Daniel Alves pode obter direito a regime semiaberto

O ex-jogador Daniel Alves foi condenado, nesta quinta-feira (22), a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro. O tribunal de Barcelona anunciou a sentença condenatória em relação ao caso no qual o ex-jogador da seleção brasileira é culpado de agredir e abusar de uma mulher, no banheiro da boate Sutton, em 2022. 

O jogador enfrenta a possibilidade de obter o direito à liberdade condicional ao cumprir metade de sua pena de 4 anos. O direito ao regime semiaberto poderá acontecer em abril de 2025. Segundo a legislação espanhola, ele poderá sair da prisão durante o dia, mas terá que retornar à noite para cumprir sua pena. Caso consiga o direito ao semiaberto, ele poderá trabalhar durante o dia ou até mesmo ficar com a família. 

O tempo de pena do jogador começa a ser contado desde o acontecimento de sua prisão, em janeiro de 2023. Ele foi considerado culpado, mas recebeu uma pena mais branda. A condenação do jogador está bem longe dos 9 anos de prisão, solicitados pela promotoria espanhola, e muito menos perto dos 12 anos pedidos pela vítima do estrupo.

A audiência de condenação 

A juíza Isabel Delgado determinou a condenação de Daniel Alves durante a 21ª Seção de Audiência de Barcelona. O jogador compareceu ao local por volta das 10h, 06h no horário de Brasília. Durante a audiência estavam presentes a promotora Elisabet Jiménez, a advogada da denunciante, Ester García, e a advogada de defesa de Daniel, Inés Guardiola.  

Resultado da sentença 


Jogador Daniel pode ter direito a regime semiaberto, segundo legislação espanhola (Vídeo: reprodução/CNN Brasil)


A condenação de 4 anos e 6 meses de prisão, mostra a aplicação da justiça, na punição pelo crime cometido. A decisão judicial determinou uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil) à vítima, por danos moral e físico, incluindo os custos do processo. A multa de 9 mil euros foi aplicada pelo crime de lesão corporal leve. Além disso, ele terá que pagar mais 150 euros diários por dois meses. Essa penalidade visa punir o agressor e compensar a vítima pelos danos causados. Ele é proibido também de fazer contato com a vítima por nove anos, após cumprir a pena.

O tribunal considerou a violação comprovada, pois a vítima não consentiu e há elementos adicionais que embasam a acusação. O tribunal identificou três elementos que comprovam a violação – lesões no joelho da vítima, comportamento ao relatar o ocorrido e presença de sequelas. A equipe jurídica do ex-jogador da seleção brasileira tem a possibilidade de recorrer da decisão em duas instâncias na Espanha: no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e no Supremo Tribunal da Espanha. Enquanto Daniel Alves permanece preso, sua advogada afirmou que vai recorrer.

Foto destaque: julgamento de Daniel Alves (reprodução/David Zorrakino/POOL/AFP)

Estimativa aponta 45 mil soldados russos mortos na Ucrânia desde o início da guerra

Uma investigação conjunta entre o site russo Mediazona e o serviço em russo da BBC trouxe à tona uma realidade sombria do conflito na Ucrânia: cerca de 45 mil soldados russos foram identificados como mortos desde o início da invasão, há quase dois anos. Este número chocante, revelado em meio a um mar de informações ocultadas, lança luz sobre o impacto devastador da guerra, que tem sido mantido em segredo tanto na Rússia quanto na Ucrânia.

45.123 mil soldados russos mortos

A investigação, publicada nesta quarta-feira, revelou dados perturbadores que vão de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2024. Embora reconheçam que o cálculo não seja preciso, os veículos afirmam ter identificado 45.123 soldados russos mortos. Essa cifra foi obtida através de fontes variadas, incluindo: anúncios de óbitos, comunicados de autoridades locais e necrologias presentes na mídia e nas redes sociais. No entanto, ressaltam que o número real pode ser ainda maior, talvez o dobro do relatado na pesquisa apresentada.


Guerra entre Rússia e Ucrânia (Foto: reprodução/ESPN Brasil)


Grande parte não possuia histórico militar

Dentre as diversas descobertas, também foi revelado que cerca de dois terços dos mortos não possuíam histórico militar antes do conflito, indicando a mobilização de civis, voluntários e até mesmo prisioneiros, que foram levados às unidades de combate em troca de anistia ou outras formas de incentivo.

