Gilmar Mendes declara que há provas contra Bolsonaro por fraude em cartões de vacinação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, expressou sua surpresa com os dados obtidos pela Polícia Federal, que resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Tenente Coronel Mauro Cid, e outras 15 pessoas, no inquérito sobre fraudes em cartões de vacinação. O ministro utilizou a palavra “admirado” para descrever como estava se sentindo ao ver os dados.


Ministro do STS, Gilmar Mendes (Foto: reprodução/Nelson Jr./SCO/STF)


De Especulações a provas convincentes

Gilmar Mendes comentou sobre a transição da fase de especulações para provas convicentes sobre as fraudes. Ele afirmou que os dados apresentados são muito convincentes e sugerem a existência de atividades impróprias em andamento, como já estava sendo investigado desde as primeiras suspeitas. As declarações foram feitas após sua participação em um evento em Brasília, organizado por uma empresa que promove debates para o presente e o futuro do Brasil. Embora o evento em questão tivesse foco na mobilidade de baixo carbono, as provas se destacaram em relação a outros assuntos discutidos.

Processo no STF depois dos trâmites iniciais

O ministro destacou a importância dos avanços nas investigações relacionadas ao ex-presidente. Ele explicou que, agora, o STF aguardará o desenrolar do processo. A Polícia Federal elaborará um relatório, que será encaminhado à Procuradoria Geral para avaliação e possível denúncia. Posteriormente, a denúncia passará pelo crivo do STF, onde será garantido o direito de defesa antes que seja aceita. Gilmar Mendes enfatizou que o processo seguirá para a fase de instrução, na qual serão apresentadas as provas de ambos os lados, seguida pelo julgamento. Ele destacou a importância deste processo para alcançar uma conclusão justa e esclarecedora.

Processo judicial implica em tempo e provas sólidas

Gilmar Mendes destacou a complexidade e os trâmites necessários no processo judicial, enfatizando a importância de tempo e provas sólidas para se alcançar uma conclusão justa. Ele ressaltou que cada etapa do processo, desde a elaboração do relatório pela Polícia Federal até a fase de instrução com a apresentação de provas, é crucial para garantir a transparência e a imparcialidade do julgamento. A espera pelo desfecho do processo, segundo Mendes, é parte integrante da garantia de um processo justo e adequado.

 

Foto destaque: Gilmar Mendes (Reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil)

Putin é reeleito presidente da Rússia e ameaça atacar mais territória na Ucrânia

Reeleito presidente da Rússia com 87% dos votos no último domingo (17), Vladimir Putin assumiu o poder novamente do país e segue na gestão até 2030. O presidente russo se mantém no cargo em meio a polêmicas e acusações de assassinatos políticos. Seguindo o resultado eleitoral, Putin já decretou que deve avançar com ofensiva sobre mais regiões da Ucrânia como forma de proteger o território e militares russos.

No último domingo (17), logo após vencer as eleições presidenciais, Putin afirmou que pretende criar uma zona de tampão ao invadir novos territórios ucrânianos. O objetivo é minimizar o avanço e ataques de longo alcance da Ucrânia. “Nós seremos forçados, em algum momento, a considerar ser necessário criar uma espécie de ‘zona sanitária’ nos territórios controlados pelo governo ucraniano”, afirmou. 

Rússia vs Ucrânia

Neste conflito que já dura mais de dois anos, o lado russo da força está levando a melhor nesse momento da guerra. Soldados ucrânianos sofrem com falta de armas e munição, mas têm feito ataques de longa distância diretamente a depósitos e refinarias do adversário. 

Em declaração contundente, Putin também alertou sobre a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial caso os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) interfiram no conflito e auxiliem o lado ucraniano com envios de tropas e munições.


Foto mostra cenário de destruição na Ucrânia após ataques da Rússia (Foto: reprodução/ RS/ Fotos Públicas)


A ameaça surgiu após o presidente da França, Emmanuel Macron, sugerir o envio de tropas à Ucrânia. O presidente francês se mostra preocupado com a escalada do conflito e busca negociar trégua com Putin durante a realização das Olimpíadas de Paris no meio do ano. 

Já o presidente ucrâniano, Volodymyr Zelensky, não acredita em negociações ou tréguas, mas afirma que Vladimir Putin deve se entregar à Corte Criminal Internacional. 

