Hacker ataca TV Justiça e deixa mensagem para a alta cúpula do canal

Nesta sexta-feira (01), foi relatado que a rede da TV Justiça, canal de televisão público administrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sofreu um ataque de hacker em seu sistema. As informações são do Portal Leo Dias.

Alegadamente, a equipe técnica está atualmente tentando recuperar o controle do sistema na sede em Brasília, cuja invasão parece ter sido o principal objetivo do ataque, além da entrega de uma mensagem em áudio. Nenhum canal da emissora fez um pronunciamento sobre o caso até o momento, e relata-se que o arquivo de MP3 deixado pelos hackers foi divulgado somente à alta cúpula da TV Justiça, para evitar vazar a informação de que a rede da emissora foi invadida.


Plenário do Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/Portal Leo Dias)


Sem indícios

No entanto, a TV Justiça continua no ar sem alterações em sua programação, permanecendo ao vivo até em seus canais no Youtube (@STF_oficial e @RadioeTVJustica), além de continuar publicando matérias em seu site (https://radioetvjustica.jus.br/), sem qualquer menção de uma invasão no seu sistema.

De acordo com as principais fontes do caso, a equipe técnica está averiguando qual foi o objetivo dos hackers, e se é um caso de “sequestro” da emissora, no qual seria demandado um resgate pela restauração do sistema.

Ataque à Record TV

Este tipo de ataque já ocorreu em 2022 com a emissora Record TV, em um caso ondo no qual criminosos invadiram a rede central da emissora em São Paulo, onde ficam armazenados arquivos como reportagens, quadros televisivos, e programas a serem lançados. Durante este incidente, a Record foi salva pelo fato de que os hackers não tiveram acesso a arquivos confidenciais, apenas produtos jornalísticos de que o Departamento de TI já possuía cópias.

Ainda assim, foi o maior ataque contra uma emissora de televisão do mundo, e a Record sofreu com várias alterações na sua programação durante as negociações, em que os hackers cobraram um valor de US$ 5 milhões e vários dados de funcionários e ex-funcionários foram vazados.

Foto Destaque: logo da TV Justiça (Reprodução/TV Justiça)

Matéria por Alexandre Kenzo (IN Magazine – IG)

Tragédia em Bangladesh: incêndio mata 46 pessoas e deixa 22 feridos

Um trágico incêndio assolou um prédio de seis andares na capital de Bangladesh, Daca, resultando na perda de 46 vidas e deixando outras 22 pessoas gravemente feridas por queimaduras, conforme relatórios das autoridades locais nesta quinta-feira (29).

A origem do incêndio 

A tragédia teve início em um restaurante, conforme declarou o ministro da Saúde do país, Samanta Lal Sen, e rapidamente se propagou para os andares superiores. O ministro visitou o Hospital do Colégio Médico de Daca, onde informou aos repórteres que os 22 pacientes internados em estado crítico estão sofrendo com queimaduras graves.

Entre os sobreviventes, está Mohammad Altaf, funcionário do restaurante, que relatou ter escapado ao quebrar uma janela e pular do prédio em chamas, lamentando a perda de dois colegas de trabalho.

O incêndio, que mobilizou 13 unidades de bombeiros, foi finalmente contido após duas horas de esforços. Os bombeiros utilizaram um guindaste para resgatar pessoas presas no edifício já carbonizado.

Main Uddin, diretor do Serviço de Incêndio e Defesa Civil de Bangladesh, especulou que o incêndio pode ter sido causado por um vazamento de gás ou por um fogão. Ele destacou as condições perigosas do prédio, com cilindros de gás presentes em cada andar, inclusive nas escadas.


