Moraes retira sigilo da decisão de prisão dos suspeitos no Caso Marielle

O caso Marielle Franco envolve o assassinato da vereadora carioca e do motorista Anderson Gomes em março de 2018. Marielle, uma defensora dos direitos humanos e crítica da violência policial, foi morta a tiros no Rio de Janeiro. O crime causou comoção nacional e internacional devido à sua atuação política e às suspeitas de envolvimento de autoridades e milícias locais. Neste domingo (24), o ministro Alexandre de Moraes retirou o sugilo dos documentos sobre a prisão, que serão disponibilizados após digitalização.


Foto de Marielle Franco estampada em camiseta acompanhada da frase “Marielle Presente” (Foto: reprodução/Getty Images Embed) 


Prisão após delação premiada

Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos pela Polícia Federal, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de obstruir as investigações.

Os documentos liberados incluem a decisão de Moraes autorizando a prisão preventiva, além dos pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal.

O STF anunciou que esses materiais serão disponibilizados ao público após serem digitalizados, processo que ainda não havia sido concluído até as 13h40 do domingo.

Em comunicado, o STF confirmou que as prisões dos três indivíduos foram sem prazo definido e serão submetidas ao referendo da Primeira Turma do STF em plenário virtual ao longo do dia seguinte.

Além das prisões, foram ordenadas medidas como busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas.

Saiba quem são os suspeitos de mandar matar Marielle

Os suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco são os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, ambos apontados como os possíveis mandantes do atentado que resultou na morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), enquanto Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil. Além deles, o delegado Rivaldo Barbosa também foi preso sob suspeita de obstruir as investigações relacionadas ao caso.

Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil, e Rivaldo é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da Polícia Civil.

Os Brazão sempre negaram envolvimento no crime. Os advogados de Domingos e Rivaldo afirmaram a inocência de seus clientes, enquanto Chiquinho ainda não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

Foto destaque: colagem de fotografia de Marielle Franco no Rio de Janeiro (Reprodução/ Fabio Vieira/ FotoRua/ NurPhoto via Getty Images embed)

Expansão territorial da milícia pode estar por trás do assassinato de Marielle Franco

Segundo os investigadores da Polícia Federal, o assassinato da vereadora Marielle Franco teve motivações relacionadas à expansão da milícia no território do Rio de Janeiro. A ex-parlamentar do PSOL lutava por moradias populares em áreas dominadas pela milícia. Os investigadores trabalham com outras teses, mas a questão territorial é a que ganhou mais força.

Na manhã deste domingo (24), dois suspeitos foram presos acusados de serem os mandantes intelectuais do crime. Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro e irmão de Domingos. Em 2008, Domingos Frazão chegou a ser citado na CPI das Milícias. Os irmãos coordenam a área de Jacarepaguá, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro e dominada por grupos paramilitares.

Além dos dois, a polícia também prendeu Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil à época do atentado e acusado de atrapalhar as investigações. Rivaldo foi indicado para assumir o posto um dia antes do assassinato e chegou a receber a família de Marielle no dia seguinte do crime. Os três serão interrogados ainda neste domingo, na superintendência da PF.


Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos neste domingo (Foto: reprodução/CNN Brasil/Mario Agra/Câmara dos Deputados/Tomaz Silva/Agência Brasil)


Conforme o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o caso terá desfecho ainda no primeiro semestre deste ano. Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018, em uma rua do Rio de Janeiro, próximo à Prefeitura da cidade. Nestes seis anos, não haviam sido descobertos os mandantes e os motivos.

Deleção premiada

Os nomes dos mandantes foram dados pelo ex-PM Ronnie Lessa, preso desde 2019 sob acusação de ser um dos executores do crime. Nos últimos dias, Lessa resolveu fazer o acordo de delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes na terça-feira (19)

Como havia informado em depoimento, os acusados integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. Ronnie deu detalhes dos encontros, indícios sobre as motivações e os valores do crime. Todo o depoimento foi gravado.

A defesa de Lessa abandonou o caso na quarta-feira (20), sob a alegação de que o escritório não atua para delatores. “Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada, […] A partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa”, afirmou a nota feita pelos advogados.

Mudanças na investigação

Desde o dia do crime, as investigações ficaram a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, RJ. Contudo, em fevereiro do ano passado, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou a PF a abrir um inquérito para investigar o atentado.  


