A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta terça-feira (05), que a desnutrição infantil está “particularmente extrema” no norte de Gaza. De acordo com o representante da OMS para Gaza e Cisjordânia, Richard Peeperkorn, nesta região do território palestino, uma em cada seis crianças com menos de dois anos de idade estaria gravemente desnutrida.

A situação da fome no norte de Gaza é três vezes mais elevada do que no sul do território palestino, onde a ajuda humanitária tem chegado, conforme pontua porta-voz da UNICEF, James Elder.

Para a agência, “a falta generalizada de alimentos, água potável e serviços médicos, uma consequência direta dos impedimentos de acesso e dos vários perigos enfrentados pelas operações humanitárias da ONU, está afetando as crianças e as mães, prejudicando sua capacidade de amamentar seus bebês, especialmente no norte da Faixa de Gaza”.

“Quando esse fluxo de ajuda conseguir chegar, ele vai fazer uma grande diferença para salvar vidas”, afirma Elder.

Ajuda humanitária em Gaza

De acordo com o representante da agência da ONU para o Território Palestino Ocupado, Rik Peeperkorn, em janeiro, a maioria das missões de ajuda humanitária da ONU no norte de Gaza foram negadas. Peeperkorn relata que apenas três das 16 foram aprovadas, enquanto quatro foram “impedidas” e nove “negadas”. 

A ONG Save The Children também tentou enviar ajuda à região, mas, entre 1º e 15º de janeiro, mais de 50% dos pedidos de ações humanitárias no norte de Gaza foram negados pelas autoridades israelenses.

Em decorrência, segundo a ONG, a fome no território palestino atingiu outros patamares, podendo causar, juntamente com diferentes doenças, a morte de cerca de 1,1 milhão de crianças na Faixa de Gaza.

Neste domingo (03), um porta-voz do Ministério da Saúde palestino relatou a morte de 15 crianças por desidratação e desnutrição no norte de território palestino.

EUA envia ajuda humanitária após mortes

_{Palestinos correm para resgatar itens de ajuda humanitária que chegam por aviões na Faixa de Gaza. (Foto: Reprodução/AFP).}

Na última quinta-feira (29), mais de cem pessoas morreram enquanto esperavam em fila pela distribuição de comida e ajuda humanitária, informou o Ministério da Saúde local.

De acordo com militares de Israel, as tropas dispararam tiros de advertência, após civis cercarem um comboio de caminhões com doações. No entanto, segundo o Hamas e relatos dos palestinos presentes no local, o exército israelense teria efetuado “disparos diretos contra cidadãos”.

Após o incidente na Faixa de Gaza, os Estados Unidos enviaram ajuda humanitária a região através de aviões. De acordo com a agência Reuters, mais de 38 mil refeições foram lançadas em Gaza por meio de três aviões C-130.

O país norte-americano afirma que continuará com a ação e planeja fazer envios pelo mar. Além dos EUA, França, Egito e Jordânia também tem realizado lançamentos aéreos de ajuda humanitária para o território palestino.

Foto destaque: crianças palestinas em fila para receber comida na Faixa de Gaza. (Reprodução/Mohammed Salem/Reuters).

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou o Hamas a aceitar um cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza antes do início do ramadã, em uma reunião realizada nesta terça-feira (05). O apelo ocorre em meio a negociações em curso sobre um possível entendimento que incluiria uma pausa nos combates e a libertação de reféns.

Biden, em declaração à imprensa antes de retornar à Casa Branca, afirmou que “a decisão está nas mãos do Hamas neste momento” e ressaltou a importância de alcançar um cessar-fogo em Gaza antes do início do período de jejum muçulmano.

Negociações em andamento no Cairo

Mediadores internacionais e representantes do Hamas se reuniram no Cairo hoje para discutir uma trégua de seis semanas, a troca de dezenas de reféns por prisioneiros palestinos e o fornecimento de ajuda humanitária para Gaza.

Embora o presidente dos EUA tenha destacado a cooperação israelense e considerado a oferta de cessar-fogo como razoável, ele ressaltou a necessidade urgente de uma pausa nos combates. Biden alertou para os perigos que a continuidade dos confrontos poderia trazer para Israel e Jerusalém durante o mês do ramadã, que está programado para começar entre 10 e 11 de março, de acordo com o calendário lunar.

