Pai de Taylor Swift é suspeito de agredir fotógrafo na Austrália

Nesta terça-feira (27), a polícia australiana divulgou que segue em investigação sobre uma suposta agressão do pai da cantora Taylor Swift, Scott Swift, contra o paparazzi Ben McDonald, durante a passagem da cantora pelo país.

Informações do jornal britânico The Guardian dão conta de que o caso ocorreu na madrugada de segunda para terça-feira, após apresentação da cantora na cidade de Sydney. Atualmente, a artista cumpre datas da terceira etapa da turnê “The Era Tour”, que atualmente passa pela Ásia e Oceania.


Taylor em show da turnê “The Eras Tour”, que passou pelo Brasil em novembro de 2023 (reprodução/Instagram/@taylorswift)


Entenda o caso

A polícia australiana informou, por meio da porta-voz Alicia McCumstie, que foi notificada sobre “um homem de 71 anos [que] supostamente agrediu um homem de 51 anos”, no terminal de balsas de Neutral Bay, norte de Sydney. Apesar da polícia não identificar as partes envolvidas no caso, uma fonte das forças policiais envolvidas no atendimento à ocorrência e a suposta vítima da agressão, afirmaram à agência AFP que a queixa foi feita contra o pai da cantora, Scott Swift.

Segundo McDonald, ele estava no cais tentando registrar imagens da artista. Ao desembarcar, a equipe de segurança usou um guarda-chuva para impedir que Taylor fosse fotografada. Em seguida, a cantora embarcou em um carro e, logo após, McDonald foi confrontado por um homem que o agrediu com um “soco nas costelas”, conforme seu relato.

O denunciante, que nunca havia passado por algo parecido em 26 anos de profissão, disse que só percebeu quem o havia agredido quando pode analisar as fotos que havia conseguido registrar. “Eu não sabia quem ele era, mas olhei as fotografias e o vi de mãos dadas com Taylor, e era o pai dela”, afirmou.

Assessoria se pronuncia

Ainda durante a madrugada, um porta-voz da cantora relatou ao portal AFP que dois fotógrafos haviam tentado abrir caminho na direção de Taylor, agarrando funcionários da segurança e ameaçando jogar uma das integrantes da equipe na água.

Foto destaque: Scott Swift, pai de Taylor Swift, é acusado de agredir fotógrafo após show da cantora na Austrália (reprodução/)

Irã tem capacidade suficiente para produzir bomba atômica, revela relatório de agência nuclear

Nesta segunda-feira (26), agências de notícias tiverem acesso a um relatório confidencial da Agência Nuclear de Energia Atômica (AIEA) com informações sobre a escalada nuclear iraniana. Segundo o documento, de 10 de fevereiro, o Irã aumentou significativamente a quantidade de urânio enriquecido nos últimos meses. O que acabou causando preocupação no diretor-geral da agência, Rafael Grossi, com o estado de desenvolvimento nuclear do país. Grossi pediu que Teerã coopere plenamente com os inspetores da ONU.

O texto, revelado pela AFP, afirma que o país tem material suficiente para fabricar diversas bombas atômicas. Em outubro de 2023, o Irã contava com reservas de 4.486,8 quilos. Atualmente, o número aumentou para 5.525,5 quilos, uma quantidade 27 vezes maior que o limite estabelecido pelo acordo internacional de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunta Global (JCPOA, na sigla em Inglês).

712 quilos do urânio armazenado estão enriquecidos a 20%, o que corresponde a 145,1 quilos a mais se comparado ao número relatado no final de outubro. Segundo o Wall Street Journal, o país tem 121,5 quilos de urânio enriquecido a 60%, grau próximo do usado para a fabricação de uma arma nuclear.  

Acordo nuclear

O acordo nuclear firmado em 2015 entre Irã, EUA, China, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia foi feito a fim de evitar a construção de uma bomba nuclear pelos iranianos, que atuavam em um programa nuclear criado nos anos 1950.


Ebrahim Raisi, presidente do Irã, durante discurso (Foto/ reprodução/ G1/ West Asia News Agency)


O plano internacional determinava os limites do grau de enriquecimento de urânio, a quantidade de material enriquecido armazenado e inspeções que permitissem observar o cumprimento do acordo. Em troca, o Irã receberia alívio em algumas sanções econômicas. 

