Pela primeira vez na história, ONU aprova cessar-fogo em Gaza

Nesta segunda-feira (25), o Hamas comemorou aprovação de resolução da ONU. A resolução pede cessar-fogo em Gaza, exige fim imediato das hostilidades entre Israel e o grupo armado, além da libertação de reféns. Foram votados 14 votos a favor, e uma abstenção dos Estados Unidos, com isso Israel cancelou visita a Washington em reação à ocasião da resolução. O governo dos Estados Unidos, achou a reação do país um “tanto exagerada“.


Pela primeira vez a ONU aprova resolução de cessar-fogo imediato em Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)


Relato da embaixada americana 

A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, explicou a abstenção dos Estados Unidos no voto, citando a falta de menção à coordenação do Hamas na resolução aprovada. Ela destacou a importância da libertação de reféns para qualquer cessar-fogo.

Washington critica Israel 

Washington tem manifestado preocupação com o aumento de vítimas civis em Gaza. As críticas têm se intensificado devido aos recentes conflitos entre Israel e Palestina. A comunidade internacional pressiona por um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes. Mais de 32 mil pessoas, principalmente mulheres e crianças foram mortas pelos bombardeios israelenses. A violência indiscriminada causou uma tragédia humanitária sem precedentes na região levado Israel e Palestina a uma guerra até momento “sem fim”.

ONU acusa Israel 

A acusação da ONU junto a Israel é por dificultar a entrega de ajuda humanitária, enquanto Israel acusa a ONU por supostamente não distribuir suplementos corretamente. A guerra iniciou-se no dia 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas atacou Israel, resultando na morte de cerca 1.200 pessoas de acordo com Israel e 253 reféns em Gaza. Israel lançou um contra-ataque em Gaza, resultando em mais de 25 mil mortes. A infraestrutura de Gaza foi gravemente danificada e 85% da população foi deslocada

Foto destaque: Conselho da ONU aprova cessar-fogo imediato em Gaza (reprodução/Site Sampi)

Programa do governo federal “Desenrola Brasil” chega à última semana

O programa desenvolvido pelo governo federal “Desenrola Brasil”, chega em sua última semana nesta segunda-feira (25) para que brasileiros possam tentar bons acordos para renegociarem suas dívidas financeiras. O prazo final foi prorrogado até o próximo domingo (31).

Até o momento, o programa já beneficiou cerca de 12,2 milhões de brasileiros que conseguiram renegociar dívidas com as mais diversas empresas e instituições do país. Segundo o Ministério da Fazenda, com a movimentação desde o início da campanha de regularização, cerca de R$37,5 bilhões de reais em dívidas já foram renegociadas. 

Nesta nova fase de prorrogação, apenas pessoas com dívidas classificadas como faixa 1 do programa, podem renegociar os valores em aberto. Pessoas que estão cadastradas no CadÚnico e têm renda de até dois salários mínimos, estão contemplados nesta faixa. 


Brasileiros têm a última semana para renegociarem dívidas (Foto: reprodução/Freepick)


Para participar do programa, o consumidor não pode ter uma dívida que ultrapasse R$20 mil e deve ter sido negativado entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. 

Das dívidas, o consumidor pode ter em aberto valores de cartões de crédito, empréstimos bancários, contas de energia, água e algumas lojas em comércio. 

Opções de renegociação 

Para uma boa renegociação, é importante que o consumidor consiga identificar, primeiramente, quais contas ele precisa pagar num primeiro momento. Após essa identificação, é importante conferir quais são as melhores opções. 

Na plataforma do Desenrola é possível observar e escolher como será realizada essa negociação. O importante na hora de fechar um valor, é o consumidor levar em consideração o valor das parcelas (mês), o valor da taxa de juros e o tempo que será pago. Afinal, todas essas opções impactarão no bolso. 

Outro ponto importante é informar à instituição sobre a situação atual para que se chegue a uma opção atrativa. 

Como ter acesso ao programa “Desenrola Brasil”


Site do governo para acessar o programa “Desenrola Brasil” (Foto: reprodução/MF)


Para acessar a plataforma é importante primeiro que o consumidor tenha uma conta gov.br com o nível ouro, prata ou bronze. As ofertas de renegociação ou parcelamento estarão disponíveis para os usuários

As ofertas também estão disponíveis através de canais parceiros do governo federal como agências de Correios pelo país, bem como o próprio Serasa. Neste caso, os atendimentos serão realizados até o dia 28 de março. 