_{Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Reuters)}

Apelo por uma solução diplomática

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também solicitou o grupo islâmico a aceitar um cessar-fogo imediato com Israel, afirmando que “cabe ao Hamas decidir se está preparado para se comprometer com o fim das hostilidades“.

No entanto, o Hamas impôs várias condições antes de considerar qualquer acordo, incluindo a retirada das forças de ocupação israelenses e a reconstrução de Gaza.

Enquanto isso, os confrontos continuam, com relatos de ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza e um aumento das necessidades humanitárias na região. A ONU fez um apelo urgente para aumentar a ajuda humanitária e salvar vidas diante da crescente crise humanitária.

Foto destaque: Joe Biden, à esquerda e Grupo Hamas, à direita (Reprodução/New York Post/Reuters/Montagem por Karen Alves)

A autoridade eleitoral da Venezuela anunciou nesta terça-feira (05), que as eleições presidenciais estão marcadas para ocorrer em 28 de julho, conforme acordo estabelecido entre o governo e a oposição durante as negociações. Essa data possui um simbolismo adicional, pois coincide com o aniversário do falecido presidente Hugo Chávez, mentor e antecessor de Nicolás Maduro, que faleceu em 2013. No entanto, não houve menção às candidaturas opositoras mais competitivas que foram inabilitadas, destacando-se a exclusão de María Corina Machado.

Acordo entre governo e oposição delibera data das eleições

O governo e a oposição haviam previamente concordado, em outubro, que a votação aconteceria no segundo semestre de 2024. Além disso, estabeleceram que observadores internacionais, incluindo representantes da União Europeia e da ONU, supervisionariam o pleito, e que teria cada lado a prerrogativa de escolher seu candidato.

É amplamente esperado que o atual presidente Nicolás Maduro busque a reeleição para um novo mandato de seis anos, embora ainda não tenha formalizado sua candidatura.

Segundo o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, o período para postulação de candidaturas será de 21 a 25 de março. Já o período de campanha está previsto para ocorrer de 4 a 25 de julho. O cronograma inclui um período especial para o registro de eleitores, tanto dentro como fora do país, que ocorrerá de 18 de março a 16 de abril.

Controvérsias em meio às definições eleitorais

As datas foram estabelecidas três dias após os legisladores venezuelanos proporem mais de 20 possíveis datas, variando de meados de abril a dezembro. O anúncio também foi feito em um dia simbólico: esta terça-feira, marca 11 anos desde a morte do ex-presidente Hugo Chávez, que faleceu em 2013.

A data escolhida recebeu amplo apoio das organizações políticas durante o processo de consulta promovido pela Assembleia Nacional, composta majoritariamente por políticos alinhados com Maduro.

María Corina Machado, ex-deputada e vencedora das primárias da principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária, teve sua candidatura invalidada pelo Tribunal Superior de Justiça em 26 de janeiro. No entanto, ela mantém suas aspirações de concorrer.

_{María Corina Machado (Foto: reprodução/Noticias Ahora)}

Reações internacionais e locais

Em meio à inabilitação de Machado, os Estados Unidos anunciaram a reintrodução de sanções contra o petróleo, gás e ouro venezuelanos, que haviam sido flexibilizadas após acordos que permitiram a realização das eleições.

No Brasil, membros do governo expressaram alívio com a definição da data para as eleições na Venezuela. Em outubro do ano passado, o governo venezuelano e a oposição chegaram a um acordo, assinando o chamado Acordo de Barbados, que estabelece as diretrizes para o processo eleitoral.

A data definida pelo Conselho Nacional Eleitoral, em julho, está dentro do período estipulado pelo acordo, o que foi bem recebido por membros do governo brasileiro, que pediram anonimato. No entanto, eles ressaltam que tradicionalmente as eleições são realizadas no final do ano, e a proximidade da data pode apresentar desafios, considerando os impasses criados pelo governo Maduro que ainda precisam ser resolvidos.

Foto destaque: Nicolás Maduro (Reprodução/Radio Corporation)

Na manhã desta terça-feira (5), o Itamaraty divulgou uma nota em que confirma que já foram identificados os sete suspeitos de estuprar uma turista brasileira na Índia. O crime ocorreu na última sexta-feira (1), quando o casal acampava em Dumka, distrito localizado no estado de Jharkhand, região leste da Índia.

