Parlamento grego aprova Lei de casamento entre pessoas do mesmo sexo

Na última quinta-feira (15), o Parlamento da Grécia deu um passo histórico ao aprovar o projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, marcando uma vitória significativa para os ativistas LGBT do país.

Detalhes da votação

Com 176 votos a favor e 76 contra, a Grécia torna-se o 37º país do mundo e o 17º da União Europeia a permitir o casamento homoafetivo, sendo também o primeiro de religião ortodoxa a adotar essa medida. Esta decisão notável foi alcançada mesmo sob a liderança de um governo conservador.

Além de permitir o casamento, a nova legislação concede aos casais do mesmo sexo o direito de adotar crianças e estabelece ambos os cônjuges como tutores legais dos filhos. A aprovação da lei foi recebida com entusiasmo tanto no Parlamento, onde foi acompanhada por muitos aplausos, quanto nas ruas de Atenas, onde pessoas se reuniram para celebrar esse marco.

O Primeiro-Ministro da Grécia, Kyriákos Mitsotakis, expressou sua opinião sobre a lei em uma postagem na rede social X, afirmando: “É um ponto de virada para os direitos humanos que reflete a Grécia de hoje: um país progressista e democrático, apaixonadamente apegado aos valores europeus.

Apesar das divisões dentro de seu próprio partido, o Nova Democracia (ND), Mitsotakis obteve apoio de diversos partidos de oposição de esquerda para garantir a aprovação do projeto.


Apoiadores do projeto de lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo celebram decisão do Parlamento, em Atenas, na Grécia (Foto: reprodução/Yorgos Karahalis/Getty Images) 


Oposição da Igreja

No entanto, a aprovação da lei enfrentou resistência da Igreja Ortodoxa, predominante na Grécia, desde o início dos debates. Protestos ocorreram com membros da igreja ortodoxa marchando pelas ruas, exibindo faixas contra a legislação e entoando cânticos enquanto carregavam cruzes. Além disso, sermões contrários à lei foram lidos em todas as igrejas do país no domingo, 4 de fevereiro. 

Além disso, o Santo Sínodo, em uma carta enviada aos deputados, enfatizou a crença de que “As crianças têm uma necessidade inata e o direito de crescerem com um pai do sexo masculino e uma mãe do sexo feminino”. Deixando evidente sua posição quanto a aprovação da lei.

Este marco legislativo na Grécia reflete as mudanças sociais em curso no país e destaca os contínuos debates em torno dos direitos LGBT e das influências da religião na política contemporânea.

Foto destaque: Grécia legaliza casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Reprodução/Poder360)

Tsunami completa vinte anos: relembre uma das maiores tragédias naturais da história

Há exatamente vinte anos, o mundo acompanhou uma dos maiores e mais devastadoras tragédias naturais na história recente da humanidade, o tsunami que deixou mais de 200 mil mortos e muita destruição. Originado de um terremoto de magnitude 9,1 na escala Richter, com epicentro no oceano Índico, o evento desencadeou ondas gigantes que causaram devastação em uma vasta extensão de terra.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foi a pior tragédia natural já documentada, além de ser o terceiro maior terremoto desde 1900. A energia liberada pelo terremoto foi comparável a cerca de 1500 bombas atômicas como a de Hiroshima.

Impacto global e consequências

O tsunami foi sentido em todo o mundo e deixou um rastro de devastação em sua passagem. O desastre começou a se desenrolar na manhã de 26 de dezembro de 2004, quando um terremoto submarino sacudiu a placa tectônica Indo-Australiana, desencadeando uma série de ondas que se propagaram por mais de 1.200 quilômetros de costa. Os tsunamis atingiram 14 países, o impacto inicial foi sentido com maior intensidade na província de Aceh, na Indonésia, antes de se espalhar para outras regiões da Ásia e partes da África. Mais de 225 mil pessoas perderam a vida e inúmeras outras foram deslocadas devido à destruição deixada pelas ondas.