Voluntários ajudam o corpo de bombeiros a apagar incêndio que deixou 46 mortos (Foto: reprodução/Mohammad Ponir Hossain/Reuters)


Incêndios em Bangladesh 

Infelizmente, incêndios como esse não são incomuns em Daca, uma cidade com densidade populacional significativa. A Reuters observou um aumento na construção de novos edifícios nos últimos anos, muitas vezes sem os devidos padrões de segurança. Defeitos em cilindros de gás, sistemas de ar condicionado e instalações elétricas são frequentes causas de incêndios e explosões na região.

Este não é o primeiro incidente do tipo em Bangladesh. Em 2012, uma fábrica têxtil nos subúrbios de Daca pegou fogo, resultando na morte de pelo menos 111 trabalhadores e deixando mais de 200 feridos. Em fevereiro de 2019, um incêndio em vários blocos de apartamentos na capital matou 70 pessoas. Em julho de 2021, uma fábrica de alimentos em Rupganj foi consumida pelas chamas, resultando na morte de pelo menos 52 trabalhadores, incluindo crianças.

Foto destaque: incêndio em Bangladesh (Reprodução/AFP/Exame)

Brasil condena ataque em Gaza e pede cessar-fogo, mas Israel nega responsabilidade

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota contundente nesta sexta-feira (01), denunciando a crise humanitária em curso na Faixa de Gaza e condenando veementemente um ataque a tiros que resultou na morte de mais de 100 palestinos durante uma operação de distribuição de comida e suprimentos básicos.

O comunicado classificou a situação como “intolerável” e criticou as ações do governo Netanyahu, acusando Israel de agir sem limites éticos ou legais na região. O Brasil apelou à comunidade internacional para intervir e evitar mais atrocidades, enfatizando a urgência de ações concretas para proteger os civis em Gaza.

De acordo com relatos, o incidente ocorreu enquanto os palestinos tentavam acessar caminhões de ajuda humanitária, com testemunhas relatando disparos por parte das tropas israelenses. Inicialmente, as Forças de Defesa de Israel negaram qualquer envolvimento direto, atribuindo as mortes a tumultos e confrontos.

Mais tarde, um porta-voz militar admitiu que tanques israelenses efetuaram disparos de advertência, mas continuou a negar que as tropas tivessem alvejado a multidão. O Itamaraty, em sua nota, mencionou que mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 750 ficaram feridas, incluindo vítimas de tiros, pisoteamentos e atropelamentos, evitando entrar em debates sobre versões conflitantes.


Primeiro-ministro de Israel admite tiros de advertência (Foto: reprodução/Agência Brasil)


Governo critica Netanyahu

O comunicado brasileiro destacou a grave situação humanitária em Gaza e responsabilizou o governo israelense pela escalada da violência. O texto instou a comunidade internacional a agir e impedir novos massacres na região, criticando as declarações cínicas de autoridades israelenses em relação ao incidente.

A nota também fez menção às declarações polêmicas do ex-presidente Lula durante uma viagem à Etiópia, onde comparou a situação em Gaza ao Holocausto. Essas declarações levaram a tensões diplomáticas entre o Brasil e Israel, mas Lula manteve sua posição em entrevistas subsequentes.

Brasil quer um cessar-fogo logo 

O Itamaraty reiterou a necessidade urgente de um cessar-fogo e de acesso irrestrito à ajuda humanitária em Gaza. O Brasil também enfatizou a importância da implementação das medidas cautelares estabelecidas pela Corte Internacional de Justiça e criticou os Estados Unidos por vetarem resoluções no Conselho de Segurança da ONU que buscavam um cessar-fogo humanitário imediato.

Foto destaque: Faixa de Gaza sofre com ataques de Israel (Reprodução/Folha PE)

Ministério Público espanhol quer aumentar a pena de Daniel Alves

No último desenvolvimento do caso de Daniel Alves divulgado nesta sexta-feira (01), o Ministério Público da Espanha afirmou que vai recorrer a sentença do jogador de futebol brasileiro (atualmente quatro anos e meio de prisão) para tentar aumentar a sua pena por agressão sexual. Como justificativa, o órgão federal nega a utilidade dos 150 mil euros (R$ 798 mil) como atenuante por reparação de dano.