No sábado (2), um dia após o ocorrido, três dos sete suspeitos já haviam sido flagrados, sendo escoltados até o tribunal local. Os três estavam com sacolas na cabeça e amarrados pela cintura. Desde então, os três estavam em custódia.

Entenda o caso 

Fernanda Santos, a brasileira vítima do crime, estava aproveitando uma temporada de férias na região do Sul Asiático. Na noite em que aconteceu o ataque, ela seguia de moto com o marido Vicente, espanhol, rumo ao Nepal, contudo decidiram fazer uma parada em um camping na região leste da Índia. Segundo Fernanda, o estupro foi cometido por sete homens, que ainda roubaram os pertences do casal e o agrediram.

Após o acontecido, o casal veio às mesmas redes sociais em que divulgavam o dia a dia de suas aventuras de motocicleta, explicar toda o que havia ocorrido desta vez. Visivelmente abalado, Vicente mostrou os cortes e pontos que o ataque havia lhe causado. Segundo o espanhol, os agressores lhe agrediram na região da cabeça com um capacete e uma pedra.

Histórico de violência 

A repercussão do estupro da brasileira Fernanda lançou luz sobre os altos índices registrados na Índia. No último ano, foram, em média, 90 estupros por dia no país de mais de um bilhão de habitantes.

O número pode ser ainda maior se forem consideradas as sub notificações, que muitas vezes estão relacionadas ao constrangimento das vítimas em denunciar, somado à desconfiança nas autoridades locais. Os casos que são levados à frente, muitas vezes esbarram na pouca efetividade do judiciário indiano.

Caso emblemático

_{Manifestações na Índia após o assassinato de Jyoti Singh (Foto: reprodução/Jusbrasil)}

Em 2012, a jovem Jyoti Singh, de 23 anos, sofreu um estupro coletivo cometido por cinco homens em um ônibus e em seguida foi assassinada pelos criminosos. O caso ganhou destaque em todo o mundo e gerou manifestações pelo país. Como resultado, o governo local anunciou medidas mais severas contra quem praticasse crimes dessa natureza – incluindo, pena de morte.

Foto destaque: Itamaraty identifica confirma suspeitos de estuprarem brasileira na Índia (Reprodução/Estado de Minas)

O chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) fez um forte alerta na segunda-feira (04) na Assembleia Geral da ONU, enfatizando que a agência está enfrentando uma campanha coordenada para minar suas operações em um momento de grande necessidade. Philippe Lazzarini destacou que desmantelar a UNRWA teria um impacto devastador, especialmente para uma geração de crianças palestinas.

Campanha de desestabilização direcionada à UNRWA

Lazzarini identificou uma campanha deliberada destinada a desacreditar e enfraquecer a UNRWA. Ele destacou que essa campanha inclui a disseminação de informações falsas para minar a confiança dos doadores e manchar a reputação da agência. Esses esforços são particularmente prejudiciais durante um período em que os serviços humanitários da UNRWA são mais essenciais do que nunca.

_{Philippe Lazzarini discursando (Foto: reprodução/X/@UNRWA)}

Acusações e suspensões de financiamento

As acusações feitas por Israel contra 12 funcionários da UNRWA em janeiro resultaram na suspensão do financiamento pelos EUA e em cortes de doações de outros 15 países, totalizando cerca de US$ 450 milhões. No entanto, Lazzarini enfatizou que não recebeu provas adicionais para sustentar as acusações e que a UNRWA demitiu imediatamente os funcionários implicados, demonstrando sua seriedade em lidar com tais alegações.

Impacto humanitário e necessidade urgente de ajuda

A UNRWA já estava enfrentando uma crise financeira e operacional, e agora enfrenta a possibilidade de não poder atender às necessidades básicas de milhões de pessoas palestinas. Lazzarini advertiu que o colapso dos serviços humanitários teria consequências devastadoras, especialmente para as crianças que dependem da assistência da UNRWA para alimentação, abrigo e cuidados médicos básicos.

