Helicóptero cai em Barueri e deixa sete feridos

Um helicóptero caiu na tarde desta terça-feira (20) em Barueri, região metropolitana de São Paulo, resultando em sete pessoas feridas, incluindo o piloto e seis passageiros da aeronave. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 16h20, desencadeando uma operação de resgate que mobilizou nove equipes da corporação, além de dois helicópteros Águia.

Detalhes do acidente 

Segundo os bombeiros, o piloto da aeronave ficou preso nas ferragens e, após ser resgatado pelas equipes de socorro, foi constatada uma lesão na perna, além de uma fratura no fêmur. Ele foi transportado por um helicóptero da Polícia Militar para o Hospital das Clínicas, na capital. As outras vítimas foram encaminhadas ao Pronto-Socorro Central de Barueri, sendo relatado que uma delas sofreu parada cardiorrespiratória, enquanto uma mulher adulta apresentou fraturas nas costelas e múltiplas lesões faciais.

Seis das vítimas foram socorridas e levadas ao Pronto-Socorro Central de Barueri, enquanto o piloto foi transferido pelo helicóptero Águia para o Hospital das Clínicas, na capital, informaram os bombeiros. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que entre os feridos estavam duas crianças, uma mulher e quatro homens. Felizmente, a aeronave caiu em uma área de mata, sem atingir nenhum imóvel.

O helicóptero, registrado como PR-ENT, é propriedade da empresa Vortex Holding, conforme registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O modelo AS 350 B3, fabricado pela Helibrás em 2013, não possui autorização para operações de táxi aéreo.


Local interditado em Barueri por queda de avião (Foto: reprodução/G1)


Investigação e procedimentos pós-acidente

Inicialmente, os bombeiros haviam relatado que duas aeronaves estavam envolvidas no acidente, porém a informação foi posteriormente retirada. O local do incidente foi próximo ao mercado Hugão, no bairro Chácaras Marco, conforme indicado pela corporação.

A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência. Essa fase envolve a coleta de dados, preservação dos elementos da investigação e levantamento de informações cruciais para o processo investigativo.

Conforme destacado pela instituição, o objetivo é concluir as investigações no menor prazo possível, considerando a complexidade de cada ocorrência e a necessidade de identificar os fatores que contribuíram para o acidente.

Foto destaque: local onde caiu a aeronave de pequeno porte (Reprodução/Globo News)

Relatório revela risco mortal para mais de 8 mil pessoas na Faixa de Gaza

Um relatório, divulgado na segunda-feira (19), por pesquisadores independentes dos Estados Unidos e Grã-Bretanha, citado pela agência ‘Reuters’, aponta que mesmo se os combates na Faixa de Gaza cessassem hoje, mais de 8 mil pessoas correriam risco de morte nos próximos seis meses devido à crise de saúde pública decorrente do conflito entre Israel e o Hamas.

Projeções de mortalidade em Gaza

Conforme o estudo realizado pela London School of Hygiene and Tropical Medicine e pelo Johns Hopkins Center for Humanitarian Health, os hospitais em Gaza foram severamente afetados pelos combates, deixando mais de 85% dos 2,3 milhões de habitantes do território palestino desabrigados. Como resultado, casos de desnutrição e doenças como diarreia têm aumentado significativamente em abrigos superlotados.

Os pesquisadores projetam que, se os combates continuarem ou aumentarem, a maioria das mortes adicionais em Gaza será devido a lesões traumáticas. No entanto, também se espera um aumento nas mortes relacionadas à desnutrição e doenças infecciosas, como cólera, devido à falta de acesso a cuidados médicos adequados.

No cenário mais pessimista, onde os combates se intensificam e surtos de doenças ocorrem, estima-se que cerca de 85.570 pessoas podem morrer até o início de agosto, com mais de 68 mil mortes relacionadas a lesões traumáticas.

Mesmo em caso de um cessar-fogo, aproximadamente 11.580 pessoas ainda podem morrer no mesmo período, caso um surto de doenças agrave os desafios de reconstrução do sistema de saneamento e saúde em Gaza. Destas, cerca de 3.250 mortes seriam devido a complicações de longo prazo de lesões traumáticas e 8.330 por outras causas, segundo o relatório.


Imagem da guerra entre Israel e Hamas na faixa de Gaza (Foto: reprodução/Reddit)


Estatísticas de mortalidade

Desde 7 de outubro, mais de 29 mil pessoas foram mortas nos combates, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. As estimativas de mortes adicionais incluem tanto civis quanto combatentes, e os pesquisadores alertam para a imprevisibilidade da guerra e dos surtos de doenças, o que resulta em uma ampla gama de estimativas.

