Instituto Nacional de Meteorologia emite alertas sobre fortes chuvas em todo o Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta segunda-feira (18), um alerta para chuvas intensas em várias regiões do país, em meio a uma onda de calor. Quatro avisos estão em vigor e são válidos até às 10h desta terça-feira (19) e eles indicam possibilidade de chuvas de até 100 mm em 24h e ventos de até 100 Km/h. É importante que a população esteja atenta e tomem cuidados para evitarem possíveis danos causados por essas condições climáticas. 

Os alertas de temporais representado em mapa

O Instituto classifica os alertas meteorológicos em laranja, amarelo e vermelho, indicando diferentes níveis de gravidade. No mapa, observa-se que há dois alertas em laranja em vigor em 12 estados do Brasil. Isso significa que essas regiões estão em situação de perigo com chuvas fortes, onde o volume total de chuva pode chegar a 100 mm em 24h, acompanhado por ventos intensos de até 100 km/h.


Inmet emite alertas sobre temporais de chuvas em todo o Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Nessas regiões, com a chegada do período de chuvas intensas, aumenta o risco de corte de energia elétrica devido a quedas de árvores e fios. A queda de galhos de árvores durante tempestades pode representar um perigo para pedestres, veículos e residências. Havendo também o risco de corte de energia elétrica devido a quedas, além dos alagamentos, as descargas elétricas também são um risco durante as tempestades.


Chuvas atinge zona leste de São Paulo nesta segunda-feira (19), ao menos uma pessoa morreu durante a enxurrada (Vídeo: reprodução/YouTube/Itatiaia)


Enquanto isso, existem 2 alertas em amarelo em 22 estados e no Distrito Federal, com risco de chuvas moderadas com potencial de chuva que corresponde a um volume total de 50 mm em 24h, ventos brandos de até 60 km/h. Com baixo risco de queda de energia elétrica, queda de galhos de árvores em ruas e avenidas e alagamentos.


As tempestades de onda de calor ocasionam tempestades de chuvas fortes pelo Brasil segundo previsão do tempo (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Gazeta)


Já as regiões em alerta vermelho indicam “grande perigo” devido ao volume de chuvas acima de 60 mm por hora ou 100 mm por dia. Risco de alagamentos, transbordamento de rios e deslizamento de encostas em áreas vulneráveis são frequentes.

Lista dos estados de acordo com os alertas

Os seguintes estados fazem parte do alerta amarelo que significa “perigo potencial” são eles: Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e completa o grupo o Distrito Federal. 

Os seguintes estados fazem parte do alerta laranja, que significa “perigo”: Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Piauí, Rio Grande do Sul, Tocantins, Maranhão, Paraná, Ceará e Santa Catarina.

Foto Destaque: Instituto Nacional de Meteorologia divulga avisos de alerta de tempestades pelo Brasil (reprodução/Inmet)

Saiba as alterações em São Paulo devido ao estado de emergência pela dengue

A cidade de São Paulo enfrenta uma situação crítica devido à alta incidência de casos de dengue. Com 46.721 casos confirmados e 11 mortes, as autoridades estão em alerta máximo. Entenda as mudanças que ocorrem no estado.

Nesta manhã o prefeito Ricardo Nunes assinou um decreto que coloca São Paulo em estado de emergência por conta dos números preocupantes.


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O uso de repelentes é eficaz para prevenir as picadas do mosquito da dengue (Foto: reprodução/Jaromir/Getty Images Embed)


Medidas adotadas pela prefeitura

Para combater a epidemia, a Prefeitura de São Paulo tomou as seguintes medidas:

Autorização para doação e empréstimo de bens: a prefeitura está autorizada a doar e ceder bens que auxiliem no enfrentamento da doença. Essa medida visa garantir que recursos e materiais essenciais estejam disponíveis para combater a propagação do vírus transmitido pelo Aedes aegypti;

Suspensão de férias e folgas dos agentes de saúde: os agentes de saúde desempenham um papel crucial na prevenção e controle da dengue. Para assegurar a continuidade das ações preventivas, suas férias e folgas foram temporariamente suspensas;

