Secas e ondas de calor em 2023 impactaram conta de energia

A seca e as ondas de calor que assolaram o Brasil em 2023 não apenas afetaram o clima, mas também terão um impacto significativo nas contas de energia elétrica dos consumidores. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aumento médio na tarifa de energia será de 0,3%, resultando em um acréscimo de cerca de R$ 700 milhões nas contas de luz daqueles que adquirem energia das distribuidoras.

Esse aumento nos custos está diretamente relacionado ao crescimento dos Encargos de Serviço de Sistema (ESS), valores pagos pelos consumidores para cobrir os custos do acionamento de usinas termelétricas em situações específicas, visando assegurar a estabilidade do sistema elétrico nacional. O aumento dos ESS é atribuído principalmente ao aumento do consumo, especialmente nos horários de pico, e à redução na geração de energia eólica.

Projeção X despesas reais 

O impacto desses custos adicionais será refletido nos reajustes tarifários anuais realizados pela Aneel. Para o ano de 2023, a projeção inicial era de R$ 142,9 milhões, porém as despesas reais atingiram R$ 842,3 milhões. Essa diferença será considerada nos processos de reajuste tarifário de 2024, resultando em um aumento médio estimado em 0,3% para os consumidores neste ano.

Além disso, a Aneel aprovou uma alteração no sistema de bandeiras tarifárias, permitindo a transferência dos custos que seriam cobrados dentro do ESS para as bandeiras. Isso significa que os consumidores poderão perceber mais cedo o impacto do acionamento das usinas termelétricas através das cores das bandeiras tarifárias, indicando o custo da geração de energia conforme as condições do sistema.


Linhas de transmissão de energia elétrica (Foto: reprodução/Metrópoles)


Essas mudanças e ajustes refletem a necessidade de adaptação e resposta às condições climáticas extremas e seus efeitos no setor energético, destacando a importância da eficiência energética e da diversificação da matriz energética para garantir a segurança e estabilidade do fornecimento de energia no país.

Bandeira e o valor de suas tarifas

Bandeira Verde: indica um cenário favorável, sem cobrança extra na conta de luz.
Bandeira Amarela: está com custo adicional de R$ 18,85 por MWh utilizado.
Bandeira Vermelha – Patamar 1: condições desvantajosas, com preço extra de R$ 44,63 por MWh utilizado.
Bandeira Vermelha – Patamar 2: condições muito desvantajosas, com preço adicional de R$ 78,77 por MWh utilizado.

Foto destaque: termômetro com temperatura alta (Reprodução/ECLEconomia)

Donald Trump paga fiança milionária em processo de difamação por acusação de estupro

Na sexta-feira, Donald Trump desembolsou uma fiança no valor de US$ 83,3 milhões (equivalente a R$ 413,5 milhões na cotação atual) ao tribunal federal de Nova York. Este pagamento é uma condição para que ele possa recorrer ao veredicto desfavorável no caso de difamação, movido pela jornalista e escritora E. Jean Carroll, que o acusa de tê-la estuprado em um provador de uma loja de luxo em Nova York na década de 1990.

Pagamento recorde

A decisão do ex presidente Trump de pagar essa quantia é notável, já que representam um dos pagamentos mais altos já feitos para apelar de um veredicto. O empresário foi considerado culpado por um júri de Nova York em 26 de janeiro por difamação contra Carroll e foi ordenado a indenizá-la. A jornalista entrou com o processo contra Trump após ele negar as acusações de estupro, sugerindo que ela inventara a história para impulsionar as vendas de seu livro, onde as acusações foram feitas.


Donald Trump e a jornalista e escritora E. Jean Carroll (Foto reprodução/O Globo) 


Ex-presidente pode ser condenado

Trump foi instruído a pagar a totalidade da indenização enquanto aguarda o resultado de seu recurso, ou uma fiança que poderia ser executada caso a apelação não seja bem-sucedida. Enquanto o processo estiver pendente, Carroll não terá acesso aos fundos. O pedido da equipe jurídica do pré-candidato à presidência dos Estados Unidos visa adiar o prazo de pagamento da fiança foi negado pelo juiz responsável pelo caso.

Durante o processo, o ex presidente dos EUA utilizou sua plataforma, Truth Social, para expressar seu descontentamento com o caso, insultando Carroll e o juiz responsável. Embora não tenha comparecido ao julgamento ou testemunhado, Trump manteve sua narrativa de ser inocente e desconhecedor das acusações de Carroll.

Foto Destaque: ex-presidente dos EUA Donald Trump (Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

La Niña pode substituir El Niño e amenizar o calor no Brasil

O Brasil está prestes a passar por uma mudança climática significativa. A La Niña está prevista para substituir o El Niño a partir de julho deste ano. Essa transição trará um alívio bem-vindo para o calor escaldante que tem afetado o país. Desde setembro de 2023, o Brasil vem quebrando recordes de temperatura mensais.

Sobre a La Niña

A La Niña é um fenômeno climático global causado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Tropical. Ao contrário do El Niño, que traz temperaturas mais quentes, a La Niña tende a resultar em temperaturas mais amenas e em frentes frias mais intensas e prolongadas. No entanto, assim como o El Niño, a La Niña também pode causar anomalias climáticas, como secas e chuvas torrenciais, impactando diversas regiões do mundo.

Previsões para o Brasil

Com a chegada da La Niña, há expectativa de que o semiárido brasileiro receba chuvas bem-vindas, trazendo alívio para uma região frequentemente afetada pela seca. O Norte do país também poderá experimentar um aumento na precipitação, especialmente no Amapá, o que pode beneficiar a agricultura e a disponibilidade de água na região. 

Por outro lado, no Sudeste e parte do Centro-Oeste, a tendência é de redução do calor, especialmente durante a primavera, o que pode proporcionar um clima mais agradável para a população e ajudar a reduzir os impactos do calor excessivo na saúde e no bem-estar das pessoas. 

Durante o verão, os modelos climáticos indicam uma menor probabilidade de ocorrência de calor intenso no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No entanto, existe a possibilidade de temperaturas acima da média em algumas áreas do Sudeste, o que pode exigir medidas extras de precaução para lidar com os efeitos do calor.


Previsão de 2024 a respeito da temperatura no Brasil (Foto: reprodução/Editoria de Arte/Cemaden)


Desafios e incertezas

Apesar das previsões atuais, a intensidade e a exata evolução do fenômeno La Niña ainda apresentam certa incerteza. Este padrão climático, caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, pode se manifestar em intervalos variáveis, geralmente entre dois a sete anos, com uma duração que costuma ser mais prolongada do que a do seu oposto, o El Niño. 

É fundamental considerar também os impactos das mudanças climáticas globais, que podem influenciar na frequência e na intensidade desses fenômenos climáticos. Há evidências de que as La Niñas consecutivas estão se tornando mais frequentes, alternando-se com períodos de El Niño. Essa interação complexa entre a variabilidade natural do clima e as mudanças climáticas antropogênicas pode resultar em cenários climáticos futuros ainda mais imprevisíveis e extremos.

Foto Destaque: calor no Brasil atinge altas temperaturas (Reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Microsoft confirma invasão por hackers russos em sistemas de e-mails corporativos

Nesta sexta-feira (8), hackers russos tiveram acesso a alguns dos maiores sistemas software da Microsoft. A invasão seria a maior que a empresa sofreu nos últimos tempos. A Microsoft acredita que os criminosos usaram informações roubadas dos sistemas de e-mail corporativos da Microsoft para acessar “alguns dos repositórios de código-fonte e sistemas internos da empresa”, disse em uma apresentação perante a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

Não se sabe qual código-fonte foi acessado pelos cibercriminosos do grupo Nobelium, ou “Midnight Blizzard”, como a Microsoft se refere a eles. E também não houve tempo de invasão aos sistemas, para roubo de dados.

O código-fonte é cobiçado pelas corporações, porque contém os elementos secretos de um programa de software que o fazem funcionar. Hackers com acesso ao código-fonte podem usá-lo para realizar ataques subsequentes a outros sistemas.


Post da CNN sobre a invasão dos hackers nos sistemas da Microsoft (Foto: reprodução/X/@CNNBrasil)


Tentativa de roubo em janeiro

Em janeiro deste ano, houve também uma tentativa de hackeamento nos sistemas da Microsoft. Inclusive, no mesmo período outra grande empresa de tecnologia, a Hewlett Packard Enterprise, também encontrou tentativa de acessos por hackers, que teriam violado seus sistemas de e-mail baseados em nuvem. O âmbito completo e o propósito exato da atividade não são claros, mas os especialistas dizem que o grupo responsável tem um histórico de amplas campanhas de coleta de informações em apoio ao Kremlin.

O grupo de hackers estava por trás da infame violação dos sistemas de e-mail de várias agências dos EUA, usando software fabricado pela empresa norte-americana SolarWinds, que foi revelado em 2020. Os hackers tiveram acesso durante meses a contas de e-mail não identificadas, informações confidenciais dos departamentos de Segurança Interna e Justiça, entre outros órgãos, antes da descoberta da operação de espionagem.

Outras tentativas de roubo

A Microsoft vem sofrendo com tentativas de acesso aos sistemas, há alguns anos. Em 2021, por exemplo, com uma falha do Microsoft Exchange Server, servidores de e-mail de 30 mil organizações foram invadidos. E no ano passado, hackers chineses acessaram e-mails do governo dos Estados Unidos por meio de um problema de segurança de nuvem da empresa.

Foto Destaque: fachada de uma das sedes da Microsoft (Reprodução/Olhar Digital)

Tensão aumenta no Equador e estado de emergência é prorrogado por 30 dias

O governo do Equador divulgou um decreto assinado na quinta-feira (07), onde o presidente Daniel Noboa prolonga o estado de emergência no país por mais 30 dias. A medida tomada por Noboa estende o decreto firmado em 8 de janeiro, um dia antes de o presidente declarar um conflito interno armado no território equatoriano.

A adoção do estado de emergência provém da onda de violência extrema que se instaurou no Equador, decorrente de ataques de grupos criminosos, classificados por Noboa como “terroristas”. O Equador também enfrenta uma alta de fugas das prisões, entre elas, a do chefe de gangue e narcotraficante Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, que continua desaparecido e é o fugitivo mais procurado do país.

O conflito crescente entre as gangues criminosas e o governo equatoriano levou o tribunal eleitoral do país a marcar um referendo para 21 de abril, com o intuito de discutir medidas para fortalecer a segurança do país, ações de combate ao crime organizado e reforma da constituição. 


Fuzileiros Navais equatorianos fazendo guarda da entrada de uma penitenciária (Foto: reprodução/José Sanchez Lindao/Anadolu)


Exército equatoriano assume o controle

Restabelecer a ordem no Equador é uma das promessas de Noboa, que assumiu a presidência em novembro do ano passado. O político conta com o trabalho das Forças Armadas, em conjunto com a Polícia, para frear a ação dos grupos criminosos. O almirante Jaime Vela, chefe do Comando Conjunto, declarou em 20 de fevereiro que “as Forças Armadas equatorianas manterão o controle das prisões do país o tempo que for preciso”. De acordo com Noboa, desde o início do ano, cerca de 12 mil pessoas foram detidas, 14 “terroristas” foram mortos e 34 prisioneiros, recapturados.

O Poder Executivo do país, entretanto, não declarou até o momento a quantidade de pessoas detidas que foram processadas criminalmente.

Juízes foram detidos em operação

Doze pessoas foram presas na província de Guayas em uma operação chamada de “Expurgo”, coordenada pelo Ministério Público do Equador em conjunto com a Polícia Nacional, na última segunda-feira (4), e que investiga suspeitos de envolvimento com o crime organizado.

Entre os detidos, estavam juízes do Tribunal de Justiça, um ex-deputado, uma ex-funcionária do Tribunal Provincial de Justiça e funcionários da direção do Conselho Judiciário.

As autoridades relataram ter encontrado diversas evidências, como dinheiro, armas de fogo, joias, documentos, celulares, entre outros itens.

 

Foto Destaque: Militares vigiando bloco de celas em prisão de Guayaquil, Equador (Reprodução/Santiago Arcos/Reuters)

Ex-presidente de Honduras é considerado culpado por tráfico de drogas em julgamento nos EUA

O ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, foi considerado culpado em um julgamento por tráfico de drogas e posse ilegal de armas por um júri em Nova York, após um processo que durou pouco mais de duas semanas. Hernández, que ocupou o cargo de presidente de 2014 a 2022, aguarda agora a sentença do juiz, podendo enfrentar várias sentenças de prisão perpétua.

O ex-presidente se tornará o mais alto mandatário latino-americano a ser julgado por narcotráfico desde o caso de Manuel Antonio Noriega, do Panamá, condenado em 1992 a 40 anos de prisão por suas conexões com o cartel de Medellín, da Colômbia. Hernández ouviu a sentença sem demonstrar emoção, mas ao deixar a sala de audiência, virou-se para o público e afirmou: “Sou inocente. Amo vocês, digam isso ao mundo”.


Juan Orlando Hernandez, ex-presidente de Honduras (Foto: reprodução/Facebook/juanorlandoh)


Juan Hernández enfrenta três acusações

O júri considerou Hernández culpado das três acusações apresentadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos: conspiração para importar cocaína, conspiração para posse de armas de fogo e dispositivos destrutivos para o tráfico de drogas, e posse ilegal de armas durante a conspiração para o tráfico de drogas. A acusação argumentou que Hernández participou de uma conspiração corrupta e violenta de narcotráfico para facilitar a importação de grandes quantidades de cocaína para os EUA, utilizando seu cargo público e as forças de segurança de Honduras.

Embora não tenham sido apresentadas evidências conclusivas, como vídeos ou comunicações interceptadas, durante o julgamento, o júri foi convencido pelos depoimentos de narcotraficantes que declararam contra Hernández após se declararem culpados perante a justiça norte-americana.

Prisão ocorreu em 2022

Hernández, de 55 anos, foi preso em sua casa em Tegucigalpa, três meses após o término de seu segundo mandato em 2022, sendo extraditado para os EUA em abril daquele ano. Seu irmão, Juan Antonio “Tony” Hernández, também foi condenado à prisão perpétua em Manhattan por seu envolvimento no tráfico de drogas.

Foto Destaque: Juan Hernández (Reprodução/La Tribuna)

Trump desembolsa cerca de R$ 458 milhões para recorrer em caso de difamação

O caso de difamação envolvendo Donald Trump e a jornalista e escritora E. Jean Carroll ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (08). O ex-presidente dos Estados Unidos recorreu do veredicto determinado pela justiça em 26 de janeiro e depositou em juízo cerca de US$ 91,63 milhões (R$ 458 milhões).


E. Jean Carroll, escritora que moveu ação contra Trump por estupro (Foto: reprodução/Brendan McDermid/Reuters)


“Excessivo”, diz Trump sobre sentença

O processo movido por Carroll teve início em novembro de 2019. Carroll acusa Trump de tê-la difamado cinco meses antes ao negar que tenha estuprado a escritora em uma loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan, em meados da década de 1990. O político alegou que não conhece Carroll, e a acusou de ter inventado a história para inflar as vendas de seu livro.

A quantia determinada na sentença foi maior do que a pedida por Carroll no início da ação, que era em torno de US$ 10 milhões (R$ 49 milhões). No julgamento de janeiro, o júri condenou Trump a pagar US$ 18,3 milhões (R$ 89,96 milhões) em indenizações compensatórias e cerca de US$ 65 milhões (R$ 320 milhões) em danos punitivos. O valor depositado em juízo pelo ex-presidente segue a determinação do tribunal de que, em casos de recurso, uma das partes pague 110% do valor da sentença. 

Ex-presidente enfrenta briga multimilionária

Essa não é a única batalha que Trump está enfrentando na justiça. O empresário também foi condenado em um caso de fraude civil e precisará desembolsar US$ 454 milhões (R$ 2,26 bilhões) até 25 de março.

Trump propôs o pagamento em juízo de US$ 100 milhões. A procuradora-geral Letitia James, que apresentou o caso à justiça de Nova York, refutou a oferta, argumentando que o depósito deve ser feito no valor integral da sentença.

Enquanto promove sua campanha para a eleição presidencial desse ano, Donald Trump ainda enfrenta quatro julgamentos criminais.

Foto Destaque: O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Reprodução/Marco Bello/Reuters)

Desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho brasileiro, aponta estudo do IBGE

Mulheres continuam enfrentando disparidades salariais em relação aos homens, mesmo com níveis mais altos de escolaridade. É o que revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu estudo “Estatísticas de Gênero”, divulgado nesta sexta-feira, em alusão ao 8 de março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher.

Segundo o instituto, em média, as mulheres recebem 21% menos do que os homens, com a desigualdade mais acentuada nas áreas intelectuais e científicas, onde a diferença salarial chega a 36,7%. Os dados referentes a 2022 também destacam que 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior, enquanto entre os homens esse índice é de 16,8%. No entanto, a presença feminina nas áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (CTEM) é significativamente menor, representando apenas 22% dos formandos, em comparação com 23,2% há uma década.


Mesmo mais escolarizadas, mulheres ganham 21% menos que homens (Foto: reprodução/Pixabay)


Desigualdade é evidenciada no cotidiano

A desigualdade se estende além do mercado de trabalho, evidenciando-se em diversas esferas da sociedade. Mulheres de etnia preta ou parda enfrentam condições mais adversas, com menor participação na força de trabalho, maior envolvimento em trabalhos domésticos e menor acesso ao ensino superior em comparação com mulheres brancas.

A ascensão a cargos de liderança também é desafiadora para as mulheres, que ocupam apenas 39% dessas posições, em contraste com os 61% dos homens. A dificuldade é ainda mais evidente em setores predominantemente masculinos, como Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, onde apenas 16% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres. Apesar das barreiras, quando conseguem chegar ao topo em tais áreas, as mulheres tendem a receber uma remuneração 28% superior à dos homens.

Trabalho doméstico

Além das disparidades profissionais, o estudo do IBGE destaca a sobrecarga de trabalho doméstico enfrentada pelas mulheres. Elas dedicam em média 21,3 horas semanais a afazeres domésticos, quase o dobro do tempo dedicado pelos homens. Essa carga adicional se reflete na menor participação das mulheres no mercado de trabalho, que ainda não se recuperou aos níveis pré-pandemia, especialmente entre aquelas que vivem em lares com crianças pequenas. 

Foto Destaque: desigualdade de gênero no trabalho (Reprodução/desigualdades.cl)

Navio de carga britânico afunda após ataque dos Houthis

Nesta quinta-feira (7) foram divulgadas imagens em que mostra o navio britânico, que foi atacado pelos Houthis, afundando no Mar Vermelho. O navio de carga Rubymar foi a primeira embarcação a ser afundada pelos rebeldes desde os ataques aos ataques a navios comerciais começaram em novembro do ano passado, em retaliação à guerra em Gaza.

Navio de carga afunda

O navio afundado transportava cerca de 21 mil toneladas de fertilizantes quando foi atingido por dois mísseis disparados pelos rebeldes do Houthis, segundo as autoridades. O ataque que atingiu a embarcação aconteceu na última sexta-feira (01), de acordo com o governo do Iêmen.

Os militares americanos haviam dito anteriormente que o navio tinha sido danificado de maneira significativa, estava acumulando água no seu interior e a tripulação que estava a bordo havia sido resgatada. Por conta dos danos, foi causado uma mancha de óleo de cerca de 29 km no oceano, o que foi considerado como um grande desastre ambiental e que pode ter um impacto significativo no ecossistema marinho. 


Imagens do navio de carga Rubymar afundando (Video: reprodução/X/@luizfratini)


Devido aos ataques na região, empresas de navegação estão optando por desviar os seus navios para rotas mais longas ao redor do continente africando. Isso vem impactando no comércio global, atrasando as entregas e aumentando os custos de envio. 

Entenda o conflito 

O grupo rebelde Houthi, apoiado pelo Irã, vem fazendo ataques em embarcações comerciais no Mar Vermelho e pelo Golfo de Aden, que consideram ter ligação com Israel. Alegando ser um movimento em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza. 

Mesmo com os ataques de Estados Unidos e Reino Unido os rebeldes não param e dizem que vão persistir com os ataques até que Israel cesse os ataques contra o Hamas. Ao continuarem os ataques contra navios mercantes a área passa a ser uma zona de navegação perigosa. Segundo especialistas, isso só tende a trazer mais instabilidade para a região, já muito afetada por conflitos e tensões. 

Foto Destaque: Imagem do navio de carga parcialmente submerso no mar Vermelho (Reprodução/Folha de Pernambuco)

Projeto de lei nos Estados Unidos pode acabar banindo o TikTok do país

Nesta quinta-feira (7) foi aprovado um projeto de lei pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara nacional dos EUA que poderá banir o TikTok do território norte-americano. Atualmente são mais de 170 milhões de estadunidenses que utilizam o aplicativo e que perderão totalmente o acesso.

EUA suspeita de espionagem 

O aplicativo de vídeos pertence à ByteDance, uma empresa chinesa. Os Estados Unidos temem que a plataforma seja utilizada como uma forma de espionar o governo e o projeto aprovado daria um prazo de 165 dias para o TikTok e a ByteDance se separarem, como por exemplo, vendendo a rede social para outra empresa.

Outro ponto que as autoridades destacaram é que os dados dos cidadãos não estão seguros dentro do aplicativo e isso seria mais um risco, algo que eles não gostariam de passar de novo após o escândalo de 2018 envolvendo o Facebook e a Cambridge Analytica, onde as empresas usaram dados de seus usuários para manipular o resultado da eleição.


                                                                           Joe Biden tirando foto com criança (reprodução/ Instagram/ @joebiden)


 O projeto mostrou ter grande apoio

O projeto de lei tem um certo apoio bipartidário e a legislação tem a Casa Branca e o presidente da Câmara, Mike Johnson, a favor. O projeto também engloba outros aplicativos de empresas estrangeiras. Steve Scalise é líder da maioria na Câmara e disse, através de seu X, antigo Twitter, que na próxima semana a legislação do aplicativo de vídeos curtos passará por uma votação dentro do plenário.

O TikTok, por sua vez, se manifestou e disse que tudo isso pode prejudicar inúmeras pessoas e artistas que produzem conteúdos e dependem do aplicativo para ganhar dinheiro. Além disso, a mídia social tenta movimentar seus usuários para se manifestarem contra esse projeto de lei. 

Foto destaque: presidente e vice presidente dos EUA, Joe Biden e Kamala Harris (reprodução/ Instagram/ @joebiden)