, a briga foi motivada por uma manobra arriscada – conhecida como “fechada” – cometida pelo condutor do Uno. Em seguida, o motorista atirou em direção à caminhonete e um dos projéteis acertou o rosto de Melissa. Na urgência de socorrer a criança, o pai informou o caso a uma guarnição policial que encontrou no caminho, e a mesma escoltou o carro da família até o hospital, porém, a criança não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.


Funeral de Melissa em Raposos (foto: reprodução/TV Globo)


Responsáveis pela investigação e desdobramentos

Até o momento, a polícia não identificou o veículo ou o responsável pelos disparos, sem que houvesse sido feitas também prisões relacionadas ao caso. A investigação é de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal, já que o fato ocorreu em uma via de sua jurisdição. A Polícia Militar, no entanto, já declarou apoio à PRF, que fez perícia técnica no veículo no estacionamento do hospital para o qual a menina foi levada.

Após passar por um exame de necrópsia, o corpo de Melissa foi liberado para a família e sepultado na manhã de segunda-feira (22), em Raposos.

Foto destaque: Melissa Maria Ribeiro tinha 6 anos e morreu após ser atingida por disparos de um condutor durante uma briga de trânsito (reprodução/G1)

Estados Unidos é afetado com clima extremo

Em uma série de eventos climáticos extremos, pelo menos 90 pessoas perderam a vida em 13 estados dos Estados Unidos, vítimas de tempestades de inverno. Relatos incluem pessoas esmagadas sob árvores caídas, presas em tornados e envolvidas em acidentes de carro provocados pela neve. O estado do Tennessee foi o mais afetado, registrando 34 óbitos relacionados a essas tempestades de neve.

Chuva e seca

A cidade de San Diego está atualmente no centro da atenção, com o prefeito declarando estado de emergência. Fortes chuvas, que caíram intensamente na segunda-feira (22), resultaram em vários metros de água inundando ruas, provocando centenas de resgates e causando estragos significativos na região.

A região do oeste do Texas ao norte da Louisiana foram alertadas, abrangendo a manhã desta terça-feira (23) até a tarde de quarta-feira (24). As autoridades alertam que até 120 milímetros de chuva podem atingir áreas previamente assoladas pela seca, sobrecarregando solos ressecados e causando inundações.

As previsões meteorológicas indicam que a quantidade acumulada de chuva e outras precipitações nos próximos sete dias estará concentrada no sul dos Estados Unidos. Conforme um evento de chuva de vários dias se desloca pela região, é imaginado que as chuvas intensas atinjam algumas das áreas mais secas, incluindo Louisiana e Mississippi, até quarta-feira (24).

Embora a área esteja extremamente seca e os riachos em toda a região permaneçam baixos, o solo é duro e inativo, então deve haver bastante escoamento“, alertou o escritório do Serviço Meteorológico Nacional em Jackson, Mississippi, à CNN.

A situação de seca é preocupante, cobrindo mais de 80% do Mississippi e mais de 90% da Louisiana. Mais de 10% de ambos os estados estão enfrentando uma seca excepcional, o nível mais severo da escala do Monitor de Secas dos EUA.


Região de Gilroy na Califórnia, inundada em 2023 (Foto: Reprodução/Josh Edelson/Afp/Metsul Meteorologia/MetSul)


Frio extremo

Enquanto quase 55 milhões de pessoas estão alertadas sobre os eventos climáticos de inverno, estendendo-se do Kansas a Nova York nesta terça-feira (23), o maior perigo agora é o acúmulo de gelo. Estradas escorregadias já levaram a relatos de carros perdendo o controle ou derrapando, e as autoridades alertam que o gelo continua sendo a ameaça mais significativa.

Até pequenas camadas de gelo podem causar problemas em superfícies pavimentadas não tratadas, como é o caso de estradas e calçadas. O acúmulo maior representa risco adicional, podendo causar danos a árvores e resultar em cortes de energia.

Há, no entanto, uma luz no fim do túnel para áreas cansadas do inverno. Temperaturas significativamente acima da média estão previstas para esta semana, trazendo alívio a grandes áreas do leste. Algumas cidades verão altas temperaturas diárias subirem até o final da semana, enquanto partes da região central dos EUA começarão a descongelar, à medida que o ar mais quente e úmido segue a onda de chuva congelante em movimento para o norte. A população é instada a permanecer vigilante e seguir as orientações das autoridades locais em meio a essas condições climáticas desafiadoras.

 

Foto destaque: O frio extremo pode ser perigoso para a população (Reprodução/Eugene Nekrasov/Getty Images)

Israel sofre maior perda militar em confronto

Na terça-feira (22), em um golpe devastador para Israel durante a guerra contra o Hamas, 24 soldados do país perderam a vida na Faixa de Gaza, marcando a maior perda militar desde o início do conflito. Uma explosão, que resultou na morte de 21 militares, abalou as forças israelenses, enquanto outros três combatentes foram mortos em confrontos com terroristas do Hamas algumas horas antes na mesma região.

A Explosão Fatal

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, informou que a explosão que vitimou 21 soldados foi desencadeada por uma granada lançada de um foguete, atingindo um tanque que protegia as tropas. Além disso, os destroços de dois edifícios que desabaram após a explosão contribuíram para o aumento do número de baixas. A situação é ainda mais complexa, pois, segundo as autoridades israelenses, os edifícios possivelmente explodiram devido às minas instaladas pelas próprias forças israelenses para demolição.


Vítimas de ataques na faixa de Gaza (Foto: Reprodução/ Facebook/ Embaixada do Estado da Palestina – Brasília)


Declaração do presidente de Israel e a estratégia militar

O presidente de Israel, Isaac Herzog, descreveu a situação como uma “manhã insuportavelmente difícil”. Em suas redes sociais, Herzog expressou apoio aos soldados e forças de segurança, destacando as batalhas intensas em um ambiente extremamente desafiador. 

Na semana anterior, Israel iniciou uma ofensiva para capturar a cidade de Khan Younis, localizada no sul da Faixa de Gaza. De acordo com as informações militares israelenses, essa região abriga o principal quartel-general do Hamas. A operação faz parte dos esforços mais amplos para conter as atividades do grupo terrorista.

Números Alarmantes e Evolução do Conflito

Com 24 baixas, este é o maior número de mortes de militares israelenses desde o início do conflito na Faixa de Gaza. Desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, a tensão entre Israel e o Hamas persiste, marcando mais de três meses de confrontos intensos.

Israel alega estar conduzindo uma investigação detalhada sobre o incidente, buscando esclarecer os pormenores do trágico evento. Desde a invasão por terra de Gaza em 27 de outubro, as Forças de Defesa de Israel reportaram 217 soldados mortos, totalizando 545 desde o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro. A declaração de guerra por Israel foi uma resposta ao ataque do Hamas, que invadiu, matou 1.300 pessoas, a maioria civis, e fez cerca de 240 reféns em um ataque sem precedentes. Desde então, a campanha militar israelense em Gaza resultou na morte de pelo menos 25.295 pessoas, principalmente mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

 

Foto destaque: Soldados na Faixa de Gaza (Reprodução/ Facebook/ Embaixada do Estado da Palestina – Brasília)