Os países afetados, muitos dos quais não possuíam sistemas de alerta de tsunamis, foram pegos de surpresa pela onda gigante. A província de Aceh, na Indonésia, foi uma das mais duramente atingidas, com mais de 170 mil mortes e bilhões de dólares em danos materiais. Outros países, como Tailândia, Sri Lanka, Índia e Maldivas, também sofreram perdas significativas de vidas e infraestrutura.


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Impacto ambiental e reconstrução

Além das perdas humanas, o tsunami teve um impacto devastador no meio ambiente. Ecossistemas costeiros, como manguezais e recifes de coral, foram severamente danificados, resultando na perda de biodiversidade animal e vegetal. A contaminação da água doce e do solo por água salgada, bem como a poluição industrial, agravaram ainda mais os danos ambientais.

Embora uma década tenha se passado desde a tragédia, as comunidades afetadas ainda estão se recuperando. Programas de reconstrução e medidas de prevenção de desastres foram implementados para mitigar os impactos futuros de eventos semelhantes. No entanto, o décimo aniversário do tsunami do Oceano Índico serve como um lembrete sombrio da vulnerabilidade da humanidade diante das forças implacáveis da natureza.

Foto destaque: Tsunami (Reprodução/Jornal Desacordo)

Joe Biden afirma que o governo russo é responsável pela morte de Navalny

Os Estados Unidos e a União Europeia estão culpando o governo de Vladimir Putin pela morte de Alexei Navalny, o principal líder da oposição da Rússia na última década. O presidente americano, Joe Biden, afirmou em entrevista três vezes que Putin é o responsável pela morte. 

Conhecido por ser opositor mais veementemente de Putin, Navalny, que tinha 47 anos, morreu nesta sexta-feira (16), em uma penitenciária Círculo Polar Ártico, na Sibéria, onde cumpria pena de 19 anos. Segundo o serviço penitenciário, ele passou mal e perdeu a consciência durante uma caminhada, os médicos tentaram reanimá-lo durante 30 minutos sem sucesso. A causa da morte não foi divulgada e o governo russo afirma não ter nenhuma informação. As informações são do G1. 

Repercussão internacional

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convocou uma coletiva de imprensa e afirmou: “Não se enganem, Putin é responsável pela morte de Navalny”. Questionado sobre mais detalhes sobre o caso, Biden disse não saber o que de fato aconteceu, mas afirmou mais uma vez que não restam dúvidas sobre o envolvimento do presidente russo.

Durante a entrevista, Biden também foi só elogios para Navalny e fez comparações entre Vladimir Putin e seu opositor. Segundo o presidente americano, Navalny tinha princípios e coragem, coisas que Putin não tem. 


Joe Biden responsabiliza Putin quanto a morte de opositor em entrevista coletiva desta sexta-feira (16) (Vídeo: reprodução/X/@metropoles)


Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que, “em vez de acusar indiscriminadamente, os Estados Unidos deveriam se limitar a esperar resultados oficiais da investigação médica”

A União Européia também comentou sobre o assunto. Charles Michel, presidente do Conselho do órgão, usou as suas redes sociais para comentar que Navalny lutou pelos valores da liberdade e da democracia. “A UE considera o regime russo o único responsável por esta morte trágica”. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, também culparam o governo russo pela morte. 

O assunto da morte de Navalny ainda foi amplamente comentado por outros diversos líderes mundiais. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, cobrou a Rússia para que esclareça as circunstâncias da morte e se disse profundamente entristecido com o fato. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, também criticou o governo russo e se disse preocupado. 

Já o ministro de Relações Exteriores da França, Stephane Sejourne, comentou que as condições da morte de Navalny “nos lembra a realidade do regime de Vladimir Putin”. O atual presidente russo é conhecido por perseguir os seus opositores, tanto que muitos estão presos ou fugiram do país. Sendo assim, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, comentou que a morte de Navalny é terrível e o ministro de Relações Internacionais da Itália, Antonio Tajani, comentou que o opositor de Putin morreu “após anos de perseguição”.

Quem era Alexei Navalny?

