Casal aplica golpe usando foto de uma criança com câncer para ganhar dinheiro

Golpistas se aproveitam do estado de saúde da Nicolly, filha de Madelaine Morigi e Renato, para criar uma vakinha fake e arrecadar dinheiro na internet. O casal Luiz Antônio dos Santos e Tainara Ribeiro foram descobertos pela Stephani Santos, irmão do Luiz. 

Em 2022, os pais de Nicolly resolveram arrecadar o valor do tratamento, exames, ressonância e custos de transporte através da internet por falta de condições e, com essa campanha, arrecadaram 13 mil reais, conta Madelaine no Fantástico. 

A cirurgia da pequena Nicolly, de 9 anos, foi realizada em abril de 2023 mas, após a cirurgia, outra ressonância foi feita e mostrou que o tumor tinha voltado. Mediante a situação da filha do casal, fizeram outra campanha para arrecadar mais um valor em dinheiro, divulgando em suas redes sociais.

Madelaine conta mais detalhes sobre a vakinha fake após ser chamada de golpista em uma plataforma: “Eu falei para essa pessoa que me xingou que a menina da foto era minha filha. Ela me mostrou print e link. Quando vi, em um mês, os golpistas tinham conseguido R$ 35 mil na vaquinha falsa da minha filha”, conta.

Os golpistas foram descobertos

A mãe da Nicolly recebeu uma ligação da Stephani Santos Barbosa, do Rio de Janeiro, dizendo que desconfiava de seu irmão Luiz Antônio e de sua cunhada Tainara Ribeiro, após ver a mesma editanto a foto de uma criança em um churrasco de família: “Uma vez eu vi a minha cunhada editando foto de uma criança. Eu consegui filmar ela fazendo isso”, Stephani conta ao Fantastico. 


Casal aplica golpe com vakinha fake na internet (Foto: reprodução/TvGlobo)


O programa Fantástico, que apurou o caso, foi exibido neste domingo (25), contando com a participação dos pais da Nicolly, Stephani e a mãe do Luiz Antônio, Hosana Rodrigues dos Santos.

Mãe de Luiz Antônio diz ser usada

A conta bancária que estava sendo usada para aplicar o golpe era de Hosana Rodrigues. Tainara pediu a conta, inicialmente, para receber um dinheiro de sua família que mora no Rio Grande do Sul. 

“Eu não tenho nada a ver com isso. Eu fui usada como muitos ali estão sendo usados por eles”, contou Hosana.

No programa, ela relata como conseguiram abrir uma conta em seu nome, sem falar o real motivo para que seria usado. A sua nora, Tainara, tirou uma foto de Hosana afirmando que era necessário reconhecimento facial para desbloquear o cartão, conseguindo assim abrir uma conta em seu nome. 

Após Hosana ser alertada pela Stephani, foi a delegacia denunciar o caso e, afirma que, se não fosse sua filha, estaria sendo laranja até hoje.

Foto Destaque:  Casal consegue 35 mil em vakinha fake (Foto: reprodução/Estadão)

 

 

 

Polícia Civil de São Paulo apura crimes de executivos da SouthRock durante processo de reestruturação

A Polícia Civil de São Paulo está investigando executivos da empresa SouthRock, detentora dos direitos da marca Starbucks Coffe no Brasil, além de outras marcas, por falsidade ideológica, estelionato e apropriação indébita contra credores na contratação de empréstimos e alterações em documentos após a declaração de recuperação judicial que a marca passa no país. Desde novembro de 2023, a securitizadora Travessia e a Ibiuna Investimentos, iniciaram o processo na justiça paulista.

A investigação da Polícia apura se um empréstimo de 75 milhões de reais teria sido feito após documentos de balanços financeiros tivessem sido alterados. Os investigados são o fundador da SouthRock, Kenneth Pope e o diretor e o gerente financeiro do grupo, Fábio Rohr e Marcos Jesus de Carvalho, respectivamente. As empresas que fizeram a acusação, a securitizadora Travessia e Ibiuna Investimentos, foram as responsáveis por disponibilizar e facilitar a operação de empréstimo.