Trata-se de uma revisão sobre a decisão realizada na 21ª Seção da Audiência de Barcelona na semana passada, que acabou com a condenação atual do jogador. A juíza do caso, Isabel Delgado Pérez, havia considerado que o valor pago servia como atenuante para reduzir a pena de Daniel – o que o Ministério Público espanhol agora nega, buscando o aumento da sentença.

A advogada da vítima afirmou que sua cliente já estava satisfeita com a condenação, embora a sentença tivesse sido relativamente baixa comparada com outros casos. A iniciativa atual parte do próprio governo espanhol, que acusa o pagamento de Daniel de ter interferido com a qualidade não-discriminatória da justiça, uma vez que afetou o resultado final da condenação.


Daniel Alves no primeiro dia do seu julgamento (reprodução/ACN/Jordi Borràs/Globo)


Indenização e pena

Uma das principais complicações referentes ao valor pago de quase R$ 800 mil é que a tentativa de reparação de dano foi paga antecipadamente para que a vítima retirasse completamente a sua acusação. Ela recusou, mas ainda assim a defesa de Daniel Alves efetuou o pagamento, de forma independente.

Nos preocupa um pouco que se transmita à sociedade o fato de que pessoas que tenham uma capacidade econômica importante possam ver sua pena reduzida, se podem consignar uma quantidade importante de indenização,” afirmou Ester García, advogada da vítima, que queria a pena máxima de 12 anos, sem indenização.

Muito provavelmente, o valor teria sido aceito como indenização caso a vítima não o tivesse recusado, estabelecendo um acordo entre as duas partes. Como o pagamento foi feito de forma independente e não requerida, o MP espanhol agora está considerando que o resultado pode ser considerado discriminatório, devido à capacidade financeira de Daniel Alves.

Neste escritório, há muitos casos de violência sexual, e é a pena mais baixa que tivemos em 20 anos,” concordou Ester.

Suporte de Neymar

Como Daniel Alves ficou sem acesso aos seus bens durante a prisão preventiva, o valor de 150 mil euros lhe foi dado pela família de Neymar, jogador que é amigo de longa data, com o objetivo justamente de reduzir a pena caso Daniel fosse condenado pelo crime. No começo do caso, o Ministério Público espanhol estava almejando uma pena de ao menos nove anos de prisão.

Com a pena reduzida para quatro anos e meio, e contabilizando o tempo que já ficou preventivamente recluso no Centro Penitenciário Brians 2, o ex-jogador pode sair relativamente cedo caso mantenha um bom comportamento. Por isso e outras razões, o ato de recorrer a sentença vai buscar tratar o caso como qualquer outro caso de agressão sexual, e avaliar uma pena mais comparável ao normal.

A defesa de Daniel Alves ainda vai buscar utilizar a oportunidade para recorrer o caso na outra direção, argumentando mais uma vez pela completa inocência do ex-jogador, embora tenha sido confirmado pelo judiciário a falta de consentimento e vários elementos que comprovam a violação.

Foto destaque: Daniel Alves (Reprodução/Instagram/@danialves)

Matéria por: Alexandre Kenzo/In Magazine

PF acusa Carla Zambelli e Delgatti por invadirem site do CNJ

Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal encerrou o inquérito aberto em janeiro de 2023 sobre a invasão no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na decisão, foram indiciados a deputada federal Carla Zambelli, do PL, e o hacker Walter Delgatti Neto, que está preso desde agosto de 2023 pelos crimes de invasão cibernético. A PF concluiu que o objetivo do ataque foi questionar a confiabilidade do Poder Judiciário. 


A deputada federal, Carla Zambelli, é uma das maiores apoiadoras do ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Lula Marques/EBC/Agência Brasil)


Em novo depoimento, Delgatti confirmou que recebeu dinheiro em espécie de Zambelli para invadir o sistema.  