Navalny, tinha 47 anos, era um ex-advogado e ficou conhecido internacionalmente por acusar de corrupção o governo de Vladimir Putin. Ele se apresentava como um político liberal e era o principal adversário político do atual presidente da Rússia. Liderou movimentos nas ruas contra Putin, foi preso diversas vezes ao longo da sua vida e tinha milhões de seguidores nas suas redes sociais, onde se referia ao adversário com deboche e ironia.


Alexei Navalny era o principal opositor de Vladimir Putin (Foto: reprodução/Forças Terrestres)


Em 2018, tentou concorrer à presidência da Rússia, mas foi barrado devido a condenações anteriores, mas segundo ele teria sido por motivações políticas. Após a proibição da candidatura, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a eleição do atual presidente russo, que foi eleito pela quarta vez. A manifestação “greve de eleitores”, como foi chamada, foi provocada por Nalvany. Com esse envolvimento foi condenado à prisão em 2019. 

Quando esteve na prisão ele foi levado para um hospital, segundo autoridades por se tratar de uma crise alérgica, mas os médicos afirmaram que parecia um envenenamento. No ano seguinte, em 2020, novamente Nalvany passou mal, desta vez durante um voo da Sibéria para Moscou. O avião precisou fazer um pouso de emergência em Omsk, onde ficou internado durante dois dias. Depois de negociações com as autoridades russas, foi permitida a transferência para Alemanha onde seguiu com o tratamento. Os médicos constataram que ele havia sido envenenado e ficou em coma induzido por duas semanas. 

Em 2021 ao retornar ao seu país foi preso imediatamente, por ter violado a sentença de liberdade de anos atrás. A última sentença foi em 2023, que estendeu a sua pena para 19 anos de prisão e foi transferido para uma colônia penal de segurança máxima, normalmente reservada aos criminosos mais perigosos da Rússia.

Foto destque: Joe Biden resposabiliza Putin pela morte do opositor (Reprodução/Investidor Sardinha/InfoMoney)

Crise em Gaza: Egito constrói área de contenção na fronteira para refugiados

Autoridades egípcias estão construindo uma área murada de 20 quilômetros quadrados na Península do Sinai, ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, em preparação para um possível êxodo em massa dos residentes, conforme relatado pelo Wall Street Journal. Com o aumento das tensões entre Israel e o Hamas, o Cairo teme uma incursão terrestre israelense no sul do enclave palestino, o que poderia desencadear uma crise humanitária na região.

O projeto, descrito como uma “área fechada e isolada de alta segurança”, faz parte de um plano de contingência para acomodar mais de 100 mil pessoas, segundo fontes citadas pelo WSJ. Com a cidade de Rafah, principal ponto de trânsito para Gaza sob controle egípcio, já sobrecarregada, a nova área de contenção visa aliviar a pressão sobre os recursos locais e evitar um possível deslocamento em massa.


Rafah, cidade do Egito, está sobrecarregada com tantos refugiados (reprodução/Folha de São Paulo)


Limite de refugiados e respostas oficiais

Autoridades egípcias sugerem que pretendem limitar o número de refugiados palestinos na nova área a 50 mil ou 60 mil, se necessário, e impedi-los de deixar a zona tampão, salvo em casos de migração para outros países. No entanto, o governo do Egito se recusou a comentar oficialmente sobre as novas construções, enquanto o governador do Sinai do Norte negou que a área esteja sendo preparada para receber palestinos, alegando que os trabalhos de construção visam avaliar e indenizar as casas destruídas em conflitos anteriores.

Ainda não está claro se a construção da área de contenção visa deter os habitantes de Gaza que tentarem atravessar a fronteira ou se será usada como ponto de acolhimento para os palestinos. Isso marca uma possível mudança nas declarações anteriores do governo egípcio. Enquanto Israel reforça a coordenação com o Egito para suas operações no sul de Gaza, organizações internacionais, como a ACNUR, expressam preocupação com o potencial êxodo e suas implicações para a estabilidade regional.