Fim do acordo nuclear

Em 2018, o então presidente Donald Trump retirou o país norte americano do acordo nuclear em uma decisão unilateral. Com a inação da União Europeia e sem incentivos desde então, o Irã passou a desrespeitar o tratado até abandonar completamente os termos.

Quando foi firmado, ainda na gestão de Barack Obama, o país iraniano estava a 12 meses da capacidade de enriquecer urânio no nível suficiente para desenvolver uma bomba atômica. Hoje, a apenas 12 dias deste patamar.


Nações envolvidas no JCPOA tentaram retomar o acordo em 2021 (Foto/ reprodução/Joe Klamar/AFP)


Em 2022, houve tentativas de reafirmar o pacto, mas sem sucesso. Desde novembro de 2022, as reuniões do Conselho de Governadores da AIEA não alcançaram nenhuma resolução. “Nenhuma via diplomática parece capaz de deter a escalada num futuro próximo”, afirmou Eric Brewer, do instituto de pesquisa americano Nuclear Threat Initiative (NTI).

Em setembro de 2023, o Irã decidiu descredenciar diversos inspetores da agência, atitude que afetou diretamente a capacidade da ONU de controlar o programa nuclear iraniano. Grossi classificou a iniciativa como uma restrição à cooperação islâmica com a AIEA sem precedentes.

Diante das críticas, o governo iraniano tornou público o convite que fez ao diretor-geral da agência na semana passada. Grossi foi convidado a visitar Teerã em maio, durante a conferência internacional sobre energia, mas ainda não confirmou a viagem.

 

Foto destaque: Irã deixou de seguir acordo após a retirada dos EUA do pacto. (Reprodução/O Globo).

 

 

 

Macron sugere envio de tropas ocidentais para ajudar a Ucrânia

A Conferência sobre ajuda à Ucrânia teve início com a participação de mais de vinte chefes de Estado e de governo da União Europeia. Emmanuel Macron, em uma de suas falas, enfatizou que as decisões adotadas pelos membros da cúpula costumam estar defasadas de seis a oito meses, o que resulta em uma resposta que não atende de maneira adequada às urgentes necessidades ucranianas. O presidente francês ressaltou a importância de agilizar os processos decisórios para garantir uma assistência mais eficaz e oportuna ao povo ucraniano.


Macron e outros líderes durante a Conferência (Foto: reprodução/Reuters/Gonzalo Fuentes)


Macron pontuou que vários dos líderes presentes antes falavam sobre a urgência de enviar sacos de dormir, capacetes e utensílios médicos, mas  agora já discutem o que fazer para suprir a necessidade de envio de mísseis e tanques. Na perspectiva do presidente da França, o erro dos líderes europeus é não se antecipar para os possíveis desdobramentos da guerra, e ele foi categórico quanto ao fato de que a possibilidade de envio de tropas ocidentais não pode mais ser descartada.

Líderes europeus descartam a ideia

No entanto, o posicionamento de Macron causou inquietação nos outros líderes presentes, já que o envio de tropas envolveria os países diretamente na guerra, o que seria diferente do apoio oferecido até o momento. Após a conferência, representantes de diversos países fizeram suas declarações.

O Primeiro-Ministro eslovaco Robert Fico, afirmou, após a reunião, que não existe nenhum consenso acerca da possibilidade de enviar tropas europeias para participar do conflito. Corroborando, a Espanha expressou sua falta de concordância em relação à proposta de enviar tropas de países europeus para o território ucraniano, embora tenha admitido que existe “urgência” em acelerar o envio de equipamentos militares para Kiev. 

Nesta terça-feira (27), um representante oficial do governo britânico informou que não há intenções imediatas de deslocar mais soldados para Kiev. Ele argumentou que o Reino Unido já possui um contingente reduzido de funcionários no país, prestando apoio às forças armadas ucranianas, especialmente em termos de treinamento médico. 

Além disso, o premier sueco, Ulf Kristersson, cuja nação está prestes a se juntar à OTAN após aprovação da Hungria, afirmou que a questão do envio de tropas não está sendo discutida atualmente.

