Lula e Secretário de Estado dos Estados Unidos conversam a respeito da política global

Na manhã desta quarta-feira (21), antes das reuniões do G20, o presidente Lula recebeu no Palácio do Planalto o Secretário de Estado, dos Estados Unidos, Antony Blinken em uma reunião de uma hora e cinquenta minutos. O encontro teve a presença do acessor especial Celso Amorim e de Elizabeth Bagley, a embaixadora estadunidense no Brasil. Os políticos discutiram sobre as questões internas de seus respectivos países, sobre o atual genocídio no Oriente Médio e sobre as futuras eleições na Venezuela. 


Imagem do vídeo da reunião entre Blinken e Lula (Foto: reprodução/ Canal UOL)


Impressões de Antonony Blinken depois de reunião

Os tópicos discutidos entre Lula e Antony Blinken estenderam-se para a recente polêmica das falas do presidente sobre os ataques de Israel contra o povo palestino. De acordo com uma fonte dada à jornalista Raquel Krahenbuhl, o Secretário de Estado esclareceu que era contra o pronunciamento de Lula sobre Israel e apontou sobre seu padrasto que foi um dos sobreviventes do Holocausto. Luiz Inácio ouviu com atenção os pontos ditados por Blinken que complementou sobre o atual esforço dos Estados Unidos para o auxílio com o povo palestino.

“O secretário discutiu o empenho dos EUA em relação ao conflito em Gaza, incluindo o trabalho urgente com parceiros para facilitar a libertação de todos os reféns e para aumentar a assistência humanitária e melhorar a proteção dos civis palestinos” – diz o informativo da embaixada estadunidense.

Blinken também elogiou o posicionamento mediador do presidente Lula em relação ao conflito territorial entre Guiana e Venezuela. A tensão começou quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro decidiu organizar um tribunal para anexar Essequibo, região pertencente à Guiana, devido a sua riqueza em minerais. Na conversa foi citada as eleições presidenciais que ocorrerão na Venezuela durante o ano de 2024 e as expectativas sobre a ascensão da democracia no país. A apuração da reunião foi feita pelo GloboNews. 

Declarações do presidente Lula sobre o genócidio de Israel 

O presidente Lula neste domingo (18), na coletiva dada em Etiópia, levantou declarações sobre os massacres que ocorrem na Faixa de Gaza. “Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente na 37ª Cúpula da União Africana. 

A fala de Lula trouxe repúdio por parte do Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que declarou o presidente do Brasil “persona non grata”, o banindo de Israel. Apesar da resposta de Netanyahu, as falas do presidente foram bem recebidas pelos palestinos e humanitários ao redor mundo. O impacto do discurso trouxe comoção global para o cessar-fogo e o fim da guerra. 

Israel matou mais de 20 mil palestinos e feriu 25 mil desde do inicio do conflito no dia 7 de outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, os dois maiores hospitais de Gaza foram atacados e atualmente existem mais de um milhão de refugiados abrigados no Egito. O Primeiro-ministro de Israel afirma que os resultados dos ataques são uma busca de extinguir o grupo terrorista Hamas.

Foto destaque: Lula e Blinken (Reprodução/ Governo Federal)

Tensões na Corte Internacional de Justiça: EUA defendem posição sobre ocupação israelense

Durante as audiências na Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a legalidade da ocupação israelense nos territórios palestinos, os Estados Unidos destacaram a importância de considerar a segurança de Israel como parte fundamental das deliberações. A disputa, iniciada a partir da solicitação da Assembleia Geral da ONU em 2022 para um parecer não vinculativo sobre as consequências legais da ocupação, tem gerado intensos debates.

Enquanto os representantes palestinos buscavam a declaração de ilegalidade da ocupação, os Estados Unidos estimularam CIJ a seguir a estrutura da ONU para uma solução de dois Estados. O painel de 15 juízes está agora encarregado de analisar as argumentações apresentadas durante as audiências, que abordaram a ordem de retirada incondicional das forças israelenses, destacando as necessidades reais de segurança do país.


Ministro Riyad al-Maliki declara que palestina sofre com o “colonialismo e apartheid” devido à ocupação israelense (Foto: reprodução/CIJ)


Esclarecimentos

Os Estados Unidos deixaram claro que a CIJ não deve emitir uma ordem de retirada incondicional das tropas israelenses dos territórios palestinos, indo contra a solicitação da Assembleia Geral da ONU.