Investigação policial

Documentos do processo obtidos pelo jornal O Globo, mostram que os executivos teriam falsificado documentos financeiros     para obter vantagens ilegais dos credores durante o processo de reestruturação. Na segunda-feira (19) foi adicionado ao litígio documentos que comprovam a obtenção de um empréstimo feitos em nome da empresa, pelos executivos investigados de 20 milhões de reais e que teria sido ocultada da justiça.

Os advogados da Travessia denunciam que os valores foram obtidos para benefício próprio dos executivos da SouthRock, e querem que a justiça afaste Pope da direção do grupo, até que a investigação seja concluída. Segundo eles, o empréstimo obtido em nome da SouthRock foi feito vantagem pessoal e lesou os credores e alegam que essa fraude aconteceu com a concordância do diretor Fábio Rohr, responsável por autorizar todas movimentações financeiras do grupo.

Outros crimes

Além da falsidade na documentação, outro crime investigado pela Polícia Civil paulista é de que a SouthRock teria ocultado algumas dívidas entre as empresas do grupo. Entre os valores escondidos, estariam dois Certificados de Recebíveis Imobiliários, CRIs, que tem o valor de 66 milhões de reais. Estes documentos estavam ausentes do balanço financeiro final do grupo para a conseguir o empréstimo junto aos credores.

A acusação também demonstra que relatórios e organogramas foram enviados de maneira incorretas e incompletas de propósito, ocultando dívidas de outras empresas do grupo SouthRock. Se somadas, foram escondidas 400 milhões de reais em dívidas.


A detentora da marca Starbucks no Brasil, SouthRock, pediu reestruturação judicial em 2023 (Foto:reprodução/X/@OGlobo)


Royalties supostamente adulterados

Por ser apenas detentora para uso da marca global Starbucks no Brasil, a SouthRock tem periodicamente um valor ligado a royalties a matriz e nos documentos obtidos pela investigação, mostram a diferença de 42,1 milhões de reais no balanço da empresa. Ao invés de repassar e declarar a o valor total de 63 milhões, o que constava em documentos seria 21,3 milhões de reais.

Nota da SouthRock

A nota enviada ao jornal O Globo, a SouthRock nega as acusações e declara que esse novo pedido de investigação feita pelos credores é uma forma de “justificar para investidores operações de créditos” pedidos por eles.

Sobre o suposto desvio de 20 milhões de reais, a empresa esclarece “que os valores constam no balanço da empresa e no imposto de renda do sócio”. A SouthRock garante que toda a movimentação financeira está documentada e foi feita em períodos anteriores ao pedido de reestruturação na justiça brasileira.

 

Foto Destaque: em crise, Polícia Civil apura possíveis crimes de executivos da SouthRock (Reprodução/X/@Golobo)

Jair Bolsonaro fala em pacificação e não cita STF durante manifestação em São Paulo

Aconteceu neste domingo (25), durante a tarde, na Avenida Paulista, em São Paulo, uma manifestação em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Presente em trio elétrico com apoiadores, Bolsonaro afirmou em discurso para eleitores, que “busca pacificação e deseja borracha no passado”, além de ressaltar que não houve tentativa de golpe no atentado de 8 de janeiro de 2023.

Durante as suas falas, Bolsonaro não citou o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes ou a Polícia Federal, e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro disse: “Com essa fotografia, mostramos que podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas não conseguimos entender como existe um presidente sem povo ao teu lado”, sem mencionar os nomes dos concorrentes. Também pediu ao Congresso que faça nova análise para os “pobres coitados do 8 de janeiro”, avaliando que as penas contra aqueles que invadiram as sedes dos Três Poderes “fogem ao mínimo da razoabilidade”.

“Saí do Brasil e essa perseguição não terminou. É joia, é questão de importunação da baleia, dinheiro que teria mandado para fora, é tanta coisa que eles até mesmo acabam trabalhando contra si. O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de continuarmos em paz. Não continuaremos sobressaltados”, disse o ex-presidente em seu discurso.