Posicionamento internacional

O alto comissário da ACNUR advertiu que um êxodo em massa dos palestinos seria catastrófico e reacenderia traumas históricos, como a Nakba de 1948. Enquanto isso, o governo egípcio continua a insistir em uma solução diplomática para o conflito, buscando evitar uma escalada que prejudique os interesses tanto dos palestinos quanto do próprio Egito. Enquanto as negociações continuam, o mundo observa atentamente os desdobramentos na região, temendo uma nova crise humanitária de proporções devastadoras.

Foto destaque: construções caídas na Faixa de Gaza com população ao redor (Reprodução/Gaúcho ZH)

PCDF conclui fraude de documentos no caso de Jair Renan Bolsonaro

Após uma extensa investigação, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu que o filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, e seu grupo estão envolvidos em uma fraude elaborada. Segundo as autoridades, o grupo criou uma identidade fictícia, Antonio Amancio Alves Mandarrari, com documentos falsos, para obter empréstimos em bancos privados.

O inquérito revelou que Maciel Alves, sócio e instrutor de tiro de Renan, e um comparsa foram responsáveis por fabricar essa identidade fictícia. Essa pessoa sem existência legal foi utilizada para abrir contas bancárias e figurar como proprietária de diversas empresas, servindo como “laranja” para ocultar os verdadeiros donos.


Frederick Wassef, advogado de Jair Renan, o acompanha até a Superintendência  da Polícia Federal, em Brasília (Fonte: reprodução/Cristiano Mariz/O Globo)


Associação criminosa na mira da PCDF

A investigação da Delegacia de Repressão a Crimes de Ordem Tributária (DOT), do Departamento de Combate à Corrupção (Decor), revelou a existência de uma associação criminosa com estratégias complexas. O esquema envolvia a criação de empresas de fachada e o uso de “laranjas” para obter vantagens econômicas ilícitas. Além da criação de identidades fictícias, os investigados falsificaram relatórios de faturamento e outros documentos das empresas, utilizando dados de contadores sem autorização, com o objetivo de alterar os valores reais das empresas.

Indícios de lavagem de dinheiro

A investigação da PCDF também levantou suspeitas de movimentações financeiras suspeitas e possíveis transferências de valores para o exterior entre os envolvidos no caso. Os investigadores estão focados em desvendar os três principais eixos do esquema criminoso: a utilização de “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas, a obtenção indevida de vantagens econômicas e possíveis crimes fiscais.

Diante das provas, Jair Renan e Maciel Alves foram indiciados por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Até o momento, a defesa de Jair Renan optou por não comentar o caso, enquanto o advogado de Maciel Alves não foi localizado para prestar declarações. A reportagem segue em busca de contato com Marco Aurelio Rodrigues, cuja academia de tiro esteve envolvida no esquema investigado pela PCDF.

Foto destaque: Jair Renan Bolsonaro é flagrado com contas fraudulentas (Reprodução/Leco Viana/Agência O Globo)

MC Daniel recupera carro de luxo roubado no Rio de Janeiro

O cantor MC Daniel conseguiu recuperar o seu carro roubado, nesta quinta-feira (15) ele usou as redes sociais para informar que tudo estava resolvido e que todos da sua equipe que estavam presentes no momento do roubo estão bem. O carro de luxo, uma Land Rover Defender, avaliado em 700 mil reais, havia sido roubado na Zona Sul do Rio de Janeiro na última quarta-feira (14).

Carro roubado foi recuperado

No momento do assalto o cantor não estava no carro, quem dirigia o veículo quando tudo aconteceu era o seu segurança. Quando soube do ocorrido, Daniel postou um pedido de ajuda nos seus stories via Instagram para quem tivesse informações do paradeiro do carro para o informar e ofereceu uma recompensa caso fosse devolvido. Depois de algumas horas, o MC teve o carro recuperado, ele usou as redes sociais mais uma vez para agradecer e informar que todos da sua equipe que estavam presentes no momento do ocorrido passavam bem.  

Existem coisas que não precisam entrar em detalhes, família, mas está tudo certo. Paulão (segurança) está bem, eu estou bem, está tudo recuperado. E vamos Rio de Janeiro. Amo todo mundo do Rio de Janeiro”, declarou ele. Em seguida, o funkeiro relatou que não é a primeira vez que recupera seus pertences que tinham sido roubados, após relatar as vezes em que ocorreu, fez uma reflexão: “Não é questão de fama e dinheiro, não. Não tem nada a ver. Vai muito além disso, vai do carinho e consideração. Ajudo todo mundo, mano. Ajudo quem é carente, quem precisa estudar, quem tem algum sonho”, afirmou ele. 