Possibilidade de progresso

Ainda que os chefes de Estado europeus tenham, por hora, descartado a possibilidade sugerida por Macron, a reunião trouxe perspectivas de progresso no que tange ao envio de munição para a Ucrânia.


Restos de mísseis e outros armamentos em Toretsk, Ucrânia (Foto: reprodução Getty Images/Pierre Crom)


Em uma declaração, o presidente francês revelou a formação de uma nova coligação com o propósito de realizar o fornecimento de bombas e mísseis de médio e longo alcance para a Ucrânia. Macron afirmou que os líderes da União Europeia e os representantes governamentais optaram por ampliar os esforços na área de munições, visando obter resultados mais ágeis e concretos nas oito coligações já existentes.

 

Foto Destaque: Macron em um de seus momentos de fala (Reprodução/Reuters/Gonzalo Fuentes)

Joe Biden espera acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel até a próxima semana

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta segunda-feira (26) que espera que um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas seja consolidado até a próxima semana, 4 de março. Segundo Biden, que falou com jornalistas em uma sorveteria na cidade de Nova York, o acordo ainda não está pronto, mas prestes a ser fechado.

Questionado sobre o acordo, o presidente disse: “o meu conselheiro de Segurança Nacional me disse que estamos perto [de fechar o acordo], mas não está pronto ainda”, disse Biden à imprensa após ter gravado uma participação no programa da NBC “/Late Night With Seth Meyers”/.

Autoridades do Hamas, no entanto, consideraram a fala de Biden precipitada. Em entrevista para a Reuters, um oficial do grupo palestino afirmou que os comentários sobre o cessar-fogo estar próximo não condizem com a real situação, uma vez que ainda há grandes diferenças que precisam ser superadas.


Biden conversou com jornalistas sobre cessar-fogo entre Isreal e Hamas nesta segunda-feira (26), em Nova York (Foto:reprodução/Jim Watson/AFP)


De acordo com o Hamas, as questões principais do cessar-fogo e da retirada das forças israelenses não estão claramente definidas. Enquanto o Hamas sugere o fim dos ataques, Israel afirma que está disposto a negociar apenas uma suspensão temporária das hostilidades. 

EUA pressionam Israel

Recentemente, os EUA têm pressionado Israel, país aliado, por uma trégua no conflito a fim de evitar um ataque israelense a Rafah, a última cidade no extremo sul da Faixa de Gaza, onde milhões de habitantes palestinos estão abrigados, a maioria dormindo em tendas improvisadas nas ruas ou em edifícios públicos.


Desde a intensificação do conflito, mais de 29 mil pessoas morreram em território palestino (Foto:reprodução/Amir Cohen/Reuters)


Na semana passada, após Israel sinalizar uma invasão a Rafah no início do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos com início em 10 de março, autoridades estadunidenses afirmaram que vão propor um texto com um pedido de cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU. Biden teme que Israel perca apoio internacional caso não poupe os civis.

Para que uma resolução seja aprovada, 9 dos 15 membros do conselho precisam votar a favor do texto, desde que nenhum dos membros permanentes (EUA, China, França, Rússia e Reino Unido) vete a proposta.

Autoridades Israelenses no Catar

De acordo com a Reuters, autoridades do governo de Israel viajaram ao Catar, onde está localizado o escritório do Hamas, para trabalhar em questões referentes a um acordo de trégua e libertação de reféns em Gaza.

Os oficiais enviados são agentes das Forças Armadas e da agência de espionagem Mossad e têm como objetivos criar um centro operacional para apoiar as negociações e verificar quais são os palestinos que o Hamas deseja libertar. De acordo com a rede Al Jazeera, o país de maioria judaica aceitou trocar 400 prisioneiros palestinos por 40 mulheres e idosos reféns do Hamas em Gaza.

Foto destaque: desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, o conselho estadunidense já rejeitou três propostas de cessar-fogo (Reprodução/Instagram/@potus)

Conflito Israel-Hamas: crianças em Gaza se alimentam de pão de ração animal e tâmaras enroladas em gaze

Cerca de 1,1 milhão de crianças palestinas que vivem na Faixa de Gaza podem morrer de fome, informa a ONG Save The Children. Em busca de fugir desta estatística, os três irmãos, Seraj Shehada, de 8 anos, Ismail, de 9 anos, e Saad, de 11 anos, se alimentaram de pães amargos feitos de ração animal em vez de farinha.