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População protesta por justiça para Marielle e Anderson (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Com a nova direção da PF, uma equipe técnica foi nomeada para trabalhar na superintendência do Rio de Janeiro. Desde então, foram escalados os melhores policiais federais para integrar a equipe.

Foto destaque: Marielle Franco no dia do lançamento do Dossiê Mulher Carioca (Reprodução: Instagram/ @institutomariellefranco)

Caso Marielle Franco: três suspeitos de mandar matar a deputada são presos neste domingo

A Procuradoria Geral da República, juntamente à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, em uma ação concomitante, prendeu neste domingo (24), três dos indivíduos suspeitos pelo mandato do assassinato da vereadora Marielle Franco, executado em março de 2018. 

Os identificados 

Os irmãos Domingos Brazão, o atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram presos. A chefia da Polícia Civil foi assumida sob responsabilidade de Rivaldo, em 13 de março de 2018, um dia antes do assassinato de Marielle, e o combinado seria de não prosseguir com as apurações sobre a execução. 

Ainda neste domingo, 12 mandados de apurações e apreensão foram expedidos na sede da Polícia Civil do Rio de Janeiro e no Tribunal de Contas estadual. Em uma perícia, aparelhos eletrônicos e documentos estão sendo investigados, visando apurar, desta vez, a motivação do assassinato da vereadora. 

Apuração pela motivação do crime

A operação de busca da manhã deste domingo (24), tem o objetivo de surpreender os suspeitos. Com a homologação premiada do ex-policial militar, Ronnie Lessa, a inteligência da polícia apontava, um estado de alerta por parte deles. 


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Manifestante pede justiça por Marielle Franco, na Espanha (Foto: reprodução/ Oscar Gonzalez/Getty Images Embed)


Preso desde 2019, o ex-policial militar, teria apontado os mandantes, além da motivação criminal. Segundo Lessa, os mandantes teriam integrado um grupo político de poder no estado, e havia diversos interesses em alguns setores estaduais. 

Ele relatou sobre os encontros com o grupo, apontando indícios sobre os motivos. A expansão territorial da milícia no Rio de Janeiro foi um dos motivos do crime. 

Familiares de Marielle se manifestam

A ministra da igualdade racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, fez uma publicação em suas redes sociais, manifestando seu agradecimento ao empenho da Polícia Federal, em ação conjunta com o governo, ao Ministério Público, e ao Ministro Alexandre Moraes. “Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos”, completa. 

Em uma entrevista concedida à GloboNews, Marinete da Silva, mãe de Marielle, expressa que, hoje é um domingo que traz muita dor, mas também, a justiça se faz presente. 

A viúva de Marielle Franco, Monica Benício, encontra-se na Polícia Federal.  

Foto destaque: respectivamente, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa, suspeitos do mandado do assassinato de Marielle Franco (reprodução/ Câmara dos Deputados/ Zeca Ribeiro/ Domingos Peixoto/ TV Globo)

Em regime de observação, Robinho passa suas primeiras noites preso em cela pequena e sem visitas

Na última sexta-feira (22), o ex-jogador de futebol Robson Souza, o Robinho, apresentou-se às autoridades policiais após decisão expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido de prisão foi solicitado pelas autoridades italianas, em decorrência da condenação de estrupo ocorrido na Itália, em 2013. Uma jovem albanesa de 23 anos na época, apontou o craque como um dos abusadores.

Já no complexo penitenciário de Tremembé, o ex-jogador ficará por 10 dias em sistema de regime de observação, que é um período de adaptação antes de ir para a cela definitiva. As dependências onde Robinho ficará medem 8m2 de extensão, contendo uma pia, um sanitário e uma cama. As visitas neste primeiro momento não foram autorizadas pela justiça.

O presídio em que o ex-atleta está preso, é conhecido como “a cadeia dos famosos”, pois muitos detentos que estão neste local cometeram crimes de grande repercussão nacional como: Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai, Lindemberg Alves, entre outros.


Audiência no STJ (Foto: reprodução/Lucas Mendes/STJ)


Estratégia usada pela defesa 

A defesa de Robinho entrou com pedido de “habeas corpus”, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para impedir a prisão imediata do ex-jogador, até que o processo fosse analisado. O ministro Luiz Fux do STF, no entanto, negou o pedido e o mandado de prisão foi emitido pela Justiça Federal de Santos. 

Os advogados do ex-atleta alega que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), não tem atribuição para autorizar a prisão imediata do acusado e que, pela Constituição Federal, o órgão tem competência apenas para processar e julgar as sentenças estrangeiras.

“O Superior Tribunal de Justiça fere de morte o inarredável princípio constitucional do devido processo legal, atuando não como uma Corte de Justiça, mas sim como parte interessada na demanda, o que não se pode admitir, com renovadas vênias”, completou o advogado.

A estratégia é que o caso seja levado para os demais componentes da primeira turma, para que eles também possam analisá-lo.


  Robinho em campo (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Friedemann Vogel)


A condenação na Itália 

Robinho foi acusado e condenado a nove anos de prisão pela justiça italiana, pelo crime de estupro coletivo. O crime teria ocorrido na boate Sio Cafe, em Milão, em 22 de janeiro de 2013. A vítima era uma jovem albanesa que estava na boate. 

A jovem acusou cinco rapazes como autores do abuso, porém, apenas Robinho e Ricardo Falco foram condenados. Os outros brasileiros deixaram o país assim que o caso começou a repercutir. 

Por não haver acordo de extradição entre o Brasil e a Itália, o jogador não poderá ser levado para a Itália, porém a justiça de lá pediu que a pena fosse cumprida no Brasil. O STJ analisou a solicitação e validou a sentença de cumprimento da pena imediatamente.

Foto destaque: jogador Robinho em jogo pelo Santos (Reprodução/Getty Images Embed/Friedemann Vogel)

Lollapalooza amanhece com chuva e público reclama da lama

O segundo dia do Lollapalooza 2024 em São Paulo (SP) foi marcado por um desafio inesperado: a intensa chuva que transformou o Autódromo de Interlagos em um verdadeiro lamaçal. A persistente chuva desde a sexta-feira (22) deixou áreas do autódromo cobertas de lama, fazendo com que o deslocamento entre os palcos virasse uma tarefa complicada para os espectadores.

Para lidar com a situação, além das capas de chuva, botas e galochas se tornaram itens importantes neste sábado (23). O público teve que se adaptar rapidamente, mudando os looks para algo mais adequado ao chão encharcado.



Chuva é prevista

A previsão do tempo para o fim de semana para a capital paulista indicava mais chuva e temperaturas na faixa dos 20ºC, o que sugere que as condições de lama podem persistir durante os próximos dias.

No Lolla, um dos espaços também afetados é a praça de alimentação, com as mesas ao ar livre em meio ao lamaçal. 

Apesar dos desafios apresentados pela chuva, muitos frequentadores mantiveram o bom humor e a disposição para aproveitar o festival. Em conversa com o portal g1, da Globo, Gabriel Pesano enfatizou a importância de aproveitar o show, mesmo com a chuva, enquanto Leonardo Escapol adotou uma abordagem mais descontraída ao decidir beber “para lidar com a situação”. “Aí a gente fica sem se importar“, afirma ele. 

Não estraga o evento. Se tem barro, a gente encara. Estamos preparadas para tudo“, diz a psicóloga mineira Ana Maria ao Estadão. 

No entanto, a lama gerou preocupações quanto à segurança, com relatos de escorregões e dificuldade de locomoção entre os palcos. Algumas áreas foram mais afetadas do que as outras, como as que ligam o palco Budweiser aos palcos Samsung e Alternativo. Apesar disso, não houve relatos de incidentes graves até o momento. 

Alguns espectadores lamentaram a falta de estruturas cobertas no festival, que ficam restritas entre ativações e acessos VIP, deixando o público exposto à chuva.

Chuva não afetou programação neste sábado

Apesar das condições adversas, a programação de shows seguiu normalmente, com artistas como Thirty Seconds To Mars, Limp Bizkit, Kings of Leon e Titãs animando o público. No entanto, os primeiros shows do sábado tiveram públicos menores, possivelmente devido às condições climáticas desfavoráveis. No dia em que os destaques foram as bandas The Offspring, Arcade Fire e Blink-182, o evento recebeu um grande público.