No hackeamento do sistema do CNJ, foram inseridos vários documentos falsos, incluindo uma ordem de Prisão para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os documentos analisados pela PF serão enviados para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá decidir de denúncia ou não a deputada ao STF. Se for adiante, o caso pode gerar uma ação penal que pode determinar a condenação ou absolvição. 

O que dizem os advogados de defesa 

Em entrevista ao Jornal Nacional, o advogado de Delgatti, Aroivaldo Moreira, disse que Walter está cooperando com a justiça desde o início das investigações, que o indiciamento de Carla só confirma a veracidade de seu depoimento e finaliza dizendo que, após o encerramento da investigação, irá reiterar o pedido para a libertação de Delgatti. 

Por nota, o advogado de Carla, Daniel Bialski, diz que a deputada não teria feito nenhum pedido de invasão ao hacker.

A defesa da deputada Carla Zambelli, conquanto ainda não tenha analisado minuciosamente os novos documentos e o relatório ofertado pela Polícia Federal, reforça que ela jamais fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões ao sistema ou praticasse qualquer ilicitude”. 

Quais são os documentos inseridos no CNJ 

Mesmo que a PF não tenha encontrado mensagens entre Delgatti e Zambelli, em agosto de 2023, foram encontrados quatro documentos falsos inseridos por Walter ao sistema da CNJ. 

O primeiro é uma ordem de quebra de sigilo bancário para o ministro Alexandre de Moraes, gerada por Delgatti e enviada rapidamente para o celular da deputada federal. O segundo seria um recibo para bloquear os bens do ministro no valor de R$ 22,9 milhões, o mesmo valor da penalidade que Alexandre designou para o PL por contestarem a eleição.  

O terceiro é um falso mandado de prisão para Moraes, criado por Delgatti e enviado a Zambelli para ser divulgado na imprensa três horas depois. E por último, outro recibo de bloqueio de bens de Alexandre no valor de R$ 500 mil. 

Foto destaque: Walter Delgatti e Carla Zambelli em foto publicada pela deputada no X em julho de 2022 (reprodução/X/@zambelli2210)

Matéria por: Adriane Paiva/In Magazine

Kenneth Mitchell, de Capitã Marvel, morre aos 49 anos

Kenneth Mitchell, conhecido por seus papéis em filmes e séries como “Capitã Marvel”, “Star Trek: Discovery e See”, faleceu aos 49 anos de idade devido a complicações relacionadas à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), conforme confirmado por sua família.

Lutando contra a ELA com graça e comprometimento

A notícia do falecimento foi anunciada pela própria família de Mitchell, que emitiu um comunicado expressando seu pesar e descrevendo o ator como um “amado pai, marido, irmão, tio, filho e querido amigo“. Mitchell lutou contra a ELA por cinco anos e meio, enfrentando uma série de desafios terríveis, mas demonstrando uma notável resiliência e determinação em viver uma vida plena e alegre em cada momento.

Ken enfrentou uma série de desafios terríveis devido à ELA. E, no verdadeiro estilo Ken, ele conseguiu superar cada um com graça e comprometimento“, afirmaram os parentes em seu comunicado. “A vida dele é um exemplo brilhante de como alguém pode ser pleno quando vive com amor, compaixão, humor, inclusão e comunidade. Ken foi uma obra de arte inspiradora para todos os corações que tocou.


Kenneth Mitchell com a família (reprodução/Instagram/@mr_kenneth_mitchell)


Além disso, a família de Mitchell solicitou que quaisquer presentes em sua memória fossem direcionados para pesquisas sobre ELA ou em apoio aos seus filhos. O ator havia discutido publicamente seu diagnóstico em uma entrevista à revista People em 2020, descrevendo a notícia como um choque completo e uma experiência semelhante a estar em seu próprio filme. Mitchell deixou um legado duradouro não apenas como artista, mas também como um exemplo de coragem e força diante da adversidade.