Resultado das Eleições

De acordo com dados da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Putin já venceu as eleições ainda na apuração das urnas dos distritos eleitorais russos. Com 60% delas em apuração, o líder político já tinha 87% do total de votos. Pesquisas de boca de urna já previam o cenário após o fim do período de votação. 

Adversários de Putin assumem que o presidente usou “fantoches” para simular concorrência à presidência, uma vez que os deputados na disputa pelo cargo o apoiavam. “Putin controla as eleições para continuar no poder”, afirma Lenina Pomeranz, especialista em economia russa ao g1. 

Um dos inimigos políticos mais proeminentes que desafiavam a candidatura de Putin, Alexei Navalny, foi líder de oposição contra ele, foi preso e morreu de forma suspeita em fevereiro deste ano. Manifestantes russos acusam o Kremlin de atuar e matar opositores ferrenhos ao regime de Putin. 

Foto Destaque: Vladimir Putir, reeleito presidente da Rússia, aparece em foto oficial do governo na frente de computador votando na eleição presidencial russa online (Foto: reprodução/ Kremlin/ Fotos Públicas)

 

Caos no centro de São Paulo com apagão afeta mais de 30 mil pessoas

Nesta segunda-feira (18), pessoas que residem e passam pelo centro da cidade de São Paulo enfrentaram um dia desagradável, quando diversos bairros da região ficaram quase dez horas sem luz, afetando cerca de 35 mil pessoas, de acordo com o diretor de operações da empresa, Márcio Jardim.

Falha na rede subterrânea causou o apagão

O problema na energia começou por volta das 10h e foi atribuído a uma falha na rede subterrânea da Enel. A concessionária afirmou que uma escavação realizada pela Sabesp, responsável pela rede de água do centro de São Paulo, na região central de São Paulo, atingiu acidentalmente cabos da rede subterrânea da distribuidora, interrompendo assim o fornecimento de energia. Porém, em resposta a acusação da Enel, a Sabesp comunicou que suas obras não atingiram nenhum cabo da rede de energia. 

Impactos abrangentes e revolta dos afetados

Vários hospitais, residências, estabelecimentos comerciais e instituições enfrentaram um dia inteiro sem eletricidade, enquanto os termômetros marcavam temperaturas elevadas. Os relatos de dificuldades foram generalizados, desde a falta de atendimento médico adequado até a suspensão de tratamentos vitais, como a hemodiálise ou tratamentos de câncer.


Funcionário da Enel e postes de energia (Foto: Reprodução/ Ravena Rosa/ Agência Brasil)


Repercussões nos serviços e comércio local

O apagão afetou não apenas o fornecimento de energia elétrica, mas também teve implicações nos serviços públicos, como semáforos inoperantes e suspensão de aulas em instituições educacionais que ficam localizadas no centro. Além disso, o comércio local sofreu prejuízos significativos, com restaurantes perdendo produtos perecíveis e lojas incapazes de cumprir prazos de entrega online, resultando em penalidades financeiras.

Posicionamentos das empresas envolvidas

A Enel afirmou ter restabelecido a energia para 70% dos clientes afetados e atribuiu o problema à interferência das obras da Sabesp. Por sua vez, a Sabesp negou responsabilidade direta, alegando que suas obras não causaram danos à rede elétrica subterrânea.

Diante do caos enfrentado pelos moradores e comerciantes do Centro de São Paulo, questões sobre a infraestrutura urbana e a coordenação entre empresas prestadoras de serviços essenciais foram levantadas, destacando a necessidade de medidas preventivas para evitar situações similares no futuro.

 

Foto destaque: Centro de São Paulo (Reprodução/ Freepik)

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura morre aos 83 anos

O livreiro e empresário Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, faleceu na madrugada desta terça-feira (19), aos 83 anos, vítima de um ataque cardíaco. Sua morte foi confirmada por Sérgio Herz, filho do livreiro e atual CEO da Cultura, ao Estadão.

Trajetória 

A história da Livraria Cultura começou com Eva Herz, mãe de Pedro Herz, que iniciou um serviço de aluguel de livros em alemão para a comunidade alemã em São Paulo. Com o tempo, expandiu o acervo para incluir obras nacionais e, eventualmente, abriu a primeira loja da Cultura na Rua Augusta. Pedro Herz tornou-se sócio e juntos levaram a livraria para o Conjunto Nacional em 1969, encerrando o serviço de aluguel e focando na venda de livros.