Embora a corte não tenha sido diretamente solicitada a opinar sobre a retirada das tropas, vários estados, durante as audiências, manifestaram esse pedido. Israel, apesar de não participar diretamente das audiências, argumentou que a intervenção da CIJ poderia prejudicar um possível acordo negociado.

 

Situação em Gaza

Em meio às deliberações, a recente onda de violência em Gaza, desencadeada por ataques do Hamas em outubro, foi citada como um fator que aumentou as tensões na região, impactando os esforços de paz. A Rússia, por sua vez, destacou que Israel tem a obrigação legal de encerrar atividades de assentamento, apontando para as tensões pós-ataques de outubro em Gaza e as questões profundamente enraizadas no Oriente Médio.

Mais de 50 estados terão a oportunidade de apresentar argumentos até 26 de fevereiro, enquanto o embaixador russo instou Israel a encerrar a ocupação, seguindo as resoluções do Conselho de Segurança da ONU para alcançar uma solução de dois estados.

As expectativas giram em torno de uma resposta da CIJ em cerca de seis meses, considerando o status legal da ocupação e suas implicações para os Estados envolvidos. O desfecho dessas audiências certamente terá repercussões significativas nas relações internacionais e na busca por uma solução duradoura no conflito entre Israel e Palestina.

 

Matéria por Eduardo Luzan (In Magazine – Ig)

Foto Destaque: Corte Internacional de Justiça continua a debater sobre situação em Israel (Reprodução: Remko de Waal/AFP)

Bolsonaro tem pedido de adiamento de depoimento negado por Moraes

Convocado para depor sobre a Operação Tempus Veritatis, nesta quinta-feira (22), o investigado, Jair Bolsonaro formalizou junto à sua defesa, um pedido de adiantamento do depoimento. Ao receber tal pedido, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes negou.

O pedido

A defesa de Bolsonaro pediu na última terça-feira (20), que o ex-presidente seja dispensado do comparecimento na PF. Os advogados que fizeram o pedido entendem que não tiveram “acesso integral a todas as diligências e provas reunidas aos autos” e que “não há motivos para qualquer depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro”.

Os advogados então, solicitaram o adiamento na última segunda-feira (19), o ministro do supremo informou que a assessoria jurídica de Bolsonaro já teve o acesso integral ao material das investigações, inclusive à delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

A defesa do ex-presidente segue insistindo nas argumentações anteriores, que já foram rejeitadas pelo STF. O supremo já deixou claro que o investigado e sua defesa já tiveram total acesso aos autos e que por isso, não há necessidade de adiamento do depoimento marcado.


Ministro Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes (Foto/ reprodução/ Wikimedia Commons).


Operação

Operação Tempus Veritatis teve início no dia 8 de fevereiro após a Polícia Federal (PF) ter acesso a documentos que comprovam uma tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente, Jair Bolsonaro e figuras que orbitavam seu governo.

A operação deflagrada tornou pública uma série de provas que deixaram claras a intenção de invalidar as eleições de 2022 e impedir que o presidente Lula fosse empossado. Uma delas é a gravação de uma reunião entre Bolsonaro e seus ministros, onde o então presidente disse que não poderiam esperar o resultado das urnas para agir.

Após convocar um ato de manifestação em resposta à operação da PF, na Avenida Paulista, no próximo domingo (25), Bolsonaro afirma que jamais cogitou um golpe de Estado.

Além dele, outros integrantes do seu governo também foram intimados a depor na Política Federal esta semana. São eles:

  • General Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança de Bolsonaro)

  • Anderson Gustavo Torres (ex-ministro da Justiça e Segurança Pública)

  • Marcelo Costa Câmara (ex-chefe do Serviço Paralelo de Informação)

  • Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência)

  • Tércio Arnaud (assessor de Bolsonaro)

  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)

  • Valdemar Costa Neto (presidente do PL)

  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

  • Cleverson Ney Magalhães (ex-oficial do Comando de Operações Terrestres)

  • Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

 

Foto destaque: Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro. (Reprodução/ Agência Brasil).