“Era amargo. Não queríamos comer. Éramos forçados a comê-lo, um pão pequeno a cada dois dias”, declarou o mais velho, Saad Shehada, à CNN.

Enquanto sobreviviam na Cidade de Gaza, as três crianças tinham uma alimentação baseada em “comida de pássaro e de burro”, além de água salgada. Eles viviam com o pai e a avó, após perderem perderam a mãe, outro irmão e vários familiares na guerra.

No entanto, com o fim dos pães feitos de grãos e sementes para o consumo animal, os irmãos decidiram fugir – escondidos do pai – para o centro da Faixa de Gaza, em Deir al-Balah, onde ainda há o que comer.

Pasta doce e tâmaras


Os três irmãos, Seraj, Ismail e Saad, em Deir al-Balah, no centro de Gaza. (Foto: Reprodução/REUTERS/Doaa Ruqqa).


Seraj Shehada, Ismail e Saad agora vivem com a tia, Eman Shehada, em sua tenda e se alimentam de um pote de halawa, uma pasta doce. A mulher, que perdeu o marido em meio ao conflito entre Israel e Hamas, está gravida e responsável por quatro crianças – os irmãos e sua filha pequena.

“Não sei como administrar nossas coisas com essas três crianças, minha filha, e estou grávida, posso dar à luz a qualquer momento”, narrou Shehada à CNN.

Em uma situação semelhante a tia dos jovens, está Warda Mattar, uma mãe que se refugiou em uma escola ao norte de Deir al-Balah com seu bebê de dois meses. De acordo com Mattar, por conta da falta de leite – seja natural ou em pó -, a única alternativa que restou foi alimentar seu filho com uma tâmara enrolada em gaze.

“Recorri a tâmaras para manter meu filho quieto”, explicou a mulher.

Sem ajuda humanitária, a fome continua

De acordo com uma trabalhadora humanitária de ONG Save The Children, a fome na Faixa de Gaza tem feito a população tomar medidas drásticas para sobreviver, como o consumo de comidas para pássaros, animais e folha de árvore.

A organização não governamental destaca que a proibição da entrada de ajuda humanitária pode agravar ainda mais a situação.

“Como que alguém pode viver assim? Depois do imenso número de mortos nesta guerra, mais de de 28 mil pessoas, sendo 70% mulheres e crianças, a fome está fazendo com que crianças e famílias morram em câmera lenta”, afirma o diretor da Save The Children nos Territórios Palestianos Ocupados, Jason Lee.

Na última segunda-feira (19), o PAM, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas alertaram sobre o aumento da desnutrição aguda entre crianças, mulheres grávidas e lactantes na Faixa de Gaza. Segundo a Unicef, no caso das crianças, a desnutrição já atinge uma a cada seis com menos de dois anos.

Foto destaque: criança de 8 anos aguarda para receber comida em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. (Reprodução/Unicef/Abed Zagout). 

Faustão é internado e pode ser submetido a novo transplante

Nesta segunda-feira (26), o apresentador Fausto Silva (Faustão) foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para realizar um novo transplante de rim. De acordo com a rádio Alpha FM, ele passará esse procedimento em breve.

O apresentador de 73 anos enfrenta complicações nos rins devido à insuficiência cardíaca, e um novo transplante pode ser necessário. Desde setembro, Faustão estava fazendo diálise três vezes por semana para remover o excesso de líquido no corpo, devido aos problemas renais causados pelos contratempos cardíacos do ano passado, que o levaram de volta ao hospital. 

O primeiro transplante 

Em agosto de 2023, o comunicador da TV brasileira recebeu um novo coração após ser colocado no topo da fila de transplantes do Sistema Único de Saúde (SUS) devido à gravidade de seu estado de saúde. Faustão recebeu um novo órgão após procedimento prioritário.


O apresentador fala como foi acordar depois do transplante de coração (Reprodução/Instagram/@faustosilvaofcial)


Avaliações clínicas foram realizadas para verificar funcionalidade e índices de rejeição após a cirurgia do novo transplante de coração. O artista recebeu o órgão vital de um doador chamado Fábio, que faleceu após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Na época, o apresentador chegou a relatar que sentir o coração batendo mais forte é uma sensação única de estar vivo.