New York Times apresentou um número maior do que divulgação oficial russa

As baixas russas têm sido alvo de especulações e discrepâncias. Enquanto o último balanço oficial, divulgado em setembro de 2022 pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, mencionava cerca de 5.937 mortes, estimativas mais recentes, como a do jornal New York Times, sugerem um número muito mais alto, chegando a 120 mil mortos, de acordo com oficiais americanos.

James Heappey apresenta cálculo de 350 mil mortos

Entretanto, a resposta mais alarmante veio do ministro britânico da Defesa, James Heappey, que, em janeiro deste ano, calculou as perdas russas em mais de 350 mil mortos e feridos. 

Esses números, embora não confirmados oficialmente, ilustram a magnitude do conflito e a urgência de uma resolução diplomática para pôr fim ao derramamento de sangue e sofrimento que assola a região. Enquanto o mundo assiste ao aumento do custo humano dessa guerra, a transparência e o diálogo se tornam mais cruciais do que nunca.

Foto destaque: Guerra entre Rússia e Ucrânia (reprodução/Jornal Opção)

Bolsonaro se mantém em silêncio em depoimento sobre tentativa de golpe

Jair Bolsonaro (PL) foi até a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília nesta quinta-feira (22), para prestar depoimento no inquérito que apura uma tentativa de golpe nas eleições de 2022 no Brasil. O ex-presidente foi orientado pelo seu advogado Fabio Wajngarten a permanecer em silêncio durante a averiguação com o delegado e assim foi feito. Ao todo, o depoimento durou menos de 30 minutos.

Advogados falaram com a imprensa

Ao contrário do ex-presidente a defesa de Bolsonaro, liderada pelo advogado Fabio Wajngarten, afirmou ao deixar a sede da PF que o ex-presidente nunca apoiou movimentos golpistas. Wajngarten salientou que a estratégia adotada de seu cliente permanecer em silêncio se deu pelo fato que eles não tiveram acesso aos elementos processuais ao qual seu cliente está sendo acusado.

Outro advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno também falou na saída de sede da PF, afirmando que o uso do silêncio como estratégia se deu por conta da investigação, segundo ele, ser semissecreta.

Ainda sobre o silêncio de Bolsonaro, Wajngarten disse que por não ter tido acesso à delação premiada do ex-ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid, o impediram de preparar uma defesa adequada para o caso e que o ex-presidente só irá prestar um novo depoimento depois da defesa ter acesso a esses documentos.

Em nota, a defesa salientou que Bolsonaro não se furta em prestar novo depoimento, mas só o fará caso seja garantido o acesso ao processo, garantindo que o ex-presidente nunca se furtou a comparecer a audiências perante a justiça.


Fabio Wajngarten e Paulo Bueno, respectivamente, advogados de Jair Bolsonaro falam na saída da PF (Foto: reprodução/X/@Metropoles)


Depoimentos no mesmo horário

A Polícia Federal marcou para às 14h30 (horário de Brasília), desta tarde, o depoimento dos 21 investigados pela tentativa de tramar um golpe de Estado no Brasil. Essa estratégia da PF se deu para que nenhum dos investigados tivesse acesso a depoimento dos outros e combinassem alguma versão, que foi a mesma do inquérito que apura recompra e venda de joias, que implica Bolsonaro e aliados.

Apoiadores do lado de fora

Diversas pessoas que apoiam Bolsonaro estiveram presentes do lado de fora da sede da PF em Brasília com faixas, bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos. Jornalistas e curiosos também aguardavam em frente ao local. Bolsonaro saiu sem falar com ninguém.

Foto Destaque: Bolsonaro fica em silêncio no depoimento na PF sobre tentativa de Golpe de Estado (Reprodução/X/@Metropoles)

Joe Biden perde a paciência e xinga Putin em evento na Califórnia

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, xingou nesta quarta-feira (21) o seu par russo, Vladimir Putin de “filho da puta maluco”, durante um discurso em um evento em São Francisco, na Califórnia. Biden falava sobre a possibilidade de um conflito nuclear quando proferiu o xingamento e afirmou que a maior preocupação do mundo continua sendo a questão climática.