Ampliação do atendimento nos AMAs (Assistência Médica Ambulatorial): agora abertas até às 22h;

Veículos de nebulização: mais 30 veículos foram disponibilizados para a nebulização de áreas afetadas, totalizando 96 veículos no combate ao mosquito transmissor;

Reforço de equipe: contratação de 3.200 mulheres pelo Programa Operação Trabalho (POT) para reforçar o atendimento nas unidades de saúde. Assim como a contratação de 6.500 mães pelo mesmo programa, para o Apoio de Mães Guardiãs, que contribuirão para a conscientização e prevenção;

Campanha de conscientização: novas faixas informativas serão colocadas em cruzamentos, terminais de ônibus e dentro dos coletivos para alertar a população sobre os riscos da dengue.

Vacina contra a dengue

A Prefeitura enviará um quarto ofício ao governo federal, solicitando o envio de doses da vacina contra a dengue à capital paulista. O Ministério da Saúde informou que a inclusão de regiões na primeira etapa da vacinação foi limitada pela quantidade de doses disponíveis. São Paulo não foi excluída e receberá a vacina assim que mais doses estiverem disponíveis.

É fundamental que a população esteja ciente dos sintomas da dengue e tome medidas preventivas, como eliminar focos de água parada e utilizar repelentes. A colaboração de todos é essencial para conter essa epidemia e proteger a saúde pública.

 

Foto destaque: mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti (Reprodução/WikiImages/pixabay)

Brasil registra mais de 1,8 milhão de casos de dengue em 2024 e bate recorde histórico

O Brasil ultrapassou 1,8 milhão de casos prováveis e confirmados de dengue em 2024, segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira.

Em menos de três meses, o país já registra 1.889.206 casos, o maior número desde 2015, quando os casos prováveis chegaram a 1.688.688. Em 2023, o recorde quase foi superado, com 1.658.816 ocorrências no ano e 400.197 nos primeiros três meses.

Além do número de casos, 2024 também ultrapasssou a quantidade de óbitos de 2023, com 561 mortes confirmadas, até o momento, e outras 1.020 sob investigação. Já no ano anterior, ocorreram 257 óbitos nas primeiras onze semanas.

A proliferação da doença no Brasil chegou, até mesmo, a estampar jornais internacionais. Nesta segunda (18), o jornal britânico The Telegraph noticiou que “o país luta contra uma epidemia que está esgotando os recursos e se espalhando muito além das áreas tradicionalmente afetadas”.

São Paulo decreta estado de emergência

Presente entre as cidades com maior incidência da doença, São Paulo decretou, nesta segunda-feira (18), estado de emergência. Somente na capital já são mais de 49,7 mil casos confirmados e oito mortes.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a maioria das infecções foi constatada nos bairros de Vila Jaguará, Parque São Domingos, Itaquera, Jaçanã, São Miguel Paulista, Vila Leopoldina, Anhanguera, Tremembé, Campo Limpo, Vila Maria, Guaianases, Lapa, Água Rasa, Lajeado e Vila Medeiros.

Após a assinatura do decreto pelo prefeito Ricardo Nunes – feita 15 dias após o estado de SP declarar situação de emergência -, a cidade poderá receber mais recursos para o combate à dengue.

Nesta segunda-feira (18), 78 AMAs de São Paulo passarão a funcionar com o horário estendido (até 22h). A Prefeitura da cidade também informou que mais de 500 médicos foram contratados para as unidades de saúde.

De acordo com Nunes, a ação tem como objetivo alertar a população e servidores públicos, que estão em greve, quanto ao avanço da doença.

“Queremos demonstrar a importância da situação e que não é momento para greve, porque estamos enfrentando um momento crítico e estamos com metade dos servidores em greve”, informou o prefeito.

Vacinação


Ministério da Saúde envia vacinas para 521 cidades em 16 estados. (Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio). 


Com o aumento do número de casos de dengue, o Ministério da Saúde decretou o envio de vacinas à 521 cidades em 16 estados. No entanto, o governo definiu prioridades para a vacinação, como a faixa etária de 10 a 14 anos.