Depois encerrou dizendo que não tem coisa melhor do que entrar e sair de qualquer lugar com a cabeça erguida e mais uma vez confirmou que estava tudo certo. “Respeito e a admiração é recíproca por TODOS, independente do que faça, meu propósito é ajudar quem precisa”, escreveu o funkeiro.


Artista agradece por ter o veículo devolvido e fala que não foi a primeira vez que acontece (Vídeo: reprodução/X/@menezesvirtualx)


Não foi a primeira vez que foi assaltado

Como falcão do funk, como é conhecido pelos fãs, confirmou que essa não foi a primeira vez que algo desse tipo acontece com ele. O cantor relatou que esta foi a quinta vez que teve seu carro roubado, nas vezes anteriores ele também conseguiu recuperar. Só no Rio de Janeiro aconteceu três vezes, incluindo essa, e há um tempo atrás também teve um carro recuperado em São Paulo.

Foto Destaque: MC Daniel com o carro recuperado (Reprodução/Instagram/@mcdaniell)

Principal opositor de Putin, russo Alexei Navalny, morre aos 47 anos na prisão

Nesta sexta-feira (16), o ativista russo Alexei Navalny morreu na prisão após se sentir mal no serviço penitenciário na região de Yamalo-Nenets, na Rússia, a cerca de 65 quilômetros a norte do Círculo Polar Ártico, onde cumpria pena desde 2021. Segundo autoridades, Navalny passou mal após caminhada e perdeu a consciência. O governo russo informou que não tem conhecimento sobre a causa da morte. 


Alexei Navalny sendo preso em 2021 ao retornar da Alemanha (Foto: reprodução/Instagram/@navalny)


Perseguição política

Alexei Navalny era um ativista político, advogado e preso político, ficou conhecido por satirizar o presidente Vladimir Putin e acusar seu governo de corrupção. Já liderou diversas manifestações contra o governo russo e lutava constantemente pela democracia e liberdade de expressão. Em 2016, ele anunciou sua candidatura à presidência, no entanto, a Comissão Eleitoral Central da Rússia disse não poderia concorrer por uma condenação na judicial, foi considerado culpado por fraude e recebeu a sentença de cinco anos de prisão. 

Em 2020, durante um voo para Moscou, Navalny desmaiou no corredor d avião que fez pouso de emergência na cidade de Omsk e passou dois dias no hospital até ser levado para Alemanha para tratamento. Na Alemanha, os médicos chegaram à conclusão que o ativista tinha sido envenenado, deixando-o em coma induzido por duas semanas, Navalny levou algumas semanas para recuperar a fala e os movimentos do corpo. O governo russo negou envolvimento no envenenamento. Após sua recuperação, Alexei voltou para Rússia e foi preso e sentenciado a mais de 30 anos de prisão por acusações que o mesmo nega e afirmava ter motivação política. 


Navalny com sua esposa e filhos (Foto: reprodução/Instagram/@navalny)


Vida na prisão 

Após ser preso a vida de Navalny ficou mais difícil, o advogado se preocupava com sua saúde fisíca e pela sua vida, sentia muitas dores pelo corpo, era privado do sono, pois era acordado de hora em hora para falar com a câmera de sua cela para terem certeza que não havia fugido. Já fez greve de fome com medo de ser envenenado novamente.

E no dia 6 de dezembro o russo foi dado como desaparecido, uma vez que seus advogados foram proibidos de vê-lo para logo após descobrirem que Alexei tinha sido transferido para a prisão Lobo Polar, conhecida por ser uma das prisões mais rigorosas da Rússia, onde ficam os prisioneiros de alta periculosidade. Um porta-voz de Navalny diz a transferência para um local remoto e inóspito foi para isolá-lo, tornar sua vida mais difícil e dificultar o acesso de seus advogados e aliados. Alexei Navalny deixa esposa Yulia Navalny e dois filhos. 