Ewen Maclntosh, ator de “The Office”, morre aos 50 anos

Nesta quarta-feira (21), foi confirmada a morte do ator Ewen Maclntosh, aos 50 anos. A informação foi divulgada pelo jornal “The Guardian” e foi ratificada pela própria agência do falecido. O artista ficou conhecido mundialmente pela sua atuação na famosa série de comédia “The Office”, na qual interpretava o personagem Keith Bishop.

“É com grande tristeza que anunciamos o falecimento pacífico de nosso querido gênio da comédia Ewen MacIntosh“, anunciou a agência do ator para a imprensa britânica e também aos fãs do artista, que lamentaram a triste notícia do falecimento de Ewen.

O que se sabe

Até o momento, não se sabe  a causa da morte de Ewen Maclntosh, ainda não foram divulgadas muitas informações sobre o que aconteceu com o intérprete de Keith Bishop. “Sua família agradece a todos que o apoiaram, especialmente à casa de repouso Willow Green. Haverá uma cremação privada para familiares e amigos próximos em breve e um memorial comemorativo no final do ano”, afirma o comunicado oficial.


Ewen Maclntosh fez sucesso em The Office (Foto: reprodução/UOL)


Ricky Gervais, criador da série “The Office” e também comediante, lamentou a notícia da morte do colega de trabalho. Em seu X, antigo Twitter, escreveu algumas palavras em homenagem ao falecido: “Notícia extremamente triste. O muito engraçado e adorável Ewen Macintosh, conhecido por muitos como “/Big Keith”/ do The Office, faleceu. Um original absoluto. Descanse em paz”.

Outras aparições

Além de The Office, Ewen Maclntosh participou de outra produção em que Ricky Gervais esteve envolvido, a série  “After Life: vocês vão ter de me engolir”, em 2022. O ator chegou a atuar em obras teatrais e também em alguns filmes como “The Browley Boys” e “K-Shop”.

Em 2022, Ewen Maclntosh publicou em suas redes sociais que estava passando por “momentos ruins” em um hospital, porém não revelou detalhes sobre o que realmente estava acontecendo, deixando os fãs do ator preocupados e desconfiados.

 

Foto destaque: Ewen Maclntosh era conhecido por seu papel em The Office (Reprodução/ The Sun)

Tragédia nos EUA: Menina morre soterrada na praia enquanto brincava com irmão

Uma tarde de diversão na praia de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, transformou-se em tragédia quando uma menina de 7 anos foi soterrada pela areia enquanto brincava com o irmão, de 8 anos, nesta terça-feira (20). As autoridades locais informaram que as crianças estavam cavando um buraco quando a estrutura desabou, cobrindo a garota por completo. Ela foi rapidamente socorrida e levada a um centro médico, mas não resistiu aos ferimentos.

Resgate e socorro às vítimas

Segundo relatos da porta-voz do Corpo de Bombeiros de Pompano Beach, Sandra King, os serviços de emergência foram acionados por volta das 15h, horário local, após banhistas testemunharem o acidente. Quando os socorristas chegaram à praia, encontraram o menino parcialmente enterrado até o peito. Ele foi prontamente socorrido e encontra-se em estado estável. Já a irmã mais nova estava totalmente coberta pela areia, necessitando de uma operação de resgate mais complexa.

Esforços de resgate e investigação

Os banhistas presentes no local se uniram aos socorristas para cavar com as mãos na tentativa de resgatar as vítimas. Ao chegarem, os socorristas utilizaram tábuas para evitar novos desmoronamentos durante o processo de retirada das crianças do buraco. Não há informações precisas sobre quanto tempo as crianças ficaram enterradas, nem se havia algum adulto supervisionando a brincadeira na praia. Uma investigação está em andamento para esclarecer os detalhes do acidente.


Pessoas na praia tentando cavar para resgatar as vítimas. (Vídeo/ Reprodução/ X/ @CollinRugg)


Pais abalados e em choque

Os pais das crianças, ainda muito abalados pela tragédia, não foram ouvidos pelos investigadores até o momento, conforme relatou Sandra King ao jornal South Florida Sun-Sentinel. A porta-voz descreveu o incidente como “um acidente incompreensível“, destacando que os detalhes estão sendo minuciosamente investigados para determinar as circunstâncias exatas que levaram ao desabamento do buraco de areia.