Evento de campanha

O presidente dos EUA estava em um evento de arrecadação de fundos para a sua campanha para a reeleição presidencial, que será em novembro desse ano. Enquanto discursava sobre o clima e um possível conflito nuclear, ele deferiu o xingamento a Putin, afirmando que enquanto houver “filhos da puta malucos” como Putin, o mundo estará em perigo, mas ressaltou que a ameaça a existência da humanidade é o clima.

Resposta do governo russo

O porta-voz do governo russo Dmitry Peskov, afirmou à agência Reuters que essa declaração não abala Putin e ironizou ao dizer que Biden está numa tentativa de parecer com cowboys de filmes de Hollywood. Peskov continuou sua fala recriminando o presidente estadunidense, dizendo que isso rebaixa a América, relembrando que Putin nunca se referiu grosseiramente a nenhum chefe de Estado em público.

Putin declarou a poucos minutos a um canal de televisão russa que acha que a declaração de Biden foi adequada, e ironizando disse que o presidente dos Estados Unidos nunca irá agradecê-lo pelo que vem acontecendo no mundo e terminou afirmando que prefere que ele vença Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano, pois este é um político a moda antiga.


Diplomatas afirmam que essa é maior crise entre os dois países desde a Guerra Fria (Foto: reprodução/X/@Metropoles)


Relações ainda mais estremecidas

Nas últimas semanas as relações entre Estados Unidos e Rússia, que já não eram das melhores, pioraram por conta de afirmações por parte do governo norte-americano de que os russos estariam planejando colocar uma arma nuclear no espaço para destruir satélites e de afirmações de que Putin estaria por trás da morte do opositor Alexei Navalny, que foi aparentemente foi envenenado na prisão em que estava.

Diplomatas consideram essa crise entre os dois países como a maior desde a crise dos mísseis em 1962. Naquela época de guerra fria, a então União Soviética colocou diversos artefatos nucleares em Cuba apontados para os EUA, em contrapartida, os estadunidenses fizeram o mesmo na Europa, gerando uma tensão global.

Biden afirmou na última semana, após a morte de Alexei Navalny, que o que aconteceu foi uma consequência de coisas que Putin e capangas fizeram. Anteriormente, Navalny afirmou que havia sofrido tentativas de assassinato por parte do governo russo, o que foi prontamente negado por Putin.

 

Foto Destaque: Biden xinga Putin em evento de campanha na Califórnia (Reprodução/X/@Metropoles)

Programa Voa Brasil não barateará todas as passagens aéreas

A primeira fase do Voa Brasil que deverá ser lançada ainda nesse semestre pelo Governo Federal, não assegurará que todas as passagens custarão até 200 reais, mas apenas aquelas que já custam esse valor cobrado pelas companhias aéreas. Como não haverá ajuda financeira do governo Lula, as empresas continuarão a ter autonomia em cobrar os preços que elas quiserem.

Vontade das companhias

As empresas aéreas brasileiras alegam que já oferecem passagens a 200 reais ou menos e que sem uma contrapartida governamental não tem como disponibilizar mais bilhetes a esse preço do que os que já tem colocado no mercado. Caso haja algum desconto maior será por conta das companhias aéreas, que poderão oferecer descontos caso queiram.

Dados de 2023

Os dados da Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC, mostram que em 2023 houve uma oferta de assentos por até 200 reais, de cerca de 14,9% das passagens vendidas. Esses números são baseados em um universo onde 26,4 milhões de bilhetes foram vendidos, desconsiderando descontos e demais tarifas inclusas.

O programa

O Voa Brasil foi uma ideia do presidente Lula para baratear e popularizar as passagens aéreas, que, segundo o governo, estão caras e afastando grande parte da população do modal aéreo. Anunciado em março de 2023, o programa ainda não saiu do papel por conta de diversos entraves com as empresas de aviação, Gol, LATAM e Azul, entre eles a falta de ajuda financeira do governo.

Inicialmente as passagens mais baratas irão para aposentados que ganham menos de dois salários-mínimos e estudantes que fazem parte do programa PROUNI e limitaria a duas compras por CPF. Por conta dos problemas citados, o governo busca desatar esses nós com as empresas, negociando algumas metas a serem batidas. Uma das discussões parte de que cada uma das companhias teria objetivos diferentes de vendas, além de garantirem no total de quatro a cinco milhões de assentos disponíveis para venda.