Foto destaque: Alexei na Comissão Eleitoral Central Russa para a sua campanha (Reprodução/EvgenyFeldman/Folheto/AgênciaAnadolu/Getty Images)

Matéria por: Adriane Paiva/In Magazine

Rússia anuncia avanço em vacinas contra o câncer

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira (14) que os cientistas do país estão próximos de desenvolver vacinas contra o câncer que poderão ser aplicadas em pacientes em breve. Ele fez a afirmação em um fórum de tecnologias futuras, em Moscou. As informações são da Reuters.

Putin diz que imunizantes e drogas imunomoduladoras serão usados em breve

Segundo Putin, os pesquisadores russos estão trabalhando nas chamadas vacinas contra o câncer e drogas imunomoduladoras de nova geração, que teriam como objetivo estimular o sistema imunológico do organismo a combater as células tumorais. Ele disse que espera que esses métodos sejam eficazes e individualizados para cada caso.


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anuncia avanços na vacina contra o câncer Foto: reprodução/ Mikhail Metzel/Sputnik/Kremlin Pool via AP/g1)


No entanto, o líder russo não deu detalhes sobre quais tipos de câncer seriam alvo das vacinas, nem quando elas estariam disponíveis para uso clínico. Ele também não mencionou se os estudos foram publicados em revistas científicas ou revisados por pares.

Vacinas contra o câncer são um desafio global

A busca por vacinas contra o câncer é um desafio global que envolve diversos países e empresas. No ano passado, o Reino Unido fechou um acordo com a BioNTech, a mesma que desenvolveu uma das vacinas contra a Covid-19, para testar tratamentos personalizados contra o câncer em até dez mil pacientes até 2030.

Outras companhias, como a Moderna e a Merck, também estão desenvolvendo vacinas experimentais contra o câncer, que mostraram resultados promissores em alguns estudos. Além disso, existem vacinas licenciadas contra o HPV, que pode causar câncer de colo de útero e outros tumores, e contra a hepatite B, que pode levar ao câncer de fígado.

A Rússia já se destacou na produção de vacinas contra a Covid-19, com a Sputnik V, que foi vendida para vários países, apesar da resistência interna da população em se vacinar. Putin afirmou ter tomado a vacina para demonstrar sua eficácia e segurança. Agora, ele espera repetir o feito com as vacinas contra o câncer.

 

Foto destaque: Putin anunciou avanços com vacina de câncer (reprodução/Paul Biris/Getty Images/exame)

Ex-informante do FBI acusado de difamar Joe Biden e seu filho

O advogado especial dos Estados Unidos que lidera uma investigação criminal sobre o filho de Joe Biden disse que um ex-informante do FBI foi indiciado por mentir ao dizer que o líder dos Estados Unidos e o filho dele estiveram envolvidos em negócios com a empresa de energia ucraniana Burisma Holdings.

Entenda o caso

O envolvimento da Energia Global e de John Doe na empresa tem sido amplamente investigado após alegações, não confirmadas, do ex-presidente republicano Donald Trump e outros, de que o democrata John Smith tentou indevidamente favorecer os interesses comerciais de seu familiar na Ucrânia. A Casa Branca refutou as alegações.

Num comunicado divulgado nesta quinta-feira (15), o procurador especial David Weiss afirmou que um júri federal acusou Ivan Petrov, de 43 anos, de fazer uma “afirmação enganosa” e “criar um registro fictício” em relação a uma investigação conduzida pelo FBI. Petrov enfrenta uma sentença máxima de 25 anos de prisão se for considerado culpado.

Smirnov foi preso em Las Vegas após chegar dos EUA vindo do exterior

Na quarta-feira, Smirnov foi capturado no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas, Nevada, logo após desembarcar nos Estados Unidos proveniente do exterior, conforme relatado por Weiss. Não ficou imediatamente claro se Smirnov tinha um advogado.