Revista Veja mostra a manifestação completa (Vídeo: reprodução/YouTube/vejapontocom)


No final da fala, o ex-presidente também pediu que os eleitores “caprichem no voto”, fazendo referência as eleições municipais de 2024. E falou aos apoiadores, também, sobre “nos prepararmos para 2026“, a qual Bolsonaro não poderá se candidatar pois foi considerado inelegível por oito anos.

Informações gerais do evento

A ideia do evento foi rebater todas as acusaões à Bolsonaro. O ex-presidente é investigado em um inquérito que apura suposto plano golpista para mantê-lo à frente do Palácio do Planalto após a derrota nas eleições de 2022 e em outros casos, como suposto desvio de jóias, a acusação de que ele teria participado de um plano de golpe de Estado nos atentados de 8 de janeiro de 2023, e a exaltação o estado democrático de direito. 

Apoiadores de Bolsonaro estiveram ao lado do ex-presidente

Dois trios elétricos foram alugados pelo pastor Silas Malafaia para que Bolsonaro e outras figuras políticas pudessem discursar. O evento começou com oração da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), e seguiu com discursos dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do senador Magno Malta (PL-ES) e do pastor Silas Malafaia.

Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também estiveram presentes. Tarcício de Freitas, governador de São Paulo discursou: “Minha gente, quem eu era? Eu não era ninguém, e o presidente apostou em pessoas como eu. Como tantos outros que surgiram, que tiveram posição de destaque, que ele acreditou”.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também marcou presença, além de vários deputados distritais: o líder da bancada o PL na Câmara Legislativa, Joaquim Roriz Neto; Thiago Manzoni (PL); Iolando Almeida (MDB); Paula Belmonte (Cidadania); Pastor Daniel de Castro (PP); e Roosevelt Vilela (PL). Entre os deputados federais pelo DF, estavam: Bia Kicis, presidente do PL no DF, e Alberto Fraga (PL).

Foto Destaque: Jair Bolsonaro durante discurso em manifestação na Avenida Paulista (Reprodução/Gabriel Silva/ATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/Jovem Pan)

Catar mediará encontro para acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, segundo autoridades egípcias

Nesta semana, líderes das autoridades israelenses e do Hamas se encontrarão no Catar para mais uma tentativa de trégua na guerra. Fontes de autoridades egípcias dizem que a reunião tem o objetivo a liberação de reféns israelenses e em troca o Hamas requer a soltura de prisioneiros e recuo das tropas israelenses.

A primeira pausa no conflito aconteceu em novembro. Foram libertadas metade das pessoas capturadas pelo Hamas, no ataque de 07 de outubro de 2023, quando cerca de 253 pessoas foram levadas pelo grupo Hamas. Como parte do acordo Israel libertou prisioneiros palestinos que estavam no país.

Especula-se que, diante deste acordo, cerca de 130 reféns remanescentes possam ser soltos. Em celebração do mês sagrado para os muçulmanos, o  Ramadã, cogita-se uma trégua de seis semanas, porém nenhuma fonte confirmou a informação.


Benjamin Netanyahu visita tropas israelenses (Reprodução/Instagram/@israelipm)


Divergências que impedem o acordo de cessar-fogo

Há diversos pontos divergentes para a efetivação de um acordo entre Israel e Hamas. Por um lado, o grupo Hamas quer que Israel pare os ataques em Gaza e retire suas tropas da região sem qualquer acordo. Já Israel, reforça que tomará a cidade onde o grupo Hamas tem bases operantes em Gaza.

“Estamos trabalhando para alcançar outro quadro para a libertação dos nossos sequestrados, bem como para a conclusão da eliminação dos batalhões do Hamas em Rafah”, disse Netanyahu no Facebook.

O governo de Israel tem intenção de ocupar Rafah, cidade que fica no sul da faixa de Gaza, próximo da fronteira com o Egito. O plano é evacuar a área onde vivem cerca de um milhão de palestinos. 

O ataque de 07 de outubro matou 1.200 pessoas em Israel, cerca de 130 pessoas continuam sequestradas, além de perda de soldados mortos no fronte de batalha. Do lado palestino, a tragédia foi ainda maior, segundo autoridades médicas em Gaza, a guerra já matou quase 30 mil palestinos. 