Foto Destaque: lama no Lollapalooza 2024 (Reprodução/Taba Benedicto/Estadão)

Governo brasileiro manifesta solidariedade à Rússia após ataque em Moscou

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), emitiu uma nota de solidariedade ao povo e governo da Rússia após o atentado ocorrido no Crocus City Hall, em Moscou, nesta sexta-feira (22). O ataque, que ocorreu durante um show de rock, resultou na morte de pelo menos 133 pessoas e deixou mais de 140 feridos.

Ao expressar condolências aos familiares das vítimas e o desejo de pronta recuperação aos feridos, o Brasil manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo da Rússia e reitera seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo“, escreveu o órgão. 

Não se tem notícia de nenhum cidadão brasileiro vítima do ataque.


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Um cartaz colocado numa tela publicitária em Moscou com a frase “Estamos de luto” para expressar a dor do país após o ataque (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Vladimir Nikolayev/AF)


O ataque

Os atiradores, vestidos com roupas de camuflagem e portando rifles, dispararam indiscriminadamente contra a multidão, gerando um cenário de caos e terror. O Crocus, local do show da banda Piknik na noite do dia 22, foi tomado por um incêndio, provocado pelos criminosos, que rapidamente se alastrou pelo prédio.

Um grupo afiliado ao autodenominado Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo atentado, embora essa alegação ainda não tenha sido verificada de forma independente. Autoridades russas detiveram onze indivíduos em conexão com o caso, incluindo quatro diretamente envolvidos no ataque.

Testemunhas relataram momentos de pavor durante o tiroteio, descrevendo cenas de correria e desespero enquanto tentavam escapar do local, que é conhecido por receber artistas renomados da Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre a situação pelas forças de segurança do país.

Reações à tragédia

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, declarou que foi uma “terrível tragédia” e expressou suas condolências às famílias das vítimas, enquanto a provedora de justiça, Tatyana Moskalkova, classificou o ocorrido como um “ataque terrorista”. A vice-primeira ministra, Tatyana Golikova, comunicou que Putin desejou uma rápida recuperação aos feridos e agradeceu aos médicos pelo trabalho. A Direção Geral de Investigação do Comitê da Federação Russa abriu uma investigação penal sobre o caso, enquadrando-o no artigo 205, referente a atos terroristas.

A tragédia na capital russa gerou uma onda de reações internacionais, com diversos países expressando solidariedade às vítimas e suas famílias. A Casa Branca lamentou o episódio, descrevendo-o como “terrível”, e o conselheiro de Segurança Nacional, John Kirby, descartou qualquer indício de envolvimento ucraniano. A Embaixada do Reino Unido, o porta-voz adjunto do Secretário-Geral da ONU, Farhan Haq, e a União Europeia também condenaram o ataque e expressaram seus pesares.

Foto destaque: Crocus City Hall (Reprodução/Olga Maltseva/Getty Images Embed)

Rússia rotula movimento LGBT como “terrorista” em meio a escalada repressiva

A Rússia, por meio de sua agência de inteligência financeira Rosfinmonitoring, elaborou uma lista abrangente contendo cerca de 14 mil nomes de pessoas e entidades consideradas “terroristas e extremistas”. Esta lista concede poderes às autoridades para congelar contas bancárias de grupos designados como tal. Entre os nomes destacados encontram-se organizações como o grupo terrorista Al-Qaeda, a empresa norte-americana Meta e indivíduos associados ao falecido líder oposicionista Alexei Navalny.

Uma das inclusões mais notáveis na lista é o movimento LGBT, uma ação que reflete a posição cada vez mais hostil das autoridades russas em relação às minorias sexuais. Esta inclusão segue a decisão da Suprema Corte russa, em novembro do ano anterior, de classificar o movimento internacional LGBT como “extremista” e decretar ilegal o ativismo LGBTQIA+ no país. Desde então, o governo russo intensificou suas medidas repressivas, especialmente desde o início da guerra contra a Ucrânia em 2022.

Recentemente, autoridades russas anunciaram a prisão preventiva dos donos de um bar na região dos Urais, sob acusação de “extremismo LGBTQIA+”. Esta prisão exemplifica a aplicação rigorosa da legislação anti-LGBT na Rússia, com penas que podem chegar até 10 anos de prisão. A justificativa para tal ação alega que os acusados não apenas têm uma orientação sexual não tradicional, mas também apoiam as atividades de organizações internacionais LGBTQIA+ consideradas ilegais no país.