O relatório, financiado pelo governo britânico, busca fornecer maior clareza sobre o número de mortes em Gaza diante dos desafios enfrentados na contabilização das vítimas.

Foto destaque: soldados israelenses perto da fronteira entre Israel e Gaza (Reprodução/Amir Cohen/Reuters)

“Pessoa non grata”: tensão entre Lula e governo israelense se intensifica

Em mais um capítulo da recente crise diplomática entre os governos do Brasil e de Israel. O ministro das Relações Exteriores israelita, Israel Katz, cobrou mais uma vez, uma retratação do presidente Lula sobre a declaração de que a ofensiva contra Gaza era comparável ao extermínio judeu no campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em post veiculado na plataforma X (antigo Twitter), na manhã desta terça-feira (20), Katz afirmou que a comparação feita por Lula é “promíscua e delirante” e que, até que faça um pedido formal de desculpas, o presidente brasileiro continuará sendo “pessoa non grata em Israel”. “Presidente do Brasil @LulaOficial, milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, diz um trecho da declaração.

Entenda o caso

A tensão vivida entre Israel e Brasil teve origem após uma declaração feita pelo presidente Lula em uma entrevista coletiva no último domingo (18), em viagem oficial à Etiópia, quando o chefe do Executivo brasileiro condenou as investidas sangrentas do exército israelense contra os palestinos da Faixa de Gaza. Segundo o presidente, a guerra que vem sendo travada há quatro meses no oriente é uma “chacina”.


Após declaração feita por Lula, Israel Katz guiou o embaixador brasileiro Frederico Meyer em visita ao Museu do Holocausto, em Tel Aviv (Foto: reprodução/Dedi Hayun/Reuters)


“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula.

Pedido de desculpas

A declaração de Lula foi condenada por inúmeros políticos do mundo, como o presidente turco Tayyip Erdoğan, um dos quais cobraram ao presidente brasileiro um pedido de retratação. Contudo, o governo do Brasil já declarou que não será feito nenhum pedido de desculpas ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Além disso, foi orientado ao corpo diplomático do país que reprovasse na Corte Internacional de Haia a ofensiva de Israel sobre os territórios de Gaza e da Cisjordânia. O posicionamento do Brasil frente à situação tende a acentuar ainda mais a crise diplomática entre os dois países.

Foto destaque: discurso de Lula (Reprodução/Ricardo Stuckert/PR)

Lula foi recebido por Netanyahu em Israel há 14 anos em contexto amistoso com o país

Atualmente considerado “persona non grata” pelas autoridades israelenses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou um momento histórico como o primeiro chefe de Estado do Brasil a realizar uma visita oficial ao país do Oriente Médio durante seu segundo mandato no Palácio do Planalto, em 2010. Na ocasião, que ocorreu há 14 anos atrás, o líder do Partido dos Trabalhadores foi recebido pelo próprio Benjamin Netanyahu. 

Recentemente, o mesmo criticou veementemente uma declaração de Lula comparando o governo israelense à Alemanha de Adolf Hitler, devido aos bombardeios na Faixa de Gaza. Há catorze anos, Netanyahu já ocupava o cargo de primeiro-ministro de Israel, e embora houvesse discordâncias entre os dois líderes, a relação era consideravelmente mais amigável e pacífica do que nos dias atuais.

Diplomacia em meio a tensões regionais

Lula chegou ao Oriente Médio para visitar Israel e a Cisjordânia, em meio a um clima tenso. Na época, Netanyahu insistia em ampliar os assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, enfurecendo os palestinos. O que acabou gerando uma crise com a Casa Branca, chefiada pelo então presidente americano, Barack Obama, contrário às construções.

Além disso, o petista estava sob pressão israelense depois de o Brasil ter se posicionado contra a adoção de sanções ao Irã devido ao programa nuclear de Teerã. Lula criticava a posição iraniana de não reconhecer o Holocausto e de ser contra a existência de Israel, mas se gabava do bom relacionamento com o então presidente daquele país, Mahmoud Ahmadinejad.


Lula recebendo repatriados de Gaza no Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@ricardostuckert)


Conciliação e críticas

Alguns líderes israelenses criticavam o brasileiro por sua proximidade com Teerã, mas ainda assim ele foi bem recebido pelo governo Netanyahu. O porta-voz israelense, Igal Palmor, declarou na época que o Brasil era um país amado mundialmente, e que os israelenses também nutriam esse carinho pelo país, mesmo com as declarações polêmicas de Lula. Além disso, o ministro da Segurança Pública israelense também deixou claro que a amizade entre os dois países era muito forte e isso não mudaria no futuro.  

Durante sua passagem por Israel, Lula participou de uma sessão em sua homenagem no Knesset, mas a visita foi boicotada pelo então ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigodr Lieberman, que faltou à cerimônia em protesto contra a relação do Brasil com o Irã. Netanyahu, por sua vez, discursou ao lado do presidente brasileiro, mas também pediu ao presidente para repensar suas atitudes e pensamentos em relação ao Teerã. 

A controvérsia atual e a memória do Holocausto

Na época, Lula não voltou atrás na posição de não punir o Irã com sanções, mas prometeu que, durante visita a Teerã, agendada para maio de 2010, pressionaria o líder Ahmadinejad a reconhecer o Holocausto e aceitar a existência de Israel. O presidente defendeu seu posicionamento alegando que é contra qualquer demonstração de agressividade, pois nasceu com o “vírus da paz”

Depois da recente declaração de Lula na Etiópia, comparando o duradouro bombardeio em Gaza ao genocídio do povo judeu por Hitler, o governo Netanyahu convocou o embaixador brasileiro em Israel para uma reunião no Museu do Holocausto, local que ele já visitou em 2010, como forma de fazer uma reprimenda ao petista, que, em seguida, foi considerado persona non grata no país do Oriente Médio. 

Há 14 anos, o brasileiro depositou flores nos túmulos simbólicos dos seis milhões de judeus assassinados pelo regime nazista. O presidente também alimentou a “chama eterna”, espécie de tocha sempre acesa para lembrar as vítimas do Holocausto. Recebido no local por um rabino sobrevivente do campo de concentração de Buchenvald, ele afirmou que “os dois maiores crimes da História foram o Holocausto e a escravidão” e sugeriu que todos os líderes mundiais deveriam visitar o museu para governar no sentido de evitar novos genocídio

Foto destaque: Lula na 37ª Cúpula da União Africana (Reprodução/Ricardo Stuckert/PR)

Tiroteio interrompe funcionamento de SuperVia e gera desespero em passageiros de ônibus

Na manhã de hoje (20), houve um tiroteio na Parada de Lucas, bairro localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Passageiros da linha 906 (Caju x Jardim América), passavam na hora dos disparos e, com o desespero, deitaram no chão para não serem atingidos. 

Em um vídeo gravado por um dos passageiros, é possível ver pessoas gritando e pedindo ao condutor para passar mais rápido. Moradores de Cidade Alta se assustaram com mais um epsódio de confronto nessa área.

Por consequência do tiroteio, a SuperVia, uma empresa operadora de transporte ferroviário, interrompeu o funcionamento dos trens por um período de tempo, para não pôr em risco os funcionarios e usuários. A circulação dos trens do ramal de Saracuruna, ficaram parados por duas horas, entre 8h e 10 horas da manhã,0 que foi comunicado pelas redes sociais da empresa.


Comunicado da SuperVia (Foto: reprodução/X/@supervia)


Repercussão

O confronto repercutiu nas redes social, especificamente, no X, antigo Twitter. Internautas alertaram sobre a situação em perfis pessoais e a página “Onde Tem Tiroteio” também comentou sobre o assunto. 

“Tiros em Parada de Lucas, próximo à estação de trem. Atenção na região”, publicou uma página, no X.

Outro comentário foi feito por um perfil pessoal, dizendo: “Bala voando firme em Parada de Lucas, muitos tiros, cuidado pessoal”

Esclarecimento da PM 

O 16º Batalhão de Policia Militar (BPM), de Olaria, estava realizando uma operação em algumas comunidades do Rio de Janeiro, entre elas estava Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica Pau, para impedir atividades criminosas e tirar barricadas de diversos pontos. No entanto, não teve registro de troca de tiros entre bandidos e equipes das unidades policiais. 

Parada de Lucas

Também conhecida como complexo do Lucas/Israel, a Parada de Lucas, tem uma extensão do Vigário Geral à Penha Circular e o nome vem de uma fusão com o nome de um proprietário de Terras com a existência de uma estação de trem.

Foto de destaque: circulação de trens param para segurança de usuários (Reprodução/Folha do Leste)

Astrônomos descobrem objeto mais luminoso do universo

Em um artigo veiculado na mais recente edição da revista científica Nature Astronomy, foi divulgada a descoberta do corpo mais luminoso já observado no Universo. O objeto em questão é um quasar que nada mais é do que o núcleo luminoso de uma galáxia alimentada por um buraco negro gigante, que tem massa equivalente a 17 bilhões de vezes o do nosso Sol. O corpo foi nomeado de J0529-4351.

Novas pesquisas

A descoberta abre caminho para discussões e novas pesquisas sobre os mistérios ainda não revelados do universo, inclusive, sobre como esses grandes objetos e suas galáxias se desenvolveram durante os anos. Contudo, Christian Wolf, astrônomo da Universidade Nacional Australiana, um dos responsáveis pela descoberta, diz que há outras motivações pessoais em sua busca. “Durante alguns minutos por dia, me sinto novamente uma criança brincando de caça ao tesouro”, comenta Wolf.


Região onde celeste onde se encontra o quasar mais luminoso do universo (reprodução ESO/Digitized Sky Survey 2/Dark Energy Survey)


Detalhes

A constatação do objeto foi feita por um grupo de cientistas a partir de observações feitas pelo telescópio VLT (Very Large Telescope), localizado no Chile. Além da massa e da energia luminosa que emana, foi divulgado ainda que o buraco negro tem um assombroso ‘apetite’, consumindo uma massa equivalente a um Sol a cada 24 horas.

O corpo puxa matéria para o seu interior em uma imensa, o que faz com que qualquer objeto que entre em sua órbita seja dilacerado quase que instantaneamente, o que faz com que essa luz tão intensa seja propaga universo afora e possa ser vista até mesmo em galáxias absurdamente distantes, como a Via Láctea. “Esta luz vem de um disco de acreção quente que mede sete anos-luz de diâmetro. Este deve ser o maior disco de acreção do Universo”, comenta Samuel Lai, aluno de doutorado da ANU e coautor do estudo

Lai e os demais profissionais envolvidos no estudo estimam que a luz emanada por esse quasar equivale a 500 trilhões de vezes a luz do nosso Sol e que a mesma demorou cerca de 12 bilhões de anos para ser captada pelos sensores do VLT.

Foto destaque: J0529-4351 consuma o equivalente a massa de um Sol por dia (Reprodução/BBC)

Tempestade tropical Akará ganha força no sul do Brasil e preocupa autoridades

O ciclone tropical que se encontrava na costa Sudeste do Brasil evoluiu e se transformou em uma tempestade no Sul do país, de acordo com informações da MetSul. Imagens de satélite da NOAA/NASA mostraram a tempestade, batizada de Akará, se formando no litoral do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (19).


Tempestade tropical Akará formada (reprodução/CNN Brasil)


Batismo do nome da tempestade

Denominada Akará, termo que significa “um tipo de peixe” em Tupi, esta é a primeira tempestade a ganhar nome desde maio de 2022, quando ocorreu a tempestade subtropical Yakecan. No século XXI, apenas quatro tempestades tropicais foram registradas na costa brasileira, tornando este fenômeno um evento relativamente raro.

Alertas e preocupações das autoridades

Embora este estágio seja anterior à formação de um furacão, as autoridades estão atentas aos possíveis impactos da tempestade. A Marinha do Brasil emitiu um alerta nesta segunda-feira (19), indicando que os ventos ao redor da tempestade podem chegar a 80km/h, acompanhados de ondas de até quatro metros de altura. A tempestade atualmente apresenta ventos de 70km/h.

Dimensão do fenômeno

A tempestade se distingue por sua formação em uma latitude pouco comum e por seu deslocamento atípico em direção à costa Sul do Brasil, diferente dos outros tipos de tempestade, que são comuns para o solo brasileiro.

Embora ciclones sejam comuns na costa brasileira, a formação da tempestade Akará chama a atenção dos especialistas devido à sua trajetória e características singulares. Os ciclones extratropicais são os mais frequentes e geralmente se afastam do Brasil em direção ao oceano, mas o deslocamento do Akará para o Sul desperta preocupações.

Monitoramento e impactos não previstos

A Sala de Situação do governo do Rio Grande do Sul informou que está monitorando a evolução da tempestade e tranquilizou a população em comunicado. Segundo as últimas atualizações dos modelos meteorológicos, o sistema está se afastando no oceano e não deve impactar o estado nos próximos dias. No entanto, a vigilância e precaução seguem sendo essenciais diante da imprevisibilidade do clima.  