Pronunciamento das autoridades e luto na comunidade

Sandra King destacou que medidas estão sendo tomadas para investigar o ocorrido. A comunidade local expressou choque e tristeza diante da tragédia, enquanto as autoridades buscam respostas para entender o que levou ao desabamento do buraco de areia.

Foto destaque: Local interditado onde as vítimas foram encontradas. (Reprodução/ X/ CBS Mornings)

Daniel Alves é convocado no tribunal a se apresentar nesta quinta-feira

De acordo com o jornal catalão “La Vanguardia”, na quarta-feira (21), Daniel Alves foi convocado a se apresentar novamente ao tribunal que julga o seu caso de agressão sexual. A juíza responsável pelo julgamento teria ordenado que o ex-jogador compareça na sessão em Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira (22).

Todas as partes envolvidas no julgamento de Daniel foram convocadas ao comparecimento na sessão desta quinta, entre elas estão: Inês Guardiola, a advogada do acusado, e Ester García, a promotora e advogada da vítima. Além destes, a promotora Elisabet Jiménez também foi chamada para se apresentar ao tribunal de Barcelona.

Julgamento concluído

A sentença pode já ter sido redigida pelo tribunal comandado pela juíza Izabel Delgado, porém existe a expectativa de que apenas no dia 7 de março seja possivelmente a data da leitura da sentença oficial do caso. Apesar de ter sido concluído no dia 7 de fevereiro, o julgamento durou cerca de três dias e só terminou após o próprio Daniel Alves ter prestado depoimento. O baiano é acusado de ter estuprado uma jovem na boate Sutton, em Barcelona. 


Daniel Alves durante julgamento (Foto: reprodução/ Jordi BORRAS/ POOL/ AFP)


No depoimento prestado, o ex-jogador chegou a chorar enquanto negava que teria cometido a agressão sexual, afirmando que a relação sexual que aconteceu entre ele e a denunciante teria sido consensual.

Daniel e sua defesa lutam pela liberdade condicional e pela absolvição no caso, porém a defesa da mulher exige que o jogador cumpra, no mínimo, 12 anos de prisão, além do Ministério Público que pediu 9 anos de pena para que o ex-atleta cumpra.

Depoimentos importantes

Além de Daniel Alves, foram ouvidas cerca de vinte e oito pessoas durante todo o processo. As testemunhas foram indicadas tanto pela defesa, quanto pela acusação e foram convocadas pelo tribunal de Barcelona para prestarem depoimentos acerca do caso. 

Uma das testemunhas do julgamento foi a mãe de Daniel, Lucia Alves, sendo a primeira a chegar ao tribunal para prestar seu depoimento em ajuda ao filho, que segue aguardando a leitura da sentença da juíza, Izabel Delgado.

 

Foto destaque: Daniel Alves aguarda sentença do caso de agressão sexual (Reprodução/ Instagram/ @danialves)

Senado aprova projeto que põe fim a “saidinha” de presos em feriados

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (20), um projeto de lei que elimina a saída temporária de presos em feriados e datas comemorativas, conhecida popularmente como “saidinha”. Com 62 votos favoráveis, 2 contrários e uma abstenção, a medida impõe restrições ao benefício.

Sendo apenas permitido para detentos que estejam matriculados em atividades educacionais, como cursos supletivos. O texto ainda deverá passar por nova votação na Câmara dos Deputados para, posteriormente, ser sancionado como lei.


Painel após final de votação em sessão no Plenário. (Foto/ Reprodução/ Jefferson Rudy/ Agência Senado)


Pressão parlamentar e contexto

A proposta, que restringe a tradicional saída temporária de presos em datas especiais, é fruto de pressões de parlamentares, especialmente da oposição, que argumentam sobre a utilização indevida do benefício para a prática de novos crimes. Desde 2013, o tema tem sido debatido no Congresso Nacional, ganhando destaque após o trágico assassinato do policial militar Roger Dias, morto por um detento beneficiado pela “saidinha”, em Belo Horizonte, em janeiro deste ano.