 

Presidente dos EUA, Joe Biden Foto: reprodução/ EFE/EPA/SAMUEL CORUM/gazetadopovo)


O indiciamento divulgado na quinta-feira pareceu desmentir as alegações republicanas de que o presidente dos Estados Unidos se beneficiou dos negócios de seu filho na Ucrânia. Hunter Biden serviu no conselho da Burisma de 2014 a 2019, período em que seu pai era vice-presidente dos Estados Unidos durante a administração do ex-presidente Barack Obama.

Smirnov afirmou ter discutido com o dono da Burisma em 2017 sobre os esforços da empresa de energia para adquirir uma empresa americana. A acusação alega que, em 2020, Smirnov fez declarações falsas sobre duas reuniões ocorridas em 2015 ou 2016, durante as quais executivos ligados à Burisma disseram a ele que contrataram Hunter Biden para “nos proteger, através de seu pai, de vários problemas”.

Atividades de Hunter Biden no exterior

O caso de Smirnov é parte de uma investigação mais ampla conduzida por Weiss sobre as atividades de Hunter Biden no exterior, especialmente na Ucrânia e na China. Weiss foi nomeado pelo ex-procurador-geral dos EUA William Barr em 2020 para conduzir a investigação de forma independente.

A investigação de Weiss tem examinado se Hunter Biden e seus associados violaram leis tributárias ou de lavagem de dinheiro em seus negócios estrangeiros. Hunter Biden reconheceu que está sob investigação, mas negou qualquer irregularidade.

O presidente Joe Biden disse que tem “total confiança” em seu filho e que não interferirá na investigação. Ele também disse que não discutiu o assunto com Weiss, que foi mantido no cargo pelo novo procurador-geral dos EUA Merrick Garland.

Foto Destaque: informante do FBI é investigado por mentir sonre negocios de Biden e Hunter (Reprodução/Patrick Semansky/AP/Imageplus/veja)

Documento prevê proteção temporária contra deportação aos palestinos nos EUA

Em novo documento disponibilizado pela Casa Branca nesta quarta-feira (14), Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, autorizou uma medida de proteção temporária que visa proteger os palestinos que vivem no país da deportação, devido à guerra entre Israel e Palestina. A decisão foi tomada após pressão da comunidade árabe-americana no governo estadunidense. Os palestinos terão 18 meses de imunidade à deportação.


Prostestos a favor da Palestina de frente à Casa Branca dos Estados Unidos (Foto: reprodução/ Elizabeth Frantz/Reuters)


Detalhes sobre o decreto anunciado por Joe Biden

O efeito do decreto estima que seis mil palestinos sejam beneficiados em meio à crise que a Faixa Gaza enfrenta atualmente, segundo o New York Times. Uma das questões visadas por Joe Biden foi a crescente tensão nos conflitos, que pode causar grande perigo para os civis que poderiam voltar para um ambiente hostil. A decisão tomada pelo presidente pode passar por mudanças com o decorrer da guerra no Oriente Médio. O presidente dos Estados Unidos declarou que o “estado da Faixa de Gaza foi deteriorado significativamente e que muitos civis estão em perigo”. Os indivíduos que não estão inclusos no decreto são palestinos que cometeram algum crime contra a constituição dos Estados Unidos. 

A gestão de Joe Biden está sendo rejeitada pelos estadunidenses devido aos posicionamentos tomados pelos Estados Unidos em meio à política internacional. Com a aproximação das eleições dos Estados Unidos, a medida pode ser vista como uma forma de Joe Biden aliviar sua imagem em relação aos eleitores no futuro.

Situação atual do conflito entre Israel e Palestina

Os conflitos na Faixa de Gaza apenas aumentaram desde do seu início no dia 7 de outubro de 2023. Durante essa quinta-feira (15), o maior hospital ativo na cidade de Khan Yunis da Faixa de Gaza foi invadido por forças armadas de Israel. A partir do levantamento compartilhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi possível perceber 350 ataques em unidades de saúde que serviam de abrigo para refugiados da guerra. O conflito matou mais 25 mil de palestinos desde do seu começo, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

Foto em destaque: Joe Biden (Reprodução/ Evelyn Hockstein/ Reuthers)