No estado de SP, a imunização chegou aos municípios de Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim, Salesópolis.

Já nesta segunda (18), o prefeito Ricardo Nunes afirmou que o Ministério da Saúde “deu bobeira” ao excluir a capital paulista da primeira etapa de vacinação. Nunes também afirmou que irá enviar um quarto ofício ao órgão solicitando a oferta do imunizante na cidade.

Foto destaque: Aedes aegypti, o mosquito da dengue. (Reprodução/Fiocruz Minas). 

Começa o julgamento do caso Daniel

Começou nesta segunda-feira (18) o julgamento do caso Daniel, assassinado aos 24 anos, após participar de uma festa de aniversário.

O jogador Daniel Corrêa Freitas foi encontrado sem vida, no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais (PR). Segundo a polícia, ele foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.

O julgamento teve início com a escolha dos jurados, que serão sete no total, quatro mulheres e três homens. Após este rito, será o depoimento das testemunhas, que inicialmente seriam 38 no total, sendo quatro sigilosas, porém após dispensas e falta de presença de algumas testemunhas, serão 24 depoimentos.

O ministério público do Paraná é quem indicou as quatro testemunhas sigilosas, que estavam na festa de aniversário, e que se estendeu à casa da família Brites.


Daniel Correa foi jogador do São Paulo (Foto: divulgação/São Paulo Futebol Clube)


Relembre o caso 

Sete pessoas foram acusadas no envolvimento do crime, sendo que Edson Brites alegou defesa sobre alegação de que Daniel havia violentado sua esposa Cristiane Brites e assim, juntamente com outros envolvidos, agrediram Daniel ainda na residência e depois levaram-no para uma área rural e o assassinaram. Dizendo que Edson estava embriagado, as autoridades negaram essas afirmações.

Do julgamento à sentença

A expectativa é que o julgamento se estenda até quarta-feira (20), sendo a ordem de acordo com o TJPR. A ordem da sessão será iniciada pelo ministério público, defesa, interrogatório e debate entre acusação e defesa dos réus, de acordo com TJPR.

Após a realização dos debates, o júri popular vai para a fase de quesitação, na qual os jurados são questionados se condenam ou absorvem os réus. Por intermédio do juiz, os jurados podem fazer perguntas aos réus antes de chegarem às decisões, tendo como base o que ouviram durante todo o julgamento. E então, o juiz acompanha a decisão da maioria, fazendo na sequência a dosimetria da pena, ou seja, determine qual a pena cabível para o caso de acordo com a circunstância admitida pelo conselho de sentença.

Foto destaque: Jogador Daniel em entrevista coletiva (Reprodução/Coritiba)

Grupo independente russo fala sobre eleição: “a mais fraudulenta e corrupta da história”

Nesta segunda-feira (18), o grupo independente Golos “Voz” divulgou um comunicado afirmando que a recente eleição presidencial russa foi marcada por graves irregularidades, classificando-a como a mais fraudulenta da história do país.

A organização destacou que a campanha ocorreu em desrespeito aos padrões constitucionais, apontando para a falta de garantias de direitos políticos e liberdades fundamentais.

Segundo o Golos, “nunca antes vimos uma campanha presidencial que ficasse tão aquém dos padrões constitucionais”. O texto divulgado levanta sérias dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral, questionando se os eleitores puderam expressar livremente sua vontade.


Eleitor russo depositando cédula de votação na urna (Foto: reprodução/Chingis Kondarov/Reuters)


A polêmica

As acusações de fraude e corrupção são reforçadas por relatos de observadores sobre interferências e intimidações nos locais de votação. Durante os dias de votação, foram registradas várias violações, incluindo o controle excessivo da expressão dos eleitores por agentes da lei, danos às cédulas e até mesmo incêndios criminosos em algumas regiões. Em muitos casos, eleitores foram pressionados e coagidos a votar de determinada maneira, minando a liberdade do processo eleitoral.