Segundo a Climatempo, a tendência é que a tempestade Akará continue seu deslocamento em direção ao Sul, mas sem se aproximar do continente. Prevê-se que a tempestade se mova em direção ao litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mantendo-se afastada da costa.

Foto destaque: tempestade tropical Akará (Reprodução/NSC Total)

Confira o que deve mudar com a nova lei do CPF 

A Lei 14.534, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro do ano passado, entrou em vigor neste ano com modificações ao Cadastro de Pessoa Física (CPF), no Brasil. Agora, o CPF passa a ser o único número do registro geral (RG) no país, sendo o “número único e suficiente para identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos“. Com isso, os novos documentos emitidos alteraram o número de identificação para o mesmo da inscrição no CPF.

A mudança deve ocorrer dentro do prazo de 12 meses, com os os órgãos públicos devendo após da data constar os cadastros e documentos, do registro civil de pessoas naturais ou dos conselhos profissionais. Termina no fim de 2024, o período para que os órgãos públicos realizem as mudanças nos bancos de dados, de forma que seus sistemas se comuniquem a partir do CPF.

Mudanças no CPF

A partir de agora, diversos documentos exigirão a inclusão do número do CPF, incluindo certidões de nascimento, casamento e óbito, além de documentos, como o Documento Nacional de Identificação (DNI), Cartão Nacional de Saúde e Título de Eleitor. O CPF físico deixou de ser emitido em 2021, existindo apenas na forma digital, disponível nos aplicativos oficiais, com a mesma validade do documento anterior.

O Cadastro de Pessoa Física (CPF) é um banco de dados gerenciado pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pode ser solicitado por qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro residente no país. Para obter o CPF, é necessário preencher e enviar um formulário eletrônico pela internet. A inclusão de seu número em diversos documentos tem o objetivo de facilitar a identificação e a integração dos sistemas públicos de informação no Brasil.


Lula assinou a mudança na lei em 2023 (Foto: reprodução/ Hugo Barreto/ Metrópoles/ Na Hora da Notícia)


Como solicitar

A obtenção do CPF requer documentação específica, como documento de identificação oficial com foto, certidão de nascimento ou casamento, título de eleitor (para maiores de 18 anos e menores de 70 anos), e outros documentos, conforme o caso. Para menores de idade, é necessário apresentar documentos que comprovem a tutela ou responsabilidade pela guarda, além da documentação dos pais ou responsáveis.

Os custos para emissão do CPF variam. A solicitação diretamente no sistema da Receita Federal é gratuita, mas em unidades conveniadas como cartórios, bancos e Correios, há uma taxa de R$ 7,00. A documentação pode ser solicitada presencialmente ou por e-mail, sendo necessário enviar a foto de rosto do cidadão ou do responsável legal, segurando o documento de identidade.

Foto destaque: nova lei deve unificar o número do documento para o território nacional (Reprodução/ RafaPress/ Getty  Images/ Universal.org)

Senado vota mudança na lei das saídas temporárias de presos em feriados

Nesta terça-feira (20), o Senado Federal deve votar um projeto que propõe o fim das saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas, conhecidas como “saidinhas“. O texto já passou por uma comissão da Casa e conta com o apoio de parlamentares da oposição e do Centrão. A proposta, que foi votada pela Câmara dos Deputados em 2022, precisa ser aprovada novamente pelo Senado antes de entrar em vigor. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou ser contra o projeto, mas decidiu colocá-lo em votação.

Legislação atual

As “saidinhas” são uma prática comum no sistema prisional brasileiro, permitindo que presos condenados por crimes de menor gravidade deixem a prisão temporariamente em algumas ocasiões específicas, como uma forma de reinserção social. No entanto, o projeto em questão busca acabar com essa prática, argumentando que ela pode colocar em risco a segurança pública. Atualmente, a lei tem permitido as saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas para que o presidiário consiga fazer visitas à família, se dedicar a cursos profissionalizantes, de ensino médio e de ensino superior e retornar às atividades de retorno do convívio social.

Projeto de Flávio Bolsonaro

O Senado deve votar um projeto relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que propõe o fim das visitas e atividades de convívio social para presos, mantendo apenas as saídas temporárias para estudos e trabalho externo ao sistema prisional. Conhecidas como “saidões“, essas saídas beneficiam milhares de detentos em datas comemorativas, como Natal e Dia das Mães. Segundo o parlamentar, tais benefícios têm colocado a população em risco, pois as instalações carcerárias brasileiras não têm cumprido o papel de ressocialização dos presos.