Ações necessárias para garantir a continuidade dos serviços

Lazzarini enfatizou a importância de apoiar a UNRWA e garantir que ela possa continuar suas operações vitais. Ele rejeitou a ideia de que o desmantelamento da agência resolveria os problemas, argumentando que isso só levaria a um aumento do sofrimento humano e poderia contribuir para futuros conflitos.Diante desses desafios, a comunidade internacional enfrenta a responsabilidade urgente de tomar medidas para proteger e fortalecer a UNRWA, garantindo assim que ela possa continuar seu importante trabalho de assistência aos refugiados palestinos

Foto destaque: construção destruída na Faixa de Gaza (Reprdução/X/@UNRWA) 

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, afirmou que a Rússia interceptou uma videoconferência militar de alto nível sobre a Ucrânia por erro individual. A declaração do ministro foi feita nesta quinta-feira (5), que ainda complementou dizendo que um participante se juntou à chamada por engano através de uma linha não segura. No entanto, os sistemas de comunicações alemães não foram afetados. 

Boris Pistorius supõe que a Rússia tenha interceptado diálogos de altos funcionários da Força Aérea Alemã. A interceptação, provavelmente por vigilância generalizada, constrangeu a Alemanha e suscitou dúvidas sobre a segurança de sua inteligência.

Repercussão na Rússia

A mídia russa divulgou uma gravação da reunião, que discutia a entrega de armas para a Ucrânia e um potencial ataque a uma ponte na Crimeia. Apesar disso, Boris Pistorius disse que os “sistemas de comunicação não foram comprometidos no país”. “A razão pela qual a chamada da Força Aérea pôde, no entanto, ser gravada foi devido a um erro operacional de um indivíduo”, completou o ministro da Defesa da Alemanha.

_{Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, declara que a chamada da Força da Aérea foi gravada por um erro operacional de um indivíduo (reprodução/Holger Hollemann/Getty Images/CNN Brasil)}

Investigação sobre o caso

Boris Pistorius disse que o vazamento foi um golpe casual e que a Alemanha investiga se foram mencionadas questões sigilosas. Ele afirmou que a Rússia tentou criar divisões na Alemanha e entre seus aliados com o vazamento. A Alemanha tomará medidas para evitar incidentes semelhantes e seus aliados expressaram confiança contínua no país. O Kremlin alega que a gravação mostra planos de ataques russos, acusações negadas pela Alemanha.

Foto destaque: presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, haviam se encontrado em 2022 (Reprodução/Mikhail Klimentyev/TASS/Getty Images/CNN Brasil)

AplicatIvos da Meta, como Instagram e Facebook, enfrentam instabilidade nesta terça-feira (5), causando preocupação e frustração entre os usuários das redes. Relatos apontam para mensagens de erro e lentidão, falha em carregamento de conteúdo e dificuldade ao logar nos apps, o que acabou afetando milhões de pessoas em todo o mundo.

Picos de registro e reclamações

Segundo dados do Downdetector, portal especializado em monitorar quedas de serviços online, os problemas começaram a ser registrados por volta das 12h, atingindo um pico de 14 milhões de registros às 12:21. O Brasil contabilizou mais de 8 mil reclamações, enquanto nos Estados Unidos, o Facebook acumula mais de 200 mil e o Instagram, mais de 40 mil, refletindo a amplitude do impacto.

_{Mensagem que está aparecendo ao entrar no site do Instagram (Foto: reprodução/Instagram)}

Ampliação do impacto global

A falha não se restringe apenas ao Brasil e aos Estados Unidos, mas também afeta outros países nas Américas, Europa e Ásia. A instabilidade, que inicialmente parece concentrada nos aplicativos para dispositivos móveis, também se manifesta em problemas de conexão com servidores e carregamento do feed. Além disso, outros serviços online, como a Google Play Store e o YouTube, enfrentam dificuldades, levantando suspeitas sobre uma possível falha generalizada em servidores. 

_{Instagram e Facebook fora do ar (reprodução/X/@SeriesBrasil)}

Assunto principal nas pesquisas online e em outras redes

O incidente despertou um grande interesse público, refletido no aumento repentino das pesquisas relacionadas nos motores de busca. Termos como “Instagram e Facebook fora do ar” e “Facebook fora do ar hoje” registraram picos de interesse nas últimas horas, evidenciando a preocupação e a busca por informações sobre a situação dos serviços afetados. Vários usuários estão comentando e brincando sobre a falha na rede social X, que está fora do grupo Meta, a palavra “Instagram” entrou no topo dos assuntos mais mencionados. Até o momento, a Meta não se pronunciou sobre o que ocorreu com seus servidores, aplicativos e sites.