Detalhes da medida e posicionamentos

O projeto aprovado no Senado, liderado pelo relator, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), restringe a saída temporária dos presos apenas para atividades educacionais, como estudo e cursos supletivos. Senadores de diversos espectros políticos manifestaram apoio à medida, incluindo membros do PT, como o líder da bancada Fabiano Contarato (ES), e do governo, como o líder do Congresso Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP).

Impacto e controvérsias

Apesar da aprovação, a proposta enfrenta críticas de especialistas e entidades, que argumentam sobre os possíveis impactos negativos na ressocialização dos detentos.

Nota técnica divulgada por 66 entidades, incluindo o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), alerta para o aumento dos índices de violência e o impacto financeiro da medida. Além disso, a proposta recebeu contestações quanto à sua constitucionalidade e à necessidade de exames criminológicos para progressão de regime.

Debate em plenário e sugestões de emenda

Durante as discussões em plenário, líderes partidários apresentaram sugestões de emenda ao texto, como a inclusão do ensino de educação básica entre as atividades permitidas durante a saída temporária. No entanto, tais propostas foram rejeitadas, gerando controvérsias entre os parlamentares sobre a abrangência do projeto.

Perspectivas futuras

Após a aprovação no Senado, o projeto seguirá para análise na Câmara dos Deputados, onde poderá sofrer alterações antes de se tornar lei. A medida tem o potencial de impactar significativamente as políticas de execução penal no país, continuando a gerar debates e polarizações no cenário político nacional.

 

Foto destaque: Senadores reunidos na sessão no Plenário. (Reprodução/ Jefferson Rudy/ Agência Senado)

Petição de impeachment do presidente Lula bate recorde de assinaturas

Na manhã desta terça-feira (20), a oposição afirmou que o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria protocolado, com o total de 113 assinaturas. O impeachment foi motivado pela declaração feita pelo presidente em que comparou a atuação de Israel na faixa de Gaza ao Holocausto comandado por Hitler. 

A União Brasil, o PSD (Partido Social Democrático) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) assinaram a petição, apesar de serem bases de apoio, fazem oposição ao governo. 

A comparação, realizada durante uma coletiva de imprensa no último domingo (18), desencadeou todas as críticas do governo israelense contra o presidente, resultando no pedido de impeachment. A partir desta declaração, Lula é considerado persona non grata, ou seja, não é bem-vindo.

As autoridades, juntamente com o presidente brasileiro, analisam outras ações para mostrar que a intenção não era a de ofender os judeus.


Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/O Antagonista)


 

Janja defende seu esposo

Em suas redes sociais, Janja fez uma publicação sobre orgulhar-se do presidente e exclareceu seu ponto de vista. “Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus”, afirmou.

Declara ter orgulho do marido, pois ele tem defendido o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas, e a paz. Afirma também que se o presidente tivesse vivenciado a Segunda Guerra, ele teria defendido a vida dos judeus. 

Além das afirmações, em suas redes sociais aponta um erro de interpretação dos demais parlamentares e diz que Lula se referia ao governo genocida, não aos judeus. 

Crime de responsabilidade

Os membros do Congresso Nacional alegam, como justificação do impeachment, que o presidente Lula cometeu o crime de responsabilidade ao fazer esta declaração. “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”, aponta o artigo 5º da Constituição Federal.

Além da comparação, o presidente classificou a atuação de Israel na Faixa de Gaza como genocida. Até hoje, esse impeachment foi o mais assinado, batendo o recorde e ultrapassando o processo que aconteceu em 2016, da ex-presidente Dilma Russef. 

 

 

Foto destaque: Lula, diante a imprensa, falando sobre o Holocausto e Israel (reprodução/BBC)

Bolsonaro afirma que ficará calado em depoimento após Moraes negar adiamento

Nesta terça-feira (20), ao Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que ficará calado durante depoimento marcado pela Polícia Federal para a próxima quinta-feira (22) e pediu para ser dispensado.

“Uma vez que o Peticionário fará uso do direito ao silêncio nos termos da presente manifestação, requer seja dispensado do comparecimento pessoal conforme já discutido previamente com Vossa Excelência”, afirmou a defesa do ex-presidente.

A declaração dos advogados de Bolsonaro veio após o ministro Alexandre de Moraes negar o pedido da defesa de adiar o depoimento do ex-chefe do Executivo sobre que a investigação da PF que apura uma tentativa de golpe de Estado.