No Conjunto Nacional, a Cultura se tornou um ponto de encontro para diversas figuras influentes, com eventos que atraíam políticos, escritores, jornalistas e intelectuais. Durante a ditadura militar, a livraria chegou a receber visitas de agentes do regime disfarçados. 

A empresa cresceu ao longo dos anos e, em 2007, as várias lojas no edifício foram consolidadas em uma única unidade gigantesca, que se tornou uma atração na Avenida Paulista. Grandes eventos, como noites de autógrafos de artistas renomados, eram comuns na Cultura, solidificando seu lugar como parte essencial da cultura literária de São Paulo.

Crise 

Após anos de expansão por diversas cidades e estados brasileiros, a Livraria Cultura entrou em crise nos anos 2000 e, em 2018, solicitou recuperação judicial devido a uma dívida de 285,4 milhões de reais com fornecedores e bancos. A crise foi impulsionada por mudanças no mercado editorial, a crise econômica no Brasil entre 2014 e 2017, e problemas de gestão.

Com 17 lojas e 1,5 mil funcionários, a Cultura enfrentava dificuldades quando adquiriu as operações da rede francesa Fnac e comprou a Estante Virtual, aumentando seus problemas financeiros. Gradualmente, todas as lojas da rede foram fechadas, restando apenas a unidade do Conjunto Nacional e outra em Porto Alegre. A empresa teve sua falência decretada em 2023 duas vezes, mas ambas as decisões foram revertidas, e a loja do Conjunto Nacional foi fechada em junho, gerando comoção no meio literário.

A unidade foi reaberta em julho de 2023, mas enfrentou uma ordem de despejo em agosto, posteriormente revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em fevereiro de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da livraria, autorizando a ordem de despejo. No momento, a livraria continua funcionando normalmente, apesar dos desafios enfrentados.


Loja da Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Foto: reprodução/Conjunto Nacional)


Biografia

Pedro Herz publicou, em 2017, sua biografia, intitulada de O Livreiro (Editora Planeta). Na obra, o autor detalha momentos de sua trajetória de vida, relacionada à Livraria Cultura. O livro também detalha a chegada de sua família ao Brasil e detalhes da fuga de seus ascendentes durante a Segunda Guerra Mundial. 

O velório do empresário está programado para quarta-feira (20), às 10h, no Cemitério Israelita do Butantã.

Foto destaque: Pedro Herz faleceu aos 83 anos (Reprodução/ Bruno Pimentel/ Metrópoles)

Prefeito de Nova York nega acusação de agressão sexual feita por colega de trabalho

Nesta segunda-feira (18), a ex-assessora do Departamento de Polícia de Nova York abriu um processo contra o atual prefeito da cidade por agressão sexual que, de acordo com Lorna Beach, teria acontecido no ano de 1993, enquando trabalhava, juntamente com o Eric Adams, no departamento de trânsito. 

Prefeito Eric Adams se pronuncia sobre a acusação

No documento da acusação é dada a informação que o prefeito ofereceu uma ajuda profissional a Lorna desde que ela fizesse sexo oral. Segundo Lorna, Eric estaria usando a sua posição na qual fazia parte da Associação dos Guardiões para exigir tal ato. Lorna afirma ter negado. Foi feita uma intimação na Suprema Corte do Condado de Nova York, mas o prefeito continua negando a ação e afirma não conhecer a mulher. 

Segundo o veículo de notícias New York Times, o prefeito diz que a agressão nunca aconteceu. “Nem sei quem é a pessoa. Nem me lembro se já a conheci antes”, diz Eric.


Eric Adams, prefeito de Nova York, acusado de agressão sexual (Foto: reprodução/nbcnews)


Denúncia

A requerente afirma que, após ter negado praticar qualquer ato sexual com o prefeito, Eric ejaculou nela e a agrediu. A denúncia ainda afirma que a agressão, a traição e o abuso de poder continuam a assombrar a ex-assessora. 

Além de denunciar o presidente, a mulher processa o departamento de polícia de Nova York por proporcionar as mulheres e negros um ambiente de trabalho injusto. No processo, ela afirma que não recebeu a promoção desejada por ser mulher e pela sua cor. A lei aprovada pela governadora Kathy Hochul fez com que a denúncia fosse apresentada em novembro de 2023; esta lei consiste em dar início a processos por agressão sexual mesmo prescrito. 