A recuperação do apresentador após ganhar um novo coração (Reprodução/Instagram/@faustosilvaofcial)


O desejo de Faustão sobre doação de órgãos


Apresentador manda recado sobre a importância da doação de órgãos (Reprodução/Instagram/@faustosilvaofcial) 


Em setembro do ano passado, Faustão expressou seu desejo de transformar o Brasil em referência em doação de órgãos ao receber alta hospitalar, um gesto nobre e inspirado para um dos maiores comunicadores da TV brasileira que afirmou: “É impressionante como você pode esperar o tempo que for… A missão agora é conscientizar cada uma a colaborar, para que todo mundo transforme o Brasil em campeão de doadores”.

Na ocasião, Faustão informou que precisaria de alguns meses para fazer fisioterapia e se recuperar em casa.

Foto destaque: Fausto Silva (Reprodução/Band)

Peru deve decretar estado de emergência sanitária após aumento de casos de dengue

O ministro da Saúde, Cesar Vasquez, informou, nesta segunda-feira (26), que o governo do Peru deverá decretar estado de emergência em 20 de suas 28 regiões em decorrência do aumento nos casos de dengue.

De acordo com Vasquez, “há um risco iminente” de um surto da doença. Nas sete primeiras semanas de 2024, o número de novos casos de dengue (24.981) é 95% maior do que o número no mesmo período de 2023 (12.624) e, segundo informações oficiais, 28 pessoas morreram com o vírus, até o momento.

O ministro da Saúde afirma que o plano regular do governo do Peru ficou “sobrecarregado” após a onda de calor e chuva, que tem afetado o país desde 2023 com o aquecimento do mar gerado pelo El Niño.

A declaração de estado de emergência sanitária no país deverá ser formalizada nas próximas horas ou dias e irá aumentar a capacidade de ação das instituições de saúde contra a dengue.


Prevenções contra a dengue. (Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de São Luiz Gonzaga – RS).


Aumento de casos no Brasil

O Brasil já registra o total de 920.427 casos prováveis e 184 mortes por dengue em 2024, segundo o Ministério da Saúde. Ainda serão investigados outros 609 óbitos.

Até agora, sete estados do país, sendo eles Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e Acre, declararam emergência epidemiológica devido a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, Minas Gerais apresenta o maior número de casos, com 268.976 diagnósticos. Logo em seguida está São Paulo, com 126.700 casos, e o Distrito Federal, com 84.052.

Em resposta ao aumento de casos da doença, o governo vai enviar doses de vacinas contra dengue para 29 municípios nos próximos dias. Assim, irão finalizar a lista de 521 municípios selecionados para receber as doses até março.

As vacinas, distribuída em municípios da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Tocantins, serão destinadas as crianças de 10 e 11 anos. Já no fim do ano, a imunização será ampliada para adolescentes de 12, 13 e 14 anos.

Dengue na Argentina

Assim como no Peru e no Brasil, na Argentina, os casos de dengue aumentaram drasticamente. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde argentino, o país registrou 48.366 casos suspeitos ou confirmados desde agosto de 2023 até o início de fevereiro e 35 mortes.

Na região que abrange Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, também houve um crescimento de 254% de casos suspeitos nas cinco primeiras semanas do ano. Em combate a proliferação da dengue nos países sul-americanos, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta epidemiológico.

Foto destaque: Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. (Reprodução/arcyto/stock).

Defesa de Bolsonaro diz que ele não soube de minuta do golpe

A defesa de Bolsonaro argumentou que existe uma confusão na sequência temporal em relação à minuta do golpe e afirma que ele não admitiu. Para a Polícia Federal, o ex-presidente reconheceu ter conhecimento da existência do documento descoberto na residência de Anderson Torres, que propunha a imposição do Estado de sítio.

Confusão na ordem cronológica

Fontes ligadas à defesa de Jair Bolsonaro alegam que está havendo uma confusão cronológica e que o ex-presidente não confessou ter ciência de uma minuta de golpe durante seu mandato no evento realizado na Avenida Paulista.

A Polícia Federal planeja incluir partes do discurso de Bolsonaro sobre uma minuta encontrada na casa de Anderson Torres no inquérito. De acordo com investigadores, devido ao discurso deste domingo do ex-presidente, ele teria reconhecido que tinha conhecimento do documento.