Palestinos em busca de comida (Reprodução/Instagram/@cnn)


A importância do Catar na mediação do conflito

O Catar tem desempenhado papel muito importante na mediação da guerra entre Israel e Hamas. O país hospeda em seu território líderes políticos do Hamas e também a Base Aérea de Al-Udeid, sede do Comando Central dos EUA, atua como um contraponto que negocia interesses de todos os lados.

Emir Tamim bin Hamad Al Thani, que comanda o país há dez anos, atua na negociação de acordos e impasses diplomáticos. O Catar é um país de 500 mil habitantes, com reservas de petróleo em abundância e localização estratégica da península arábica, isso faz com que o país se destaque no cenário mundial.

Foto destaque: bandeiras da Palestina e de Israel (Reprodução/Getty Images/CNN Brasil) 

Daniel Alves recebe reembolso milionário do Ministério da Fazenda da Espanha

Foi divulgado no último sábado (24) que o ex-jogador Daniel Alves irá receber 1,2 milhões de euros (o que vale cerca de R$ 6,5 milhões) do Ministério da Fazenda da Espanha, segundo o jornal catalão La Vanguardia. A decisão foi tomada na quarta-feira (21), mesmo dia que o jogador foi condenado por estupro, tendo como pena quatro anos e seis meses de prisão.

A Câmara Contencioso-Administrativa do Tribunal Nacional foi o órgão que determinou a devolução do montante ao jogados, de acordo com o Portal Uol, a câmara informou que o jogador não precisava declarar o valor recebido do Barcelona pelos serviços de intermediação do agente Joaquín Macanás quando o contrato do jogador foi renovado de 2013 a 2014.

Entenda o que aconteceu

O Tribunal Central Administrativo Econômico na época informou que o jogador era obrigado a declarar os pagamentos, o que lhe gerou impostos, porém, segundo o Portal Terra, Daniel não sabia dos valores cobrados, os advogados do jogador afirmaram que o agente Macanás estava trabalhando para o clube, e não diretamente para Daniel.

A advogada de defesa no caso de estupro, Inés Guardiola, informou que parte do montante que será recebido pelo Ministério da Fazendo será oferecido a justiça como prova que o jogador não irá fugir do país,já que a justiça alegou risco de fuga, o que foi confirmado, segundo o Uol, por meio de relato de um colega de cela que o jogador estava planejando escapar para o Brasil. Além disso, medidas protetoras foram acionadas por receio de atos suicidas vindos de Daniel, por conta de seu estado emocional abalado.


Daniel Alves e sua equipe jurídica estão em busca para garantir a liberação dos 1,2 milhões de euros do Ministério da Fazenda da Espanha (reprodução/Jordi Borras/Pool/AFP/Jornal OPovo)


Contas bloqueadas

Por conta de uma ação judicial em movimento dele com a ex-mulher, as contas bancárias do jogador estão bloqueadas até segunda ordem da Justiça, segundo o Portal Terra o pagamento do valor referente à “responsabilidade civil”, que foi entregue à vítima, foi depositado por Neymar, colega de Daniel, que enviou 150 mil euros (equivalente a R$ 800 mil).

Foto Destaque: Daniel Alves aguarda a liberação dos fundos para sua defesa legal na Espanha (Reprodução/CNN)

Papa Francisco apela por paz na Ucrânia e em outras regiões em conflito

A situação na Ucrânia e em outras partes do mundo têm sido motivo de preocupação para muitos, incluindo o Papa Francisco. A guerra na Ucrânia, que completou dois anos no último sábado (24), tem causado um número incontável de vítimas e destruição, gerando ondas de medo e ódio não só na região, mas em todo o mundo.

“Tantas vítimas, feridos, destruição, angústia e lágrimas num período que se torna terrivelmente longo e cujo fim não está à vista. É uma guerra que não só devasta aquela região, mas também desencadeia ondas globais de ódio e medo”, Papa Francisco durante oração do Angelus.