 

Foto destaque: prefeito nega acusações feita pela ex-assessora do Departamento de Polícia de NY (Reprodução/cnnbrasil)

Daniel Alves garante que não irá fugir após solicitar liberdade provisória

Durante uma audiência realizada nesta terça-feira (19) em Barcelona, o jogador brasileiro Daniel Alves, condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual, assegura que não irá fugir. Essa declaração foi feita por meio de videoconferência, segundo a imprensa espanhola.

O novo pedido de liberdade provisória apresentado pela equipe de defesa está sendo analisado. A sessão ocorreu a portas fechadas e o resultado sairá nos próximos dias.

O acusado disse que não sairá da Espanha, onde reside, até o fim do processo. Sua advogada, Inés Guardiola, tentou novamente propor o pagamento de fiança, mas a advogada da acusação, Ester García, e a promotoria foram contra o pedido. Estes argumentam que o risco de fuga ainda existe, tanto por ser brasileiro quanto por ter condições financeiras para sair do país, e que a sentença de estupro que torna risco de fuga ainda maior.


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Joana Sanz e Lucia Alves, respectivamente esposa e mãe de Dani Alves, saindo da corte em Catalunha onde ocorreu o julgamento (Foto: reprodução/Europa Press News/ GettyImages Embed)


Família de Neymar doou dinheiro para indenização

Dani Alves pagou 150 mil euros como indenização à vítima antes do julgamento, mas ela recusou receber. Este dinheiro foi uma doação do pai de Neymar e a justiça espanhola reconheceu o valor como um fator atenuante da pena.

A equipe de defesa, liderada por Inés Guardiola, está empenhada em demonstrar a inocência de Alves antes de uma sentença definitiva, buscando a liberdade antes da decisão final do Tribunal Espanhol.

Crise no sistema prisional de Catalunha

Devido à crise no sistema carcerário da Catalunha, o jogador de futebol Daniel Alves não pôde comparecer ao tribunal. Ele está detido no Centro Penitenciário Brians 2, próximo a Barcelona, em prisão preventiva há mais de um ano.

O limite para a prisão preventiva é de dois anos na Espanha. Isto será levado em consideração no novo pedido de liberdade, mas a situação se complica devido aos protestos e greves realizados pelos funcionários das prisões da Catalunha, após a cozinheira Nuria López ser assassinada por um detento.

Os trabalhadores da penitenciária onde jogador está cumprindo sua pena participam dos protestos. Estes afetam a rotina dos prisioneiros, que não podem sair de suas celas e não recebem visitas até o fim das manifestações.

Foto destaque: Dani Alves no início de seu julgamento em 05 de fevereiro de 2024, na Espanha (reprodução/Alberto Estevez/GettyImages)

Trump alerta sobre possível “banho de sangue” caso não vença eleições

Em um evento de apoio a um candidato ao Senado em Ohio, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas. Ele disparou críticas à política de imigração adotada pela atual gestão. Além disso, Trump mencionou um possível “banho de sangue” caso não vencesse as eleições para a Casa Branca no final do ano.

 


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Candidato ao Senado Bernie Moreno e ex-presidente Donald Trump se cumprimentam em Ohio (Foto: reprodução/Scott Olson/Equipe/GettyImages)


Enquanto apoiava Bernie Moreno, pré-candidato republicano ao Senado, Trump abordou sobre a indústria automobilística e afirmou: “Se eu não for eleito, haverá um banho de sangue. Será um banho de sangue para o país”. Ele também acrescentou que não acredita que haverá outra eleição significativa no país se não vencerem esta.

Declarações geraram debate

As falas vagas de Trump geraram críticas de seus adversários e explicações de aliados.

James Singer, porta-voz da campanha de Joe Biden, comentou que ele será derrotado em novembro pelo povo americano, quando esperava outro 6 de janeiro. Ressaltou ainda que continuam a rejeitar seu extremismo e simpatia com a violência. As falas também foram criticadas e questionadas por Nancy Pelosi, ex-presidente democrata da Câmara dos EUA.

Por outro lado, o senador da Louisiana, Bill Cassidy, defendeu Trump, sugerindo que a expressão poderia se referir a um desastre econômico.