O público alcançado por essa primeira etapa do programa seria de 21 milhões de pessoas, que segundo o IBGE são os aposentados que recebem até dois salários-mínimos e os estudantes. Esses bilhetes seriam concedidos preferencialmente a quem não viajou nos últimos 12 meses.


Ministro Silvio Costa afirma que o programa deve entrar em vigor ainda esse semestre (Foto: reprodução/X/@Oglobo)


Palavra do Ministro de Portos e Aeroportos

O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho concedeu uma entrevista à CNN Brasil e afirmou que o programa não terá verba pública nesse primeiro momento, cabendo as companhias a colaborar com o programa. Costa Filho salientou que o governo segue procurando soluções para ajudas as companhias aéreas brasileiras, que passam por crises financeiras desde a pandemia de COVID-19.

Outro ponto que o ministro abordou, foi uma reclamação antiga das empresas, que afirmam que o querosene de aviação no Brasil é um dos mais caros do mundo e que colocam esse valor no preço das passagens. Silvio Costa disse que é prevista com o ministério da Fazenda uma criação de linhas de créditos para o setor e uma discussão sobre os preços dos combustíveis.

O que dizem as empresas

A LATAM afirma por meio de nota que é compromissada com a democratização do transporte aéreo no Brasil e que no momento está em negociações com o governo brasileiro para viabilizar a implementação dos preços dos bilhetes aos que se encaixam no programa.

A empresa Azul salientou que estão colaborando intensivamente com o desenvolvimento do programa Voa Brasil e que as discussões têm caminhado para uma resolução positiva.

A Gol, que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos, disse que os detalhes, inclusive os particulares a empresa, serão comunicadas no lançamento do programa, previsto para ainda esse semestre. A companhia ainda afirmou que está fazendo promoções constantes, principalmente nas passagens compradas na semana do voo ou com antecedência superior a seis meses.

Foto Destaque: programa Voa Brasil tem previsão de sair do papel ainda esse semestre (Reprodução/onlyyouqj/Freepik)

Proposta de divulgação online das listas de espera no SUS é aprovada na Câmara

A Câmara dos Deputados, em sessão realizada nesta quarta-feira (21), aprovou um projeto de lei que visa aprimorar a transparência e a organização das filas de espera por procedimentos cirúrgicos e exames no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto, já ratificado pelo Senado, retornará para uma nova rodada de votação dos senadores.

De acordo com o texto aprovado, os governos serão obrigados a divulgar em portais na internet as listas de pacientes aguardando por cirurgias eletivas, indicando a posição de cada paciente na fila e a data de agendamento. Essa medida busca proporcionar maior clareza aos cidadãos sobre sua colocação na fila e o prazo estimado para o procedimento.

O Ministério da Saúde, em seu relatório mais recente divulgado em novembro de 2023, identificou que aproximadamente 1,1 milhão de pessoas aguardam por cirurgias eletivas em todo o país. Esses dados são parte do monitoramento do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF), uma iniciativa do governo para diminuir as esperas no sistema de saúde.

A nova proposta 

A proposta também determina que a identificação dos pacientes seja feita por meio do número do Cartão Nacional de Saúde ou documento equivalente, junto ao estabelecimento de saúde onde o procedimento será realizado. As listas de espera devem ser atualizadas a cada 15 dias, com um consolidado mensal contendo o número total de pacientes na fila e o tempo médio de espera.

Inicialmente, o projeto previa sanções para gestores que não cumprissem a divulgação das listas, porém, essa possibilidade foi retirada pelo relator do projeto, deputado Ruy Carneiro (Podemos-PB). O parlamentar destacou que a nova versão do texto foi elaborada após um amplo diálogo com líderes partidários da Casa.


Ruy Carneiro fala sobre o projeto de lei acerca da divulgação da lista de espera do SUS (Foto: reprodução/ParaíbaJá)


A aprovação desse texto traz um novo momento para a saúde pública do Brasil. É injusto você ter um cidadão, que é usuário do SUS e que o sistema não é transparente para ele. Ele não tem oportunidade de ter conhecimento de qual é a colocação dele na fila, quando ele vai ter oportunidade de ser operado. Hoje estamos virando essa página”, disse o parlamentar.

Como funcionará 

Além da transparência nas filas, o projeto também estabelece critérios para o agendamento dos procedimentos. Todos os pacientes deverão receber um protocolo com a data do agendamento e a previsão de realização do procedimento. Em casos de desmarcação, os pacientes terão direito a uma nova data, desde que a desmarcação seja justificada e comunicada adequadamente.