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Movimento LGBT na Rússia é considerado como terrorismo (Fonte: reprodução/Getty Images Embed)


Legislação do país 

A legislação russa contra a “propaganda de relações sexuais não tradicionais“, em vigor desde 2013 e posteriormente ampliada para banir qualquer forma de “propaganda” LGBTQIA+, evidencia uma tendência crescente de repressão às liberdades individuais e à diversidade sexual na Rússia, gerando preocupações tanto dentro quanto fora do país.

Correlação com a guerra 

Desde o início da guerra contra a Ucrânia em 2022, as autoridades russas têm intensificado sua repressão às minorias sexuais, como parte de um contexto mais amplo de medidas coercitivas e restrições às liberdades individuais. Esta escalada repressiva não só reflete a busca por uma maior conformidade social e política, mas também serve como um meio de consolidar o controle do governo sobre a narrativa pública e suprimir qualquer forma de dissidência, incluindo o ativismo LGBTQIA+.

A guerra contra a Ucrânia parece ter exacerbado essas tendências autoritárias, criando um ambiente de crescente intolerância e hostilidade em relação às comunidades LGBTQIA+ na Rússia.

Foto destaque: a Rússia categoriza os relacionamentos e movimento LGBT como terrorismo (Reprodução/Getty Images Embed)

Rio de Janeiro registra sete óbitos devido às chuvas, que podem se estender até domingo

Nas primeiras horas deste sábado (23), fortes chuvas foram registradas no estado do Rio de Janeiro, resultando até o momento sete óbitos e em dezenas de pessoas soterradas. A informação foi comunicada pelo Corpo de Bombeiros.

Em Petrópolis, após o desabamento de um edifício residencial, quatro óbitos foram confirmados e, até o momento, outras cinco foram resgatadas com vida nos escombros do prédio. Outra fatalidade, desta vez no bairro Comunidade da Coreia, também foi encontrada e outras cinco foram salvas com vida. No entanto, o Corpo de Bombeiros procura outra vítima que ainda estaria sob os escombros. 

Em Duque de Caxias, um motorista morreu afogado após o caminhão que dirigia cair em um rio; e outro homem, no Arraial do Cabo, foi a óbito após ser atingido por um raio enquanto guardava sua barraca de ambulante na praia durante a tempestade.


A descarga elétrica deixou ainda outras duas pessoas feridas (Foto: reprodução/G1)


Alerta máximo

Em postagem realizada nas redes sociais, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, aconselhou os moradores a permanecerem em casa e evitar deslocamentos em vista ao temporal que assola o estado desde ontem, sexta-feira (22).


Chuvas fortes são previstas até domingo (Foto: reprodução/G1)


“Vou pedir às pessoas para não se empolgarem, vai ser um dia mais tranquilo, mas deve voltar a chover a noite… Temos que estar preparados para surpresas, como no caso de Petrópolis, cuja previsão era de 50 milímetros ontem a noite e bateu 150. O alerta se mantém e as pessoas devem evitar deslocamentos”, escreveu em publicação.

Possível motivo

Os meteorologistas explicam que os grandes volumes de chuva esperados são consequência direta do calor registrado nos dias anteriores. Segundo a Climatempo, o choque da frente fria com a atmosfera aquecida contribui para a ocorrência de fortes temporais. De acordo com o coordenador de operações do Cemaden, Marcelo Seluchi, há a possibilidade de serem registrados mais de 200 milímetros de chuva neste sábado, com grande potencial para provocar danos.

Até este momento, quase 100 pessoas já foram resgatadas com vida, segundo a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Foto Destaque: temporal assola o Estado do Rio de Janeiro (Reprodução/CNN Brasil)

Seleção Brasileira se manifesta sobre polêmica com Daniel Alves e Robinho

Depois de um longo período de silêncio que gerou questionamentos, a Seleção Brasileira, sob a liderança do técnico Dorival Júnior e do capitão Danilo, finalmente se pronunciou sobre os casos de estupro envolvendo os ex-jogadores Daniel Alves e Robinho. A expectativa em torno dessa manifestação era alta em várias partes da sociedade, especialmente após a condenação de Daniel Alves na Espanha e a prisão de Robinho, em Santos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também se posicionaram.