Mike Pence, ex-vice-presidente do empresário, tentou amenizar a situação, afirmando que Trump estava claramente falando sobre o impacto das importações na indústria automobilística americana.

Trump novamente ofende imigrantes

O ex-presidente mais uma vez ofendeu imigrantes, questionando sua humanidade: “Não sei se os chamam de pessoas”, disse ele. “Na minha opinião eles não são pessoas, mas a esquerda insiste em criticar minhas palavras.”

Trump também lançou acusações infundadas contra outros países, alegando que enviam para os EUA indivíduos com histórico criminal e pacientes de instituições psiquiátricas. A controvérsia gerada por suas palavras continua a ecoar, enquanto líderes políticos e defensores dos direitos humanos reagem.

Foto destaque: Presidente Donald Trump discursa em Ohio (reprodução/instagram/@realdonaldtrump)

Bolsonaro, Cid e Gutemberg são indiciados pela PF por fraude no cartão de vacinação

Foram indiciados pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens do governo, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) por fraudarem seus certificados vacinais.

A investigação

Os investigadores apontam crime de associação criminosa e falsificação na inserção de dados no sistema público de saúde. A inconsistência nos dados vacinais do ex-mandatário foi encontrada no lote marcado em seu cartão vacinal, que jamais foi disponibilizado na UBS Peruche, na cidade de São Paulo, onde teria recebido a dose. A enfermeira que teria lhe aplicado a vacina também não reconhece tal vacinação, além de que Bolsonaro sequer estava em São Paulo na data registrada. Também foi encontrada uma fraude na carteira de vacinação da filha de Bolsonaro, que teve dados fraudulentos inseridos em seu registro para poder viajar ao exterior. 

A informação já havia sido antecipada por Mauro Cid em delação à PF. O tenente-coronel era ajudante de ordens de Bolsonaro e foi indiciado por uso indevido de documento falso. Além dele e do ex-presidente, mais 15 integrantes e ex-integrantes do governo foram indiciados, são eles:

  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
  • Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
  • Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
  • Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
  • Eduardo Crespo Alves, militar;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira
  • Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
  • Marcelo Fernandes Holanda;
  • Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
  • João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
  • Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
  • Célia Serrano da Silva.

O caso vai ao Ministério Público Federal, onde será decidido se os elementos apontados pela investigação são suficientes para dar prosseguimento na acusação ou se ocorrerá o arquivamento. 

O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten se referiu ao vazamento do indiciamento para a imprensa como “lamentável”, já que, segundo ele, a defesa do ex-presidente não teve acesso ao caso antes do mesmo se tornar público.

Negacionismo


Jair Bolsonaro vestindo máscara de prevenção contra a COVID-19 (Foto: reprodução/Raúl Spinassé/Folhapress)


Durante todo o período da pandemia o ex-presidente jamais fez movimentações que fomentassem a vacinação no país, na verdade, muitos médicos, cientistas e infectologistas o responsabilizam por um grande desestímulo à vacina e aumento no pensamento negacionista no Brasil, que tem um grande histórico de vacinação. O movimento é visto como um retrocesso para o país.

Ignorando totalmente a Lei de Acesso à Informação, Bolsonaro nunca confirmou nada sobre sua situação vacinal, além de impor um sigilo de 100 anos sobre seu cartão de vacinação, alegando que a informação era de interesse pessoal dele. O ex-presidente, que esteve à frente do país na pandemia, fez ataques públicos aos métodos preventivos à COVID-19, algo que retardou o combate à doença e resultou em milhares de internações e, consequentemente, mortes.

 

Foto Destaque: ex-presidente Bolsonaro e Zé Gotinha (Foto: reprodução/Adriano Machado/Crusoé)

Manifestantes entram em confronto com policiais ao tentarem entrar em Buenos Aires

Nesta segunda-feira (18), manifestantes que protestavam contra o governo de Javier Milei foram recebidos com “gás lacrimogêneo, caminhões hidrantes e cassetetes” enquanto tentavam entrar em Buenos Aires. Além da capital, protestos ocorrem em diferentes regiões do país.

Com cartazes que traziam a frase “fome não espera, basta de ajuste”, multidões – organizadas pela União de Trabalhadores da Economia Popular (UTEP) – tentavam entrar na capital da Argentina, quando, nas pontes Puyerredón e Saavedra, foram impedidas por autoridades federais. Protestantes e jornalistas do canal argentino A24 chegaram a ser agredidos por policiais.