Bolsonaro disse que o suposto golpe foi reconhecido por meio de uma minuta de um decreto de estado de defesa, e perguntou se golpe utiliza a Constituição. Ele se recusou a prestar depoimento na PF por não ter acesso a todo o inquérito


Bolsonaro e Michelle na Avenida Paulista (Foto: reprodução/Nelson Almeida)


Conforme fontes da defesa, Bolsonaro só teve conhecimento e leu as chamadas minutas golpistas após seu governo, sendo que o único texto que recebeu foi descoberto pela PF no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordem.

Uma captura de tela dessa minuta, que acabou sendo divulgada pela mídia, foi enviada pelo Whatsapp a Bolsonaro em 18 de outubro de 2023 por seus advogados e encontrada em seu escritório no PL em uma recente operação de busca e apreensão da PF. Uma fonte da defesa do ex-presidente disse que toda essa operação ocorreu muito tempo após Bolsonaro deixar o governo.

Veja o que Bolsonaro disse na Paulista

No evento na Paulista, entretanto, Bolsonaro afirma que não deu continuidade às etapas previstas na minuta. “Deixo claro que Estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da defesa. Isso foi feito? Não”, disse o ex-presidente.

Em conversas privadas, aliados políticos de Bolsonaro defendem a tese de que o ex-presidente pode até ter recebido sugestões de minutas de Estado de sítio, mas que não as implementou. Além da minuta de Anderson Torres, Cid afirmou em sua delação que Bolsonaro recebeu de Felipe Martins, também seu assessor, outra minuta, que previa a detenção de ministros do STF, e que teria solicitado alterações. Martins nega a existência desse documento, que não foi encontrado.

Foto destaque: Bolsonaro e Michelle durante discursos na Paulista (Reprodução/blogdomarcosilva.com)

Matéria por: João Pedro Turati/In Magazine

Silvio Almeida defende a criação do Estado palestino em discurso na ONU

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida discursou na 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta segunda-feira (26), em Genebra. O ministro reiterou as falas do presidente Lula (PT), condenando as ações de Israel na Faixa de Gaza e defendendo a criação de um Estado palestino “livre e soberano”.

Uso desproporcional da força

Ainda em seu discurso, Silvio Almeida destacou a desproporcionalidade com que o governo de Israel vem agindo em Gaza, atacando deliberadamente hospitais, escolas, e sem qualquer pudor com mulheres, idosos e crianças palestinas.

“Também reitero nosso repúdio à flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel, uma espécie de “punição coletiva”, que já ceifou a vida de quase 30 mil palestinos – a maioria deles, mulheres e crianças -, forçadamente deslocou mais de 80% da população de Gaza, e deixou milhares de civis sem acesso a energia elétrica, água potável, alimentos e assistência humanitária básica”, denunciou.

Silvio falou que espera que a ONU reconheça que a ocupação dos israelenses nos territórios palestinos é ilegal e não condiz com as normas internacionais. O ministro ainda afirmou que a criação de um Estado palestino que possa conviver em harmonia com Israel é de suma importância para que a paz seja estabelecida.


Destruição em Gaza (Foto: reprodução/Ashraf Amra/via Getty Images)


Discurso equilibrado

Apesar de ter deixado claro o seu repúdio aos atos israelenses, o ministro brasileiro fez questão de esclarecer que não é favorável aos ataques terroristas do Hamas, e pediu inclusive, a liberação dos israelenses que são mantidos como reféns pelo grupo palestino.

“Não posso deixar de registrar nossa profunda indignação com o que acontece, neste momento, em Gaza. Já, em mais de uma oportunidade, condenamos os ataques perpetrados pelo Hamas e demandamos a libertação imediata e incondicional de todos os reféns”, afirmou o ministro brasileiro.

Almeida também relacionou a situação que acontece em Gaza com o golpe civil-militar que aconteceu no Brasil, em 1964. “No campo da memória, verdade e justiça, o ano de 2024 marcará os 60 anos do golpe militar que inaugurou 21 anos de um regime ditatorial repressivo, violento e antipopular no Brasil, cujas sombras ainda pairam sobre a nossa sociedade. Diversos eventos promovidos por entidades governamentais e não governamentais buscarão enfatizar a importância da defesa permanente da democracia em nosso país”, disse ele.