Compromisso com a conscientização e a responsabilidade


Dorival, treinador da Seleção Brasileira, dá a sua opinião sobre os casos de Robinho e Daniel Alves (Foto: reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)


Dorival ressalta a importância de assumir uma posição clara, frisando o compromisso de seu papel como técnico da Seleção. Além disso, ele expressa solidariedade às vítimas e sublinha a necessidade crucial de responsabilizar os culpados, mesmo que isso represente um desafio emocionalmente doloroso.

O treinador destaca sua história prévia com Robinho, reconhecendo suas qualidades como uma pessoa que, segundo ele, é maravilhosa, porém, reafirmando a necessidade de se buscar justiça. Além disso, o lateral Danilo pediu para que a CBF promova a conscientização desde as categorias de base do esporte, visando estimular um pensamento reflexivo entre os jogadores, particularmente os mais jovens.

Ação da CBF e compromisso com a mudança

Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), abordou os casos de Daniel Alves e Robinho, expressando solidariedade às vítimas e destacando a necessidade de combater todas as formas de violência e discriminação no futebol. Ele enfatizou a importância de ouvir as vítimas e encorajá-las a não se calarem diante de situações de violência, além de ressaltar o papel essencial dos homens na linha de frente contra a violência sexual.

Rodrigues também citou a questão do racismo no esporte, reconhecendo a necessidade de enfrentar esse problema, além de detalhar iniciativas recentes da CBF para promover a diversidade e garantir um ambiente seguro para todos os envolvidos no futebol.

 

Foto Destaque: presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se manifesta sobre casos de estupro envolvendo ex-jogadores brasileiros (Reprodução/Lucas Figueiredo/CBF)

Faustão realiza hemodiálise e espera pela adaptação do rim recém transplantado, informa comunicado médico

Fausto Silva, popularmente conhecido como Faustão, realizou um transplante de rim no último dia 26. Atualmente, ele está fazendo sessões de hemodiálise enquanto aguarda a adaptação e recuperação da função renal, conforme indicado por seus médicos nesta sexta-feira (22).

“Faustão está consciente, conversa normalmente e respira sem a ajuda de aparelhos”, declara o Hospital Israelita Albert Einstein. Representantes da família disseram que o processo ocorreu, pois, questões linfáticas que estavam prolongando sua recuperação.

Na semana anterior, Fausto passou por um procedimento cirúrgico em que o fornecimento de sangue é intencionalmente interrompido em uma parte específica do corpo. A família informa que o implante renal foi bem-sucedido, mas o paciente ainda aguarda o início do funcionamento do órgão. Não há previsão de alta no momento.

Transplante de coração

Em agosto do ano passado, quando Faustão passou por um transplante de coração, seus rins já estavam comprometidos e ele estava realizando hemodiálise. O apresentador ficou na fila por um transplante de rim durante dois meses.

Felizmente. De acordo com o hospital, o transplante de rim e o transplante de coração ocorreram sem complicações.

Faustão enfrentou esse desafio de saúde com coragem e determinação. O transplante de coração e rim representa uma esperança renovada para sua recuperação e bem-estar. A comunidade e os fãs estão torcendo por sua rápida melhora.


Faustão comemora com seus médicos ao receber alta após transplante cardíaco (Foto: reprodução/Instagram/@faustosilvaofcial)


Filho se pronuncia sobre boatos de morte

Ontem, Faustão voltou a ser assunto na mídia, após rumores de que o apresentador teria falecido. O jornalista Milton Neves compartilhou uma notícia falsa sobre o colega, mas logo esclareceu que haviam invadido sua conta.

Seu filho, João Guilherme Silva, atualizou o estado de saúde do pai, dizendo que o mesmo ainda aguarda a melhora do transplante de rim, permanecendo internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, ressaltando que, apesar disso, o apresentador está clinicamente muito bem. E que embora o órgão ainda não tenha entrado em funcionamento, o transplante foi considerado bem-sucedido.

Foto destaque: Faustão compartilha nas redes sociais momentos como apresentador de seu programa (reprodução /Instagram/ @faustosilvaofcial)