Essa denúncia ocorre em meio a saudações do Kremlin ao resultado eleitoral e críticas internacionais sobre a legitimidade do pleito. Enquanto o governo russo celebra a alta participação eleitoral como uma demonstração de apoio a Vladimir Putin, países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido condenaram a votação, citando a prisão de opositores políticos e a censura como evidências de um processo eleitoral injusto e não livre.

A controvérsia em torno das eleições russas destaca a importância da transparência e integridade nos processos democráticos.

Leia o comunicado completo aqui.

A atuação do grupo

O Golos, fundado em 2000 como o único órgão independente de fiscalização eleitoral na Rússia, enfrentou desafios significativos, incluindo ser rotulado como “agente estrangeiro” em 2013, limitando sua capacidade de observar e relatar violações eleitorais. Seja qual for o desdobramento dessas denúncias, elas levantam questões cruciais sobre a saúde da democracia na Rússia e a necessidade de garantir eleições justas e transparentes para o povo russo.

Foto destaque: Presidente reeleito Vladimir Putin (Reprodução/Instagram/@russian_kremlin)

Menor índice de desmatamento na Amazônia em 6 anos é registrado em 2024

De acordo com dados divulgados hoje (18) no relatório do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Amazônia Legal registrou o menor índice de desmatamento dos últimos seis anos no primeiro bimestre de 2024. 

Em comparação com o mesmo período do ano passado (janeiro e fevereiro), em que 532 km² foram desmatados, nesse ano o número diminuiu para 196 km². O Imazon mostra a diminuição da atividade exploratória no bioma em mais de 63% no comparativo e revela menor taxa de desmatamento da Amazônia Legal dos últimos seis anos. 


Gráfico feito pelo G1 com base nos dados do Imazon ilustram a diminuição do desmatamento na Amazônia Legal no primeiro bimestre de 2024 (Gráfico: reprodução/g1/Fonte Imazon)


Diferentemente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os dados coletados pela Imazon através do seu próprio Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) conseguem verificar áreas desmatadas a partir de 1 hectare em comparação com o órgão do Inpe que registra a partir de 3 hectares. 

Sem comemoração

Apesar do saldo positivo do primeiro bimestre, a Imazon ainda alertou sobre a situação do desmatamento atualmente e que mesmo assim o resultado do primeiro bimestre de 2024 ainda é maior que os índices registrados do mesmo período entre 2008 e 2017, exceto apenas o ano de 2015. 

Esses dados mostram que ainda temos um grande desafio pela frente. Atingir a meta de desmatamento zero prometida para 2030 é extremamente necessário para combater as mudanças climáticas”, refletiu a pesquisadora do Imazon ao G1, Larissa Amorim.

Ainda de acordo com Larissa, nesse cenário o governo precisa priorizar o andamento das demarcações de terras indígenas e quilombolas. “Pois são esses os territórios que historicamente apresentam menor desmatamento na Amazônia”, conclui. 

Amazônia Legal

A área da Amazônia Legal reflete 59% de todo o território brasileiro e está presente em mais de 9 estados, sendo eles: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. Ainda de acordo com o relatório, três estados são os maiores responsáveis com mais de 75% do desmatamento: Mato Grosso (32%), Roraima (30%) e Amazônia (16%). Juntos totalizam mais de 150 km² de floresta destruída. 

Foto destaque: Foto de trecho de floresta desmatada na Amazônia, estado que representa 16% do total do desmatamento no primeiro bimestre de 2024 (Foto: reprodução/Fotos Públicas/Marizilda Cruppe/Amazon Watch/Amazônia Real)

Lula critica Bolsonaro na primeira reunião ministerial do ano

Ao chamar o ex presidente da república, Bolsonaro, de “covardão”, o presidente Lula direcionou o clima da primeira reunião ministerial do ano, que aconteceu nessa segunda feira dia 18, e não hesitou em apontar que houve uma tentativa de golpe nos ataques de 8 de janeiro. 

Lula destacou que “pessoas no comando das Forças Armadas” recusaram a ideia de um golpe proposto pelo ex-presidente. Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público parte dos depoimentos que compõem a investigação sobre o plano de golpe.