Foto destaque: Kenneth Mitchell no tapete vermelho em Star Treck (Reprodução/ OTempo)

Príncipe Harry enfrenta dívida milionária após derrota judicial

O Príncipe Harry enfrenta uma dívida considerável de um milhão de euros, equivalente a cerca de 6,2 milhões de reais, após não obter sucesso em seu processo contra o governo britânico pela retirada de sua segurança pessoal após sua saída da realeza.

Luta por segurança após renúncia à realeza

Desde que abdicou de suas obrigações na Família Real em janeiro de 2020, o filho mais novo do Rei Charles III vinha batalhando para manter o serviço de segurança fornecido pelas autoridades britânicas.

Embora o Príncipe Harry possa recorrer da decisão judicial, o jornal britânico Daily Standard sugere que é provável que ele tenha que arcar com a dívida de £ 1 milhão decorrente de sua derrota nos tribunais.

Desde sua renúncia, Harry perdeu o direito aos serviços de segurança disponibilizados pelo governo britânico para os membros da Família Real. Isso tem impactado em suas viagens de retorno ao Reino Unido, com ele e sua esposa, a atriz e Duquesa Meghan Markle, expressando preocupações com a segurança de seus dois filhos.

Harry visitou recentemente Londres para apoiar seu pai após o diagnóstico de câncer. Enquanto isso, Meghan não esteve na Inglaterra desde setembro de 2023, quando compareceu ao funeral da Rainha Elizabeth II.


Rei Charles não concede direitos da realeza ao filho mais novo (Foto: reprodução/Instagram/@revistaVeja)


Distanciamento da Família Real e futuro incerto

O príncipe tem sido claro sobre a importância da segurança de sua família, afirmando que seus filhos não podem se sentir seguros no Reino Unido sem a devida proteção. O Daily Mirror reporta que é provável que a família real se afaste ainda mais do Reino Unido e das obrigações associadas após essa derrota na Justiça.

Apesar de sua renúncia, Harry permanece como o quinto na linha de sucessão ao trono britânico, após o Príncipe William e seus três filhos.

Foto destaque: Príncipe Harry enfreta dívidas após briga judicial (Reprodução/ CNN)

Exército de Israel ataca Palestinos que esperavam caminhões de ajuda humanitária

Pouco mais de uma centena de palestinos civis foram mortos pelo exército de Israel, nessa quinta-feira (29), na Faixa de Gaza. Milhares de refugiados aguardavam a chegada de ajuda humanitária próximo aos caminhões, quando tanques e drones israelenses abriram fogo, matando até então 104 pessoas e ferindo mais de 700. Esse número deverá aumentar, pois ainda há corpos nas ruas aguardando ser retirados.

Um oficial do exército de Israel admitiu à CNN que ocorreu uma confusão no local e que o incidente está sob revisão e afirmou que suas tropas tiveram de abrir fogo contra a população, pois estavam se aproximando do batalhão de maneira que poderia ameaçar a integridade dos seus. Os caminhões ao tentarem sair após o início da confusão, acabaram também atropelando as pessoas que fugiam dos tiros, aumentando o número de mortos e feridos.

Comunicado oficial das Forças Armadas

O alto comando do exército de Israel lançou uma nota em que afirma que houve um incidente onde, após uma confusão entre a população que estava indo de encontro aos caminhões de ajuda humanitária, as tropas se sentiram ameaçadas e atiraram para o ar e nas pernas das pessoas, para evitar que houvesse saques.

Comunicado da Autoridade Nacional Palestina

Em nota divulgada nas redes sociais pelo Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina logo após o incidente, havia dezenas de mortos e centenas de feridos, condenando Israel e classificando o caso como massacre hediondo.

Anteriormente, a Autoridade Palestina havia informado que a falta de comida em Gaza já durava semanas e as pessoas estavam passando fome, comendo até ração canina. O desespero por alimentos pode ter provocado a correria para os caminhões de ajuda humanitária.


Número de mortos no ataque ainda pode aumentar (Foto: reprodução/ X/ @CNN)


Egito se manifesta

O Egito, país que faz fronteira com Rafah, cidade de Gaza onde ocorreu o fato, classificou o incidente como ataque desumano de Israel, salientando que no local havia cidadãos palestinos desarmados. O país endureceu o tom ao afirmar que os israelenses cometeram uma flagrante violação do direito internacional ao atacar pessoas que buscavam ajuda humanitária.

 

Foto Destaque: população aguardava ajuda humanitária quando exército israelense atirou (Reprodução/ X/ @Reuters)

Cessar-fogo: Hamas convoca o povo palestino para manifestação visando uma trégua em Gaza

Durante esta quarta-feira (28), o Hamas convocou o povo palestino para uma marcha em direção à Mesquita Al-Aqsa de Jerusalém, tendo início no decorrer da celebração do Ramadã, com data marcada para a noite de 10 de março. O objetivo da manifestação é que haja uma amplificação mediante as negociações de uma trégua em Gaza. Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, espera que a ação seja realizada até a semana seguinte. 

Cessar-fogo  

Logo após o discurso de Biden, emitido na última terça-feira (27), o líder do Hamas, Ismail Hanoyeh fez o apelo aos palestinos. 

Joe Biden falou sobre um acordo para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, bem como, sobre o intuito da libertação dos reféns que estão mantidos pelos militantes. O presidente estadunidense espera que esse acordo permita, ainda, a entrada de uma ajuda reforçada na Palestina, e a libertação dos reféns possa ocorrer até o dia 4 do próximo mês. 

Ambos os lados, porém, teriam diminuído as perspectivas de uma nova trégua, afinal, os mediadores do Catar pontuaram sobre aspectos controversos, ainda não resolvidos. 

Na segunda-feira (26), Israel se posicionou sobre a permissão às oreações do Ramadá na Mesquita, no entanto, com alguns limites que devem variar mediante à segurança, apontando possíveis confrontos, em caso do comparecimento de multidões palestinas, e se a violência na região de Gaza ainda for predominante. 

Segundo Haniyeh, a convocação ao povo em Jerusalém e na Cisjordânia será marcada até Al-Aqsa, a partir do primeiro dia do Ramadã. O líder do Hamas apontou o ato de 7 de outubro como um movimento que objetivava o fim dos ataques israelenses aos territórios palestinos. 

Haniyeh discursou ainda, que o Hamas vinha sendo suscetível a uma flexibilidade nas negociações com a oposição, no entanto, se mantém em prontidão para continuar lutando. 

Uma proposta que visa um acordo com Israel está sendo analisada pelo Hamas. Os israelenses estão dialogando com mediadores parisienses, sobre a possibilidade de um cessar-fogo com a duração de 40 dias, podendo ser a primeira trégua de maior duração nesses cinco meses de guerra. Cabe ao Catar uma melhor definição sobre os detalhes. 

O acordo proposto não atende às necessidades do Hamas 

As tropas israelenses teriam que se retirar das áreas invadidas, porém, o acordo não atende às expectativas do Hamas, que almeja um fim definitivo à guerra, uma vez que, a retirada israelense não seria capaz de trazer uma resolução ao destino de homens que possuem idade de combate, que estão detidos pelo Hamas.


Situação de vulnerabilidade social vivenciada pelo povo palestino (Foto: reprocução/Causa Operária)


O Eixo de Resistência, composto por aliados iranianos que consistem no Hezbollah do Líbano e na Resistência Islâmica, também foi convocado pelo líder do Hamas, além dos Estados árabes, que manifestam apoio aos palestinos em Gaza. 

Conforme Haniyeh, é um dever das nações árabes e islâmicas, acabar com a conspiração da fome em Gaza. 