Foto destaque: projeto de lei irá obrigar prefeituras a divulgar lista de espera do SUS (Reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Bolsonaro e militares possivelmente envolvidos no golpe do dia 8 serão ouvidos

A semana foi marcada por intensas atividades no Quartel General do Exército, situado em Brasília. Com uma série de depoimentos agendados pela Polícia Federal para esta quinta-feira (22), militares de alta patente investigados por suposto envolvimento em um plano golpista foram o centro das atenções. Diante disso, o comando liderado por Tomás Paiva se mobilizou para eventualmente receber os suspeitos sob ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com uma fonte graduada do Exército, que falou em entrevista, um alojamento dentro do Comando Militar do Planalto, nas instalações do Quartel General, passou por melhorias visando acomodar possíveis detidos. “É necessário estarmos preparados. Considerando a alta patente dos possíveis presos, é crucial termos uma estrutura adequada, especialmente porque seremos inspecionados pelo STF após as prisões“, afirmou o militar.


Tomás Paiva fala sobre o preparo da cela de Bolsonaro e militares (Foto: reprodução/Folha de São Paulo)


Contexto militar 

No contexto militar, quando se menciona “antiguidade”, refere-se a generais e oficiais de alta patente, incluindo até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é capitão e tem o direito de ser detido em uma unidade militar.

Mesmo aliados de Bolsonaro estão se preparando para uma eventual ordem de prisão emitida por Moraes – “com ou sem base jurídica”, como costumam dizer – e consideram o alojamento no Quartel General do Exército como o local mais adequado para a detenção do ex-presidente, caso isso ocorra.

Entre os investigados no STF, destacam-se figuras como os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, além de outros militares implicados em trocas de mensagens golpistas ou mencionados por Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro que fez acordo de delação com a Polícia Federal.

Entenda o caso

Segundo comunicado oficial da PF, a operação, iniciada em 8 de fevereiro, tem como objetivo investigar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e desrespeito ao Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas para manter Bolsonaro no cargo de presidente da República. O presidente Jair Bolsonaro está programado para prestar depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (22), como parte das investigações da Operação Tempus Veritatis. 

Foto Destaque: Bolsonaro será ouvido hoje pela PF sobre o caso da tentativa de golpe do dia 8 (Reprodução/Metropoles)

Daniel Alves é condenado pelo tribunal da Espanha no caso de estupro

Após um ano de prisão, e duas semanas após o julgamento, o caso do ex-jogador de futebol brasileiro foi decidido na manhã desta quinta-feira (22). Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual contra uma mulher. 

Todos que tem envolvimento no processo foram chamados para o tribunal de justiça, localizado em Barcelona, na Espanha. O jogador Daniel Alves, Inés Guardiola, advogada do jogador; advogada da vítima e a promotora Elisabeth Jiménez estiveram presentes para saber a decisão do juíz.


Ex-jogador do Barcelona foi condenado a prisão por estupro (Foto: reprodução/otempo)


Denúncia e prisão do ex-jogador

Daniel Alves esteve em uma boate em Barcelona no dia 30 de dezembro de 2022, onde cometeu a agressão sexual contra uma mulher de 23 anos que estava no banheiro da casa noturna. Quase um mês depois da denúncia, dia 20 de janeiro de 2023, o ex-lateral direito foi detido ao comparecer para prestar depoimento.

Desde então, o Daniel entrou em contato com um advogado chamado Cristóbal Martell, muito conhecido na Espanha por ter ganho grandes casos, mas o advogado deixou o caso ao considerar “caso perdido“. A partir daí, quem começou na defesa do Daniel foi Inés Guardiola.

Pena reduzida

O ministério Público da Espanha pediu para o jogador ficar detido por 9 anos, mas foi pago um valor de 150 mil euros que, convertido em moeda brasileira, fica em cerca de 800 mil reais, uma espécie de indenização à vitima. Então, já era certo que o jogador fosse condenado a no máximo 6 anos de prisão. 

Após o cumprimento da pena, o condenado terá cinco anos de liberdade vigiada, com restrições, sendo proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima. 