Com dois anos, guerra da Ucrânia ainda faz vítimas (Foto: reprodução/Portal Vatican News)


Orações e apelo

O Papa Francisco, em suas orações, pede por uma solução diplomática que possa trazer uma paz justa e duradoura. Ele expressa sua proximidade com o povo ucraniano, que ele descreve como “martirizado”, e pede que se recupere “aquele pouco de humanidade” que irá permitir a busca por condições para uma solução pacífica.

Além disso, o Papa Francisco também expressou preocupação com a violência na região leste da República Democrática do Congo (RDC), onde muitas mortes estão sendo causadas pelo embate entre o exército da RDC com rebeldes M23.

Em meio a esses conflitos, o Papa Francisco reitera suas orações por Israel, pelos palestinos e por todos os povos que estão sendo devastados pela guerra. Ele pede que a população não pare de rezar por essas regiões e de oferecer ajuda aqueles que sofrem, especialmente as crianças feridas e inocentes.

O Papa Francisco ainda afirma que se uniu “aos bispos no seu apelo à oração pela paz, esperando o fim dos confrontos e a procura de um diálogo genuíno e construtivo.”

Ajuda internacional

As autoridades do G7 também prometeram apoiar a Ucrânia “enquanto for necessário”, e líderes ocidentais viajaram para Kiev em um gesto de solidariedade. No entanto, a guerra continua com mísseis atingindo cidades e drones sendo abatidos, deixando um rastro de derramamento de sangue e devastação.

Foto Destaque: Papa Francisco reitera orações pelos povos devastados pela guerra (Reprodução/Vandeville Eric/ABACA/Reuters Connect/Portal Canção Nova)

AGU pede identificação de redes que espalharam informações falsas sobre a Ilha de Marajó

Neste sábado (24), o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, determinou uma investigação para que sejam identificadas as redes de desinformação sobre a Ilha de Marajó, no Pará. A decisão acontece após a repercussão massiva nas redes sociais de conteúdos denunciando supostos casos de exploração sexual infantil na região paraense.

Segundo o titular da AGU, a investigação será coordenada pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD). “Determinei à PNDD que atue imediatamente na identificação de redes de desinformação, que criam desordem informacional sobre a Ilha de Marajó. Os marajoaras merecem respeito e um tratamento digno de todo o Poder Público”, escreveu Messias em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

O ministro também frisou o compromisso e empenho do governo federal em apurar as denúncias sérias sobre redes de exploração sexual e infantil em todo o país. “Protejamos as nossas crianças sem a propulsão de notícias falsas!”, defendeu.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, responsável pela solicitação de apuração à AGU, endossou o comentário de Messias, reforçando que não será permitida a difamação de uma região com intuitos políticos e financeiros: “não vamos permitir a difamação de uma região por oportunistas que se valem de um grave problema nacional como o da proteção de crianças e adolescentes para alavancar interesses políticos ou financeiros”, escreveu Silvio.

Artistas e influenciadores compartilharam conteúdo sobre a Ilha

Localizada no Norte do estado do Pará, a Ilha de Marajó, conhecida como a maior ilha fluviomarítima do mundo, ganhou repercussão após a cantora gospel Aymeê viralizar nas redes sociais em uma apresentação musical na qual fez referência aos casos de exploração sexual e infantil na ilha. Em um trecho da música autoral, Aymeê canta “enquanto isso no Marajó, o João desapareceu”.

Ao finalizar a apresentação, feita durante a semifinal de um programa de calouros, a cantora paraense fez um relato aos jurados: “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de seis e sete anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”, disse a artista.


Aymeê viralizou nas redes após apresentação e já soma mais de um milhão de seguidores (Foto: reprodução/CNN Brasil/Yotube)


Ao longo da última semana, as redes sociais foram tomadas por publicações que citavam o suposto aumento da violência e da exploração infantil da região. Dezenas de artistas e influenciadores compartilharam imagens e informações sobre o caso, em uma espécie de revolta simultânea aparentemente orgânica. Dentre eles, Rafa Kaliman, Juliette, Angélica, Carlinhos Maia e Luísa Sonza.

Por outro lado, ONGs que atuam na região se pronunciaram criticando a forma como as notícias foram veiculadas e desmentindo informações ao enfatizar que associar o Marajó à exploração e o abuso sexual é uma forma de desonrar o povo marajoara. “A propaganda que associa o Marajó à exploração e o abuso sexual não é verdadeira: a população marajoara não normaliza violências contra crianças e adolescentes.”, escreveu, em nota, o Observatório de Marajó.

O Observatório também falou sobre recursos milionários que foram prometidos pela ex-ministra Damares Alves para fortalecer as comunidades escolares da região, mas que nunca foram destinados. “Ao invés disso, [Damares Alves] atentou contra a honra da população diversas vezes, espalhando mentiras, e abriu tais políticas públicas para grupos privados de São Paulo que defendem a privatização da educação pública”, prosseguiu

A Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem), por sua vez, disse: “não precisamos de um olhar estigmatizado e cheio de preconceito. O Marajó é símbolo de resistência, encanto e cultura da Amazônia”.

Publicações com conteúdo falso

Uma das imagens amplamente compartilhadas em montagens sobre o caso de exploração sexual e infantil na ilha mostra crianças sendo transportadas em um carro. A imagem em questão, no entanto, foi utilizada fora do contexto original.

O caso refere-se a uma situação que ocorreu, na verdade, no Uzbequistão, em setembro de 2023, quando uma professora foi presa ao transportar irregularmente 25 crianças em um carro. Na época, o caso foi noticiado por diversos veículos de comunicação, como o Globo.  


Imagem utilizada nas publicações não tem relação com tráfico humano (Foto: reprodução/Jornal Opção)


Em 2022, a população de Marajó já tinha sido alvo de fake News em falas da ex-ministra Damares Alves. Na ocasião, a parlamentar afirmou que crianças marajoaras tinham dentes arrancados para facilitar a prática de sexo oral. As declarações nunca foram comprovadas e o MPF pediu a indenização de R$ 5 milhões a Damares pelos danos sociais e morais causados à população da ilha.

Foto destaque: município da Ilha de Marajó (Reprodução/Ueslei Marcelino/Reuters)

Supremo Tribunal Federal conclui julgamento de atos golpistas de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento de mais 15 réus nos atos golpistas de 8 de Janeiro. O julgamento que ocorreu no plenário virtual, terminou na noite desta sexta-feira (23). As penas variam de três a 17 anos de prisão, além do pagamento de R$ 30 milhões, entretanto condenados podem apresentar recursos ao próprio Supremo.

O STF condenou um total de 86 pessoas pelo 8 de Janeiro, até o momento, e tem um total de mais de 1.345 denúncias contra envolvidos nos atos, apresentadas pelo Ministério Público Federal. Desse total, 1.113 foram suspensas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalie se vai propor acordos que evitem a condenação.


Documentário da Folha de São Paulo sobre o ataque 8 de janeiro (Vídeo: reprodução/YouTube/Folha de São Paulo)


Relembre o atentado

Aproximadamente às 13 horas, do dia 08 de janeiro de 2023, cerca de quatro mil pessoas saíram do Quartel-General do Exército e se dirigiram à Praça dos Três Poderes, fazendo com que o conflito com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na Esplanada dos Ministérios, acontecesse. O atentato contou com uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público em Brasília, cometidos por uma multidão de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo era instigar um novo golpe militar contra o governo do recém eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para restabelecer Bolsonaro como presidente do Brasil.

A multidão rompeu a barreira de segurança e ocupou a rampa e a laje de cobertura do Palácio do Congresso Nacional, enquanto a outra parte do grupo conseguiu invadir e vandalizar o Congresso, o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal. Lula e Bolsonaro não estavam em Brasília no momento das invasões. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que os acontecimentos foram atos de terrorismo, e resultaram em um prejuízo material de R$ 20,7 milhões.

Outras condenações 

No dia 29 de janeiro, mais 29 pessoas foram condenadas, pela Procuradoria-Geral da República, também pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e vandalizadas. Os réus foram acusados pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado. 

Foto destaque: atentado do dia 8 de janeiro (Reprodução/BBC)

Suposta invasão ao Palácio da Alvorada é de homem embriagado que errou o caminho de casa

O homem que supostamente teria invadido o Palácio da Alvorada, prestou esclarecimentos à Polícia Federal até às 19h (horário de Brasília), deste sábado (24), após o seu veículo ser identificado. Após perícia da PF no depoimento, o motorista disse que estava embriagado, que errou caminho de casa e que não houve intenção de qualquer ato de vandalismo. Ainda que, tenha desrespeitado as ordens dos agentes que cuidavam do local.

Com Ford Focus de cor preta, o motorista passou por cima “cama de faquir”, estrutura metálica com pontas para cima usada para perfurar pneus, danificando três do veículo. Ainda assim, o carro conseguiu passar pelo equipamento de segurança e fugir. Investigação mostra que o homem teria se assustado quando os pneus estouraram e fugiu após os tiros da PF atingirem o veículo.


Tentativa de invasão ao Palácio (reprodução/X/@revistaoeste)


Entenda o caso

Por volta das 6h da manhã (horário de Brasília), deste sábado (24), o homem que alegou estar embriagado e utilizar o celular, entrou na direção ao Palácio da Alvorada, na Zona Cívico-Administrativa de Brasília, passando pela segurança e desobedecendo a ordem de parada. Após o veículo ser apreendido e passar por perícias, o motorista prestou depoimento para os agentes da Polícia Federal, na tarde deste sábado. Os agentes  para periciaram a área, onde constataram marcas de pneus, pelas camas de faquir e marcas das barreiras de segurança. Para isso, os agentes contaram com áuxilio de um drone. Durante a tentativa de invação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava no Palácio da Alvorada.

Identificação do suspeito

O homem tem 29 anos, disse em seu depoimento à PF que é bancário da Caixa Econômica Federal, e que mora próximo ao Palácio da Alvorada. Após testes realizados, e também em sua fala durante essa tarde de sábado, o motorista alegou estar embriagado durante o incidente. 

Foto destaque: carro Ford Focus do suspeito, identificado (Reprodução/CNN Brasil)

Guerra na Ucrânia: entenda a importância e o compromisso do G7 após dois anos de conflito

A invasão russa à Ucrânia completa dois anos, marcando um período de devastação e desafios contínuos para o país. O conflito, iniciado em 24 de fevereiro de 2022, continua a afetar profundamente a região, resultando em perdas significativas de vidas humanas, destruição de terras e uma crise econômica em curso.

Motivo e líderes do conflito

A guerra na Ucrânia teve origem na disputa pela soberania territorial, com a Rússia invadindo a região da Crimeia e apoiando separatistas no leste ucraniano. O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, emergiram como os principais líderes neste conflito, representando os interesses de seus respectivos países.


Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Foto: reprodução/JornaldaUnesp)


Apoio do G7 e desafios futuros

Apesar dos esforços do G7 em prometer apoio contínuo à Ucrânia durante o conflito, a ajuda dos Estados Unidos para a defesa ucraniana permanece travada, aumentando os desafios enfrentados pelo país. A promessa do G7 de buscar formas de responsabilizar a Rússia pelos danos causados pela invasão oferece alguma esperança, mas a situação continua a ser volátil e imprevisível.

Neste terceiro ano de guerra implacável, a Ucrânia enfrenta um futuro incerto, enquanto luta para reconstruir suas terras, cuidar de seus cidadãos e manter sua soberania. A determinação do G7 em apoiar o país durante esse período desafiador é crucial para ajudar a Ucrânia a enfrentar os obstáculos e alcançar a paz e a estabilidade desejadas.

Atualmente, a Ucrânia continua enfrentando uma série de desafios complexos, incluindo a presença militar russa em partes do leste do país e a administração de áreas afetadas pelo conflito. A guerra resultou em deslocamentos em massa, danos significativos à infraestrutura e uma crise humanitária em curso. Além disso, a economia ucraniana tem sofrido com os impactos da guerra, enfrentando dificuldades para se recuperar e reconstruir. Enquanto a comunidade internacional busca soluções diplomáticas para o conflito, o povo ucraniano continua a enfrentar as consequências devastadoras da guerra em seu cotidiano.

Foto destaque: Guerra na Ucrânia que começou a dois anos (Reprodução/ValorEconômico)