Foto destaque: “Desenrola Brasil” (Reprodução/Governo Federal)

Itália atinge recorde de pobreza mesmo tendo se recuperado da recessão da Covid

Dados de pesquisa do Instituto Nacional de Estatística (ISTAT) apontam que, no ano de 2023, cerca de 5,75 milhões de italianos atingiram altos níveis de pobreza, não conseguindo adquirir itens básicos e essenciais para sobrevivência, como alimentação. Os dados de estudo do instituto foram divulgados nesta segunda-feira (25). 

Fortalecimento econômico  

A economia italiana tem passado por graves dificuldades nos últimos anos, acarretadas não somente por conta própria, mas por fatores externos. Um dos percalços enfrentados pelo governo italiano foi a pandemia da Covid-19, que atingiu o mundo todo. Entretanto, o país do sul da Europa foi um dos mais atingidos em sua parte econômica, tendo uma queda considerável em seu PIB. Outro fator que enfraqueceu a economia do país foi a guerra entre Rússia e Ucrânia, pois italianos eram dependentes do gás Russo e do Trigo Ucraniano, aumentando consideravelmente os valores dos produtos da região. 

Porém, mesmo com todas essas controvérsias, o cenário econômico da Itália se fez positivo no ano de 2023, surpreendendo a muitos no contexto europeu e superando países do mesmo continente, como Alemanha e França, se recuperando de forma categórica da pandemia do Coronavírus. 

Movimento que ignora classes 

Os números gerais da economia italiana são positivos, entretanto esta recuperação financeira não foi direcionada a incluir os mais pobres cidadãos italianos, visto que o indicie de pobreza é maior do que o registrado em 2022 e como já dito supera também indicies de 2014. Isso pode ser explicado pelo fato do governo de Giorgia Meloni eliminar um recurso implantado no ano de 2019, o “Renda do Cidadão”, cujo objetivo era subsidiar e aliviar a pobreza no país. Meloni inclusive ignorou avisos de especialistas e do Banco da Itália sobre o impacto que a falta do recurso faria aos mais pobres.


Faixa com os dizeres “Pobres Primeiro” pendurada na Basílica de Roma (Foto: reprodução/REUTERS/Tony Gentile)


O subsídio foi completamente extinto no início do ano vigente e substituído por outros que não atinge todos os cidadãos realmente necessitados. 

Foto Destaque: Protesto em prol do subsídio de auxílio aos mais pobres (Reprodução/ANSA)

Daniel Alves oferece mansão como forma de pagamento de fiança; diz imprensa espanhola

Nesta segunda-feira (25), o ex-jogador Daniel Alves, de 40 anos, deixou a prisão na Espanha, após entregar a sua mansão como forma de pagamento da fiança estipulada em 1 milhão de euros (cerca de R$5,4 milhões). 

De acordo com o colunista Thiago Arantes, que está em Madri, e soube da informação pela imprensa espanhola, o ex-jogador deixou o presídio, em que estava preso, após ser condenado por estupro, depois de pagar a fiança com a sua mansão adquirida. 

O jornalista, ainda afirmou durante o “De Primeira”, que no momento, não há mais informações sobre a nova situaçào apontada, mas que segue investigando mais detalhes. “Estamos tentando descobrir mais detalhes de como foi feito esse pagamento”, contou. 


Daniel Alves jogando pela seleção brasileira (Foto: reprodução/Instagram/@danialves)


Prisão de Daniel Alves

O ex-jogador da seleção brasileira foi preso em 20 de janeiro de 2023, quando foi acusado por estupro de uma mulher no banheiro em uma boate na Espanha. Em fevereiro de 2024, aconteceu o julgamento de Alves, que durou três dias e que teve como decisão final, apontada pela juíza responsável pelo caso, a condenação do atleta a 4 anos e 6 meses de prisão. 

A través de sua assessoria jurídica, no início do julgamento, a vítima, , havia solicitado que o jogador fosse condenado a 12 anos de prisão, tempo máximo permitido para o crime, mas após o pagamento de uma multa no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) por parte de Daniel à mulher, a pena foi diminuída. 

O valor foi pago com a ajuda da família do jogador Neymar. 