Foto destaque: Daniel Alves no tribunal, em Barcelona, no terceiro dia de julgamento (reprodução/metrópole)

Cientista brasileiro detecta possível novo planeta no Sistema Solar

Um estudo recente, divulgado no The Astronomical Journal, liderado por pesquisadores do Brasil e do Japão, pode ter revelado um novo membro dentro do nosso Sistema Solar. Patryk Sofia Lykawka, da Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, sugerem a presença de um planeta desconhecido além de Netuno, na região conhecida como Cinturão de Kuiper.

Previsões e características do possível novo planeta


Simulação da disposição dos planetas no Sistema Solar (Foto: reprodução/Daniel Roberts/Pixabay)


No estudo publicado, os pesquisadores antecipam a existência de um planeta com características comparáveis à Terra, bem como a presença de outros objetos transnetunianos em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar. Calcula-se que este novo planeta possa ter entre 1,5 e três vezes o tamanho da Terra, o que o coloca consideravelmente acima dos planetas-anões conhecidos até agora no Cinturão de Kuiper, como Plutão, cujo diâmetro é apenas 18% do da Terra.

Investigação e próximos passos

Para confirmar a existência deste novo integrante do nosso sistema solar, os cientistas estão em constante investigação dos corpos celestes presentes no Cinturão de Kuiper. Eles procuram por quaisquer alterações em suas órbitas que possam indicar a presença de um corpo celeste de maior porte. Com base em simulações detalhadas do Sistema Solar externo, que incluem um planeta hipotético com massas semelhantes à Terra, os pesquisadores encontraram resultados que sugerem um papel crucial desempenhado por este novo planeta na formação do Cinturão de Kuiper.

Patryk Sofia Lykawka expressou o interesse em aprimorar os resultados da pesquisa mediante novas simulações, visando aperfeiçoar ainda mais as características orbitais e a massa deste planeta hipotético. Conforme os estudos avançam, espera-se que mais detalhes sobre este intrigante planeta venham à tona, enriquecendo nossa compreensão do vasto cosmos que habitamos.

 

Foto Destaque: estudos de prováveis órbitas do possível planeta que existe no Sistema Solar (Reprodução/divulgação/Patryk Sofia Lykawka)

Baixada Santista registra 54 mortos pela Polícia Militar em menos de dois meses

A partir de informações dadas pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério de São Paulo, na Baixada Santista, entre o dia primeiro de janeiro e o dia 20 de fevereiro de 2024, foi registrado o número de 54 pessoas mortas pela Polícia Militar (PM). A Baixada Santista concentra 45% das mortes pela Polícia Militar no Estado de São Paulo atualmente. As informações são do G1.


Gráfico feito pelo Jornal G1 (Foto: reprodução/ G1)


Situação é vista como desastrosa por pesquisador 

Durante o ano de 2023, o policial militar da Rota, considerada a Tropa de Elite paulista, Ostensivas Tobias de Aguiar foi assassinato na região, desde então ocorrem inúmeras operações violentas na Baixada Santista, 28 pessoas foram mortas em 40 dias naquele ano.  A Secretaria de Segurança Pública (SSP) declarou que todo o procedimento ocorre dentro da lei, e que se trata de um dever constitucional para a segurança da população. Os arquivos da Operação Verão afirmam que toneladas de drogas foram apreendidas, mais de 70 armas ilegais foram confiscadas e quase 700 pessoas foram presas. 

Bruno Paes Manso, pesquisador do NEV (Núcleo de Estudos da Violência) da USP (Universidade de São Paulo), diz que a operação feita pela Polícia Militar é um “desastre”:É uma operação desastrada da polícia, cuja desordem pode ser medida pela taxa de letalidade de homicídios na região que está sendo atípica e diferente do resto do Estado.”O pesquisador acreditada que técnicas adequadas devem ser utilizadas pela Polícia Militar.

Posicionamento da Defensoria Pública em relação às operações

O Ministério Público de São Paulo invocou quatro promotores para investigar o movimento na Baixada Santista, o trabalho pode durar seis meses para averiguar as mortes que ocorreram na região metropolitana. O órgão, nessa sexta-feira (16), apelou para a Organização das Nações Unidas (ONU) e para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o fim das operações da Polícia Militar e a necessidade do uso de câmeras no corpo dos policiais. Os órgãos públicos desaprovam as operações feitas na Baixada no último ano.    

Foto em destaque: Polícia Militar (Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil)