O Monitor da Violência revela que o número de assassinatos no Brasil diminuiu 4% em 2023, em relação com o ano anterior. O levantamento, que não inclui mortes decorrentes de violência policial, considera vítimas de homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. A queda, a terceira consecutiva, representa a menor taxa desde o início da série histórica em 2007, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O índice de assassinatos por 100 mil habitantes também apresentou queda, passando de 20,3 em 2022 para 19,4 em 2023. Apesar disso, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no combate à violência, com mais estados apresentando índices piores do que a média nacional.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, enfatizou a importância do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) como caminho para enfrentar a violência, destacando a necessidade de operações integradas e uso eficiente da força.

_{O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino (Foto: reprodução/ Roque de Sá/ Agência Senado/ Rede Jovem News)}

O Monitor da Violência

O Monitor da Violência, criado em 2017 pelo G1 em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), surgiu da necessidade de fornecer dados atualizados sobre homicídios no Brasil, já que na época o governo federal não disponibilizava uma ferramenta para acompanhar essas informações. 

A falta de padronização na divulgação dos dados pelos estados e a ausência de uma frequência definida levaram o projeto a buscar informações mensais por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e das assessorias de imprensa dos governos estaduais, aumentando a transparência e a precisão das informações sobre segurança pública no país.

O projeto levou o governo federal a adotar uma abordagem semelhante, lançando um painel interativo com dados de crimes violentos de todos os estados em 2024. Com a disponibilização dessas informações pelo governo, o g1 e seus parceiros decidiram manter o Monitor da Violência ativo atualmente apenas para discutir outros temas relevantes da segurança pública.

Crimes registrados em 2023

Foram notificados no Brasil 39.492 homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, em 2023. Esse índice representa uma média de mais de 108 vítimas por dia, em comparação com 41.140 mortes violentas em 2022, ou 113 por dia. A queda foi impulsionada por São Paulo, Pará e Bahia, responsáveis por 53% das 1.648 mortes a menos. Das 27 unidades da federação, 21 tiveram redução nos assassinatos.

Foto destaque: O número de assassinatos caiu 4% em 2023 (Reprodução/ rawpixel.com/ A Tarde)

A ONG Todos Pela Educação publicou os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha, que aponta o desejo de estudantes do Novo Ensino Médio por autonomia no currículo, o que significa ter a possibilidade de escolher o que estudar.

A maioria dos estudantes ouvidos, entre 14 e 16 anos, não concorda com o modelo antigo do Ensino Médio, vigente até 2017, quando todos faziam as mesmas disciplinas.

Estudantes desejam currículo “/flexível”/

Segundo o levantamento mostrado no site do Todos pela Educação, 65% dos entrevistados desejam um currículo “flexível”. Isso, para eles, significa poder se aprofundar em temas de seu interesse, alinhados a seus projetos de vida.

Nesse grupo, 35% preferem uma escola que ofereça, em parte do tempo, as mesmas disciplinas para todos os alunos e, em outra, a possibilidade de aprofundar conhecimentos em disciplinas escolhidas por eles.

Outros 30% optariam por uma escola que combine uma parte com as mesmas disciplinas para todos os alunos e outra com a possibilidade de fazer um curso técnico profissional. E 35% defendem a manutenção do modelo pré-reforma do ensino médio: uma escola com as mesmas disciplinas para todos os alunos durante toda a etapa.

Novo Ensino Médio sofre críticas

O formato do Novo Ensino Médio tem sido criticado por vários setores, desde especialistas e pesquisadores, a professores e estudantes. Alguns pedem sua revogação completa, outros grupos sugerem que a proposta deveria ser, pelo menos, ajustada.

Entre as críticas, está justamente o fato de que a parte flexível do currículo se afastou do aprofundamento das matérias que são cobradas na prova do Enem, que é realizada no terceiro ano do Ensino Médio.

Curso técnico sem perder foco no Enem

O Datafolha também perguntou para os jovens que mostraram interesse em fazer um curso técnico integrado ao ensino médio se eles desistiriam dessa opção, caso tivessem menos aulas de disciplinas que caem nas provas do Enem e de vestibulares. Para essa questão, 77% indicaram que ainda escolheriam fazer o técnico, e 21% disseram que abririam mão. Esses alunos também demonstraram, segundo a pesquisa, disposição em ficar mais horas na escola para fazer o curso técnico.

Matéria por Cristina Ribeiro (In Magazine – IG)

Foto destaque: jovens estudando (Reprodução/Todos Pela Educação)

Mais de 1,6 mil jovens, com faixa etária de 15 a 29 anos de todo o Brasil foram ouvidos durante a pesquisa, “Juventudes fora da escola”, a pesquisa será lançada nesta terça-feira (12), em São Paulo. 

Muitos jovens encontram dificuldades em conciliar trabalho e estudos, isso acaba levando muitos a abandonar a escola. Estudo da Fundação Roberto Marinho e Itaú Educação e Trabalho mostra que 41% acham necessário estudar e trabalhar em horários diferentes, enquanto 35% sugerem ter auxílio financeiro. 

Pesquisa revela que 73% dos jovens da escola desejam concluir a educação básica, porém conciliar trabalho e estudo é algo desafiador. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), mais de 9 milhões de jovens não concluíram a educação básica e estão fora das salas de aula em relatório de pesquisa nacional feito no Senso de 2022. Essa realidade reflete a desigualdade presente no sistema educacional brasileiro.

_{IBGE revela que 10,9 milhões de jovens não estudam e nem trabalham (Vídeo reprodução:YouTube/Rádio Bandeirantes)}

Os dados do estudo 

O estudo foi feito em parceria com o Instituto DataFolha destacando violação do direito à educação segundo consta nos artigos 205 e 208 da Constituição Federal. Entre os principais achados da pesquisa, destaca-se que a maioria dos jovens planeja concluir a educação básica com um total de 73%. Sendo que uma parcela significativa desse total possui o ensino médio, 29% deste, o restante do valor corresponde a 28% possuem o fundamental incompleto, 16% fundamental completo.

Rosalina Soares, Assessora de Pesquisa e Avaliação da Fundação Roberto Marinho, afirma que termos mais de 9 milhões de jovens excluídos da educação, em sua maioria negros e de baixa renda. É preciso agir contra essa realidade alarmante, garantido a todos o direito à educação básica. A sociedade precisa se unir para mudar essa situação e promover igualdade de oportunidades, ela diz: “Não seremos uma nação justa e economicamente forte se permitirmos que dois em cada dez jovens cheguem à vida adulta sem ao menos o ensino médio”.

O interesse dos jovens que concluíram o ensino médio reflete com a formação educacional, 77% revelou que tem o interesse de cursar ensino técnico. 

Dados da Fundação Roberto Marinho 

Segundo informações do site da Fundação Roberto Marinho, entre as principais razões para terminar o ensino médio os jovens apontam a perspectiva de melhora da condição profissional, seja para ter um emprego melhor (37%) ou arrumar um emprego (15%), seguido pelo desejo de cursar uma faculdade (28%).

Já os 27% que responderam não pretender concluir o ensino médio, indicaram como principais razões para isso a necessidade de trabalhar (32%), seguida por precisar cuidar da família (17%). Do total de jovens ouvidos, 92% concordam que concluir a educação básica ajudaria a ter melhores oportunidades de trabalho. Na pesquisa qualitativa, os jovens reforçaram que a necessidade de trabalhar foi um dos motivadores para não concluírem os estudos, mas sinalizaram que não o teriam feito se soubessem que as oportunidades de trabalho para quem não concluiu o Ensino Médio são limitadas e precárias, se tivessem ajuda para conciliar o emprego e estudos e se a escola preparasse melhor para o Ensino Superior e o mundo do trabalho.

Especialistas respondem à pesquisa 

Um estudo recente ouviu especialistas em educação sobre a evasão escolar. Eles apontaram a necessidade de se enxergar essa questão como um problema grave. Para combater a evasão, é fundamental implementar políticas públicas e estratégias eficazes.

De acordo com especialistas, a diversificação de soluções educacionais é fundamental. Isso porque cada aluno possui necessidades e habilidades únicas que não são atendidas por uma única modalidade. Oferecer diferentes opções de ensino permite que os estudantes escolham a que melhor se adequa ao seu estilo de aprendizado, aumentando assim o engajamento e o desempenho acadêmico.

Além disso, a variedade de abordagens pedagógicas contribui para uma formação mais completa e abrangente, preparando os alunos para os desafios do mercado de trabalho e da vida adulta.

Foto Destaque: pesquisa aponta que 73% dos jovens têm sonho de voltar a estudar (Reprodução/Rovena Rosa/Site CBN)

Após quatro assassinatos atribuídos ao narcotráfico, nesta segunda-feira (11), Rosário, a cidade mais violenta da Argentina, foi paralisada. O governo fechou as escolas e postos, além de interromper a circulação de transportes. Nem mesmo a coleta de lixo foi realizada.

Em resposta ao aumento da violência na cidade, a Associação dos Magistrados da província de Santa Fe, onde está localizada Rosário, determinou que cessassem “as atividades sem presença nas escolas para esta segunda”.

Já o sindicato de motoristas anunciou que “não haverá atividades de transporte urbano e interurbano”, pois os trabalhadores irão acompanhar o velório de Marcos Iván Daloia, taxista morto com três tiros.

Mortes atribuídas a facções

Daloia, de 38 anos, foi atacado na última quinta-feira (07) enquanto trabalhava. Antes, na última terça-feira (05), outra taxista, chamado Héctor Figueroa, de 53 anos, foi assassinado com disparos na cabeça durante uma viagem.

No dia seguinte, o motorista Diego Alejandro Celentano, de 32 anos, também morreu após levar tiros de dois criminosos. Pouco depois, já no último sábado (09), o frentista Bruno, de 25 anos, foi assassinado dentro de um posto de gasolina.

Além das semelhanças nos assassinatos, uma faixa deixada em uma ponte da cidade mostrou a intencionalidade dos criminosos. Na mensagem, os envolvidos afirmam que o governador de Santa Fé, Maximiliano Pullaro, e o secretário de Segurança da cidade, Pablo Coccocioni teriam “mexido com seus familiares” e, por isso, “vão continuar as mortes de inocentes, taxistas, motoristas, lixeiros e comerciantes”

De acordo com a imprensa argentina, também houve ataques a uma delegacia e a uma penitenciária. Em protesto, os moradores de Rosário optaram por realizar um panelaço de suas casas, que foi ouvido por toda cidade.

Medidas do governo

_{Ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, realiza reunião sobre a crise de segurança em Rosário. (Foto: Reprodução/Stringer/AFP).}

Para evitar que Rosário se torne uma “terra de narcoterroristas”, a ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, anunciou nesta segunda que irá enviar ao menos 450 policiais à cidade. Como apoio, o presidente Javier Milei autorizou o uso das Forças Armadas para apoiar a segurança de Rosário.

Foto destaque: cidade de Rosário possui a a maior taxa de homicídios da Argentina. (Reprodução/Eurosport).

Nesta segunda-feira (11), o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, se mostrou oposto às palavras do papa Francisco após discordar dos últimos comentários do religioso. O Papa afirma que é importante a Ucrânia levantar a bandeira branca e negociar o fim da guerra com a Rússia. 

O secretário-geral da Otan afirmou à agência de notícias Reuters, durante uma entrevista na sede da Otan, em Bruxelas, que discorda dos comentários do papa Francisco, ao ser questionado sobre as observações feitas pelo religioso. “Se quisermos uma solução pacífica, negociada e duradoura, a maneira de chegar lá é fornecer apoio militar à Ucrânia”, disparou. 

Jens ainda foi questionado se esse posicionamento era só momentâneo, mas o secretário afirmou que neste momento, não é hora para se falar sobre levantar a bandeira branca a anunciar a rendição. Segundo o secretário, isso seria uma tragédia para a população da Ucrânia, além de ser muito perigoso para o mundo. 

^{Secretário-geral da Otan fala sobre os posicionamentos do papa Francisco quanto à guerra entre Ucrânia e Rússia (Foto: reprodução/Diário de Pernambuco)}

Stoltenberg discorda do presidente da França, Emmanuel Macron

Durante a entrevista, Jens também foi contra a fala do presidente da França, que informou sobre a possibilidade dos aliados ocidentais enviarem tropas individuais em apoio à Ucrânia. Segundo Stoltenberg, tal ação poderia afetar as relações de aliança na totalidade, já que alguns membros estão atrelados por um pacto de defesa coletiva. 

Zelensky afirma que tropas francesas não morrerão na Ucrânia 

A afirmação feita pelo presidente Volodymyr Zelensky nesta segunda-feira (11), durante uma entrevista, é para os soldados franceses que podem ser enviados ao país na ajuda durante a guerra. 

A pergunta foi feita em hipótese do atual presidente da França, Emmanuel Macron, decidir enviar tropas francesas em apoio à Ucrânia contra a Rússia. Volodymyr disse que quer entender e discutir melhor o assunto quando Macron for até a Ucrânia. 

A guerra entre Ucrânia e Rússia já completou dois anos em fevereiro de 2024. Milhares de pessoas já perderam suas vidas e ações ainda são discutidas para negociar o fim da guerra entre os dois países. 

Os países da União Europeia, segundo anúncio da Bélgica desta segunda-feira (11), chegaram a um acordo para regulamentar lei que prevê direitos aos trabalhadores por aplicativos.

Para a delegação belga, conforme publicação na rede social X, “isso vai melhorar os direitos e as condições de mais de 28,5 milhões de europeus que trabalham na economia das plataformas”

Com a instauração da nova lei, cada país deverá determinar os critérios para que um trabalhador autônomo seja considerado empregado da empresa para a qual presta serviços. No entanto, o acordo, que passou por resistência da França e Alemanha, ainda deve ser aprovado no Parlamento Europeu.

Projeto surgiu em 2021

Desde 2021, a cúpula da UE discute sobre a regulamentação dos direitos de trabalhadores por aplicativos – sejam eles de transporte de passageiros ou de entregas de comida.

Em dezembro do ano passado, os ministros do Trabalho e Emprego da UE avançaram no acordo, mas um grupo de países se mostrou contrário a partes do texto. O mesmo ocorreu em fevereiro desde ano, quando as normas chegaram a ser anunciadas, mas foram vetadas.

Nesta segunda-feira (11), o bloco retomou a discussão e o acordo, que para o comissário europeu do Trabalho e Direitos Sociais, o luxemburguês Nicolas Schmit, garante aos trabalhadores “mais direitos” e as plataformas “proteções sem dificultar a capacidade de desenvolvimento”, foi fechado.

No entanto, a Move Eu, associação responsável por representar empresas de transporte como Uber e Bolt, acredita que o texto não alcançou um “enfoque harmonizado em toda a UE”, o que, para a associação, “cria ainda mais incerteza jurídica para os motoristas de aplicativo”.

Governo Lula propõe PL

_{Lula assina projeto que regula atividade de motoristas de aplicativo. (Foto: Reprodução/Antonio Cruz/Agência Brasil).}

Em 04 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs ao Congresso Nacional um projeto de lei que pretende regular a atividade de motorista de aplicativos sobre quatro rodas.

Caso aprovado pelos deputados e senadores, a regulamentação irá enquadrar os motoristas de aplicativos na categoria “trabalhador autônomo por plataforma”, que terá um sindicato.

Esta categoria irá garantir que a jornada de trabalho não ultrapasse 12 horas por plataforma, além do pagamento no valor mínimo de R$ 32,10 por hora trabalhada e direitos previdenciários.

Foto destaque: países da UE devem regulamentar direitos de trabalhadores por aplicativo. (Reprodução/A10+).

Cerca de 50 pessoas ficaram feridas após um “problema técnico” em um voo da companhia aérea Latam que causou um movimento instável na aeronave nesta segunda-feira (11). O voo saiu do aeroporto de Sydney, na Austrália e tinha como rumo a cidade de Auckland, na Nova Zelândia. 

Segundo o provedor de serviços médicos de emergência Hato Hone St John Ambulance, a maioria dos passageiros teve ferimentos leves e todos foram prontamente atendidos. 

^{Voo saiu de Sydney, na Autrália e voava para Auckland, na Nova Zelândia (Foto: reprodução/Exame)}

De acordo com a companhia aérea que emitiu uma nota, a causa do incidente foi um “problema técnico” apontado, que causou um “forte movimento” na aeronave, fazendo com que ela ficasse instável e sofresse uma queda rápida no ar. 

Mesmo com o susto, o voo seguiu com o programado e pousou em Auckland após os fortes movimentos. A Latam ainda afirmou que as causas do incidente estão sendo apuradas e investigadas para um maior entendimento sobre o caso. 

No avião estavam 263 passageiros de várias nacionalidades e 9 tripulantes. 

Susto entre os passageiros e tripulantes 

Um passageiro que estava a bordo contou à afiliada da CNN, RNZ, que por instante sentiu a queda do avião e que, nesse momento, muitas pessoas ficaram desesperadas e acabaram sendo feridas com o impacto. “As pessoas voaram pela cabine”, contou. 

Uma outra passageira relatou à emissora que com o impacto das pessoas no teto do avião, muito sangue pode ser visto. 

^{Momento do incidente no avião (Vídeo: reprodução/X/@Metrópoles)}

Após o pouso, cerca de 50 pessoas passaram por uma triagem ambulatorial no aeroporto. 13 pessoas precisaram ser hospitalizadas; 2 são brasileiros. 

De acordo com a Latam, desse número de pessoas hospitalizadas, 10 eram passageiros e três pertencentes à tripulação. Segundo ainda informações da companhia aérea, 11 pessoas já receberam alta e foram liberadas; outras 2 pessoas, com ferimentos “que precisam de uma maior atenção”, seguem internados, mas sem correr risco de vida. 

Viagem remarcada 

O voo, que saiu de Sydney, faria uma escala em Auckland e posteriormente seguiria para a cidade de Santiago, localizado no Chile. Devido ao ocorrido, o voo foi remarcado e tem nova data marcada para saída nesta terça-feira (12) às 20h. 

Foto destaque: avião da Latam (Reprodução/CNN Brasil)

Nesta segunda-feira (11), o Greenpeace Brasil, divulgou dados alertado sobre a destruição ambiental e cultural causada pela prática ilegal do garimpo.

O garimpo ilegal cresceu de forma alarmante em terras indígenas no Brasil, invadido uma área equivalente a quatro campos de futebol por dia em 2023. A exploração ilegal de garimpo devastou áreas preciosas nas terras indígenas Yanomani, Kayapó e Munduruku.

_{Mais de 13 mil kayapós e mundurukus sofreram com os impactos dos garimpos ilegais, segundo a presidente da Funai (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)}

O levantamento do Greenpeace 

Um levantamento recente realizado por meio de imagens de satélite do satélite Planet revelou que mais de mil hectares de áreas foram abertos para garimpo em territórios brasileiros. Essas áreas incluem terras indígenas, que são protegidas por lei. Qualquer atividade exploratória nessas áreas é considerada ilegal e viola os direitos dos povos indígenas, além de causa danos irreparáveis ao meio ambiente. 

Jorge Eduardo Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, revelou que cada hora de garimpo em terras indígenas causa danos irreparáveis. Para ele o garimpo ameaça vidas, destrói rios e compromete a biodiversidade, finaliza o seu ponto de vista dizendo: “Uma Amazônia livre de garimpo já, é urgente”.

Dados da devastação 

A maioria do garimpo no Brasil está localizado na Amazônia, com 92% da atividade concentrada na região, segundo dados do MapBiomas. A terra indígena mais afetada é a Kayapó, a área desmatada pela atividade chegou a 15,4 mil hectares, nessas terras o cenário é preocupante onde várias aldeias estão sobrepostas pela atividade ilegal, concentram-se 4 aldeias, aponta o Greenpeace. 

A terra indígena de Munduruku também sofre com a devastação, mas houve uma desaceleração na área afetada entre 2022 e 2023. A área desmatada chegou a medir 7,094 mil hectares. Yanomami, mesmo com ações do governo para expulsar os invasores, novas áreas de garimpo continuam sendo abertas, causando impactos ambientais significativos.

_{Garimpos ilegais foram destruídos pela polícia em terras Yanomami (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)}

A invasão de mais de 200 hectares de terras Yanomami é preocupante. Desacordo com o Greenpeace, a invasão demonstra a persistência do garimpo ilegal nessa região de Roraima. A área afetada é significativamente 200 vezes maior que o estádio do Mineirão. 

Foto destaque: garimpo ilegal na terra indígena Munduruku (Reprodução/Christian Braga/Greenpeace)

A atriz Regina Duarte foi condenada, recentemente, por utilizar indevidamente a imagem de Leila Diniz (1945-1972), resultando em uma decisão judicial que a obriga a pagar uma indenização de R$ 30 mil à diretora Janaina Diniz Guerra, filha da falecida atriz.

O caso iniciou-se quando, em dezembro de 2022, Regina divulgou um vídeo em defesa da ditadura militar, reproduzindo um discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para ilustrar suas palavras, a atriz utilizou uma foto fora de contexto que incluía as atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell.

O vídeo alegava que o ano de 1964 foi uma “exigência da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”. Entretanto, a imagem das artistas foi capturada em 1968 e era um registro de um protesto contra a censura e o governo da época. 

_{As atrizes em protesto contra a censura na ditadura militar de 1964, imagem utilizada no vídeo (Foto: reprodução/Migalhas)}

Processo na Justiça

Janaina Diniz, filha de Leila, tomou medidas legais contra Regina Duarte, acusando-a de uso indevido da imagem e de “violação à honra” de sua mãe. Janaina enfatizou que a memória da carioca é de “total ruptura” com a política conservadora defendida pelo Partido Liberal (PL), sigla de Bolsonaro e de sua esposa Michelle, um conservadorismo imposto durante o regime militar ao qual Leila Diniz se opôs.

O Juizado Especial da Lagoa, do Rio de Janeiro-RJ, concordou com a acusação, feita ainda no ano passado, determinando que a “/namoradinha do Brasil”/ remova o vídeo das redes sociais em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento da ordem.

A advogada Maria Isabel Trancredo, representante de Janaina, classificou a vinculação da imagem de Leila no vídeo como “absurda” e que “merece toda a repulsa e punição”, segundo matéria publicada no portal Terra. “É uma utilização indevida e grave da imagem da atriz”, afirma Trancredo.

A defesa de Regina Duarte ainda não se manifestou sobre o veredicto.

Quem foi Leila Diniz

Leila Diniz foi uma atriz, nascida em 25 de março de 1945 no Rio de Janeiro, e falecida em 14 de junho de 1972, aos 27 anos, em um acidente aéreo.

Conhecida por sua personalidade irreverente e suas posições progressistas, ela foi uma das primeiras atrizes brasileiras a quebrar tabus sobre a sexualidade feminina e a maternidade, defendendo a liberdade sexual e o direito das mulheres ao prazer e à autonomia. Leila foi alvo de censura e perseguição por parte da ditadura militar (1964-1985), que via suas declarações públicas e seu comportamento como uma ameaça à moralidade e aos padrões conservadores vigentes.

Foto Destaque: Regina Duarte é processada por utilizar indevidamente a imagem de Leila Diniz (Reprodução/CNN Brasil)

Uma fã do cantor Fábio Jr. acabou caindo em um golpe ao acreditar que estava trocando mensagens com seu ídolo. Após duas semanas de conversas diárias, a diarista Maria Aparecida do Nascimento, de 47 anos, realizou uma transferência Pix no valor de R$ 2.500 para a conta do suposto artista.

Maria, que é admiradora de Fábio Jr. desde a adolescência, quando tinha 17 anos, recebeu uma mensagem em sua conta do Facebook de uma página com o nome do cantor paulista no dia 21 de novembro de 2023, data de aniversário do artista. O suposto “Fábio Jr.” agradeceu pelo carinho e engajamento na comunidade de fãs e, a partir daí, eles passaram a se comunicar pelo WhatsApp, o que durou cerca de duas semanas.

_{Golpista se passava por Fábio Jr. e começou a alegar dificuldades financeiras (Foto: reprodução/O Globo)}

O golpe

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, o golpista estabeleceu uma conexão emocional com Maria, alegando passar por dificuldades financeiras e solicitando um empréstimo de dinheiro. Ele chegou a prometer morar com ela em um luxuoso condomínio no início desse ano, o que nunca ocorreu. Desconfiada, a diarista compartilhou as conversas com amigos, que a alertaram sobre o golpe.

Durante as conversas, o golpista enviava fotos aleatórias de Fábio Jr. e compartilhava problemas pessoais, como um divórcio em andamento e despesas com advogados. Mesmo após sugerir que o suposto cantor vendesse suas roupas e realizasse um bazar para quitar suas dívidas, Maria recebeu a justificativa de que isso prejudicaria sua imagem perante os fãs.

Depósito

Decidida a ajudar, imaginando que a pessoa do outro lado da tela seria Fábio Jr., ela enviou o valor solicitado, apenas para perceber logo em seguida que havia sido vítima de um golpe, quando não conseguiu mais contato com o golpista. Maria Aparecida buscou a polícia de São Caetano-SP para fazer o registro do boletim de ocorrência. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo está realizando diligências para identificar o autor do crime, tipificado como estelionato, e esclarecer os fatos.

Foto Destaque: mensagens do falso Fabio Jr. com a fã (Reprodução/Correio Braziliense)