Foto destaque: mulher olhando para o celular com uma cara de frustração (Reprodução/Freepik/Wayhom estudio)

Nesta segunda-feira (4) a empresa de transportes Uber pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão de processos judiciais em aberto que debatem se deve ou não ter vínculo de emprego entre motoristas de aplicativo e plataformas digitais. O pedido foi apresentado ao ministro Edson Fachin, após o STF deliberar repercussão geral em um processo da empresa de transporte. A Uber justificou o seu pedido citando a possibilidade de uma grave insegurança jurídica caso os milhares de processos sobre o tópico continuassem.

Contexto e decisão do STF

A Corte Constitucional STF tem dado respostas individuais sobre o tema, por consequência, os casos relacionados a esse assunto não podem ir adiante o que confunde o entendimento sobre o fenômeno “uberização” no tribunal do trabalho e na corte.

No começo deste mês, o STF decidiu de forma unânime pelo amplo alcance da discussão, ou seja, o que a Corte decidir sobre o significado do conceito “uberização” e o entendimento sobre o assunto vai valer para decisões das instâncias inferiores da justiça em qualquer caso semelhante. Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes foram alguns dos ministros que votaram a favor da repercussão geral. O presidente Luís Roberto Barroso também votou a favor.

Para melhorar o entendimento geral sobre o assunto, a corte terá que elaborar uma tese quando o caso for ao plenário e depois de ser decidido e aceito, todas as disputas relacionadas ao assunto deverão seguir as regras e as considerações determinadas.

_{Presidente Lula assina projeto de lei para os motorista de aplicativo (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)}

Projeto assinado no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou para o congresso uma proposta de lei que garante variados direitos para os motoristas de aplicativo. O projeto foi assinado durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. Representantes dos motoristas, ministros e o ministro do trabalho, Luiz Marinho, estiveram presentes na cerimônia. 

Entre as propostas de direitos para os motoristas estão o direito de possuir uma contribuição no INSS, ser segurado pela Previdência Social, escolher quando irá trabalhar e a criação da categoria “trabalhador autônomo por plataforma”. O projeto frisa que não haverá vínculo previsto pela Constituição das Leis do Trabalho (CLT).

Foto destaque: motorista da uber (Reprodução/Tero Vesalainen/Shutterstock)

Apoiadores do ex-presidente e atual pré-candidato Donald Trump vêm compartilhando imagens geradas por Inteligência Artificial (IA) para atrair o eleitorado negro a votar no Partido Republicano nas próximas eleições presidenciais, em novembro deste ano. A informação foi descoberta e divulgada pela BBC, que acredita que a tendência faz parte de uma estratégia de desinformação nas eleições.

Uma das imagens, criada pelo conservador Mark Kaye, mostra Trump sorrindo cercado de mulheres negras. A imagem falsa foi compartilhada junto a um artigo que fala sobre eleitores negros que apoiam Donald Trump no Facebook de Kaye, onde o eleitor acumula mais de um milhão de seguidores. Nos comentários, a maior parte dos perfis parece acreditar na veracidade da foto.

Mark Kaye, que é apresentador de um programa de rádio na Flórida chamado “The Mark Kaye Show”, se defendeu dizendo que não está afirmando que a imagem é uma representação exata da realidade. Em entrevista para a BBC, ele argumenta que não é fotojornalista: “eu não estou por aí tirando fotos do que realmente está acontecendo. Eu sou um contador de histórias.”, admite. Kaye garante que “se alguém está votando em um candidato ou outro por causa de uma foto que viu em uma página do Facebook, o problema é daquela pessoa, não da publicação”.

^{Outra imagem gerada por IA mostra Donald Trump sentado com jovens negros (Foto: reprodução/Deepfake gerada por IA/G1)}

Cliff Albright, co-fundador do movimento “Black Voters Matter”, grupo criado a fim de encorajar pessoas negras a votar, disse que as imagens falsas fazem parte de uma estratégia narrativa muito promovida pelos conservadores. Afirmou para a BCC que as deepfakes visam particularmente a comunidade negra, principalmente os jovens.

Comunidade negra garantiu vitória de Biden

O eleitorado negro foi fundamental na vitória do presidente Joe Biden nas últimas eleições presidencias. Em 2020, os afro-americanos representavam 13% do eleitorado e eram o segmento com maior percentual de preferência pelo Partido Democrata.

Uma pesquisa recente do jornal New York Times em parceria com o Sienna College divulgou que em seis estados decisivos, 71% dos eleitores negros devem apoiar Biden em novembro. Apesar de alta, a porcentagem revela uma acentuada queda em relação aos 92% das últimas eleições.

^{Mulheres afro-americanas nas eleições de 2020 (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images)}

Na campanha deste ano, o Partido Republicano de Donald Trump está se esforçando para ganhar os votos do eleitorado negro. Algumas pesquisam indicam que alguns cidadãos deste grupo demográfico já estão inclinados a votar no Partido Republicano.

Gravação simula voz do presidente

Em janeiro, autoridades dos EUA investigaram o primeiro caso de uso de IA para tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais deste ano. O episódio tratava-se de uma gravação falsa simulando a voz do presidente Joe Biden. O áudio gerado por IA pede os membros do Partido Democrata que não participem das primárias da legenda no estado de New Hampshire.

A Casa Branca confirmou que a gravação não foi feita por Biden. A campanha do ex-presidente Trump garantiu não ter envolvimento no caso.

Foto destaque: imagem falsa criada por apresentador de rádio mostra Trump cercado de mulheres negras (Reprodução:G1/Deepfake gerada por IA)

Acusado de agredir o gerente de um restaurante nos últimos dias de fevereiro, o ator e empresário Rafael Cardoso foi intimado a prestar depoimento nesta terça-feira (5) na 16ª DP, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, mas os advogados do ator assinaram uma petição pedindo o adiamento. A vítima, João Fernando, de 64 anos, já prestou depoimento e está de repouso em casa por orientação médica. Em entrevista para O Globo, ele contou que passou por uma cirurgia de hérnia antes das agressões e tem três meses para se recuperar.

“Foi uma operação de hérnia inguinal. Obviamente, por isso nem sequer briguei, sequer me defendi. Só defendi minha cirurgia. Tendo a idade que tenho, apesar de estar bem fisicamente, toda cicatrização demora mais do que a de uma pessoa jovem.”, explicou.

Seguindo as orientações da advogada, João não deu detalhes sobre o caso e se limitou a dizer que “tudo o que eu fiz foi tentar me defender dessa loucura que deu nele”, sem contar o que pode ter motivado a agressão.

Caso repercute e Rafael se pronuncia

Com a repercussão do caso, a assessoria do ator se pronunciou sobre o caso por meio de uma nota publicada nas redes sociais de Rafael.  Em um pedido de desculpa público, a assessoria informou que o ator está arrependido dos últimos acontecimentos e responderá às consequências em todas as áreas cabíveis.

“O ator estava sob efeito de medicação, mas isso não justifica o erro. […] A partir deste momento, ele se recolhe para tratamento de sua saúde. Por conta disso, ficará um tempo longe do Instagram, da mídia e de seus negócios.”, explicaram. 

^{Assessoria posta posicionamento sobre caso de agressão envolvendo Rafael Cardoso (Foto: reprodução/Instagram/@rafaelcardoso9)}

Na publicação, é possível encontrar comentários de amigos, familiares e fãs dando suporte ao ator. Na postagem anterior, no entanto, as mensagens são majoritariamente de pessoas acusando e criticando Rafael.

Relembre o caso

O episódio aconteceu na última segunda-feira de fevereiro (26), por volta das 23h, em um bar na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

^{Imagem do circuito interno mostra Rafael (camisa preta) correndo atrás de João (camisa verde) (Foto: reprodução/CNN Brasil)}

Segundo relatos, Rafael teria chegado alterado no estabelecimento. Em imagens do circuito interno do bar é possível ver o ator discutindo com os funcionários e, posteriormente, correndo atrás do gerente. De blusa verde, o homem cai e é agredido por Rafael com socos e pontapés.

Foto destaque: assessoria alega que ator estava sob efeito de medicação (Reprodução/Instagram/@rafaelcardoso9)