“Gás lacrimogêneo, caminhões hidrantes e cassetetes. Outra vez, o governo escolhe a violência contra as manifestações e repete sua fúria com os trabalhadores da imprensa”, denunciou o organismo de Direitos Humanos Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS).

Os protestantes, que de acordo com o Infobae somavam cerca de 5.500, renunciam a “completa falta de resposta do governo frente à emergência alimentar e o ajuste da economia popular”, segundo afirma a UTEP.

Repressão policial 


Manifestantes entram em confronto com autoridades federais ao tentarem entrar em Buenos Aires. (Vídeo: Reprodução/X/@UTEPoficial).


A repressão policial fez parte de uma série de protocolos impostos pela ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich, para impedir bloqueios de trânsito. Nesta segunda (18), com a manifestação dos partidos e movimentos de esquerda, foram propostos 500 bloqueios em diferentes áreas da Argentina.

O protocolo “antipiquete”, anunciado pela ministra em dezembro do ano passado, previa o uso de “força proporcional à resistência” para combater bloqueios e protestos. Além disso, Bullrich afirmou que os participantes poderiam receber multas e sanções.

Na rede social X, antigo Twitter, o prefeito Jorge Macri elogiou a ação da polícia de Buenos Aires e afirmou que “a ordem não se negocia”, além de enfatizar que “é prioridade que haja uma convivência pacífica entre aqueles que precisam circular livremente para trabalhar e estudar, e aqueles que querem se manifestar”.

Fome na argentina

A principal motivação do protesto desta segunda (18) é a denúncia de que o governo não estaria enviando alimentos para cozinhas comunitárias em zonas vulneráveis por ordem da ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello.

Há relatos de refeitórios comunitários que teriam recebidos mantimentos pela última vez em novembro e que estariam dependendo de doações para atender a população. De acordo com organizações sociais, em contraposição, cada vez mais argentinos tem recorrido a estas cozinhas para fazer ao menos uma refeição por dia.

A situação da fome na Argentina agravou drasticamente após a assinatura do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), que levou a inflação de 211%, além de aumentar a pobreza de 49,5% em dezembro de 2023 para 57,4% em janeiro e elevar o valor dos alimentos.

Foto destaque: manifestantes entram em confronto com autoridades federais ao tentarem entrar em Buenos Aires. (Reprodução/X/@UTEPoficial). 

Donald Trump alega não ter US$ 400 milhões para pagar à justiça

Afirmando à justiça dos Estados Unidos, Donald Trump diz não ter como pagar US$ 454 milhões de dólares de fiança sobre balança de suas empresas, segundo os seus advogados. Na próxima segunda-feira (25), vence o prazo para pagamento.

Condenado em primeira instância, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, saudou balanços de suas empresas com o objetivo de conseguir empréstimos e fazer negócios vantajosos. Trump nega as afirmações. Seus advogados estão tentando reverter esta condenação, em uma instância superior da justiça, e além disso, seus advogados disseram não ter o valor cobrado e fizeram uma proposta de pagar um valor menor de 100 milhões de dólares, dizendo que o valor da fiança é excessivo ou a suspensão deste pagamento.

Para que o devido pagamento seja realizado, a justiça poderá confiscar suas propriedades abater no valor referente a dívida.


Trump é condenado (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


Impossível pagar

É através de um contrato de pagamento de fiança, que Trump pretende tentar fazer o pagamento, após contratar o executivo Gary Giulietti, especializado em seguros. Caso trump perca, este contrato garante o pagamento da fiança. Segundo Giulietti, é impossível conseguir uma fiança de US$ 454 milhões, nas circunstâncias atuais e que várias empresas de pagamento não emitem títulos de mais de US$ 100 milhões de dólares e ainda não aceitam imóveis como garantia o que é a maioria dos patrimônios de Trump.

Entenda

Letitia James, procuradora geral do Estado, processou o ex-presidente e as organizações Trump por mentirem sobre valores de ativos e seu patrimônio líquido com o objetivo de terem melhores condições em empréstimos bancários e seguros.

Ela disse que os valores apresentados foram inflacionados tendo várias das a propriedades de Trump e ainda vários edifícios de escritório e campos de golfe.

 

Foto destaque: Trump (reprodução/Getty Images Embed)