Felippe Angeli é um caso dos presos que fugiu após a “saidinha” de natal, mas acabou pego pela polícia (Foto: reprodução/Gazeta Meio Dia/G1)


O que deve mudar

O projeto relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propõe mudanças significativas nas saídas temporárias de presos, restringindo-as apenas para trabalho e estudo de detentos do regime semiaberto. A proposta, que teve uma alteração de autoria do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) acatada por Flávio, estabelece que os presos não terão vigilância direta durante essas saídas, podendo ser monitorados eletronicamente conforme determinação da Justiça.

A proposta também promove mudanças nos critérios para progressão de pena, exigindo que a Justiça leve em conta os resultados de um exame criminológico para determinar a periculosidade do preso. Além disso, o texto autoriza a inclusão do monitoramento eletrônico, por meio de tornozeleiras, como requisito para o cumprimento de penas do regime aberto e para presos com restrição de circulação pública e com livramento condicional.

Foto destaque: especialistas criticam a mudança na lei (Reprodução/Antônio Cruz/Agência Brasil/Conjur)

Explosão de dengue: Brasil registra mais de 650 mil casos da doença em 2024

Explosão de casos e escalada histórica da doença: Brasil atingiu a marca de 113 mortos pela dengue entre janeiro e fevereiro deste ano. Há ainda 438 óbitos em investigação. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (19).

Ao todo, são 653.656 de casos de dengue somente em 2024, uma alta de 294% em comparação ao mesmo período de 2023, ano em que o país bateu recorde de mortes pela doença. Segundo projeções do Ministério da Saúde, o Brasil deve chegar a inéditas 4,2 milhões de infecções até o fim deste ano.

O painel de monitoramento revelou também os locais com maiores incidências: o Distrito Federal lidera o número de casos, são 2.405,6 por 100 mil habitantes; em seguida, Minas Gerais com 936,1; Acre, 622,4; Paraná, 512,6; e Goiás, 487,6.

Tratando de casos absolutos, Minas Gerais ocupa o primeiro lugar com 192.258 registros da doença. Na sequência, São Paulo, 90.408; Distrito Federal, 67.768; Paraná, 58.660; e Rio de Janeiro, 41.435.

Adultos entre 30 e 39 anos são os mais atingidos. Em questões de gênero, as mulheres respondem pela maioria das infecções (55%),  enquanto os homens são 45% dos infectados.

Fatores climáticos e o aumento de casos

Segundo especialistas, o aumento no número de casos está diretamente ligado a fatores climáticos, uma vez que a elevação da temperatura e a chuva intensa, comum principalmente em períodos de El Niño, favorecem a proliferação dos mosquitos.


O aedes aegypti se prolifera em locais de água parada (Foto: reprodução/iStock/Terra)


Em entrevista para o podcast “O Assunto”, da jornalista Natuza Nery, o médico infectologista Stefan Cunha Ujvari explicou que o mosquito busca por maiores quantidades de sangue à medida que a temperatura aumenta. “A onda de calor muito grande faz com que o mosquito busque mais sangue”, disse. Ujvari ainda fez um alerta: “O pico deve ser no fim de março ou início de abril”, afirmou.

Vacina

Disponibilizada pelo SUS no início de fevereiro, a vacina é uma importante novidade no que diz respeito ao combate à doença. O lote inicial conta com 712 mil doses do imunizante e foi distribuído de acordo com critérios definididos pelo Ministério da Saúde para os seguintes estados: DF, GO, BA, AC, PB, RN, MS, AM, SP e MA. Ao todo, 315 municípios foram contemplados.

Neste primeiro momento, a vacina está disponível para crianças de 10 a 11 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação irá avançar a faixa etária progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante. 


Mais de 17 mil crianças foram imunizadas no DF (Foto: reprodução/Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília)


Além de ficar atento ao calendário de vacinação, é fundamental que o cidadão identifique possíveis focos de proliferação do mosquito no local onde reside. Incluir na rotina vistorias semanais no quintal de casa para localizar e eliminar lonas, objetos e materiais que acumulam água é uma maneira simples e eficaz de auxiliar no combate à doença

Entre especialistas, é unânime o entendimento de que o mosquito não será erradicado, mas existem medidas que podem minimizar a proliferação do aedes aegypti. Contudo, para que sejam eficazes, é importante tarefas conjuntas entre governo e população.

Foto destaque: hospital de campanha montado no Distrito Federal (reprodução/Pedro Ladeira/Folhapress/Folha de S. Paulo)