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Presidente Lula reúne ministros para a primeira reunião ministerial do ano de 2024 (Foto: Reprodução: gettyimages/Bloomberg) 


Lula afirma que Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos 

“Ele não teve coragem de executar seus planos, permaneceu em casa lamentando por quase um mês e optou por fugir para os EUA em vez de cumprir suas promessas, na esperança de que o golpe pudesse ocorrer fora do país, já que financiou pessoas em frente aos quartéis para tentar incitar o golpe.”

Em um dos depoimentos, o ex-chefe da Aeronáutica, Baptista Júnior, relatou à Polícia Federal que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, teria ameaçado Bolsonaro com prisão caso avançasse com a tentativa de golpe de estado.

Quanto à ausência do ministro Mauro Vieira (MRE) na reunião, Lula mencionou sua viagem à Palestina, destacando que o chanceler leva consigo uma mensagem do Brasil para a região.

Primeira reunião ministerial 

A reunião ministerial ocorre em um momento de dificuldades para o governo, com a deterioração dos índices de aprovação e desgastes causados por declarações do presidente sobre o conflito entre Israel e Palestina, além de ações consideradas intervencionistas na Petrobras e na Vale.

Segundo o ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o encontro visa fornecer uma visão geral das ações do governo.

Foto destaque: Presidente Lula discursa para os ministros na primeira reunião ministerial do ano. (Reprodução: gettyimages) 

Haiti se afunda em nova crise política após golpe armado contra primeiro-ministro

O Haiti se encontra novamente em uma profunda crise militar, política e humanitária, após gangues armadas tomarem a capital do país Porto Príncipe, e libertarem da principal penitenciária do país milhares de prisioneiros. O primeiro-ministro Ariel Henry, que estava em viagem ao Quênia, foi impedido de retornar ao país e anunciou que renunciaria ao cargo no dia 11 de março.

Órgãos internacionais denunciam que a guerra civil instaurada no país tem feito milhares de mortos e feridos, além de diversos relatos de estupros coletivos e canibalismo pelas ruas da capital. Desde o ocorrido, o Haiti se encontra em estado de emergência e há toque de recolher em Porto Príncipe.

Crise atual

A atual crise política que vem vivendo o Haiti começou em 2021 após o assassinato do então primeiro-ministro Jovenel Moïse que ainda está sendo investigado os autores do crime. Após sua morte, quem assumiu o governo foi Ariel Henry, que foi afastado do poder pelas gangues armadas em 11 de março.

O líder maior desses grupos, Jimmy Barbecue, afirma que Ariel não era legítimo para o cargo, pois é um dos investigados pelo assassinato de Moïse. Ele defende novas eleições para o cargo de primeiro-ministro do Haiti.

Em discurso distribuído por Whatsapp na última semana, Jimmy afirma em sete minutos que não pretende se tornar líder do país e faz ameaças a políticos e seus familiares caso não governem de maneira integra. Ele ainda afirma que a deposição de Ariel Henry foi apenas o primeiro passo da batalha que se iniciou.

Quem é Jimmy Barbecue

Jimmy Barbecue ou em tradução livre, Jimmy Churrasco é um ex-policial que nasceu na capital Porto Príncipe e viveu de perto diversas crises humanitárias e políticas do país. Segundo ele, seu apelido se dá porque sua mãe vendia frango frito e churrasco quando este era pequeno, porém entre a população o apelido se dá por conta da violência em que Jimmy trata seus opositores, ao queimar seus corpos como forma de punição.

Com a morte de Jovenel Moïse em 2021, ele se torna figura central de um grupo que se autoproclama revolucionários contra a elite política corrupta, que usa as redes sociais para difundir seus ideais e conseguir mais seguidores para a causa armada. Ele já reconheceu a importância das mídias sociais por ajudarem a ele a se defender das falsas acusações na qual é imputado e se aproximar do público.


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Gangues armadas fazem ataques a políticos no Haiti (Foto: reprodução/ Richard Pierrin / Getty Images Embed)


História

O Haiti é um país caribenho que vive em crise desde a sua independência da França em 1804. A luta pela liberdade é referência como a revolta de escravos que derrotou o exército de Napoleão Bonaparte, que até então governava os franceses. Em primeiro de janeiro de 1804, o Haiti é proclamado independente, sendo considerada a primeira república negra do mundo e o primeiro país do ocidente a abolir por completo a escravidão.

Desde então o país passa por diversas crises políticas e humanitárias. O primeiro governo em 1804 de Jean-Jacques Dessalines durou apenas dois anos, pois ele se autoproclamou presidente vitalício e imperador e concentrou o poder em torno de si, com isso diversos grupos que o apoiaram se tornaram oposição e o mataram em 1806, deflagrando a primeira guerra civil do país.

No século XIX vários governantes passaram pelo poder, mas sem cumprir o mandato de cinco anos que é imposto na constituição haitiana. Muitos deles eram eleitos e tentavam se perpetuar no poder, fazendo com que o povo se revoltasse e os derrubassem, matassem ou os exilassem fora do país.

Século 20

Nos primeiros anos do século XX os EUA invadiram a ilhe e só saíram em 1943 após uma nova constituição ser aprovada. O motivo da incursão estadunidense se deu por conta da aproximação do Haiti com a Alemanha nazista. Essa constituição era bastante favorável aos interesses dos Estados Unidos, principalmente porque permitiam que empresas deles fossem instaladas no país para aproveitar mão de obra barata.

Após a saída dos EUA, vários ditadores considerados sanguinários governaram o país, com destaque a François “Papa Doc” Duvalier e seu filho, Jean-Claude “Baby Doc”. Essa ditadura perdurou por 29 anos e houve cerca de 30 mil mortos e outros tantos milhares de desaparecidos.

Século 21

No século XXI o Haiti continuou com diversas crises políticas, mas a humanitária com o aumento da pobreza se agravou ainda mais. Em 2004 após 14 anos da ditadura de Jean-Bertrand Aristide, um novo governo foi eleito democraticamente, porém após denúncias de fraudes, e mortes violentas o governo foi deposto. A ONU mandou tropas para pacificar o país e convocar novas eleições em 2006. Essas tropas passaram 13 anos no país, com o objetivo de pacificar o país, porém quando foram embora o país voltou ao caos.

Em 2010 um terrível terremoto assolou o país e deixou milhares de mortos e feridos, pessoas sem moradias e os problemas se agravaram ainda mais. Mesmo com a ajuda das Organizações das Nações Unidas, ONU, com o envio de ajuda humanitária e tropas, inclusive brasileiras, os capacetes azuis, não foi possível manter uma ordem no país. Em 2016 Jovenel Moïse gahou as eleições e ficou até ser morto em 2021. Seu governo também era acusado de corrupção e por tratar opositores com violência.

Foto Destaque: o Haiti enfrenta uma das piores crises políticas dos últimos anos (Reprodução/ Luckenson Jean/ AFP/ Getty Images Embed)

Putin alerta OTAN para conflito mundial caso enviem tropas para Ucrânia

Vladimir Putin se declarou, mesmo sem anúncio oficial do resultado, neste domingo (17) aos 71 anos mais uma vez presidente da Rússia, e em seu discurso de vitória afirmou entre outras coisas, que caso a OTAN envie tropas para ajudar a Ucrânia no conflito contra os russos, o mundo se encaminhará para uma terceira guerra mundial, coisa que, segundo o próprio, ninguém quer. Putin também disse que o triunfo dessas eleições, o seu novo mandato fará os russos mais fortes do que nunca.

O que disse Putin

Reeleito para um novo mandato até 2030, Putin negou que esteja interessado em uma guerra de grande escala contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN, e contra o Ocidente, porém alertou em seu discurso de vitória, que no mundo moderno tudo é possível e que caso a OTAN envie tropas para ajudar a Ucrânia no conflito contra seu país, o mundo estará a poucos passos de uma nova guerra mundial, mas acredita que nenhum líder mundial quer isso.