Ao finalizar, pediu para que a ONU dê atenção e faça algo a respeito das fake news e discursos de ódio, pois estes fomentam os conflitos internacionais e enfraquecem as democracias do mundo.

Foto Destaque: Silvio Almeida discursa na 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Reprodução/Violaine Martin/ONU).

Em São Paulo, Bolsonaro nega tentativa de golpe e pede anistia aos condenados pelo 8/1

O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, discursou em manifestação na Avenida Paulista, neste domingo (25). Bolsonaro iniciou seu discurso lamentado a atual condição do Brasil, relembrou os feitos de seu governo e pediu pacificação no país.

Após, defendeu a anistia para aqueles que foram presos por invadir e denigrir prédios públicos de Brasília em dia 8 de janeiro de 2023: “Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. […] e quem por ventura depredou o patrimônio – que nós não concordamos com isso – que paguem, mas essas penas fogem do mínimo da razoabilidade.”

Bolsonaro também negou participar da tentativa de golpe interpretado a ele pela justiça em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que também investiga ex-ministros de seu governo, aliados e oficiais das Forças Armadas brasileira após as eleições de 2022, que culminou na vitória de Lula.

A manifestação

O ato foi chamado pelos idealizadores de “Liberdade do Estado democrático de direito” e contou com a presença de diversas personalidades políticas, pastores evangélicos e governadores de estados que apoiam a direita. Foi pedido por Bolsonaro para que os manifestantes não portassem faixas contra o STF e nem autoridades.

Os apoiadores lotaram a Avenida Paulista antes das 8:30h da manhã e os discursos se iniciaram antes das 15 horas, como estava previsto. O ex-presidente chegou junto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e se emocionou com a quantidade de pessoas.

O prefeito da capital paulista e que concorre a reeleição neste ano, Ricardo Nunes, também se fez presente no ato. Os governadores de Minas Gerais, Santa Catarina, além do Pastor Silas Malafaia, principal organizador, e a esposa de Bolsonaro, Michelle, também participaram da manifestação, e deram discursos.

O Presidente do Partido Liberal, PL, também investigado pelo inquérito de tentativa de Golpe de Estado também discursou logo no início. Ele está proibido pela justiça de ter contato com outros investigados no caso e alguns estavam presentes no local.

Bolsonaro pede anistia

Bolsonaro falou por cerca de 22 minutos e pediu anistia para os presos em Brasília pelo ato contra prédios públicos na capital em 8 de janeiro de 2023. Solicitou a deputados e senadores que apresentem projetos de anistia para os atos e assim fazer justiça no Brasil. Ele terminou afirmando que não concorda com atos de depredação, pedindo razoabilidade na aplicação de penas por parte da justiça, e  disse que luta por isso para que não haja mais “filhos órfãos de pais vivos“.


Bolsonaro ao lado de aliados em manifestação em São Paulo (Foto: reprodução/X/@Reuteurs)


Negativa de tentativa de golpe

Bolsonaro, que já havia negado em outras ocasiões o conhecimento da minuta da tentativa de golpe, voltou a fazê-lo no ato deste domingo (25). Ao discursar, ele informou que para um ato ser considerado golpe é necessário abuso de autoridade e armamento, duas coisas não utilizadas por ele. O mesmo afirmou que agiu de acordo com a Constituição Federal e que para ser aplicada, a minuta teria de ter anuência da Câmara dos Deputados e do Senado.

O ex-presidente deu continuidade na fala afirmando que querem entubar a ele e a seus aliados o crime de Golpe de Estado e salientou novamente que quem daria a palavra final sobre isso, seria o Parlamento brasileiro e não caberia a ele instituir algo nesse sentido.

A Polícia Federal durante a última etapa da investigação contra a tentativa de Golpe de Estado, encontrou em uma gaveta no escritório de Bolsonaro na sede do PL, em Brasília, um documento com o mesmo conteúdo do inquérito. A investigação ainda está em andamento e próximas fases estão previstas.

Foto Destaque: ex-presidente Bolsonaro nega participação em tentativa de golpe de Estado (Reprodução/X/@Reuteurs)