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Daniel em julgamento na Espanha (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


O crime apontado

O crime foi configurado pelo Tribunal de Barcelona como agressão sexual, um crime considerado no país como o estupro no Brasil. 

Diante do crime e das provas apresentadas no decorrer do caso, a justiça espanhola entendeu que em nenhum momento houve o conscientimento da vítima, e portanto, Daniel era culpado.

Foto destaque: Daniel Alves (Reprodução/Instagram/@danialves)

Daniel Alves deixa prisão após pagamento de fiança em Barcelona

O ex-jogador da seleção brasileira, Daniel Alves, deixou a prisão na manhã desta segunda-feira (25/3), em Barcelona, na Espanha, após efetuar o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros, equivalente à cerca de R$ 5,4 milhões. A liberdade provisória concedida pelo Tribunal de Barcelona aguarda a decisão final em relação ao recurso da sentença de fevereiro, na qual Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro, que teria ocorrido em uma boate na capital catalã.

Após quase 15 meses detido, Daniel Alves, acompanhado por sua mãe, sua advogada e um amigo, deixou a prisão de Brians 2, situada a 40 quilômetros de Barcelona, onde permaneceu desde janeiro de 2023, período em que aguardava o desfecho do caso que o envolve. Durante esse tempo, foram quatro pedidos de liberdade provisória negados pela justiça espanhola, até que na semana passada, houve a concessão dessa liberdade sob condições.

A liberdade provisória

A decisão de conceder a liberdade provisória veio da Audiência Provincial de Barcelona, após um longo período de deliberações e recursos. Contudo, o Ministério Público de Barcelona interpôs recurso contra essa decisão, buscando o retorno de Alves à prisão, o que continua pendente de análise pela corte. A defesa do ex-jogador recorreu da sentença de fevereiro, e a liberdade provisória permite que aguarde o desfecho desses recursos em liberdade.

Daniel Alves, ao deixar a prisão, foi submetido a uma série de condições estabelecidas pela justiça espanhola, incluindo a proibição de deixar o território espanhol, a obrigatoriedade de comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona e a manutenção de uma distância mínima de 1 quilômetro da residência e do local de trabalho da vítima, além da proibição de comunicação com ela.


Daniel Alves deixando a prisão hoje ao lado de sua advogada (Reprodução/Nacho Doce/Reuters)


O caso

A acusação contra Alves remonta a uma festa ocorrida em dezembro de 2022, na qual uma mulher o acusou de agressão sexual. O ex-jogador nega as acusações e seu caso tem recebido grande atenção da mídia internacional. As circunstâncias desse episódio trouxeram à tona debates sobre violência sexual e o tratamento de casos semelhantes pela justiça.

Até o momento, a defesa de Daniel Alves não divulgou informações sobre seus planos após a saída da prisão, mas a expectativa é que ele permaneça na Espanha enquanto aguarda o desfecho do processo judicial que o envolve.

Foto destaque: Daniel Alves deixando a prisão (Reprodução/Nacho Doce/Reuters)

Entenda os motivos por trás do atraso na resolução do Caso Marielle Franco

Em 2018, a morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes ocorreu no Centro de Rio de Janeiro, próximo a prefeitura da cidade e com uma investigação demorada e cheia de reviravoltas. O Fantástico mostrou quais foram os motivos que atrasaram na investigação desse caso e como a resolução resultou na prisão dos mandantes do crime e ex-chefe da Polícia Cívil do Rio de Janeiro.

Testemunha plantada, troca de investigadores e obstruções são algumas das razões que demoraram para solucionar o caso da vereadora conhecida no Rio de Janeiro. O ex-delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa assumiu a chefia um dia antes da morte e foi preso neste domingo (24) pela Polícia Federal junto com o Chiquinho Brazão, deputado federal, e o irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ)


Marielle Franco e Anderson Gomes (Foto: reprodução/Instagram/@marielle_franco)


Investigação final

Quando assumiu o posto, Rivaldo declarou no inicio do caso que “A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro tem a competência e a credibilidade de dar uma resposta necessária suficiente a esse crime”. O ex-chefe é suspeito de participar ativamente do plano, obstruir as investigações do assassinato e prometeu imunidade aos mandantes.

No entanto, de acordo com a Policia Federal, o crime foi idealizado pelos irmãos Brazão e “meticulosamente planejado” pelo delegado. A informação está no relatório em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expede os mandatos de prisão.

Repercussão nacional e internacional

No vídeo feito pelo Fantástico, a investigação e a visibilidade sobre o assassinato de Marielle Franco retratam várias reviravoltas no caso e surpresas, como:

  • A câmera que poderia ter registrado o ataque estava desligada;
  • O carro usado no crime desapareceu;
  • As armas nunca foram encontradas;
  • Testemunha plantada;
  • Mudança de delegados por interferência interna;
  • Nunca foram encontradas imagens dos assassinos.

A sequência dos eventos investigativos mostra como evidencias falsas deixaram a polícia em descrédito. Ainda que levassem aos autores do crime, uma testemunha falsa mudou a rota da investigação. Além dos mandantes, o inquerito revela uma resposta à pergunta feita por mais de 6 anos: Quem mandou matar Marielle Franco?

Foto destaque: da esquerda para a direta, Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa (reprodução/Portal da Câmara dos Deputados/Metrópoles/Linkedin Rivaldo Barboza)

Kim Jong Un ordena que tropas intensifiquem estado de prontidão de combate

A mídia estatal da Coreia do Norte Korean Central News Agency, KCNA, divulgou nesta segunda-feira (25) fotos de uma inspeção de tropas feitas pelo líder do país, Kim Jong Un no domingo (24), em que ele ordena que as tropas intensifiquem o estado de prontidão e que o treinamento ideológico e mental seja mais bem instruído. Os novos modelos de tanques de guerra foram apresentados ao líder que aprovou o equipamento de guerra tendo testado um deles, segundo a KCNA.

Ordens do líder

Kim Jong Un segundo a KNCA ordenou aos comandantes das tropas de tanques para fortalecerem a preparação de combates, intensificando o estado de prontidão e aumentando a carga de treinamentos ideológicos e mentais a fim de que sejam esmagadores. O líder da Coreia do Norte também estabeleceu diretrizes para a tripulação dos tanques, incluindo treinamento específico para preparo físico e militar tecnológico por conta dos novos tanques que foram apresentados ao exército.

Na inspeção divulgada nesta segunda-feira (24), o líder foi instruído pelo comandante das tropas de tanques sobre os planos de ataque e defesa e juntamente elaboraram missões operacionais de treinamento de combate para os soldados. Kim Jong Un também teria pilotado um tanque de guerra e aprovado o novo equipamento, informa a KNCA.

Mais treinamentos

O líder tem expressado grande satisfação com os equipamentos militares de seu país, porém pede que haja maior treinamento para organizar os efetivos militares para uma possibilidade de guerra real. Os treinamentos militares feitos pela Coreia do Sul juntamente com os Estados Unidos na região, aumentaram as tensões entre os países.


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Kim Jong Un coloca tropas de prontidão (Foto: reprodução/Getty Images Embed/AFP)


Arsenal nuclear

A Coreia do Norte tem intensificado nos últimos anos a construção de dispositivos nucleares de longo alcance. O treinamento com lançamento de mísseis tem ocorrido de forma mais regular, gerando maior tensão na região do pacífico norte.

Os norte coreanos estão se resguardando, segundo a KNCA, após o reforço de tropas do Estados Unidos na Coreia do Sul nos últimos anos, sendo estes inimigos declarados por Kim Jong Un. Caso haja de alguma forma violação ao seu território, a Coreia do Norte afirma que se iniciará um confronto bélico.

Foto Destaque: líder da Coreia do Norte visita suas tropas (Reprodução/Getty Images Embed/AFP)

Daniel Alves paga fiança de 1 milhão de euros e aguarda a liberação, diz a imprensa espanhola

O ex-jogador Daniel Alves depositou a fiança estabelecida pela justiça de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões) e será solto nesta segunda-feira (25), afirma imprensa espanhola. A defesa do atleta conseguiu levantar o valor estipulado pela Justiça espanhola como pré-requisito para conceder liberdade provisória a Daniel Alves. Os juízes da Audiência Provincial de Barcelona, responsável pelo caso, esperavam os passaportes do condenado para libertá-lo da prisão.

O jogador poderia ter sido liberado na quinta-feira (21) ou na sexta-feira (22), mas não efetuou o pagamento durante o horário bancário desses dias. Na mais recente decisão dos Juízes da Audiência de Barcelona, foi aceito, pela maioria, que Daniel Alves permaneça em liberdade enquanto a defesa aguarda a sentença definitiva.