“O investigado até pode escolher o direito de falar no momento adequado ou o direito ao silêncio parcial ou total. Mas não é o investigado que decidirá prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais durante a investigação criminal”, declarou Moraes.

Adiamento

A defesa de Jair Bolsonaro pediu pelo adiamento afirmando que não teriam tido acesso à “excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo de todo este procedimento investigatório”, além da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

No entanto, Alexandre de Moraes negou o pedido sob a justificativa de que os advogados já teriam acesso as informações que estão disponíveis aos investigados nesta fase do inquérito e afirmou que “inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório.”

Operação Tempus Veritatis


Operação da PF investiga Bolsonaro e aliados sobre tentativa de golpe. (Foto: Sérgio Lima/Poder360).


A operação Tempus Veritatis, que foi deflagada na última quinta-feira (08), investiga Jair Bolsonaro e 9 de seus aliados sobre uma tentativa de golpe de Estado e de invalidar o processo eleitoral de 2022, que tornou Lula presidente.

A investigação tem como principal evidência a gravação de uma reunião ministerial de 15 de julho de 2022, em que o ex-presidente e seus ministros planejam formas de evitar o resultado das eleições. Nas imagens, Jair Bolsonaro já prevê que não sairia vitorioso.

Com a operação, a PF já realizou 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.

Foto destaque: Jair Bolsonaro, ex-presidente da República. (Reprodução/REUTERS/Marco Bello).

EUA aplicará novas sanções contra Rússia em resposta à morte de Alexei Navalny

Após o a morte do ativista e opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, o governo dos Estados Unidos deverá anunciar, nesta sexta-feira (23), uma série de sanções contra a Rússia, afirma o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do país norte-americano, John Kirby.

De acordo com Kirby, estas restrições devem responsabilizar a Rússia “pelo que aconteceu com o senhor Navalny” e pelas ações do país durante a guerra na Ucrânia, que completa dois anos no sábado (24).

Nesta segunda-feira (20), depois de responsabilizar Putin pela morte do ativista, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia afirmado que o país estava “considerando sanções adicionais” a Rússia.

Além do pacote de restrições, o porta-voz também reforçou ao congresso – como uma das ações contra Vladimir Putin – a necessidade de “aprovar novamente o pacote suplementar bipartidária de segurança nacional e apoiar a Ucrânia enquanto eles continuam lutando bravamente e defendendo seu país”.

Morte de Alexei Navalny


Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin na última década. (Foto: Reprodução/REUTERS/Tatyana Makeyeva).


Na última sexta-feira (16), o principal opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, de 47 anos, morreu em uma prisão no Círculo Polar Ártico. O ativista cumpria uma pena de 19 anos, que era vista pela comunidade internacional como sendo por motivação política.

De acordo com o serviço penitenciário do distrito de Yamalo-Nenets – onde Navalny fora transferido no ano anterior -, o homem teria se sentido mal após uma caminhada e perdido a consciência “quase imediatamente”.

Para a família e a equipe de Alexei Navalny, o ativista, responsável por denunciar a corrupção do governo atual, foi assassinado a mando de Vladimir Putin. Aliados também acusam o líder do Kremlin de esconder o corpo de Navalny em uma tentativa de ocultar o crime.

“Vladimir Putin matou meu marido, Alexei Navalny. Putin matou o pai dos meus filhos. (…) Com ele, ele queria matar nosso espírito, nossa liberdade, nosso futuro”, declarou a viúva de Alexei Navalny nesta segunda-feira (19).

Resposta do Kremlin e reação internacional

Para o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, as acusações dos familiares de Navalny são “completamente infundadas”.  

A comunidade internacional, no entanto, também tem responsabilizado o líder russo pela morte do ativista. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, declarou que “a sua morte em uma prisão russa e a obsessão e o medo de apenas um homem realçam a fraqueza e a podridão no coração do sistema que Putin construiu”.

Blinken também afirmou que os EUA estariam discutindo a situação com outros países. Em resposta ao movimento internacional, o Kremlin declarou que não irá aceitar quaisquer exigências do Ocidente sobre a morte de Alexei Navalny.

Foto destaque: o presidente norte-americano, Joe Biden, durante discurso à imprensa na Casa Branca. (Reprodução/Reuters/Leah Millis).