Israel segue afirmando sobre o bloqueio em Gaza ser essencial para a destruição do Hamas, sempre o posicionando como uma ameaça, desde o ato de reparação do 7 de outubro, permitindo, porém, a entrada de suprimentos. Apesar da permissão, os israelenses vêm direcionando a responsabilidade da fome aguda, a uma falha supostamente cometida pelas agências de ajuda humanitária. 

Foto destaque: veículo militar na fronteira entre Gaza e Israel (reprodução/CNN)

Decisão que apontava Trump como inelegível em Illinois é suspensa

Nesta quarta-feira (28), uma juíza estadual de Illinois, localizado ao Centro-Oeste estadunidense, decretou a inelegibilidade do ex-presidente e atual candidato, Donald Trump, a ser apresentado na votação das primárias presidenciais republicanas. 

A decisão foi tomada devido ao ataque ao Capitólio, ocorrido no dia 6 de janeiro de 2021, no entanto, dada como suspensa até o momento. A Suprema Corte dos Estados Unidos conta ainda com mais uma decisão de conformidade, critério que acaba afetando nos processos do estado. 

Entenda motivo da suspensão do pedido 

A solicitação dos eleitores do estado foi acolhida por Tracie Porter, a juíza do circuito do condado de Cook. O argumento dos eleitores, foi de que, o ex-presidente Donald Trump precisaria ser desqualificado para a votação primária estadual, por conseguinte, das eleições gerais, pelo fato de ter violado uma cláusula anti-insurreição da 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, medida que ocorre um mês depois que o Conselho Eleitoral de Illinois recusa um processo contra o ex-presidente. 

Devido à ausência de instância para discorrer sobre a temática, o conselho eleitoral teria, portanto, rejeitado o caso, o que foi decidido por unanimidade, em uma votação bipartidária. 

Pedidos semelhantes foram negados pelo Conselho 

Além de ter sido barrado das urnas em Illinois, o ex-presidente também foi apontado como inelegível em Colorado e Maine, casos em que também tiveram a decisão suspensa, no momento em que é aguardado o recurso do caso Colorado na Suprema Corte do país. 

Um curto prazo de apelação foi concedido ao candidato, com a possibilidade de recorrer da decisão nos tribunais do estado de Illinois. 

Um grupo de eleitores, coordenado pela organização Free Speech For People, que defende a democracia e a Constituição estadunidense, foi quem apresentou a contestação estadual. Outro grupo teria tentado recorrer a uma solicitação no mesmo sentido, que também foi negada. Trump se mantém elegível, portanto, nas urnas de Michigan, Minnesota e Oregon. 

Defesa de Trump tenta justificar a invasão ao Capitólio

No final de janeiro, a juíza teria direcionado aos advogados do ex-presidente, falando a respeito do empresário ser, primeiramente, condenado por um crime antes de ser afastado do cargo, explicando a diferença entre um “motim” e uma “insurreição”. 


Invasão criminosa ao Capitólio (Foto: reprodução/CNN)


Nicholas Nelson, o advogado que atua em defesa de Trump, fez uma referência ao 6 de janeiro, como um “motim público”, a partir do momento em que os envolvidos teriam agido de acordo com objetivos legais, não como um grupo, na tentativa de justificar o crime cometido por defensores da extrema-direita, como uma ação dada por um sentimento momentâneo de revolta. 

Illinois tem a exigência legal de que os candidatos certifiquem sobre sua qualificação para o cargo ocupado. A juíza questionou ainda, ao outro advogado do ex-presidente, Adam Merril, sobre a necessidade de ser condenado antes, para que seu pedido fosse dado como não válido. 

O pedido de Trump para interromper o processo já havia sido recusado por Porter, até que a Suprema Corte do país tomasse uma decisão definitiva a respeito da contestação de um caso parecido, com sede no Colorado, impedindo-o de votar no estado, deixando o assunto pendente. 

Foto destaque: ex-presidente Donald Trump (Reprodução/Folha de Pernambuco)