Julgamento final

No dia 22 de fevereiro, Daniel Alves recebeu a sentença de 4 anos e 6 meses por estupro, apesar de a promotoria e os advogados da vítima exigirem 12 anos de prisão. Entretanto, a defesa do jogador recorreu da sentença em 10 dias e pediu para que o brasileiro aguardasse a deliberação final em liberdade.

De acordo com o jornal catalão El Periodico, pessoas próximas ao jogador afirmaram que os advogados de Daniel Alves não esperavam uma quantia tão alta. Por conta disso, o jogador teve dificuldade para pagar, pedindo ajuda aos seus amigos e familiares. Uma delas foi o pai do Neymar, que negou na segunda vez, contribuiu uma vez ao pagar a multa de cerca de 150 mil euros (R$ 800 mil) como indenização à vitima, o que motivou a diminuir a pena.


Daniel Alves (Foto: reprodução/Jornal Nacional)


Alves, parte da sentença, determinou que todos os passaportes do jogador, brasileiro e espanhol, fossem confiscados e que ele não poderia deixar a Espanha. Além disso, também foi determinado que ele é obrigado a manter uma distância de pelo menos 1 quilômetro da residência da vítima e não pode sequer comunicar-se com a denunciante em nenhum meio. Ele ainda precisa comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona quando solicitado.

Em contrapartida à sentença final

“O tribunal delibera, por maioria e com voto individual: “/Acordar a prisão provisória de Daniel Alves, que pode ser evitada mediante o pagamento de uma fiança de 1.000.000 euros e, se o pagamento for verificado, e acordada a sua libertação provisória, ou retirada de ambos os passaportes, espanhol e brasileiro, a proibição de sair do território nacional, e a obrigação de comparecer semanalmente a este Tribunal Provincial, bem como quantas vezes for convocada pela Autoridade Judiciária”, disse a sentença.

O Ministério Público da Espanha e a defesa da vítima foram contra a liberdade sob fiança, por considerarem uma grande possibilidade de fuga do brasileiro. Segundo a advogada, a denunciante, agredida por Daniel Alves, ficou abalada e afirmou que se sentia “estuprada de novo”.

No entanto, o Tribunal de Barcelona argumentou que a pena de quatro anos e meio de prisão reduziu os riscos de fuga. Por outro lado, admitiu um certo perigo e, por isso, a fiança foi estabelecida tão alta e proibiu o brasileiro de sair da Espanha.

A prisão do ex-atleta

O brasileiro está detido no presídio de Brians 2, um complexo presidencial a 40 quilômetros de Barcelona, onde Alves possui uma residência.

Daniel Alves comprou a residência enquanto jogava pelo Barcelona. Atualmente, a sua esposa e modelo espanhola Joana Sanz reside na casa, segundo a imprensa espanhola.

Joana Sanz também enfrenta um processo que corre na Justiça espanhola por ter divulgado supostas imagens da vítima. Desde o início do caso, por se tratar de uma situação internacional e visando preservar a imagem da vítima, a juíza responsável proibiu em qualquer meio a identificação da mesma.

Foto destaque: Daniel Alves no julgamento na Espanha (Reprodução/Getty Images Embed)

STF forma maioria para manter os suspeitos de matar Marielle Franco presos

Na madrugada desta segunda-feira (25) o Supremo Tribunal Federal, STF, em plenário virtual já formou maioria para a manutenção da prisão dos três acusados de mandarem assassinar a vereadora pelo Rio de Janeiro Marille Franco e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Os suspeitos foram presos de forma preventiva na manhã deste domingo (24) no Rio de Janeiro e foram transferidos para uma penitenciária federal em Brasília. Em plenário virtual nesta manhã, os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e a ministra Cármen Lúcia declararam seus votos a favor.

Maioria a favor

Mesmo ainda faltando dois ministros a declarem seus votos, os Ministros Luiz Fux e Flávio Dino, a primeira turma do STF que é composta por cinco membros já conseguiu formar maioria para manter a prisão dos suspeitos. O plenário que é virtual aguarda os votos dos dois membros que faltam até as 23:59 horas desta segunda-feira (25), mas essa decisão deve sair ainda pela manhã.