Recado a Macron

O presidente da França Emmanuel Macron disse durante a última semana que pensa em mandar tropas francesas para a Ucrânia, afirmando que a Rússia não pode vencer essa guerra. Segundo ele, caso os russos vençam o conflito será uma vergonha para a credibilidade europeia. Esse discurso de Macron não foi bem-visto por outros líderes da União Europeia e da OTAN.

Putin então alertou que espera que a França e seu presidente se concentrem em procurar soluções pacíficas para os problemas mundiais, que nesse sentido, eles poderiam desempenhar bem suas funções.


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Vladimir Putin acena para o público em discurso após se decalar reeleito presidente (Foto: reprodução/ YURI KADOBNOV/ Getty Images Embed)


Cessar-fogo durante Olimpíadas de Paris

Putin foi indagado sobre um possível cessar-fogo, proposto por Macron, durante as Olimpíadas de Paris, que acontecerá em meados deste ano, afirmando que está disposto a ouvir a proposta francesa, porém para isto acontecer dependerá dos interesses russos na linha de frente da guerra nos próximos meses.

Sem ainda o resultado oficial, Putin se declarou reeleito após pesquisas de boca de urna mostrarem larga diferença para o segundo colocado nas eleições. Com 87% das intenções de voto, segundo as pesquisas, ele se declara presidente da Rússia para um novo mandato até 2030, se tornando assim o líder russo mais longevo após Joseph Stálin. Prometendo um fortalecimento das tropas militares e reafirmando que a prioridade é a operação especial, assim é chamado por ele, contra a Ucrânia nesses próximos anos, sem cogitar o fim do conflito.

 

Foto Destaque: Putin discursa após pesquisa boca de urna mostrar sua reeleição (Reprodução: Natalia Kolesnikova/ Getty Images/ Embed)

Ex-jogador Robinho considera a justiça italiana racista e se diz inocente

Neste domingo (17), após ser condenado a nove anos de prisão, o ex-atacante brasileiro faz uma publicação em sua rede social e afirma ser inocente e ter provas de não ter participado de nenhum estupro coletivo, além de fazer uma declaração sobre a justiça da Itália- país em que está sendo julgado. 

Narrando o seu lado da história em vídeo, cita as provas e comenta em seu pronunciamento que jornalistas poderiam divulgar e informar sobre o caso, pois quem não deve, não teme. 

Provas citadas em publicação

De acordo com a publicação, em seu perfil oficial do Instagram, Robinho diz que irá apresentar provas, como as imagens que mostram a interação naquela noite, exames que evidenciam a consciência e a capacidade de comunicação da acusadora, inconsistências nos relatos da acusação, mensagens que revelam o interesse de encontro, verdadeiro contexto dos áudios e teste de DNA provando que ele não tem nenhuma ligação com a violência pela qual está sendo acusado. 

“A justiça italiana cometeu erros gritantes e gravíssimos durante todo o meu julgamento. Estou comprometido em provar minha inocência e lutar pela justiça verdadeira.”, diz Robinho na legenda da publicação.

Robinho, durante o vídeo postado, com o objetivo de provar sua inocencia no caso, diz que a mulher estava mandando mensagens, minutos antes, dizendo que só se aproximaria após a mulher dele sair do local. Aponta o fato para provar que ela não estava embreagada e tinha consciência do que estava fazendo. 


Robinho, ex-atacante brasileiro, se pronuncia sobre acusação (Foto: reprodução/Instagram/@Robinho)


Robinho acusa justiça italiana de racismo 

“Tenho absoluta certeza que se fosse com um europeu, se fosse com um branco, com certeza meu julgamento teria sido totalmente diferente”, declara Robinho em vídeo. 

O fato ocorreu em 2013 e está em andamento até hoje. Robinho, foi julgado em país europeu, em três instâncias e, no começo de 2022, saiu sua sentença final, não cabendo mais nenhum recurso. Está sendo apreciada nesta próxima quarta-feira (20) pelo Supremo Tribunal de Jutiça, pois a Itália pediu para que a pena fosse cumprida no Brasil, para decidir se aprovará a pena sobre o ex-jogador do Santos. 

Foto destaque: Ex-atacante do Santos aguarda a resposta do STJ (Reprodução/ISTOÉ Esportes)