O deputado federal Chiquinho Brazão foi um dos presos por suspeita de mandar matar Marielle e Anderson Gomes (Foto/reprodução/X/@camaradeputados)


O que diz o relator

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do processo no Supremo Tribunal Federal, e seu voto teve 37 páginas, destacando que a investigação mostra que há a necessidade de imediata decretação da prisão para garantir ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.

Os primeiros magistrados a concordar e declararem seus votos nesta madrugada, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam a decisão de Moraes e já formaram maioria para que os suspeitos continuem encarcerados e que as medidas cautelares impostas continuem vigorando.

Prisões e outras medidas

Além do pedido de prisão dos suspeitos Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes neste domingo (24), também foi emitido um pedido de afastamento de função do delegado Giniton Lages e do comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que estavam lotados na Delegacia de Homicídios, DH, do Rio de Janeiro na época em que o crime aconteceu.

O delegado Giniton Lages foi indicado pelo então chefe de polícia do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa preso junto dos irmãos Brazão, para dar início as investigações do crime. A suspeita sobre Lages é de que ele teria avalizado e acobertado os assassinatos.

Foto Destaque: primeira turma do STF tem maioria para manter presos os acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes (Reprodução/Pablo Jacob/X/@OGlobo)

Presos preventivos no caso Marielle devem ser levados para presídios federais distintos

Neste domingo (24), os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, foram presos e apresentados na sede da Polícia Federal, na região central do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu nas primeiras horas do dia, surpreendendo os suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. 

Segundo apurado pelo O GLOBO, Domingos Brazão ficará no presídio em Porto Velho, já Chiquinho Brazão será levado para Campo Grande, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa ficará em presídio de Brasília, durante o processo de investigação do caso. Antes de serem levados para Brasília, os acusados passaram por audiência de custódia ainda no Rio de Janeiro, já no DF fizeram exame de corpo de delito no IML e estão no presídio da Papuda. 

O deputado federal Chiquinho Brazão (União–RJ), Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, são suspeitos como responsáveis pela morte de Marielle, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio, teria dificultado o processo de investigação do caso para protegê-los. O auto de prisão foi expedido devido ao alto risco de fuga dos envolvidos.

Os alvos foram detectados após delação premiada firmada por Ronnie Lessa, Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. No depoimento, o ex-policial militar apontou o também ex-policial Élcio de Queiroz como autor dos disparos que mataram a vereadora. Todo o processo está em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), que homologou a operação Murder Inc. para elucidar o caso.


Ministro da justiça Ricardo Lewandowski em coletiva de imprensa sobre a investigação (Foto: reprodução/Agencia Brasil/MJSP/Jamille Ferraris)


Suposta motivação do crime

As divergências entre a vereadora Marielle Franco e Chiquinho Brazão, iniciaram em torno de um projeto de Lei PL174/2016, que buscava formalizar um condomínio na região da Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

“Me parece que todo esse volumoso conjunto de documentos que recebemos, esse é o trecho extremamente significativo, que mostra, pelo menos, a motivação básica do assassinato da vereadora Marielle Franco, que se opunha, justamente, a esse grupo, que na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, queria regularizar terras, para usá-las com fins comerciais, enquanto o grupo da vereadora queria usar essas terras para fins sociais, de moradia popular” afirmou Lewandowski.

Conforme a investigação, provas apontam que Domingos Brazão tem envolvimento com loteamento e registro de terras públicas, sem autorização dos órgãos  competentes.


Delegado Rivaldo dava apoio à família de Marielle (Foto: reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo)


Impasses na investigação

O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, assumiu o cargo um dia antes da execução da vereadora. Desde então, o processo de investigação não chegava aos mandantes intelectuais do crime. 

A mãe de Marielle Franco, Marinete Silva, ficou surpresa com a prisão do delegado Rivaldo, segundo o G1, ela afirmou que tinha uma relação próxima à família e prometeu esclarecer o crime. 

“A minha filha confiava nele e no trabalho dele. E ele falou que era questão de honra dele elucidar [a morte da vereadora]”, afirmou Marinete.

O delegado conhecia Marielle, ela já teria garantido a entrada dele dentro Complexo da Maré, para acompanhar uma investigação de uma chacina. Ele teria entrado e saído do local com sua a integridade física garantida. 

Foto destaque: suspeitos presos pela morte de Marielle Franco (Reprodução/O Globo)